O Campus Virtual Fiocruz acaba de publicar o manual do curso básico de moodle. O material foi desenvolvido a partir da urgente demanda de docentes e alunos da Fiocruz de desenvolverem ambientes virtuais para aprendizado, trocas e compartilhamentos online frente à suspensão das aulas presenciais e a necessidade de isolamento social. Com a plataforma, estudantes e professores podem criar suas próprias experiências de educação. Em breve, o CVF lançará o curso básico sobre a ferramenta. Acesse o material, que foi desenvolvido pela equipe de especialistas do Campus, e assista também ao vídeo do quinto Encontros Virtuais de Educação, que abordou a mesma temática.
A plataforma Moodle é um ambiente virtual desenvolvido em software livre para apoio ao ensino e aprendizagem. O manual foi elaborado para ser um recurso para consulta rápida, pois traz as principais orientações para a criação de cursos, disciplinas e comunidades virtuais na Plataforma EAD do Campus Virtual Fiocruz, baseada no Sistema de Gestão de Aprendizagem Moodle. O novo material está em acesso livre e ficará disponível na Plataforma Educare e no Guia de Recursos Educacionais Abertos: Conceitos e Práticas, lançado pelo CVF e atualizado periodicamente.
A analista de sistemas e especialista em design educacional, Ana Paula Mendonça, responsável pela iniciativa, lembrou que há alguns poucos meses não se poderia imaginar viver tal situação e ter que desenvolver as atividades acadêmicas exclusivamente online. “Com o fechamento das instituições de ensino, tornou-se urgente o uso desses sistemas para dar continuidade aos cursos e disciplinas. Diante deste novo cenário, a equipe do Campus vem apoiando e orientando os docentes da Fiocruz para a utilização dos recursos da Plataforma Moodle na transposição de conteúdos para o ambiente virtual de aprendizagem e a criação de atividades de aprendizagem síncronas e assíncronas”, explicou ela. Além de Ana Paula, Eduardo Xavier e Orlando Terra, integrantes da equipe técnica do CVF, também participara do desenvolvimento do manual.
Ela ressaltou também que o Campus Virtual Fiocruz disponibiliza um canal de suporte aos docentes, pelo email suporte.campus@fiocruz.br. Além disso, em breve, lançará um curso online sobre Moodle. Fique atento e acompanhe as nossas notícias!
Encontro promove treinamento sobre ambiente virtual de ensino e aprendizagem
Nessa mesma linha, a equipe do CVF foi a responsável por um treinamento, em 3/8, também sobre o Moodle, oferecido no âmbito do Encontros Virtuais de Educação. A série de debates online é promovida pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz e tem foco nas ações educacionais e capacidades institucionais.
Antes da pandemia, a equipe realizava oficinas presenciais com os diversos docentes e representantes dos cursos e programas de pós-graduação da Fiocruz no sentido de auxiliar o planejamento didático, o desenvolvimento de recursos educacionais, bem como a utilização da plataforma moodle. “Este é um momento de adaptação, estamos criando de forma urgente alternativas para atender necessidades na área, que aumentaram de maneira exponencial com o isolamento social causado pela Covid-19. Para além disso, a nossa equipe segue dando suporte a demandas pontuais que surgem”, comentou a coordenadora do CVF, Ana Furniel.
A apresentação da plataforma moodle ficou a cargo do especialista em tecnologias educacionais do Campus, Eduardo Xavier, que, detalhadamente, mostrou a experiência do professor na utilização do software, desde o momento em que ele cria um Ambiente Virtual de Aprendizagem até o uso dos inúmeros recursos e possibilidades de edição.
O moodle permite a criação de diversas atividades, como chat, fórum, enquete, envio de tarefas, questionários, glossário, compartilhamento de documentos, vídeos, imagens, podcasts, assim como o acompanhamento e verificação de atividades desenvolvidas pelos alunos. Segundo Eduardo, a ideia da oficina foi apresentar as funcionalidades básicas da ferramenta para que professores e alunos possam construir coletivamente suas experiências virtuais de educação, mesmo em um curso presencial.
Até agora, a série de debates online realizou cinco encontros. Sua realização nasceu da necessidade premente de divulgar e promover as diversas iniciativas e possibilidades de interação entre a comunidade acadêmica, alunos e gestores da Fundação, especialmente voltadas para a continuidade das atividades educacionais neste momento de pandemia de Covid-19.
