orientação

Home orientação
Voltar
Publicado em 30/04/2024

Acesso e permanência na pós-graduação: Fiocruz divulga orientações sobre portaria que regulamenta acúmulo de bolsas

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Como fruto de um processo interno amplo, democrático e participativo, a Fiocruz acaba de lançar um documento com orientações para adequações à Portaria Nº 133 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), de 10 de julho de 2023, que regulamenta o acúmulo de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado concedidas pela Coordenação no país com outra atividade remunerada ou rendimentos. Com análises e orientações para as devidas adequações dos Programas de Pós-Graduação da Fiocruz à Portaria, o texto traz como elemento norteador a redução das desigualdades sociais na pós-graduação, tanto no que diz respeito ao acesso como à sustentabilidade de discentes em situação de vulnerabilidade. O documento está disponível aqui

Ao publicar a Portaria 133, a Capes delegou às instituições o desafio de estabelecer grupos prioritários e divulgar critérios transparentes para a outorga de bolsas. Para tanto, a Coordenação-Geral de Educação (CGE), instância ligada à Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (CGE/VPEIC), liderou um Grupo de Trabalho e submeteu o documento gerado coletivamente à apreciação da Presidência da Fundação. Assim, foram estabelecidas diretrizes orientadoras aos programas de pós-graduação acadêmicos - exceto cursos da modalidade profissional, pois os mesmos não são abrangidos na Portaria -, e definidos quatro grupos de estudantes, apresentados em ordem decrescente de prioridade:

  • 1 – Pessoas em situação de vulnerabilidade social sem vínculo e/ou outra bolsa;
  • 2 – Pessoas que não estejam em situação de vulnerabilidade social sem vínculo e/ou outra bolsa;
  • 3 – Pessoas em situação de vulnerabilidade social com vínculo e/ou outra bolsa;
  • 4 – Pessoas que não estejam em situação de vulnerabilidade social com vínculo e/ou outra bolsa.

A coordenadora-geral de Educação, Eduarda Cesse, ressaltou o trabalho coletivo desenvolvido a partir da publicação da Portaria. Segundo ela, o documento, elaborado por esse amplo GT, formado por vice-diretores de educação, coordenadores de programas de pós-graduação e representantes discentes, representa o posicionamento institucional frente a uma Portaria que abrange todas as áreas de conhecimento da Capes, e, portanto, se aplica ao conjunto de nossos Programas Stricto Sensu. "O documento apresenta diretrizes gerais e, por ter caráter orientador, permite aos PPG que façam os ajustes que melhor representem a realidade de seu público-alvo e a própria natureza do Programa", disse ela. 

Do ponto de vista das ações de planejamento estratégico dos PPGs no âmbito das avaliações quadrienais da Capes, Eduarda ponderou que "trata-se de um documento muito oportuno, posto que busca reduzir desigualdades na oferta de bolsas no âmbito da pós-graduação Stricto Sensu na nossa Instituição". 

Desigualdades sociais e a precarização do trabalho

As desigualdades sociais em nosso país abrangem também o acesso e a permanência no espaço educacional, incluindo a pós-graduação. Buscando o rompimento desses padrões de reforço de desigualdades, a Fiocruz vem promovendo uma série de iniciativas, entre elas a publicação de políticas e a criação de coordenações que tratam de questões de equidade étnico-racial, gênero, diversidade, inclusão e Políticas Afirmativas. No caso específico do campo da educação, diversas ações têm sido realizadas com o intuito de que as ofertas educacionais alcancem pessoas em situação de vulnerabilidade. Historicamente, o acúmulo de rendimentos era permitido em algumas circunstâncias, no entanto, o documento alerta que, se por um lado a Portaria parece dar mais opções de acesso aos programas de pós-graduação, por outro lado expõe a precarização do trabalho de pesquisadores em início de carreira. 

A distribuição de bolsas deverá obedecer a critérios transparentes e ser revista anualmente. É importante destacar ainda que a Portaria não faz menção à possibilidade de concessão de bolsas aos programas profissionais nem versa sobre o aumento do número de bolsas para programas acadêmicos.

