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Publicado em 03/11/2021

Nota técnica da Fiocruz orienta para retorno seguro às aulas escolares presenciais

Autor(a): 
Camile Duque Estrada (Agência Fiocruz de Notícias)

Fiocruz lança nota técnica que reúne orientações e recomendações para o retorno das atividades escolares de forma 100% presencial em cenário ainda pandêmico. Elaborado pelo Grupo de trabalho (GT) da Fiocruz com coordenação da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), o documento aponta a vacinação como ponto central para flexibilização das medidas sanitárias.  

Atualmente no Brasil, mais de 100 milhões de indivíduos estão com vacinação completa. É possível observar a diminuição do número de casos, internações e óbitos, o aumento da capacidade de leitos livre na rede hospitalar e aumento progressivo da cobertura vacinal de funcionários da educação e adolescentes acima de 12 anos de idade, cenário que favorece o retorno gradual das atividades escolares presenciais. No entanto, a publicação alerta para a transmissão do vírus, que muda de acordo com a variante dominante na comunidade e com a taxa de cobertura vacinal.

Dessa forma, os indicadores para retorno às aulas presenciais têm sido revistos ao longo da pandemia e atualizados de acordo com a vacinação, tendo em vista a redução de casos e mortes, bem como a necessidade de leitos para outras doenças. A recomendação é que cada município utilize indicadores que expressem o atendimento na sua rede de urgência e emergência, que avaliem e garantam o controle da pandemia e a baixa transmissão comunitária do vírus Sars-CoV-2. Entre os indicadores sugeridos pelo GT da Fiocruz estão a porcentagem de testes diagnósticos positivos menor que 5%, nos últimos sete dias; taxa de contágio com valor R menor que 1 (ideal 0,5) por um período de, pelo menos, sete dias e a taxa de vacinação acima de 80% da população total. 

No entanto, a publicação alerta para a transmissão do vírus, que muda de acordo com a variante em circulação na comunidade e com a taxa de cobertura vacinal. Nesse contexto, o retorno às aulas e demais atividades educacionais, considerado de fundamental relevância pelo GT, exige a avaliação e implementação de medidas de biossegurança e vigilância em saúde. Entre as observações apontadas, destacam-se soluções de ventilação em ambientes fechados para redução da transmissão do vírus; instauração de inquéritos internos para estimar a cobertura vacinal entre trabalhadores, estudantes e familiares; além de ações de sensibilização e adesão à vacinação. 

Medidas para diminuir o contato entre os alunos, tais como a ampliação do número de horas de atividades e dias da semana, bem como novo planejamento para atividades de lazer, recreação e atividade física com taxas de ocupação das salas de aulas condicionadas à transmissão do vírus, também são orientações que podem compor esta nova fase. Na educação infantil, a divisão em pequenos grupos (coortes) que convivam entre si durante o dia segue indicada, uma vez que não é possível manter o distanciamento e os estudantes não estão vacinados.

O uso de máscaras permanece sendo imprescindível em transportes públicos e ambientes fechados, sendo recomendado o modelo com cobertura de nariz e boca, mesmo para pessoas com esquema vacinal completo. A nota ressalta, ainda, que o número de adolescentes vacinados com a primeira dose da vacina contra a Covid-19 ainda é baixo, o que torna a faixa etária de 12-18 anos mais suscetíveis ao vírus.

Com relação à suspensão das atividades escolares, o documento aponta que, nesse momento, ela deve estar vinculada à verificação de uma cadeia de transmissão local e não mais individual. As rotinas de investigação e acompanhamento de casos suspeitos e confirmados continua sendo relevante, bem como ter os protocolos municipais e estaduais como referência e o contato permanente com a vigilância epidemiológica local. O período de isolamento recomendado passou para 10 ou 7 dias, em período de baixa transmissão comunitária. 

Desde que sejam implementadas as medidas ressaltadas na Nota Técnica, o grupo conclui ser favorável à reabertura 100% presencial das escolas no atual contexto.

 

Imagem: Freepik

Publicado em 29/10/2021

Vigifronteiras dá início a curso com aulas abertas

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Nos dias 8 e 12 de novembro, o Programa Educacional Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) realizará sua semana de recepção ao novos alunos com aulas abertas a todos os interessados na temática do curso. A primeira atividade debaterá os desafios na formação de profissionais e seus impactos na gestão, e será proferida pelo infectologista da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Julio Croda, no dia 8/11, às 10h. Já no dia 12, às 9h, o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública, Paulo Sabroza falará sobre a vigilância em saúde num cenário de crise. A semana de recepção conta ainda com atividades de acolhimento e outros momentos voltados especificamente aos 75 novos alunos. As apresentações públicas serão transmitidas pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube. O Programa VigiFronteiras-Brasil é uma iniciativa da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), com o apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). 

A coordenadora do VigiFronteiras-Brasil, Eduarda Cesse, falou sobre o entusiasmo do início da turma após quase dois anos de preparação, destacando que a formação de profissionais, mestres e doutores, é estratégica. "Particularmente neste momento de grave crise sanitária, a área de vigilância reveste-se de grande importância e essa formação dará suporte à gestão desse campo na região de fronteiras do Brasil com os países sul-americanos vizinhos”, ressaltou ela, que é também Coordenado-Geral Adjunta de Educação da Fiocruz. 