Assista ao vídeo do encontro:
Imagem: Freepik
O ano de 2020 chegou fazendo de todos aprendizes. Em algum grau ou área, a maioria de nós teve que mudar hábitos, rotinas e formas de estar no mundo. A pandemia de coronavírus fez da ação de adaptar-se o verbo mais recorrente. Em especial, este 11 de agosto, Dia do Estudante, é também uma ocasião para reconhecermos iniciativas e esforços, não somente dos alunos, mas também dos professores e instituições de ensino em redesenhar e adequar formatos, em tempo hábil e de forma inclusiva, a fim de manter as ações educacionais. O Campus Virtual Fiocruz, plataforma que agrega as iniciativas de ensino presencial e à distância da Fundação, contabilizou um recorde de inscritos em cursos de diferentes modalidades durante os primeiros sete meses do ano: 85 mil, além de quase 12 mil certificações já concedidas em 2020. O curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus, que segue com inscrições abertas, é protagonista desse feito, sendo responsável por 45 mil inscritos no CVF. Veja essa e outras iniciativas da área de educação na Fiocruz.
O Campus Virtual Fiocruz é uma rede de conhecimento e aprendizagem voltada à educação em saúde. Nesse ambiente virtual, interessados podem encontrar oportunidades e informações sobre diferentes cursos, serviços e atividades durante todo o ano. O CVF também engloba a Plataforma Educare, iniciativa que reúne inúmeras ferramentas digitais em acesso livre disponíveis na Fundação para suporte a atividades educacionais. Ela apresenta, inclusive, tutoriais, apresentações, vídeos e cursos que ensinam a utilizar tais recursos – recentemente tão necessários frente à urgência de adaptação e apropriação dos meios e instrumentos digitais.
Desde o início da pandemia, a Fiocruz estabeleceu a educação como um dos eixos estruturantes de ação de enfrentamento à Covid-19 e está monitorando a evolução da doença no Brasil e no mundo e adaptando suas ações. Entre as medidas mais recentes estão a publicação do Plano de Convivência com a Covid-19 (em 31/7), a aprovação do texto das Orientações para a Educação Remota Emergencial (em 23/7) e o lançamento do Programa de Inclusão Digital (PIDig) (em 3/8), voltado aos alunos da pós-graduação stricto sensu, lato sensu, cursos da educação básica e da educação profissional em saúde matriculados regularmente em formações presenciais, com o objetivo de viabilizar a continuidade das atividades educacionais no atual contexto, buscando a inclusão de todos os alunos.
Conheça outras iniciativas da área de educação:
Capacitação sobre ensino remoto para docentes
Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da Covid-19
Ensino: gestores da área debatem ações educacionais e comunicacionais na Fiocruz
Encontros Virtuais de Educação da Fiocruz
Guia de utilização de tecnologias digitais na Educação
Imagem de capa: Freepik
Na próxima segunda-feira, 3/8, a Fiocruz publicará o edital do Programa de Inclusão Digital (PIDig) voltado aos alunos da pós-graduação stricto sensu, lato sensu, cursos da educação básica e da educação profissional em saúde matriculados regularmente em formações presenciais. O objetivo desta chamada é viabilizar a continuidade das atividades educacionais no contexto da pandemia de Covid-19, buscando a inclusão de todos os alunos. Os estudantes poderão fazer a inscrição por meio do formulário que estará disponível no edital. O prazo é curto em razão do caráter emergencial do Programa. Acompanhe novas informações e a publicação do edital no Campus Virtual Fiocruz.
O Programa insere-se em um conjunto de iniciativas da Fundação que vem sendo construídas pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic) em parceria com as unidades e os representantes discentes por meio da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG).
Para se inscrever no edital, os estudantes interessados devem atender a critérios mínimos de elegibilidade, como: renda familiar per capita mensal igual ou inferior a dois salários mínimos; e limites de conectividade e/ou de equipamentos para acompanhar as atividades acadêmicas regulares durante o período de adoção da Educação Remota Emergencial.
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, preocupada com o alcance dos alunos, solicita a ampla divulgação da iniciativa entre as unidades e alunos da Fundação. Segundo ela, além da Vpeic e unidades, a implementação do novo edital tem mobilizado também a equipe da Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI), com destaque para as áreas de compras e a Coordenação-Geral de Gestão de Tecnologia de Informação (Cogetic), visto que a iniciativa envolve a contratação de plano de dados e/ou de equipamentos para estudantes que preencham os critérios de elegibilidade.
O texto final do novo edital foi apreciado em reunião extraordinária da Câmara Técnica de Educação da Fiocruz (CTE), ocorrida nesta quarta-feira, 29/7. Ele está em consonância com as Orientações para a Educação Remota Emergencial da Fundação, construídas coletivamente nas diversas instâncias colegiadas do ensino e aprovadas pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz em 23/7/2020.