Todo o processo de elaboração do documento, desde a criação do GT até sua publicação, levou cerca de seis meses, contando com ampla consulta aos atores da comunidade educacional da instituição, e balizado pela missão institucional da Fiocruz. Dentro da CGE/VPEIC, foi conduzido pelas coordenadoras de Stricto Sensu e Lato Sensu, respectivamente, Isabella Delgado e Mariana Souza, e contou com participantes do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia), Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Fiocruz Brasília, Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Instituto Aggeu Magalhães(IAM/Fiocruz Pernambuco), Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), Centro de Apoio ao Discente (CAD/Fiocruz) e Associação de Pós-Graduandos (APG/Fiocruz).

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo bege com quadrados coloridos no canto superior
esquerdo e inferior direito, no centro está escrito: Fiocruz divulga documento
de orientações para adequação dos programas de pós-graduação stricto sensu
da Fiocruz à portaria Nº 133 da Capes.
Abaixo, um organograma em cores roxa, rosa, amarela e azul com informações sobre a
adequação à portaria 133 da Capes:
- Publicação da portaria 133/23 da Capes que permite o acúmulo de bolsas de
mestrado e doutorado com outros vencimentos.
- Necessidade de organização institucional para atender à nova portaria.
- Entendimento da missão institucional e o compromisso com a redução das desigualdades.
- Definição da estratégia de disribuição de bolsas pelos cursos Stricto
Sensu da Fiocruz.

Publicado em 28/03/2022

Fiocruz aprova retomada plena de atividades educacionais presenciais em 2022

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Após quase dois anos de suspensão de parte das atividades educacionais presenciais coletivas na Fiocruz, a Câmara Técnica de Educação (CTE) - em reunião com diferentes representantes da Vice-presidência de Educação, Comunicação e Informação da Fiocruz (VPEIC), coordenadores de programas e outros gestores da área -, decidiu pela retomada plena - de forma planejada, gradual e segura - das atividades educacionais presenciais na instituição no primeiro semestre de 2022. O encontro tratou especialmente do retorno presencial, mas discutiu também sobre Ensino Híbrido e Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG).

A coordenadora-geral de Educação da Fiocruz (CGE/VPEIC), Cristina Guilam, destacou a importância da retomada plena presencial de atividades educacionais, ainda que realizadas de forma remota durante toda a pandemia, e enfatizou que, mesmo frente à rápida adaptação da Fiocruz ao Ensino Remoto Emergencial, não foram poucos os desafios de ensino-aprendizagem enfrentados pelos estudantes e docentes. “É importante lembrarmos que a Fiocruz nunca parou. Aulas teóricas, defesas de teses e dissertações foram realizadas por ferramentas virtuais, enquanto pesquisas laboratoriais dos alunos de pós-graduação e os cursos de residências em saúde se mantiveram presenciais, dado o seu caráter prioritário no que se refere à integração ensino-serviço-comunidade no SUS, com atuação fundamental no enfrentamento à pandemia em todo o país”, detalhou ela. 

Apesar da suspensão das atividades coletivas presenciais, todo a educação na Fiocruz se adaptou e se reinventou mostrando grande capacidade da área em dar respostas positivas frente aos desafios dessa emergência sanitária. Cristina rememorou inúmeras outras estratégias profícuas de apoio aos alunos para a manutenção das atividades educacionais, como a adoção da Educação Remota Emergencial, a implementação do Programa de Inclusão Digital, realização de seleções de forma remota, desenvolvimento de manuais, guias e cursos online para auxiliar o planejamento escolar e gestores educacionais sobre educação remota, tecnologias educacionais e recursos educacionais abertos, bem como a manutenção e estímulo à realização de debates virtuais, fomentando a interação entre alunos e docentes no momento de reorganização para a oferta remota das atividades correntes.

