A Presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulga hoje, 1º de outubro, a Relação Final dos Premiados e Menções Honrosas do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses - edição 2024. Em sua oitava edição, o Prêmio visa distinguir teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diversas áreas temáticas de atuação da Fiocruz. Foram premiadas quatro teses, uma para cada área do Prêmio, e oito menções honrosas. Ao todo, 11 unidades da Fundação foram contempladas no Prêmio.
+Confira a Chamada do Poct 2024 e a Relação dos Premiados e Menções Honrosas!
A solenidade de entrega acontecerá neste mês de outubro, durante a Semana de Educação Fiocruz.
Ciências Biológicas aplicadas e Biomedicina
— Premiada:
Isabelle Leticia Zaboroski Silva, do Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia (PPGBB) — Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná)
Tese: Estudo de mutação no gene CYFIP2 causadora da encefalopatia epiléptica: Desenvolvimento de modelo com células-tronco pluripotentes induzidas (iPSC) e triagem de fármacos
Orientação: Patrícia Shigunov
— Menções Honrosas:
Tese: Avaliação de mediadores de resposta imune em crianças e adultos durante a infecção aguda por diferentes sorotipos do Vírus Dengue
Orientação: Márcio Sobreira Silva Araújo, Milene Silveira Ferreira e Olindo Assis Martins Filho
Tese: Monitoramento e avaliação ecotoxicológica de níveis ambientais de cocaína e benzoilecgonina em águas fluviais no Rio de Janeiro
Orientação: Fabio Veríssimo Correia e Enrico Mendes Saggioro
Ciências Humanas e Sociais
— Premiada:
Ana Carolina Pontalti Monari, do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) — Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict/Fiocruz)
Tese: Quem consome fake news consome fake news? Os usos e sentidos atribuídos à ciência e ao jornalismo em canais sobre covid-19 no Telegram
Orientação: Igor Pinto Sacramento e Hully Guedes Falcão
— Menções Honrosas:
Tese: Radioisótopos, Ciências da Vida e Ecologia no Brasil (1949-2007)
Orientação: André Felipe Cândido da Silva
Tese: O trânsito entre armários: encontros entre ativismo, HIV e Arte no Brasil
Orientação: Marcos Antonio Ferreira do Nascimento
Medicina
— Premiado:
Ismael Artur da Costa Rocha, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) — Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas)
Tese: Segurança, eficácia, aspectos virológicos e imunológicos da primovacinação antiamarílica 17DD em pacientes com doenças reumáticas inflamatórias imunomediadas
Orientação: Olindo Assis Martins Filho
— Menções Honrosas:
Tese: Tratamento da tuberculose e do HIV no Brasil: o papel dos polimorfismos genéticos nos desfechos de tratamento
Orientação: Valéria Cavalcanti Rolla
Tese: Papilomavirus humano (HPV) en mujeres jóvenes: frecuencia tipo-especifica, comportamiento de riesgo y evaluación de la efectividad de la vacuna tetravalente en paraguay
Orientação: Vanessa Salete de Paula e Gerardo Daniel Deluca
Saúde Coletiva
— Premiado:
Carlos Renato Alves da Silva, do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher (PPGSCM) — Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz)
Tese: Travestis e mulheres transexuais em situação de prisão na região metropolitana do Rio de Janeiro: seus corpos e suas (sobre)vivências.
Orientação: Claudia Bonan Jannotti
— Menções Honrosas:
Tese: Integralidade da atenção à saúde da mulher com câncer de mama: uma análise da rede de oncologia em Pernambuco.
Orientação: Tereza Lyra Maciel
Tese: Cenografia na saúde e educação não formal: concepção, itinerância e avaliação da instalação “Por Dentro do Sangue com Arteciência”.
Orientação: Tania Cremonini de Araujo Jorge e Luciana Lopes de Almeida Ribeiro Garzoni
*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol
Em 2024, a revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos completa 30 anos de publicação ininterrupta e para comemorar preparou um evento especial para discutir diferentes aspectos da publicação científica, como ciência aberta, avaliação de periódicos e divulgação científica. O evento Ciência aberta e os periódicos científicos de ciências humanas será realizado nos dias 7 e 8 de agosto, no campus da Fiocruz do Rio de Janeiro e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail hscience@fiocruz.br.
Lançada em 1994, pela Casa de Oswaldo Cruz (COC), a revista tem acesso aberto e publica artigos e notas de pesquisa inéditos, entrevistas e resenhas de livros relevantes para a história das ciências e da saúde, para o estudo da divulgação científica e para a preservação do patrimônio documental e físico ligado ao campo. Em 1998, ganhou uma versão digital e a entrada no portal SciELO, em 2000, potencializou seu alcance e impôs um tipo de produção mais profissional.