Durante a recepção dos novos alunos, haverá o acolhimento acadêmico do corpo discente pela Coordenação do VigiFronteiras-Brasil e representantes das instituições que formam o consórcio: Programas de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente e Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e o Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (ILMD/Fiocruz Amazonas), além de docentes da Fiocruz Mato Grosso do Sul. Os alunos serão brindados ainda com apresentações dos corais da Fiocruz e da Fiocruz Pernambuco.

Programa VigiFronteiras-Brasil

O Programa VigiFronteiras-Brasil foi lançado em março de 2021 e teve seu processo seletivo realizado de forma remota. Mais de mil candidatos se inscreveram, a maioria gestores e profissionais de saúde brasileiros e estrangeiros que atuam nas fronteiras do Brasil com outros países da América do Sul. Desses, 75 foram selecionados, sendo 15 estrangeiros. Eles irão cursar mestrado ou doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente, Saúde Pública e Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia. Os cursos são presenciais, mas enquanto a emergência sanitária pela Covid-19 perdurar, as atividades acadêmicas desenvolvidas pelos programas consorciados serão oferecidas na modalidade remota (online) nos polos determinados para a oferta: Escritório Regional da Fiocruz de Mato Grosso do Sul, Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Manaus) e Instituto Federal do Amazonas (Tabatinga/AM). 

O Brasil tem uma enorme fronteira territorial com os demais países da América do Sul que se caracteriza por um intenso fluxo de populações. Essa movimentação interfere no padrão de ocorrência das doenças, na circulação de patógenos e no funcionamento dos sistemas de saúde dos países que têm fronteiras uns com os outros. Por conta dessas características, é importante que os profissionais de saúde que atuam nessas localidades (na gestão do sistema de saúde ou na assistência), conheçam um pouco mais dessa dinâmica populacional e como ela interfere nos padrões epidemiológicos e no funcionamento dos serviços prestados. É estratégico estarem preparados para responder adequadamente as necessidades de saúde dessas populações. Nesse cenário, foi criado VigiFronteiras-Brasil. 

Seu objetivo é formar mestres e doutores para contribuir com o fortalecimento das ações e serviços de vigilância em saúde nas regiões da faixa de fronteira do Brasil e nos países vizinhos (Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela, e uma Região Ultramarina da França, a Guiana Francesa). O doutorado tem duração mínima de 24 meses e máxima de 48 meses. Já no mestrado, o tempo mínimo para conclusão é de 12 meses e máximo de 24 meses. 

Confira a programação aberta detalhada:

8/11 -  segunda-feira 

9h – Mesa de abertura
Nísia Trindade Lima - Presidente da Fiocruz
Cristiani Vieira Machado - Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz)
Representante do Centro de Relações Internacionais da Fiocruz (Cris/Fiocruz)
Eduarda Cesse  - Coordenadora-Geral Adjunta de Educação da Fiocruz (CGE/Vpeic/Fiocruz)
Representante da Opas/OMS
Representante da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde

9h50 – Boas-vindas da coordenação
Cristiani Vieira Machado - Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz)
Eduarda Cesse  - Coordenadora-Geral Adjunta de Educação da Fiocruz (CGE/Vpeic/Fiocruz)
Andréa Sobral - Coordenadora Pedagógica do Programa VigiFronteiras-Brasil

10h – Vigilância em Saúde nas fronteiras: os desafios na formação de profissionais e seus impactos na gestão
Palestrante: Júlio Croda - infectologista, Pesquisador da Fiocruz Mato Grosso do Sul e Professor da UFMS)

Transmissão: https://youtu.be/rhbXn3IVGO4a

12/11 - sexta-feira - 9h

9h – O papel da Vigilância em Saúde no cenário de emergências em Saúde Pública
Palestrante: Paulo Sabroza - professor e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz)
Debatedores: 
Paulo Peiter - pesquisador do Laboratório de Doenças Parasitárias do IOC/Fiocruz
Carlos Machado - pesquisador da Ensp/Fiocruz, coordenador do Centro de Estudos para Emergências e Desastres em Saúde e (Cepedes) e do Observatório Covid-19, ambos da Fiocruz. 
Mediação: 
Andréa Sobral - pesquisadora da Ensp/Fiocruz e coordenadora pedagógica do Programa VigiFronteiras-Brasil

11h – Encerramento

Transmissão: https://youtu.be/OMmh_A8clC

Publicado em 03/11/2021

Educação: Fiocruz realizará seminário internacional sobre cooperação com Moçambique

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A Fiocruz é uma instituição que tradicionalmente estabelece cooperações com diferentes instituições brasileiras e internacionais buscando inovar e ampliar seu escopo de atuação, assim como fomentar o desenvolvimento de organizações parceiras. A relação com Moçambique, país africano com o qual temos importantes laços culturais e históricos, já vem de décadas e se dá em diferentes áreas. Para compartilhar experiências de ambos os países no âmbito da cooperação estruturante em saúde, será realizado, no dia 11 de novembro, o Seminário Internacional Fiocruz-Moçambique: Projeto Coopbrass e perspectivas estruturantes para a cooperação Sul-Sul. 