+Confira detalhes sobre essas iniciativas em: Coordenadoras-gerais de Educação da Fiocruz comentam medidas atualizadas, experiência acumulada e expectativa para o novo ano letivo na instituição 

Unidades e escritórios devem avaliar capacidade de manutenção de atividades coletivas presenciais: planejamento do retorno deve envolver toda comunidade acadêmica

Sobre a retomada das atividades coletivas presenciais, a coordenadora de Educação explicou ainda que cada unidade técnico-cientifica e escritório da Fiocruz deverá adaptar as recomendações ao seu perfil, capacidade instalada e condições para manutenção das atividades coletivas presenciais de forma segura para os estudantes, professores, trabalhadores das secretarias acadêmicas e de outras funções de apoio da área, associadas a medidas internas de controle e reavaliação contínua do cenário epidemiológico. 

Vale ressaltar que, para circulação dentro dos campi da Fiocruz, é obrigatório o uso de máscara. Além disso, é exigido que trabalhadores e alunos apresentem esquema vacinal completo contra a covid-19 para permanência dos prédios da Fundação, e também são recomendadas a manutenção de outras medidas de proteção, como ambientes ventilados, distanciamento interpessoal, uso correto de máscara apropriada e higienização frequente das mãos, com atenção às diversas recomendações constantes do Plano de Convivência com a Covid-19 na Fiocruz

O plano de retorno planejado e gradual das atividades educacionais presenciais na Fiocruz foi apresentado pela pesquisadora do INI Marília Santini. De forma coerente com as orientações do Plano, todos os membros da Câmara Técnica de Educação da Fiocruz se manifestam a favor da retomada plena em suas unidades e escritórios, respeitando a autonomia de cada um, e indicando a necessidade de reavaliações frequentes à luz do cenário epidemiológico. A decisão é resultado de ampla e significativa agenda de debates sobre o tema, que vem acontecendo de forma célere e muito diligente pelos gestores e coordenadores da área desde o início da pandemia.  

Durante a reunião, o conjunto de gestores avaliou que, neste momento, o retorno das atividades educacionais presenciais é importante para o processo de ensino-aprendizagem de qualidade, em face da sua relevância do ponto de vista cognitivo, pedagógico e emocional. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, defendeu que “o planejamento do retorno presencial deve envolver a comunidade acadêmica, inclusive a representação dos estudantes, além de considerar as especificidades das atividades, níveis de ensino e unidades da Fiocruz, bem como as recomendações de segurança diante do cenário epidemiológico".  

A cobrança do esquema vacinal completo é compatível com diretrizes constantes no Plano de Convivência, no documento “Orientações para testagem e afastamentos dos trabalhadores e estudantes da Fiocruz no contexto da circulação da variante Ômicron do SARS-Cov-2” e com a “Portaria N° 26/2022 PR”, que dispõe sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras e do esquema vacinal completo para circulação nos campi da Fiocruz. A exigência de comprovante de vacinação também foi recomendada pelos membros da Câmara Técnica de Educação em reunião anterior, realizada em 27 de janeiro de 2022.

Algumas recomendações gerais para o planejamento das atividades no 1° semestre de 2022 são:

Considerar que pessoas de grupos de risco para desenvolvimento de doença grave, mesmo vacinadas, podem se manter afastadas das atividades presenciais, conforme normas vigentes;
Adequar a programação do retorno presencial ao período letivo de cada curso, podendo ser organizada também por grupos de atividades ou de disciplinas;
Assegurar as atividades práticas necessárias à formação dos estudantes, assim como todas as demais consideradas essenciais, com respeito às normas de biossegurança;
Programar as aulas coletivas considerando as medidas de proteção, como ventilação dos ambientes, uso de máscaras seguras e distanciamento físico entre as pessoas, entre outras; 
Evitar eventos presenciais com grande número de pessoas;
Manter bancas de qualificação e defesa de trabalhos finais preferencialmente virtuais, com reavaliação periódica;
Considerar situações de discentes que não moram nos municípios nos quais realizam seus cursos, bem como as desigualdades que prejudicam a continuidade dos estudos, buscando ter flexibilidade e apoiar os estudantes por meio de ações de inclusão digital e pedagógicas, entre outras.