Em 2013 foi pioneira em usar as redes sociais para a divulgação científica, com o lançamento de um blog trilíngue e páginas nas redes sociais com conteúdo em português, inglês e espanhol. O blog reúne entrevistas, notícias, análises e outros conteúdos que visam expandir os temas dos artigos publicados. História, Ciências, Saúde – Manguinhos também foi muito bem-sucedida em seu processo de internacionalização, aumentando ano a ano a publicação de artigos de autores de instituições estrangeiras e criando uma rede de pesquisadores de diversos países sempre dispostos a enviar artigos, textos para o blog ou compartilhar o conteúdo da revista em suas redes pessoais.
Em 2020, durante a pandemia de Covid-19, HCS-Manguinhos atingiu o recorde de acessos de toda a sua existência, tanto em relação aos artigos quanto ao blog, publicando uma série de conteúdos que analisavam o que estava acontecendo à luz da história da saúde e das doenças. Seguindo o movimento acadêmico mundial da ciência aberta, em 2023, a revista estreou um novo formato de veiculação conhecido como sistema de publicação contínua. Em vez de ter as quatro edições anuais, passou a ter uma única edição, atualizada ao longo dos meses com novos conteúdos. Confira a programação do evento!
Ciência aberta e os periódicos científicos de ciências humanas
7/8/2024
13:30-14:30
Sessão de Abertura:
30 anos da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos
Marcos José de Araújo Pinheiro (Fiocruz/Casa de Oswaldo Cruz)
Marcos Cueto (Fiocruz/Casa de Oswaldo Cruz/revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos)
Jaime L. Benchimol (Fiocruz/Casa de Oswaldo Cruz)
Paulo Gadelha (Fiocruz)
Ruth B. Martins (Fiocruz/Casa de Oswaldo Cruz)
14:30-16:30
Ciência aberta nas revistas científicas de humanidades
Vivette García Deister (Revista Tapuya/Universidad Nacional Autónoma de México)
Rebeca Gontijo (revista História da Historiografia/Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Marcelo de Souza Bispo (revista Administração Contemporânea/Universidade Federal da Paraíba)
Vanessa Jorge (Fiocruz/Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação)
Marcos Cueto (Fiocruz/Casa de Oswaldo Cruz/revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos)
Mediação: Jaime Benchimol (Fiocruz/Casa de Oswaldo Cruz)
8/8/2024
9:30-12:30
Qualis Periódicos na área de história
Sonia Menezes (Revista Brasileira de História/Universidade Regional do Cariri)
Marcos Eduardo de Sousa (Universidade Federal de Ouro Preto/Cefet-MG)
Marcus Leonardo Bomfim Martins (revista História Hoje/Universidade Federal de Juiz de Fora)
Mediação: Roberta Cardoso Cerqueira (Fiocruz/Casa de Oswaldo Cruz/revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos)
14:30-16:30
Divulgação de periódicos científicos na área de ciências humanas
Ronaldo Araújo (Universidade Federal de Alagoas)
José Ragas (Pontificia Universidad Católica de Chile)
Germana Barata (Universidade Estadual de Campinas)
Mariana de Moraes Silveira (revista Varia Historia/Universidade Federal de Minas Gerais)
Roberta Cardoso Cerqueira (Fiocruz/Casa de Oswaldo Cruz/revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos)
Mediação: Vivian Mannheimer (Fiocruz/Casa de Oswaldo Cruz/ Assessoria de Comunicação Casa de Oswaldo Cruz/revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos)
A Fiocruz, por meio do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), recebe inscrições para os processos seletivos dos cursos de especialização em saúde nas áreas de enfermagem, medicina e multiprofissional para o ano de 2024. As oportunidades são destinadas a profissionais com graduação plena em enfermagem, medicina, área profissional da saúde ou das Ciências Sociais e Humanas. As aulas serão ministradas na modalidade presencial. As inscrições vão até 19 de janeiro de 2024. Confira abaixo os editais e inscreva-se!
O IFF tem como missão promover saúde para mulher, criança e adolescente e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de ações articuladas de pesquisa, ensino, atenção integral à saúde, cooperação técnica nacional e internacional e desenvolvimento e avaliação de tecnologias, como subsídio para formação de políticas públicas nacionais.