O encontro virtual reunirá pesquisadores e professores brasileiros e moçambicanos, será aberto ao público e transmitido ao vivo pelo canal da Videosaúde Distribuidora no Youtube.

A programação terá início às 9h e conta com apresentações sobre as experiências dos países; o histórico e contexto das cooperações entre Brasil e Moçambique; e ainda perspectivas futuras do Programa de Cooperação Estratégica com o Sul Global (Projeto Coopbrass), e outras iniciativas que envolvem os dois países. 

Para a coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse, a realização deste encontro será um rico momento de compartilhamento de experiências entre Brasil e Moçambique. “No âmbito dessa parceria, importantes iniciativas vêm contribuindo para o avanço da cooperação estruturante em saúde, por meio da formação de profissionais, do desenvolvimento de pesquisas e, consequentemente, do fortalecimento do sistema de saúde em Moçambique. O Projeto Coopbrass, liderado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC), vem corroborar com essas iniciativas", detalhou Eduarda. 

A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, ressaltou a importância da área da educação nessa cooperação com os países latino-americanos e os africanos de língua portuguesa. Ela contou que, no caso de Moçambique, "a parceria com o Instituto Nacional de Saúde, que acontece há mais de uma década, já permitiu a formação de cerca de 60 mestres em Ciências da Saúde e em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde. No projeto Coopbrass, essa cooperação envolve também a Universidade Lúrio, e permitirá fortalecer iniciativas de ensino e pesquisa com as duas instituições". 

Confira a programação completa e acompanhe o encontro ao vivo no canal da Videosaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube.

Publicado em 28/10/2021

"Envelhecimento chegará mais rápido no Brasil", aponta pesquisadora. CVF destaca formações sobre a temática

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

A partir de análises e explorações feitas em celebração ao mês do Idoso,comemorado em outubro, a socióloga e pesquisadora do Instituto de Comunicação e Informação Científica em Saúde (Icict/Fiocruz), Dalia Romero, apontou que envelhecer em nosso país é perigoso. Segundo ela, o envelhecimento vai chegar mais cedo no Brasil em virtude da grande perda de qualidade de vida que temos, fato que já era realidade desde antes da pandemia. Nesse âmbito, o Campus Virtual Fiocruz lembra de dois cursos lançados neste ano de 2021 voltados aos cuidados com essa população: "Pessoa idosa e a Covid-19: prevenção e cuidados em domicílio" e "Cuidado de Saúde e Segurança nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) no contexto da Covid-19", ambos online, gratuitos e com inscrições abertas! Leia sobre as reflexões feitas por Dalia Romero e inscreva-se nos cursos do Campus Virtual Fiocruz!

+ curso Cuidado de Saúde e Segurança nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) no contexto da Covid-19 - Inscreva-se já!

A formação foi desenvolvida em parceria entre o Campus Virtual Fiocruz, o Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente (Proqualis) e o Comitê de Saúde da Pessoa Idosa, ambos ligados ao Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Ela é composta de seis aulas, com um total de 12h de carga horária. Entre os temas abordados nas aulas estão: medidas de prevenção e controle da disseminação de doenças; cuidados em áreas comuns; fragilidade e violência; vacinação para proteção da Covid-19 nas ILPIs; contatos sociais em tempos de isolamento; estratégias de comunicação para garantir o contato da pessoa idosa com a sua família ou comunidade; recomendações para a comunicação de notícias difíceis; entre outros.

+curso Pessoa idosa e a Covid-19: prevenção e cuidados em domicílio - Inscreva-se já!

A formação também foi desenvolvida pelo Campus Virtual Fiocruz em parceria com o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e busca atualizar as pessoas envolvidas no cuidado de pessoas idosas em ambiente domiciliar e demais interessados nessa temática. O curso, online e gratuito, tem carga horária de 20h e está organizada em sete aulas. A ideia é que, ao final do curso, os participantes sejam capazes de compreender e realizar as medidas sanitárias preconizadas para a prevenção e controle da infecção por Covid-19 no contato com pessoas idosas que necessitam de apoio ou auxílio para a realização de suas atividades cotidianas. Também é objetivo do curso que os alunos conheçam os serviços de saúde no território que prestam atendimento em casos de suspeita e/ou confirmação de infecção por Covid-19. Além do conteúdo programático, os alunos terão acesso à bibliografia utilizada no curso, a materiais complementares e a um conjunto de Perguntas e Respostas sobre o tema (FAQ).

Leia a matéria na íntegra: Mês do idoso: pesquisadora analisa o envelhecimento no Brasil

Os apontamentos da pesquisadora, que é chefe do Laboratório de Informação em Saúde (LIS/Icict/Fiocruz) foram desenvolvidos a partir de décadas de pesquisas e seminários com foco no envelhecimento e saúde do idoso. 

“Cada vez mais, o envelhecimento vai chegar mais cedo no Brasil, devido à grande perda que temos em qualidade de vida em geral, que já vem de antes da pandemia”, comentou Dalia, lembrando que há dois anos, em 2019 – bem antes da chegada da Covid-19, portanto – já eram sentidos os indicadores de uma perda da qualidade de vida para as pessoas idosas. 