 

*Imagem: fundo/montagem Freepik

Publicado em 07/01/2022

Fiocruz publica terceira versão do Plano de Convivência

Autor(a): 
Comunicação Fiocruz

Já está disponível a terceira versão do plano "Em defesa da vida - Convivência com a Covid-19 na Fiocruz". O documento conta com orientações da Instrução Normativa nº 90, de 28 de setembro de 2021, que estabelece diretrizes aos órgãos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração Pública Federal (Sipec) quanto ao retorno gradual e seguro ao trabalho, em modo presencial, dos servidores e empregados públicos.  

O uso de máscaras, cobrindo nariz e boca, é obrigatório durante todo o tempo de permanência em todos os ambientes da instituição, inclusive nas áreas externas. Só é permitida a retirada durante as refeições. A terceira versão do plano também suprime algumas orientações, a exemplo do deslocamento para viagens, dado o novo contexto epidemiológico e avanço da vacinação no país.  

O Plano de Convivência foi elaborado pela Coordenação Institucional para ações diante da pandemia e tem como princípio a preservação da vida e da saúde dos trabalhadores. 

Acesse o documento e conheça a página do Plano de Convivência no Portal Fiocruz
 

Publicação : 06/10/2020

Nota Técnica 02/2020 - Orientações sobre elaboração dos editais 2020-2021 dos programas de Residências em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/MS) no quesito ações afirmativas - Pessoas com Deficiência

A Fiocruz acaba de publicar a Nota Técnica 02/2020, que trata das Orientações sobre elaboração dos editais 2020-2021 dos programas de Residências
em Saúde da Fiocruz no quesito ações afirmativas - Pessoas com Deficiência (PcD)

Categoria do documento:

Publicado em 27/07/2020

Fiocruz aprova orientações para Educação Remota Emergencial

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)*

Após período de análises, levantamentos e debates internos nas diferentes instâncias do ensino, o Conselho Deliberativo da Fiocruz (CD) aprovou as Orientações para a Educação Remota Emergencial no âmbito dos Programas de Pós-graduação stricto sensu e cursos lato sensu da Fiocruz. A proposta – resultante de discussões da Câmara Técnica de Educação (CTE) da Fundação – tem vigência durante o período de suspensão das atividades acadêmicas presenciais em virtude das medidas adotadas para a redução da transmissão da Covid-19. A decisão baseia-se nas tendências de evolução da doença no Brasil e no mundo e visa salvar vidas, dada à impossibilidade da realização de atividades letivas presenciais de forma segura por um período cuja duração ainda é desconhecida.

O texto das Orientações para a Educação Remota Emergencial na Fiocruz, aprovado pelo CD, em 23 de julho, apresenta diretrizes gerais para todas as unidades e é condizente com as diretivas do Plano de Convivência com a Covid-19 na Fiocruz (publicado em 31/7).

Fiocruz: organização das ações educacionais em defesa da vida

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, comentou a elaboração do documento e reiterou a importância das ações educacionais: “Elas são prioritárias para a Fundação, essenciais para o SUS, e um dos eixos estruturantes de ação de enfrentamento à Covid-19”. A presidente ressaltou ainda o trabalho agregador e colaborativo que vêm sendo desenvolvido pela equipe da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic) e a Câmara Técnica de Educação (CTE) para a garantia da continuidade das atividades educacionais, com intensa mobilização de vice-diretores, coordenadores, docentes e alunos das diversas unidades.

Segundo a Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, as orientações aprovadas visam subsidiar a organização, a continuidade e o dinamismo das ações educacionais e, ao mesmo tempo, garantir a segurança de alunos e trabalhadores. O documento busca articular diretrizes gerais com o respeito à diversidade das realidades regionais, programas e cursos da Fiocruz, o que também exige o planejamento descentralizado das atividades no âmbito das unidades em todo o país.

A relatoria da proposta foi feita pela diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, que salientou os pressupostos de defesa da vida e de unicidade da ação em todas as unidades que ofertam cursos presenciais, reconhecendo as especificidades das modalidades de formação: “O documento também apresenta os elementos basilares gerais que guiam os processos educacionais, sinalizando a necessidade de construirmos ações pautadas no incentivo de interação dos docentes com os estudantes”, disse ela. A relatora mencionou que, para o ensino médio, modalidade oferecida pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), diretrizes específicas estão sendo definidas em função de suas especificidades, e em diálogo com outras escolas da rede pública.