Confira o edital do processo seletivo
Na modalidade de ensino de pós-graduação Lato sensu, os cursos têm duração mínima de 360 horas e há a exigência de entrega de monografia ou trabalho de conclusão de curso (TCC). São mais de 70 vagas ofertadas, com reserva para ações afirmativas.
Confira as páginas de inscrição de cada curso para mais informações sobre o processo seletivo:
Enfermagem na Atenção à Saúde da Mulher
Políticas Sociais e Intersetorialidade - Multiprofissional
Anestesiologia Pediátrica e Neonatal
Cirurgia Plástica Reconstrutora nas Patologias Mamárias
Infectologia Pediátrica Básico
Patologia Cervical Uterina e Colposcopia
Uroginecologia e Distopias Genitais
Videohisteroscopia e Videolaparoscopia Ginecológica
*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol.
A Fiocruz, por meio do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), divulga o editais dos processos seletivos para os cursos de especialização em saúde nas áreas de enfermagem, medicina e multiprofissional para o ano de 2024. As oportunidades são destinadas a profissionais com graduação plena em enfermagem, medicina, área profissional da saúde ou das Ciências Sociais e Humanas. As aulas serão ministradas na modalidade presencial. As inscrições estão abertas até 19 de janeiro de 2024.
O IFF tem como missão promover saúde para mulher, criança e adolescente e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de ações articuladas de pesquisa, ensino, atenção integral à saúde, cooperação técnica nacional e internacional e desenvolvimento e avaliação de tecnologias, como subsídio para formação de políticas públicas nacionais.
Confira o edital do processo seletivo
Na modalidade de ensino de pós-graduação Lato sensu, os cursos têm duração mínima de 360 horas e há a exigência de entrega de monografia ou trabalho de conclusão de curso (TCC). São mais de 70 vagas ofertadas, com reserva para ações afirmativas.
Confira as páginas de inscrição de cada curso para mais informações sobre o processo seletivo:
Enfermagem na Atenção à Saúde da Mulher
Políticas Sociais e Intersetorialidade - Multiprofissional
Anestesiologia Pediátrica e Neonatal
Cirurgia Plástica Reconstrutora nas Patologias Mamárias
Infectologia Pediátrica Básico
Patologia Cervical Uterina e Colposcopia
Uroginecologia e Distopias Genitais
Videohisteroscopia e Videolaparoscopia Ginecológica
*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol
Ampliar a discussão multidisciplinar e integrada sobre Saúde digital. Este é um dos objetivos do terceiro número da Reciis de 2023 que conta com um dossiê sobre este tema. O número aborda também a pesquisa das ciências humanas no âmbito de comitê de ética em estudos com seres humanos e na reivindicação de uma agenda racial nas pesquisas em informação e comunicação em saúde. A Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde (Reciis) é editada pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Conforme os editores convidados do dossiê Saúde digital, Raquel Brandini de Boni, Matheus Zuliane Falcão e Rodrigo Murtinho, o conceito ‘saúde digital’, especialmente no campo da informação e comunicação, se caracteriza por ser polissêmico, complexo e ainda em construção. No entanto, o conhecimento e suas práticas que envolvem inovações tecnológicas e digitais são consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma importante estratégia para ampliar o acesso à saúde e melhorar as condições de vida das populações. Por isso, se faz necessário discutir o tema considerando também as implicações no ambiente digital que vão contra o direito à saúde garantida pelo Estado à sociedade.
Saúde digital: conceito polissêmico e suas práticas
Na coletânea, o artigo de Amaral et al. discute a premissa de transferência adequada de informações entre sistemas na gestão de hospitais federais no Rio de Janeiro. Ainda sobre a articulação da informação e otimização das ações de saúde, o trabalho de Scavuzzi et al. demonstra a importância do conceito de translação do conhecimento de saúde numa prática mediada por uma plataforma tecnológica, envolvendo diferentes atores sociais. Já Pinto et al. abordam alguns desafios de utilização de instrumentos jurídico para encomenda tecnológica de um órgão da administração pública, a partir de um estudo de caso no estado da Bahia. Ainda sobre as práticas de saúde na Rede, Nichiata e Passaro abordam a presença digital no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de aplicativos de dispositivos móveis e Justa et al. demonstram a usabilidade de uma plataforma voltada a cuidadores de pessoas idosas dependentes. Por fim, o dossiê traz para o debate científico a polissemia de conceitos em relação à desinformação por meio do artigo de Andrade et al. no qual analisam diferentes categorias associadas a notícias falsas nos ambientes digitais durante a pandemia de covid-19.