“Em 2019, perto do Dia Mundial do Idoso, já falávamos inclusive em gerontocídio, ocasionado pelo abandono das políticas públicas e serviços de saúde como foi o corte do investimento em saúde e a recente reforma da previdência que, na prática, acabou com a possibilidade de aposentadoria, reduziu as pensões e feriu de morte o sistema previdenciário. A volta do Brasil ao mapa da fome também anunciava o gerontocidio. Passar fome para uma pessoa idosa que sofre com a diversas doenças e limitações é reduzir acentuadamente sua capacidade de sobrevivência", comentou. 

Dalia reforçou ainda que o principal obstáculo para garantir a saúde do idoso é a falta de um suporte social. A pandemia mostrou que ser rico ou de classe média não garante à pessoa idosa ter ajuda e cuidados adequados, que é preciso um pacto social para defender a Estratégia de Saúde da Família e o SUS para todas e todos façam prevenção, com visitação em casa para evitar doenças crônicas que afetam a qualidade de vida. A tecnologia médica do século 21 teve avanços para que a gente sobreviva a muitas doenças que antes matavam, mas são as políticas de estado que irão garantir uma sociedade inclusiva, que permita envelhecer sem medo. A pandemia para as pessoas idosas poderia ter sido menos ameaçadora se a atenção básica estivesse fortalecida, se tivesse mapeamento dos endereços e contatos das pessoas idosas e tivéssemos feito, como em alguns países, redes de atenção telefônica, visitas domiciliares para atenção, promoção e prevenção. No Brasil, nem ricos nem pobres tiveram essa atenção.

Familiares que cuidam de pessoas idosas também sofrem muito, sentem-se isolados, tristes, como verificamos com a Pesquisa ConVid – Pesquisa de Comportamento, realizada em 2020 durante a pandemia e coordenada pelo Icict. “No Rio, em algumas favelas, como Maré e Manguinhos, por conta da iniciativa de instituições como a Fiocruz, vimos capacidade de organicidade de solidariedade – com grupos de mulheres negras, de jovens já acostumados a resistir, que tentaram proteger à população idosa. Não conheço iniciativa similar em bairros nobres e de classe média”, afirma. Segundo Dalia, a pandemia trouxe um elemento novo, e ruim, para idosos e idosas: o isolamento na hora da morte.

“A maioria das pessoas tem a fantasia de que irá morrer bem, dormindo e de infarto. Mas, essa não é a realidade. A pandemia nos ensinou um novo medo de morrer, que não é exatamente o medo da morte, mas, sim, do tipo de morte que se aproxima. Hoje, temos muito medo de morrer mal – que é terminar a vida sozinho e isolado num quarto de hospital. A pandemia ilustrou bem isso. No futuro, quando virmos as fotos do que foi a pandemia, a imagem mais forte será a de pessoas morrendo sozinhas num quarto, muitas vezes intubadas, mas principalmente sozinhas, isoladas, porque todos em volta tinham medo do contato, da proximidade.”

A pesquisadora, que trabalha com questões do envelhecimento há quase duas décadas, acredita que a pandemia aumentou a ignorância sobre o processo de envelhecimento e a saúde do idoso. 

A chefe do LIS critica também a falta de atenção da comunidade científica em relação à saúde dos idosos e idosas. “Acho que as instituições de fomento de pesquisa têm que incorporar o envelhecimento e a saúde do idoso em suas iniciativas. Entre os editais de pesquisas realizadas em 2020 e 2021, são muito poucas, poucas mesmo, que têm alguma frase relativa ao envelhecimento. Vejo uma resistência cultural por parte dos grupos organizados que definem as pautas das pesquisas e dos investimentos em Saúde.”
Dalia enfatiza a necessidade de se envolver, por força de lei, o Estado e a sociedade na proteção das pessoas idosas, defesa da dignidade e bem-estar, garantindo-lhes o direito à vida, como promulga o artigo 230 de nossa Constituição. 

E chama a atenção para a desigualdade do envelhecimento: “Não é qualquer um que chega a idoso no Brasil. Alta proporção de população pobre, indígenas e negras, morrem antes de fazer sessenta anos”. Então, quem tem direito a envelhecer no Brasil?

Finalizando, Dalia lembra a adesão, do Brasil, em 2020, ao plano “Década do Envelhecimento Saudável 2020-2030”, lançado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que tem quatro áreas de atuação: 1) Mudar a forma como pensamos, sentimos e agimos com relação à idade e ao envelhecimento; 2) Garantir que as comunidades promovam as capacidades das pessoas idosas; 3) Entregar serviços de cuidados integrados e de atenção primária à saúde centrados na pessoa e adequados à pessoa idosa; e 4) Propiciar o acesso a cuidados de longo prazo às pessoas idosas que necessitem.  

Dalia Romero participou no lançamento dos resultados do mais recente trabalho – a Pesquisa Nacional sobre as Condições de Trabalho e Saúde das Pessoas Cuidadoras de Idosos na Pandemia, no qual é coordenadora adjunta com o professor e pesquisador Daniel Groisman, da EPSJV-Fiocruz, enfatizando que numa sociedade digna deve-se cuidar de quem cuida.