Educação remota emergencial como alteração temporária na forma de oferta das atividades educacionais

Como manter ou retomar o dinamismo das atividades educacionais em face das incertezas relacionadas à evolução e duração da pandemia? Quais as condições necessárias para desenvolver atividades educacionais, considerando a gravidade da situação, sem acentuar as desigualdades sociais? Quais seriam os parâmetros para orientar as atividades educacionais na fase de convivência com a Covid-19? Esses e muitos outros questionamentos foram orientadores das discussões que resultaram na proposta de adoção da Educação Remota Emergencial na Fiocruz.

Em 16 de junho, o MEC publicou a Portaria 544/2020, admitindo, em caráter excepcional, a substituição das disciplinas presenciais, em cursos regularmente autorizados, por atividades letivas que utilizem recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação ou outros meios convencionais. Portanto, a deliberação da Fiocruz é consoante com a regulamentação nacional e com práticas que vêm sendo adotadas por universidades e outras instituições de ensino brasileiras para garantir condições de realização das atividades educacionais no contexto da pandemia de Covid-19.

O documento define educação remota emergencial como uma alteração temporária da forma de oferta das atividades educacionais devido a circunstâncias de crise. Tal modalidade envolve o uso de soluções remotas para processos educativos que, normalmente, seriam oferecidos de forma presencial.

As orientações estão resumidas em nove artigos que abordam questões sobre o processo de implantação, acompanhamento e manutenção da educação remota emergencial na Fiocruz, incluindo temas como: aplicabilidade das novas normas; análise de viabilidade de adaptação de cursos, disciplinas e módulos para a educação remota emergencial; planejamento acadêmico com envolvimento dos corpos docente e discente; critérios e parâmetros orientadores do processo de conversão de disciplinas presenciais para a educação remota emergencial; estratégias de apoio aos docentes; apoio aos discentes com vistas a garantir boas condições para o acompanhamento das atividades de ensino e continuidade dos itinerários de formação; entre outros aspectos.

Educação como um dos eixos estruturantes de enfrentamento à Covid-19

Entre os principais eixos de atuação da Fiocruz no enfrentamento da Covid-19 está o ensino. A Fundação oferece programas e cursos em 21 de suas unidades/escritórios, em diferentes níveis (stricto sensu, lato sensu, qualificação profissional, educação profissional técnica e especialização técnica) e conta com cerca de 6 mil alunos presenciais. Por isso precisou adaptar suas atividades e lançar iniciativas urgentes de capacitação profissional no que se refere ao enfrentamento da Covid-19 (cursos na modalidade à distância: curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus e Curso Nacional de Atenção Psicossocial e Saúde Mental na Covid-19), assim como informações para profissionais de saúde de toda natureza (portais de comunicação, Observatório Covid-19, hotsites, biblioteca de referências científicas, podcasts, aulas, vídeos, peças de comunicação, cartilhas e outros materiais).

Conheça algumas iniciativas da área de Educação da Fiocruz durante a pandemia:

Curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus – Campus Virtual Fiocruz

Curso Nacional de Atenção Psicossocial e Saúde Mental na covid-19 – Fiocruz Brasília

Guia de utilização de tecnologias digitais na Educação  Campus Virtual Fiocruz

Cartilhas para orientar profissionais de saúde – EPSJV/Fiocruz

Curso Saúde indígena e prisional no contexto da Covid-19 – lançamento previsto  para agosto de 2020 – Campus Virtual Fiocruz

Guia de Recursos Educacionais Abertos: Conceitos e Práticas  Campus Virtual Fiocruz

Encontros Virtuais de Educação da Fiocruz – série de debates promovida pela Vpeic/Fiocruz