Ética e raça nas pesquisas
Na seção Entrevista, a médica sanitarista Lucia Souto, atuante em diversos movimentos populares e conferências nacionais de saúde, conta como seu trabalho em medicina comunitária a motivou a buscar em uma ecologia de saberes o direito à saúde e democracia no campo da pesquisa científica. Em Nota de Conjuntura, Hully Falcão faz uma análise sobre a submissão de pesquisas qualitativas de comunicação e informação em saúde no sistema CEP/Conep. Conforme a autora, o sistema trata a ética em pesquisa numa linguagem da bioética principialista, o que restringe o processo de submissão dos estudos a uma lógica cartorial, em que o ‘poder do cartório’ é o principal legitimador de uma pesquisa considerada ética nas ciências humanas. Em editorial, os editores científicos Igor Sacramento, Kizi Mendonça de Araújo, Christovam Barcellos e a assistente editorial Léa Camila de Souza Ferreira apontam a necessidade de estimular pesquisas atentas à raça nos sistemas de informação em saúde a fim de considerar as permanências latentes da escravidão nas constantes disputas na promoção e acesso às políticas de saúde de maneira equânime, integral e universal. Na seção Resenha, Márcia Lisboa destaca a questão central do livro ‘A natureza da atividade comunicativa’, de Adriano Duarte Rodrigues, que tem refletido nas últimas três décadas sobre as condições que desencadeiam a atividade comunicativa como processo interacional situado. Por meio de submissão em fluxo contínuo, este número apresenta ainda artigos originais que versam sobre a relação entre saúde, comunicação e informação em temas como: a medicalização da alimentação; vacinas, desinformação e fake news em plataformas das redes sociais; violência doméstica durante a covid-19; a relação da pandemia e diabetes e a construção ontológica do HIV/Aids.
Os diversos conceitos e entendimentos sobre ética são tema da próxima edição do Centro de Estudos do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) em 25/8. Desta vez o encontro acontecerá em horário especial, às 15h, com transmissão ao vivo pelo canal da VideoSaúde Distribuidora.
Com o tema Um olhar sobre a integridade em pesquisas nas ciências humanas e sociais, a sessão vai mostrar que por trás dos variados conceitos de ética, é comum surgir uma tentativa de impor um único sistema de valores, gerando formas de preconceito e discriminação. É preciso refletir sobre uma ética que olhe para todos os seres vivos forma igual e justa. A conversa também vai abordar os sistemas de avaliação a que se submetem os pesquisadores e o conceito de ciência aberta. Participam dessa edição do Centro de Estudos os pesquisadores Sergio Tavares de Almeida Rego (Ensp/Fiocruz) e Márcio Sacramento de Oliveira (Icict/Fiocruz).
Ementa:
Mesmo reconhecendo que existem diversas concepções diferentes entre si ao longo da história, geralmente a ética é vista como um domínio da filosofia, que investiga a conduta humana e os respectivos princípios de uma vida reta e justa. Mas por trás das “boas intenções” dos defensores da(s) ética(s) costuma ocorrer sempre uma tentativa de impor um sistema de valores particular a todas as pessoas, como se aquele fosse neutro e universal, o que gera, consequentemente, formas “imorais” de dominação, opressão e repressão de grupos vulneráveis, subalternos e periféricos. A fim de vislumbrarmos saídas para esse dilema, no contexto das pesquisas nos campos das ciências humanas e sociais, faremos um convite à reflexão de uma ética que seja assumidamente uma cosmopolítica, no sentido de vir a propor um novo habitat social em que todos as pessoas e todos os seres vivos sejam considerados de modo igual e justo.
Em consonância, a integridade da pesquisa é o código de ética do pesquisador, ética da ciência e os sistemas de avaliação e de responsabilização. A comensurabilidade dos códigos de avaliação e responsabilização. Ciência cidadã, ciência aberta. A internacionalização da ciência. Informação e formas sociais de construção de evidências. São temas a serem abortados.
Esse debate se coloca sobretudo pelo fato de que diversos projetos de pesquisadores da Fiocruz pertencem aos campos das ciências humanas e sociais e pelo fato de que se trata de um tema controverso, pois há lideranças importantes desses campos que são críticos à forma com que as pesquisas são avaliadas no sistema CEP/CONEP.
Sobre os participantes
Sergio Tavares de Almeida Rego
(Ensp/Fiocruz)
Médico formado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO (1982) e doutor em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2001). É pesquisador titular da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz) e docente e coordenador do Programa de Pós-graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva na Fiocruz. Pesquisador do Núcleo Interdisciplinar sobre Emergências em Saúde Pública/Centro de Estudos Estratégicos/Fiocruz. É pesquisador do CNPq.