 

*com informações de PH de Noronha (Icict/Fiocruz)

Publicado em 22/10/2021

Pandemia: Nações Unidas realiza pesquisa com juventude da América Latina e Caribe

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Como os jovens da América Latina e o Caribe estão vivendo depois de quase dois anos de pandemia? Quais são suas preocupações presentes e futuras? Essas são as perguntas norteadoras da segunda pesquisa realizada pelas Nações Unidas sobre a Juventude da América Latina e do Caribe no Contexto da Pandemia de Covid-19. O inquérito é voltado a jovens entre 15 e 29 anos. A Juventude 2030 estabelece como uma de suas prioridades ampliar as vozes dos jovens para promover uma vida pacífica, justa e sustentável. Assim, as informações desta pesquisa permitirão conhecer melhor a situação, realidades e necessidades dos jovens da região com vista à implementação da Agenda 2030, que por sua vez servirá de guia para o trabalho futuro do Fundo da População das Nações Unidas (Unfpa). O questionário pode ser respondido até 31 de outubro.

Responda aqui ao questionário! 

Segundo o Unfpa, é previsto que o impacto da pandemia aumente as desigualdades existentes, afetando majoritariamente os adolescentes e jovens, e que os mesmo terão diminuídas as suas possibilidades de desenvolvimento ao enfrentar um exercício limitado de seus direitos humanos. Nesse sentido, as Agências do Sistema das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe que integram o Grupo de Trabalho sobre Juventude da Plataforma de Colaboração Regional para a América Latina e o Caribe elaboraram essa pesquisa, pois acreditam que para traçar uma rota para a recuperação exitosa, é
necessário contar com a voz das pessoas jovens. 

A participação é totalmente voluntária, e os organizadores do inquérito pedem que os participantes pensem cuidadosamente sobre suas respostas. Além disso, vale ressaltar que as informações individuais desta pesquisa são confidenciais e as respostas são anônimas. 

A primeira pesquisa regional ocorreu em maio de 2020 e contou com a participação de 7.700 jovens. A partir das experiências relatadas na primeira rodada, foram realizados ajustes ao questionário, chegando neste segundo levantamento de informações, que estará disponível para preenchimento até o dia 31 de outubro de 2021.
 

Publicado em 21/10/2021

Fiocruz lança curso online e gratuito sobre Vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A pandemia de coronavírus mexeu com o mundo, alterando processos e rotinas em diferentes instâncias. No entanto, apesar de ainda matar centenas de pessoas por dia no Brasil, outras doenças, como a dengue, a Zika e a Chikungunya, continuam circulando entre a população e não podem ser negligenciadas, pois apresentam alto potencial epidêmico em nosso país. Buscando disseminar conceitos teóricos do monitoramento de doenças transmissíveis, assim como instrumentalizar profissionais para a tomada de decisão em salas de situação dedicadas à vigilância de arboviroses urbanas e de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), a Fiocruz acaba de lançar o curso InfoDengue e InfoGripe: Vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis em parceria com o Ministério da Saúde. A formação, online, gratuita e autoinstrucional, está com inscrições abertas.

Inscreva-se já!

Esta é a décima iniciativa do Campus Virtual Fiocruz – sempre em articulação com unidades da Fundação e outras instituições de ensino e pesquisa – lançada no âmbito da pandemia de Covid-19 e insere-se num esforço ímpar de formação voltada aos profissionais de saúde. Segundo a coordenadora do CVF, Ana Furniel, “estamos todos vivendo um período muito difícil. Mas os profissionais de saúde trabalharam no limite. A Fiocruz, a cada novo curso, fortalece sua missão de capacitar esses profissionais para o SUS, e a equipe do Campus tem feito a sua parte para ajudar, disseminando conhecimento em todas as partes do Brasil, e até para além dele, sempre estabelecendo parcerias e estimulando o trabalho em rede”. O curso tem foco na atualização de profissionais da vigilância em saúde das secretarias municipais e estaduais de Saúde, mas é aberto a todos os interessados na temática. A coordenação acadêmica da formação está a cargo da pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), Cláudia Torres Codeço, e integra uma iniciativa do Ministério da Saúde para a capacitação de profissionais da saúde que trabalham em vigilância de arboviroses e síndromes gripais.

Cláudia ressaltou que a pandemia ainda está em curso e precisa de atenção. No entanto, muitas doenças de importância em saúde pública foram de certo modo negligenciadas em 2020 e 2021 por razões óbvias, destacou ela, afirmando que “não há mais trégua, precisam voltar à pauta da saúde. Arboviroses urbanas e outras síndromes respiratórias como a Influenza são agravos com potencial epidêmico em nosso país. Em particular, a chegada do verão dá início também à estação da dengue em quase todo o país, com a incidência de dias quentes e chuvosos. Alguns sistemas de alerta, como o Infodengue e o Infogripe, têm contribuído para o monitoramento desses agravos, porém, é possível explorar muito mais deles para a vigilância epidemiológica dos municípios e estados brasileiros",alertou.

A pesquisadora destacou ainda que a pandemia nos mostrou a importância da informação rápida e qualificada para a tomada de decisão em diferentes instâncias da gestão em saúde. “A integração de dados e modelos, que por um tempo ficou em segundo plano no setor da saúde, tornou-se o presente e o futuro da vigilância de doenças transmissíveis. Termos como “nowcasting”, “forecasting”, “número reprodutivo” e “modelo matemático” entraram definitivamente no vocabulário do epidemiologista em ação”, comentou ela.