Treinamento plataforma zoom para gestores e docentes  Campus Virtual Fiocruz

Capacitação sobre ensino remoto para docentes Vpeic/Fiocruz

Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da Covid-19 – EPSJV/Fiocruz

Treinamento plataforma moodle para docentes - a ser realizado em 3 de agosto de 2020  Campus Virtual Fiocruz

Para mais informações sobre a Educação na Fiocruz, veja também:

Vice-presidente da Fiocruz comenta estratégias na área de educação em saúde para enfrentar a pandemia

Coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz fala sobre soluções para continuidade das ações educacionais na pandemia

Ensino: gestores da área debatem ações educacionais e comunicacionais na Fiocruz

*Matéria atualizada em 31/7/2020

*Imagem: Raquel Portugal (Banco Fiocruz Imagens)

Publicado em 27/11/2019

Encontro discute os desafios da relação entre alunos e orientadores

Autor(a): 
Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)

O Centro de Apoio ao Discente (CAD), da Vice-Presidência de Educação e Informação (VPEIC/Fiocruz), promoveu na segunda-feira (25/11), na sala de treinamento da Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST), o encontro Caminhando juntos: uma conversa sobre a relação orientador-orientando. O evento contou com a participação das orientadoras Cristina Pessolani (IOC/Fiocruz) e Simone Oliveira (Ensp/Fiocruz), do aluno Rodrigo Ramos Lima (COC/Fiocruz) e da egressa Helena D’Anunciação (IOC/Fiocruz). O objetivo foi conversar sobre essa relação que é tão importante para a elaboração de uma dissertação ou tese e também abrir um espaço para compartilhar experiências, expectativas e desafios.

A roda de conversa foi aberta pela coordenadora-geral de Educação, Cristina Guilam. Ela afirmou que o tema do encontro é “sensível e tenso” e que necessita de muita solidariedade e companheirismo de ambas as partes (aluno e orientador). A coordenadora do CAD, Márcia Silveira, disse que a ideia de promover um evento como esse foi a de pensar formas de tornar essa relação favorável e frutífera. Comentou também que a intenção é repetir o encontro.

Segundo a pesquisadora Cristina Pessolani, que está na Fiocruz há 30 anos e orientou numerosas teses e dissertações, cerca de 80% delas ocorreram em uma relação harmoniosa. As restantes 20% se deram em um ambiente tumultuado. “Esse encontro é de fundamental importância, já que o tema é pouco explorado. Um aspecto importante é que os envolvidos saibam exatamente quais seus direitos e deveres, o que não está claro para alguns, sejam professores ou alunos”. De acordo com Cristina, citando Antonio Joaquim Severino, o “orientador deve ser um educador, dentro de um projeto conjunto de construção do conhecimento. Ele não é pai, analista ou advogado. Mas também não é feitor ou tutor. Esta relação precisa ser educativa e ambos precisam conhecer muito bem as regras e os prazos”.

Cristina disse que não existe formação para orientador, por isso muitos não conseguem desempenhar bem a função. Ela sugeriu a criação de uma disciplina específica para que futuros orientadores possam ter resultados melhores. “Nem todo doutor tem vocação para orientador. É necessário respeito, empatia, saber colocar-se no lugar do outro. No mestrado, por exemplo, em que o prazo é mais curto, é muito importante estabelecer cronograma e ter envolvimento e comprometimento”.

'Espaços de fala fundamentais'

Para a pesquisadora Simone Oliveira, da Ensp/Fiocruz, “espaços de fala como este são fundamentais para que possamos enfrentar, de forma potente, as situações difíceis que surgem na relação entre aluno e orientador”. Ela lembrou que “trabalho acadêmico é trabalho. O processo de orientação traz consequências que o trabalho requer. E temos que estar atentos à saúde mental dos envolvidos. Porque, além de estarmos em uma sociedade adoecida, essas relações acadêmicas são, muitas vezes, atravessadas por problemas maiores advindos das relações de poder, hierárquicas e abusivas que existem”.

Simone enfatizou que, para os orientandos, a vida continua. “A pessoa não é apenas aluno. Tem relações profissionais, afetivas, de família, amizades, questões existenciais. Tudo isso, somado a um relacionamento ruim com o orientador, muitas vezes desemboca em adoecimento. O contexto neoliberal em que vivemos, com relações individualizadas, solidariedade rompida e lógica produtivista, também entra na academia, com consequências nefastas”.