Márcio Sacramento de Oliveira
(Icict/Fiocruz)
Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade do Grande Rio - Unigranrio (2000) e doutor em Saúde Pública e Meio Ambientes pela Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz (2011). Atualmente, desempenha suas atividades como Pesquisador e Chefe no Laboratório de Informação Científica e Tecnológica em Saúde (LICTS) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). É Docente no Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Icict) e no Mestrado em Educação Profissional em Saúde (PPGEPS) da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). Membro do Comitê de Ética em Pesquisa Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (CEP EPSJV) e da Comissão de Epidemiologia da ABRASCO.
O Centro de Estudos do Icict promove seminários online mensais com o objetivo de promover a divulgação científica de estudos, pesquisas e iniciativas que abordem políticas públicas em saúde, estratégias e ações de informação e comunicação. O seminário é aberto à comunidade, não havendo necessidade de inscrição.
Dúvidas e informações adicionais: centrodeestudos@icict.fiocruz.br
Acompanhe a transmissão:
O Concurso Elisa Frota Pessoa, organizado pelo Museu do Amanhã, em parceria com a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, homenageia o pioneirismo dessa importante cientista, física experimental, que teve atuação expressiva no campo da ciência e da tecnologia, na cidade do Rio de Janeiro. As inscrições estão abertas até 31 de agosto!
O Concurso consistirá na seleção e premiação financeira dos melhores artigos científicos, tendo como tema: a ciência e a tecnologia na promoção da igualdade de gênero.
Poderão se inscrever nesse Concurso:
Os trabalhos serão avaliados por uma comissão de especialistas, selecionada criteriosamente pelo Museu do Amanhã e pela Secretaria de Ciência e Tecnologia.
Os principais objetivos deste concurso são:
a) fomentar o debate acadêmico acerca das desigualdades de gênero;
b) divulgar o tema para além dos ambientes universitários;
c) promover o reconhecimento de trabalhos de excelência acadêmica, produzidos por mulheres, e fomentar sua divulgação;
d) levantar contribuições científicas relevantes para a sociedade.
Confira a chamada, os editais e retificações e inscreva-se até 31 de agosto!
Bateu dúvida?
Vem entender mais sobre os critérios para inscrição no Prêmio Elisa Frota Pessoa.
1 – Pós doutoras ou professoras de Instituições de Ensino Superior (IES) podem se inscrever?
R: Não, a premiação é destinada a alunas que estejam regularmente matriculadas em cursos de graduação e pós-graduação stricto-sensu.
2 – Autoras e co-autoras precisam estar regularmente matriculadas em IES?
R: Sim, é requisito obrigatório que as autoras e co-autoras estejam regularmente matriculadas em IES.
3 – Para concorrer ao prêmio é preciso estar regularmente matriculada em uma IES sediada no município do Rio de Janeiro?
R: Como primeira autora do artigo, sim, é necessário estar matriculada em uma IES com sede no município do Rio de Janeiro. Porém, para participar como co-autora é possível estar matriculada em IES sediada em outro município ou até em outro estado.
4 – É possível participar como autora de dois ou mais artigos submetidos ao edital?
R: Não. A mesma aluna não pode ser autora de dois ou mais artigos submetidos ao edital, seja como primeira autora ou como co-autora.
5 – Artigos já publicados em revistas científicas podem concorrer ao Prêmio?
R: Não. Só serão aceitos artigos científicos inéditos.
6 – Artigos científicos escritos em inglês podem concorrer ao Prêmio?
R: Não, só serão aceitos artigos científicos que estejam redigidos em língua portuguesa.
#ParaTodosVerem Banner roxo com informações sobre o concurso: Prêmio Elisa Frota Pessoa.
Com mais de cinco décadas de atuação nas áreas da educação e da gestão de recursos humanos em saúde, sendo uma referência na pós-graduação brasileira, Tânia Celeste Matos Nunes recebeu, da Universidade Federal do Piauí, a Medalha do Mérito em Saúde, promovida pelo Centro de Ciências da Saúde (CCS). A homenagem aconteceu em junho de 2023, em Teresina, Piauí, no âmbito da celebração pelos 40 anos da primeira turma do curso de especialização em Saúde Pública, oferecido pela UFPI em parceria com a Fiocruz, cujo processo de descentralização da formação de profissionais em saúde pública teve Tânia como uma de suas coordenadoras e principais articuladoras. A solenidade foi conduzida pelo reitor e vice-reitor da UFPI, Gildásio Guedes e Viriato Campelo, respectivamente; e pela proponente da homenagem, professora Zulmira Lúcia Oliveira Monte, também da UFPI.