Ao final do curso, espera-se que os profissionais sejam capazes de compreender conceitos teóricos do monitoramento de doenças transmissíveis, pois tais conhecimentos os permitirão identificar cenários de risco e a leitura-interpretação dos boletins dos sistemas Infodengue e Infogripe em diferentes contextos.

Conheça a formação:

Módulo 1: Epidemiologia e vigilância

  • Unidade 1: Introdução aos determinantes ambientais, sociais e imunológicos de doenças transmissíveis
  • Aula 1: Pessoa, tempo e lugar
  • Aula 2: Breve história das arboviroses urbanas no Brasil
  • Aula 3: Determinantes da saúde
  • Unidade 2: Vigilância epidemiológica de arboviroses e doenças respiratórias agudas  
  • Aula 1: Tipos de vigilância em saúde
  • Aula 2: A importância da definição de caso
  • Unidade 3: Indicadores de performances
  • Aula 1: Indicadores de performance da vigilância em saúde
  • Aula 2: Infogripe e Infodengue - plataformas para aumentar performance da vigilância de arboviroses urbanas e síndromes gripais

Módulo 2: Vigilância e sistemas de informação

  • Unidade 1: Infogripe
  • Unidade 2: Infodengue
  • Unidade 3: Métodos analíticos dos sistemas Infodengue e Infogripe (formato e-book)

Os módulos desenvolvidos compreendem textos, vídeos e áudios, organizados com bastante dinamismo e interação. Por meio de todos esses recursos, aliado ao fórum permanente de interação entre alunos, a ideia da formação é proporcionar um ambiente agradável e rico para o estudo e a compreensão de conceitos teóricos e práticos aplicados ao monitoramento de doenças transmissíveis, incluindo número reprodutivo, receptividade ambiental, limiares epidêmicos, e nowcasting, novo conceito que busca identificar cenários de risco e a leitura-interpretação dos boletins dos sistemas InfoDengue e Infogripe em diferentes contextos.

O curso é dividido entre as bases da epidemiologia e vigilância, e as práticas específicas dos sistemas de Vigilância e de Informação. Aos participantes, ainda é possível se aprofundar nos aspectos mais técnicos das metodologias analíticas desenvolvidas e adaptadas para a geração de alertas epidemiológicos para arboviroses e SRAG implementadas no Infodengue e Infogripe pelo e-book “Métodos analíticos dos sistemas Infodengue e Infogripe”.

Para melhor aproveitamento do curso, é recomendado que o aluno tenha tido experiência prévia com a vigilância dos agravos citados, participando da coleta, registro ou análise dos dados do Sistema de Informação de Agravo de Notificações (Sinan) ou do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep/MS).

Publicado em 08/10/2021

Fiocruz lança novo curso sobre gestão de risco de emergências em saúde pública no contexto da Covid-19

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Os impactos das mudanças climáticas e ambientais na saúde das populações é uma temática que já vem sendo estudada há algumas décadas. No entanto, nos últimos anos, eventos extremos, como grandes desastres ambientais e, mais recentemente, a pandemia causada pelo novo coronavírus evidenciaram mais uma vez a premente necessidade de se estar preparado para o enfrentamento e gestão dos riscos no âmbito epidemiológico, social, na segurança e saúde do trabalhador, além da preparação e coordenação de medidas de controle e resposta. Por essa razão, o Campus Virtual Fiocruz e o Observatório Covid-19 - Informação para Ação, com o apoio do programa Vigiar SUS do Ministério da Saúde, lançam hoje o curso Gestão de risco de emergências em saúde pública no contexto da Covid-19. A formação - online, gratuita e autoinstrucional - é composta de três módulos, divididos em uma carga horária de 70h.

Inscreva-se já!

O objetivo do curso é contribuir para fortalecer as capacidades de preparação e resposta e ir além, produzindo uma mudança qualitativa na forma de enfrentar as emergências em saúde pública, trazendo uma visão prospectiva, tendo como base e apoio o programa Vigiar SUS – lançado pelo Ministério da Saúde para estimular as capacidades de vigilância e respostas às emergências em saúde pública – e a participação do Observatório Covid-19 da Fiocruz, que durante toda a pandemia vem realizando análises e proposições para o enfrentamento da mesma. Ele é dirigido aos interessados na temática da gestão de risco de emergências em saúde pública para Covid-19 no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), mas é aberto a todos os  interessados.

Segundo o pesquisador da Fiocruz e coordenador acadêmico da formação, Carlos Machado de Freitas, o curso busca trazer elementos centrais sobre o tema, que são fundamentais para a compreensão das emergências em saúde pública e a importância da gestão de risco de emergências em saúde pública no contexto das mesmas.

Os módulos da formação abordam o contexto atual da crise sanitária, conceitos e a situação do Sistema Único de Saúde (SUS) nas emergências em saúde pública; a gestão de risco de modo geral, assim como o papel do SUS nas respostas às emergências em saúde pública; e ainda a preparação e resposta, a gestão do conhecimento, da informação logística em saúde pública, a comunicação de riscos, as lições aprendidas e organização do SUS de um modo geral.