De acordo com Simone, os alunos têm acesso a tudo, mas são bastante desinformados quanto a regras acadêmicas. “Há uma dispersão grande e um limite menor para a frustração. No nosso mundo medicalizado, que não enfrenta os sofrimentos, a desinformação se dá em todos os níveis”. Ela também criticou o que chamou de “uberização” da sociedade. “Não existe mais separação entre as horas de trabalho e aquelas que não de trabalho. Estamos disponíveis o tempo todo e as consequências disso nós vemos nas relações sociais. É fundamental recuperar Paulo Freire, porque a tecnologia não resolve tudo”.

A egressa Helena D’Anunciação, que defendeu sua tese de doutorado em agosto, iniciou sua intervenção questionando o contexto político, econômico e acadêmico em que se vive hoje. Segundo ela, os critérios da Capes também interferem na relação aluno-orientador. “Estamos inseridos em uma lógica produtivista e tecnicista, na qual exige-se que o pesquisador tenha um número determinado de publicações e trabalhos para ser competitivo. Mas não se observa se o trabalho acadêmico atingiu e beneficiou a sociedade, que é um dos pilares do que a Fiocruz faz nas comunidades do seu entorno”.

Helena recordou que houve uma mudança positiva no perfil dos alunos de graduação e pós-graduação, com um grande número de alunos vindos da classe trabalhadora entrando no terceiro grau, devido às políticas sociais e de cotas. “No entanto, o atual contexto neoliberal enfraquece essa realidade. Vemos, por causa das pressões e problemas do país em que vivemos, um grande número de adoecimentos entre os orientandos”. Helena também sugeriu que haja investimento no processo de formação de novos orientadores e que os atuais passem por uma reciclagem. Ela pediu que encontros como o promovido pelo CAD sejam frequentes.

O último debatedor a intervir foi o aluno de doutorado Rodrigo Lima, da COC. Ele disse que muitas das questões que emperram a relação aluno-orientador têm a ver com a (falta de) comunicação. “São longos silêncios, uma demora incompreensível até que sejam respondidos, lacunas inexplicáveis. É um trabalho que requer uma responsabilidade afetiva, que, muitas vezes, inexiste”. Ele recomendou a leitura do artigo Orientação de mestrandos e doutorandos como atividade profissional, escrito pela pesquisadora Cecília Minayo e publicado na revista Cadernos de Saúde Pública, que detalha de maneira bem acurada como deve ser a orientação de mestrandos e doutorandos. O artigo aborda o que é orientar e sobre o que esperar de um orientador e de um orientando. “Este artigo de Cecília Minayo deveria se tornar uma cartilha e circular maciçamente entre alunos e orientadores”. Rodrigo, que espera um dia se tornar ele próprio um orientador, sublinhou que pretende usar de muita sinceridade e objetividade com seus futuros orientandos.

Publicado em 22/05/2019

Programa de Vocação Científica (Provoc) tem vagas para pesquisadores-orientadores

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz, com informações da EPSJV/Fiocruz

O Programa de Vocação Científica (Provoc) está com inscrições abertas para pesquisadores interessados em orientar alunos. O processo seletivo diz respeito à etapa de Iniciação 2019/2020, nas unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro. É possível se inscrever até o dia 4 de junho.

Para participar, é necessário possuir titulação mínima de mestre, além de vínculo ativo com a Fiocruz por um período de três anos. Confira mais critérios relativos ao processo de participação no site da Poli

Conheça o Programa

O Provoc é uma proposta educacional de Iniciação Científica (IC) na área da saúde para jovens que cursam o nível médio de ensino. Um dos principais objetivos da iniciação científica realizada pelo Provoc é estimular a aprendizagem dos conhecimentos técnicos e científicos a partir da experimentação de práticas de pesquisa. A inciativa é acontece através da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz).

Pesquisadores interessados, inscrevam-se já pelo link!

Subscrever RSS - orientação