+Saiba mais: UFPI entrega Medalha do Mérito em Saúde à pesquisadora da Fiocruz, Tânia Celeste
Durante a homenagem, Gildásio Guedes destacou a importância de valorizar os pesquisadores que atuam na construção de conhecimento e na formação de profissionais de excelência. Já o vice-reitor, Viriato Campelo, que foi também aluno dessa primeira turma do curso de especialização em Saúde Pública - chamada na época de turma de saúde pública moderna do Piauí - enfatizou que os resultados dessa formação tiveram consequências positivas que são sentidas até os dias de hoje. "Não só a Universidade ganhou, mas a sociedade também”, afirmou Campelo.
"Educação não é uma coisa que se dá, é uma coisa que se alimenta"
A homenageada, professora Tania Celeste, contou que a emoção foi enorme não somente pela valorização da Medalha em si, mas especialmente por tê-la feito rememorar toda a história desse trabalho que realiza há algumas décadas. Como destaque da síntese apresentada sobre seu perfil, ela apontou o apoio à formação de quadros para o Estado por meio dos cursos descentralizados, é claro, mas destacou o histórico que traçaram sobre sua vida. Segundo ela, essa é uma característica dessa premiação. Focam em um fato, mas analisam o perfil também, atestando que o premiado é consoante com as ideias que eles têm sobre o conceito de educador.
"Sinto muita gratidão por ter seguido um caminho onde eu posso, a essa altura da vida, colher esses frutos. Eu acho que a maior alegria do educador é quando reconhecemos que os educandos, os nossos estudantes, alunos de antigamente, tornam-se maiores do que você, maiores do que tudo, principalmente num país que precisa tanto de quadros da saúde pública. E lá tinham vários bons exemplos. Recentemente, com a pandemia de Covid-19, vimos a importância disso, de dispor dos sanitaristas Brasil afora", comentou ela.
A expansão da especialização em saúde pública no Brasil
Tania lembrou que a política de formação descentralizada implementada a partir de 1975 pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) foi realmente muito abrangente e instalou no Brasil uma nova lógica. "Em 1977, fiz o curso na Bahia e nunca mais me apartei dos cursos descentralizados", disse ela, contando ainda que foi aluna em 1977, mas nos anos subsequentes passou a dar aula e/ou coordenar as turmas. "Em 1990, na gestão de Paulo Buss à frente da Ensp, vim para o Rio de Janeiro e assumi a coordenação dos cursos descentralizados na Escola. Lembro sempre que muitas pessoas me antecederam nesse trabalho, como Elsa Paim, Célia Leitão, Joaquim Alberto Cardoso de Melo e Hélio Uchôa, que foi a pessoa que instituiu os cursos descentralizados na Ensp, em 1975, sempre fundamentados a partir de uma parceria entre a Ensp, as secretarias estaduais de saúde e as universidades locais. E destaco ainda aqueles que comigo trabalharam: Sergio Koiffman, Otávio Cruz, José Inácio Jardim Motta, entre outros. Todas essas memórias passaram em minha cabeça durante a homenagem. Quantos companheiros e que riqueza de projeto é esse que planta, que joga sementes Brasil afora, trazendo para nós um resultado fantástico, e agora esse reconhecimento dado pelas instituições", se alegrou Tania.
"Essa homenagem foi muito afetuosa", disse ela, destacando ser muito agradecida à reitoria da Universidade e aos colegas que a propuseram, pois, segundo Tania, são companheiros. "Na verdade, esses cursos descentralizados instituíram, talvez, uma noção de família nacional de sanitaristas. E ao longo dos anos vamos revisitando essa família, ora no congresso de Ciências Sociais da Abrasco, ora no Abrascão, ora no de Epidemiologia... Os laços feitos com esses estados instituíram um caminho de ida e volta, porque educação é isso: não é uma coisa que se dá, é uma coisa que se alimenta a partir de um diálogo permanente. Professores e alunos aprendem e as instituições crescem e se fortalecem. Esse foi a visão de educação para o trabalho com a qual a Ensp sempre trabalhou, uma visão Freiriana sobre a troca em que professor, aluno e instituições beneficiam-se nesse diálogo. Nessa época, na década de 1970, a Ensp se reformulou, em grande articulação com órgãos nacionais e internacionais, a partir, especialmente, do grande entusiasmo e engajamento de figuras como Arlindo Fábio Gómez de Sousa, Sergio Arouca, Dalton Mario Hamilton, Eduardo Costa, entre outros. Portanto, essa homenagem foi também um grande reconhecimento à Escola. Foi um prêmio que dediquei à minha família, mas também a meus companheiros e equipes de todos os tempos que comigo trabalharam", detalhou.