Conheça a estrutura do curso Gestão de risco de emergências em saúde pública no contexto da Covid-19

Módulo 1 - Introdução

  • Aula 1 - Contexto das Emergências em Saúde Pública com foco na Covid-19
  • Aula 2 - Conceitos básicos e terminologias em Emergências em Saúde Pública
  • Aula 3 - Premissas básicas e princípios do SUS

Módulo 2 – Gestão de risco de emergências em saúde pública para Covid-19

  • Aula 1 - Introdução à Gestão de Risco em Emergências em Saúde Pública no contexto da Covid-19: tipos, características, fases, etapas e arcabouço legal - políticas e legislação
  • Aula 2 - O papel do SUS no processo gestão de emergências e o arcabouço legal
  • Aula 3 - Preparação para a resposta a emergências em saúde pública no contexto da Covid-19

Módulo 3 – Preparação e resposta às emergências em saúde pública no contexto da Covid-19

  • Aula 1 - Gestão da informação e sistemas de alerta em Emergências em Saúde Pública no contexto da Covid-19
  • Aula 2 - Gestão do conhecimento e comunicação de risco em saúde
  • Aula 3 - Logística para resposta a Emergências em Saúde Pública para Covid-19
  • Aula 4 – Lições aprendidas diante da pandemia e recomendações para o enfrentamento de situações futuras

Gestão de risco prospectiva para o enfrentamento de crises

Para Carlos Machado, que é pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e coordenador-geral do Observatório Covid-19 – Informação para Ação, esse curso traz dois aspectos muito relevantes. O primeiro diz respeito à conexão de ações de resposta e mitigação dos efeitos às ações de prevenção, que são extremamente necessárias, assim como as ações de recuperação e de reconstrução da sociedade após essa atual crise, que é sanitária, social e econômica simultaneamente. Segundo ele, é uma perspectiva que olha não somente para o momento de instabilidade, mas especialmente visa investir na prevenção de momentos anteriores e posteriores à fase mais aguda da crise.

O aspecto seguinte, apontou Carlos, é central e fala sobre uma mudança de paradigma: “Devemos sair de uma abordagem muito reativa, na qual esperamos as emergências acontecerem para nos organizarmos e darmos as respostas necessárias. Passando à gestão de risco prospectiva, na qual o setor saúde deve ter um papel ativo junto às secretarias municipais, estaduais e no âmbito do Ministério no sentido de nos anteciparmos ao que pode acontecer de modo a adotar medidas que evitem que as consequências possam ser mais amplas no tempo, no espaço e de maiores impactos para a vida das pessoas”, defendeu ele.  

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Publicado em 11/10/2021

Fiocruz homenageará alunos e docentes na semana da educação

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Na sexta-feira, 15 de outubro, a partir das 10h, a Fiocruz fará uma grande homenagem aos alunos e docentes contemplados na edição 2021 dos Prêmios Capes de Teses, Oswaldo Cruz de Teses e Medalha Virgínia Schall de Mérito Educacional. A cerimônia é também uma grande oportunidade de homenagear a todos os professores que, de alguma maneira, adaptaram-se, superaram desafios e venceram obstáculos mantendo as atividades educacionais de forma qualificada durante os últimos 19 meses convivendo com a pandemia de Covid-19.  O encontro virtual será transmitido pelo canal da Fiocruz no Youtube.

Durante a semana de 11 a 15 de outubro, a área da educação da Fundação realiza diversas atividades de cunho institucional voltadas aos representantes e coordenadores dos programas de pós-graduação Lato Sensu e Stricto Sensu. 

“A Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz encerra a sua já tradicional semana dedicada à Educação com a premiação dos autores das teses selecionadas pelo Prêmio Oswaldo Cruz de Teses e a entrega da Medalha Virgínia Schall de Mérito Educacional concedidos pela presidência da Fiocruz. Tais honrarias revestem-se de extrema importância pois visam a valorização da formação de profissionais e da produção de conhecimento gerado nos seus programas de pós-graduação, além de reconhecer o papel desempenhado pelos seus pesquisadores no campo da educação”, explicou coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse, destacando que a cada ano temos a grande satisfação de reconhecer excelentes teses, bem como valorizar o empenho de nossos pesquisadores em alavancar a educação na nossa instituição.

Confira a programação:

  • 10h – Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí
  • Mesa de Abertura: Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima; vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado; coordenadora-geral de Educação: Cristina Guilam; coordenador de Articulação Política da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz, Emanuel Rodolpho Moura Batista de Oliveira; presidente da Asfoc-SN: Mychelle Alves Monteiro
  • 10h15 – Homenagem aos professores
  • 10h20 – Celebração ao Prêmio Capes de Tese
  • 10h30 – Entrega do Prêmio Oswaldo Cruz de Tese
  • 11h – Entrega da Medalha Virgínia Schall de Mérito Educacional 
  • 11h45 – Encerramento

Confira os premiados da edição 2021

Prêmio Capes de Tese

           Menções Honrosas: 