Ainda bastante emocionada, Tania defendeu que os "descentralizados" são o "espelho de um trabalho - nós da Ensp, a Ensp dentro da Fiocruz, nós da Fiocruz e Ensp com os estados -, são grandes famílias que vão se recortando. A Ensp teve grande contato com a diversidade nacional e contribuiu para a formulação de uma política que hoje é permanente, feita por universidades e escolas de saúde pública. E a Escola Nacional fez, e ainda faz, tudo isso com muito afeto, respeito e carinho, por muitas vezes buscando complementaridade, em todas as suas expressões. Tania rememorou também suas experiências de rede, a rede da Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) a rede da Ensp, a Rede de Escolas de Saúde Pública e outras vivências que teve ao longo dos tempos, como as mais recentes, como o trabalho com a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, e com a então vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação e atual ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima.
Presenças especiais e outras homenagens
Muitos ex-alunos da primeira turma estiverem presentes na homenagem em Teresina, como Astrogecílio Nogueira Cavalcante, Celso Pires Ferreira, Conceição de Maria Rodrigues dos Santos, Joana Zélia Arcoverde de Castro e Marideia Neves da Costa. Na ocasião, também foram homenageados os professores Antônio José Medeiros, João Batista Mendes Teles e Raimundo José Cunha Araújo, e as servidoras técnico-administrativas Maria Luiza Macedo de Albuquerque (Lulu) e Maria de Fátima Davis Costa, ambas secretárias da primeira turma de especialização em Saúde Pública do Piauí.
Além disso, participaram da cerimônia: a coordenadora-geral e a coordenadora adjunta de Educação da Fiocruz, respectivamente, Cristina Guilam e Eduarda Cesse; a coordenadora da Fiocruz Piauí, Jacenir Mallet; a professora associada da UFPI e membro do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da Universidade (Nesp/CCS/UFPI) Lúcia Vilarinho; a pró-reitora de Ensino de Pós-Graduação da UFPI, Regilda Moreira Araújo; a diretora da Escola de Saúde Pública do Estado do Piauí, Maria de Jesus Dias; a assessora da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz e coordenadora adjunta do Lato Sensu, Isabella Delgado, e a vice-diretora de Ensino da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Enirtes Caetano.
Em agosto de 2021, a professora e pesquisadora anunciou sua aposentadoria definitiva e apresentou os resultados de seu último projeto – Curso Piloto de Formação Pedagógica de Docentes da Fiocruz: em busca de novos padrões de ensino aprendizagem para as Escolas de Saúde – durante uma Câmara Técnica de Educação, uma iniciativa da Coordenação-Geral de Educação da Fiocruz, ligada à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), quando recebeu uma grande homenagem dos colegas de trabalho e amigos de longa data.
+Saiba mais: Com 32 anos de dedicação à Fiocruz, Tânia Celeste recebe homenagem durante Câmara Técnica de Educação
Já em maio de 2014, após sete anos à frente da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública, a entao pesquisadora da ENSP, Tania Celeste, deixou a condução da secretaria executiva da Rede. Em entrevista à Ensp TV, Tania Celeste falou sobre o projeto de criação dessa Rede, o processo de acreditação dos cursos e as principais ações da Rede fazendo um grande balanço de sua gestão.
+Saiba mais: Pesquisadora faz balanço de gestão à frente da Rede de Escolas
Dar visibilidade à pesquisa em Humanidades e à atuação dos distintos grupos de pesquisa deste campo no Brasil é a proposta do site Humanamente - Divulgação Científica em Humanidades, lançado em junho, em iniciativa liderada pela pesquisadora Luisa Massarani, coordenadora do Instituto Nacional de Comunicação da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), que tem sede na Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).
O site apresenta as seções Ágora, Eclética e Nós das Redes, além de Bastidores. A primeira apresenta pesquisas em humanidades, com ênfase no contexto brasileiro, enquanto a seção Eclética destaca iniciativas interessantes de pesquisa e/ou divulgação científica em humanidades. Em Nós das Redes, o objetivo é permitir a articulação entre grupos de humanidades, apresentando as iniciativas contempladas no edital Pro-Humanidades do CNPq (edital 040/2022) e grupos de pesquisa em humanidades deste Conselho.
Os criadores do novo site explicam que a ideia é dar visibilidade aos projetos contemplados no Edital Pro-Humanidades do CNPq, no qual "Humanamente" também se insere, sem excluir outros estudos.
A nova plataforma é uma parceria com a Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD) e do Canal Saúde (Fiocruz), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
#ParaTodosVerem Banner com fundo verde, a logo do site e o nome “Humanamente – Divulgação Científica em Humanidades”. No rodapé, o endereço do site: humanamente.fiocruz.br.
A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) está com inscrições abertas para a seleção 2023 do mestrado acadêmico do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS/COC). O programa é destinado a profissionais de nível superior portadores de diplomas, preferencialmente, das seguintes áreas do conhecimento: ciências humanas, ciências sociais, ciências da saúde, ciências biológicas e ciências biomédicas. Neste processo, são oferecidas bolsas para os alunos e todas as etapas da seleção serão realizadas à distância. As inscrições estão disponíveis até 31 de janeiro de 2023.
O objetivo do programa é a formação, no âmbito das ciências humanas e sociais em nível de mestrado acadêmico, de recursos humanos altamente capacitados para o desenvolvimento de pesquisas nas áreas de história das ciências e história da saúde, bem como o exercício do magistério em cursos de graduação e pós-graduação.
O edital oferece três linhas de pesquisa:
História das Ciências: Saberes, Lugares e Práticas
Compreende estudos sobre a constituição histórica das ciências como forma de conhecimento e prática sócio-cultural que se distingue e se organiza segundo critérios epistemológicos, sociais e institucionais referidos a contextos históricos específicos. Congregando diferentes abordagens da historiografia e dos estudos sociais da ciência, busca-se compreender as ciências como atividade inscrita nas dinâmicas da cultura e da sociedade e que ao mesmo tempo impacta e conforma tais dinâmicas.
História das Políticas, Instituições e Profissões em Saúde
Compreende investigações sobre a saúde como objeto de políticas, instituições e profissões específicas em distintos contextos sócio-culturais. Tem como perspectiva geral analisar as ideias, ações e práticas coletivas, públicas e voluntárias, organizadas institucionalmente para assistir, proteger e socorrer os indivíduos e a sociedade dos efeitos da doença e da pobreza. Busca também investigar as distintas concepções de saúde – e as práticas, espaços e profissões a elas relacionadas – por parte de grupos sociais diversos (do Estado e da sociedade civil), bem como a relação entre o campo da saúde e as dinâmicas e esferas mais amplas da vida política e social.
História da Medicina e das Doenças
Reúne pesquisas sobre as doenças enquanto fenômenos socioculturais historicamente constituídos e os saberes, práticas, grupos e profissões que as conceituaram e enfrentaram, os quais incluem tanto a medicina dita “científica” ou “oficial”, quanto os conhecimentos e ofícios considerados “populares” ou alternativos a ela. Nesse sentido, contempla estudos sobre as disputas e acomodações entre as distintas racionalidades médicas e a construção de hegemonia da autoridade médica nos discursos e práticas relativos às doenças e às artes de curar. Busca analisar os processos pelos quais indivíduos e grupos (tanto pacientes quanto médicos e demais atores) representaram, conferiram significados e agiram face à experiência da doença e do adoecimento, e como tal experiência produziu impactos sobre a percepção e a organização do mundo social, bem como inflexões nas identidades individuais e coletivas.
Ao todo, são oferecidas 12 vagas, distribuídas pelas linhas de pesquisa acima descritas, sendo reservadas 7% para candidatos(as) que se declararem Pessoa com Deficiência, 20% para candidatos(as) que se autodeclararem Negros (pretos e pardos) e 3% aos que se autodeclararem Indígenas, em concordância com a Portaria PR Fiocruz 491, de 20 de setembro de 2021.
O curso será realizado em regime de dedicação integral e o aluno terá o mínimo de 12 meses e o máximo de 24 meses para concluir o total de créditos exigidos. As aulas serão ministradas no Campus da Fiocruz, Manguinhos, Rio de Janeiro – RJ, em dias e horários estabelecidos na programação acadêmica de cada semestre letivo.
O curso é gratuito e não serão cobradas taxas de inscrição, matrícula e/ou mensalidade. O programa dispõe também de uma quota limitada de bolsas de estudo, não havendo nenhum compromisso, por parte do programa, com a concessão de bolsas para todos os alunos.
Confira aqui o edital do processo seletivo.
Para maiores informações sobre as inscrições e a concessão de bolsas, o candidato pode entrar em contato pelo e-mail selecaoppghcs@fiocruz.br, colocando como assunto "Seleção Mestrado".