  • Fernanda de Oliveira Demitto Tamogami - Área: Medicina I  - trabalho: “Desfechos de Tratamento e regimes terapêuticos usados para TB – HIV”. Orientadora Valéria Cavalcanti Rolla e coorientador Bruno de Bezerril Andrade. 
  • Anelise Andrade de Souza - Área: Saúde Coletiva – trabalho: “Efeito da interação entre saneamento e o Programa Bolsa Família na morbidade e mortalidade por desnutrição e diarreia em crianças menores de cinco anos de idade: um estudo ecológico de municípios brasileiros”. Orientador Léo Heller e coorientadores Sueli Aparecida Mingoti e Rômulo Paes de Sousa.
  • Roberta Falcão Tanabe - Área: Saúde Coletiva – trabalho: “Corpos híbridos - a tecnologia incorporada na vida: explorando as relações de cuidado de crianças com condições crônicas complexas em Terapia Intensiva”. Orientadora: Martha Cristina Nunes Moreira 

Medalha Virginia Schall de Mérito Educacional

  • Homenageado: Eduardo Maia Freese de Carvalho, professor do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública, do Instituto Aggeu Magalhães

Prêmio Oswaldo Cruz de Teses

Área Ciências Biológicas Aplicadas e Biomedicina

  • Premiada: Jéssica Bodolato Corrêa da Silva
  • Menção honrosa: João Ramalho Ortigão Farias e Sabrina Alves dos Reis

Ciências Humanas e Sociais

  • Premiada: Giulia Engel Accorsi
  • Menção honrosa: Allan de Gouvêa Pereira

Medicina

  • Premiada Natana Chaves Rabelo

Saúde Coletiva

  • Premiada: Juliana Mara Andrade
  • Menção honrosa: Maíra Domingues Bernardes Silva e Patricia de Oliveira da Silva Scaranni

 

* matéria publicada em 7/10 e atualizada em 11/10

Publicado em 06/10/2021

Fiocruz integra Univerciência: fortalecimento da comunicação pública e parcerias no Nordeste

Autor(a): 
Valentina Leite (Vpeic/Fiocruz)

Compromisso com a comunicação pública: essa é uma das premissas do projeto Univerciência. Criado pela TV da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), é o primeiro programa brasileiro de TV aberta e internet fruto de uma parceria que já conta com 40 instituições públicas de ensino superior do Nordeste, além da adesão de todos os 11 institutos federais nordestinos e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em um conteúdo colaborativo com alcance nacional, a iniciativa estimula parcerias regionais e dá visibilidade a ações desenvolvidas em estados do Nordeste. Os conteúdos audiovisuais produzidos no âmbito do projeto abordam temas sobre ciência, educação, saúde, dentre outros – acesse aqui os programas já lançados. A articulação, a exibição e a distribuição do Univerciência são feitas pela TVE Bahia. O programa é transmitido por canais da internet, em TVs públicas, educativas, culturais e universitárias.

Instituições interessadas em integrar a rede do programa devem apresentar conteúdos audiovisuais relacionados às práticas de ensino, pesquisa e extensão nas universidades públicas nordestinas. Se você é uma instituição interessada, saiba como integrar a rede entrando em contato pelo e-mail: univerciencia@uesb.edu.br.

Parcerias regionais, visibilidade nacional

Comprometida com a difusão e a popularização da ciência, a Fiocruz apoia a iniciativa, com a produção audiovisual de suas unidades no Nordeste, e com a distribuição através do Canal Saúde, em TV aberta para São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal, e por parabólica para todo o território nacional. O programa amplia a parceria já existente entre a Fiocruz e a TVE Bahia, que transmite conteúdos produzidos pela VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz, por exemplo. O objetivo é contribuir na promoção de projetos desenvolvidos pelas unidades da Fiocruz da região em parceria com instituições públicas de ensino superior nordestinas.

O Univerciência tem como princípios o estímulo à ciência, à tecnologia e ao desenvolvimento sustentável e à inovação; o fortalecimento dos sistemas públicos de educação e comunicação; a valorização da identidade, da cultura e dos saberes do povo nordestino; e o respeito à diversidade étnico-racial e de gênero.
 

Publicado em 06/10/2021

PrInt Fiocruz-Capes: publicadas erratas de duas chamadas em andamento

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Foram publicadas erratas de duas chamadas da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) no âmbito do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes). A primeira refere-se ao auxílio para pagamento de artigos em periódicos científicos, enquanto a segunda diz respeito ao apoio a eventos internacionais dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da Fiocruz com instituições estrangeiras. Confira as informações.

Chamada 02/2021 – Concessão de auxílio para publicação de artigo em periódico científico

A errata da Chamada 02/2021 traz como principais mudanças:

  • A Chamada terá fluxo contínuo até 29 de outubro de 2021 ou até o término dos recursos financeiros;  
  • Não há limite para apresentação de proposta por docente permanente;  
  • Os artigos publicados devem possuir relação com as pesquisas desenvolvidas no Programa de pós-graduação, contribuir para a internacionalização da pesquisa e ter relação com um dos projetos das Redes PrInt Fiocruz-Capes (https://print.campusvirtual.fiocruz.br/index.php/pt-br/redes);  
  • O apoio financeiro somente será efetivado após a aprovação da Capes. 

Chamada 05/2021 – Seleção para apoio a realização de eventos científicos virtuais

A errata da Chamada 05/2021 traz como principais mudanças:

  • Prorrogação do prazo de envio das propostas até 11/10/2021. 

Confira no site do PrInt todas as chamadas em andamento

 

Imagem: Freepik

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