*Imagem: Freepik
Após período de análises, levantamentos e debates internos nas diferentes instâncias do ensino, o Conselho Deliberativo da Fiocruz (CD) aprovou as Orientações para a Educação Remota Emergencial no âmbito dos Programas de Pós-graduação stricto sensu e cursos lato sensu da Fiocruz. A proposta – resultante de discussões da Câmara Técnica de Educação (CTE) da Fundação – tem vigência durante o período de suspensão das atividades acadêmicas presenciais em virtude das medidas adotadas para a redução da transmissão da Covid-19. A decisão baseia-se nas tendências de evolução da doença no Brasil e no mundo e visa salvar vidas, dada à impossibilidade da realização de atividades letivas presenciais de forma segura por um período cuja duração ainda é desconhecida.
O texto das Orientações para a Educação Remota Emergencial na Fiocruz, aprovado pelo CD, em 23 de julho, apresenta diretrizes gerais para todas as unidades e é condizente com as diretivas do Plano de Convivência com a Covid-19 na Fiocruz (publicado em 31/7).
Fiocruz: organização das ações educacionais em defesa da vida
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, comentou a elaboração do documento e reiterou a importância das ações educacionais: “Elas são prioritárias para a Fundação, essenciais para o SUS, e um dos eixos estruturantes de ação de enfrentamento à Covid-19”. A presidente ressaltou ainda o trabalho agregador e colaborativo que vêm sendo desenvolvido pela equipe da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic) e a Câmara Técnica de Educação (CTE) para a garantia da continuidade das atividades educacionais, com intensa mobilização de vice-diretores, coordenadores, docentes e alunos das diversas unidades.
Segundo a Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, as orientações aprovadas visam subsidiar a organização, a continuidade e o dinamismo das ações educacionais e, ao mesmo tempo, garantir a segurança de alunos e trabalhadores. O documento busca articular diretrizes gerais com o respeito à diversidade das realidades regionais, programas e cursos da Fiocruz, o que também exige o planejamento descentralizado das atividades no âmbito das unidades em todo o país.
A relatoria da proposta foi feita pela diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, que salientou os pressupostos de defesa da vida e de unicidade da ação em todas as unidades que ofertam cursos presenciais, reconhecendo as especificidades das modalidades de formação: “O documento também apresenta os elementos basilares gerais que guiam os processos educacionais, sinalizando a necessidade de construirmos ações pautadas no incentivo de interação dos docentes com os estudantes”, disse ela. A relatora mencionou que, para o ensino médio, modalidade oferecida pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), diretrizes específicas estão sendo definidas em função de suas especificidades, e em diálogo com outras escolas da rede pública.
Educação remota emergencial como alteração temporária na forma de oferta das atividades educacionais
Como manter ou retomar o dinamismo das atividades educacionais em face das incertezas relacionadas à evolução e duração da pandemia? Quais as condições necessárias para desenvolver atividades educacionais, considerando a gravidade da situação, sem acentuar as desigualdades sociais? Quais seriam os parâmetros para orientar as atividades educacionais na fase de convivência com a Covid-19? Esses e muitos outros questionamentos foram orientadores das discussões que resultaram na proposta de adoção da Educação Remota Emergencial na Fiocruz.
Em 16 de junho, o MEC publicou a Portaria 544/2020, admitindo, em caráter excepcional, a substituição das disciplinas presenciais, em cursos regularmente autorizados, por atividades letivas que utilizem recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação ou outros meios convencionais. Portanto, a deliberação da Fiocruz é consoante com a regulamentação nacional e com práticas que vêm sendo adotadas por universidades e outras instituições de ensino brasileiras para garantir condições de realização das atividades educacionais no contexto da pandemia de Covid-19.
O documento define educação remota emergencial como uma alteração temporária da forma de oferta das atividades educacionais devido a circunstâncias de crise. Tal modalidade envolve o uso de soluções remotas para processos educativos que, normalmente, seriam oferecidos de forma presencial.
As orientações estão resumidas em nove artigos que abordam questões sobre o processo de implantação, acompanhamento e manutenção da educação remota emergencial na Fiocruz, incluindo temas como: aplicabilidade das novas normas; análise de viabilidade de adaptação de cursos, disciplinas e módulos para a educação remota emergencial; planejamento acadêmico com envolvimento dos corpos docente e discente; critérios e parâmetros orientadores do processo de conversão de disciplinas presenciais para a educação remota emergencial; estratégias de apoio aos docentes; apoio aos discentes com vistas a garantir boas condições para o acompanhamento das atividades de ensino e continuidade dos itinerários de formação; entre outros aspectos.
Educação como um dos eixos estruturantes de enfrentamento à Covid-19
Entre os principais eixos de atuação da Fiocruz no enfrentamento da Covid-19 está o ensino. A Fundação oferece programas e cursos em 21 de suas unidades/escritórios, em diferentes níveis (stricto sensu, lato sensu, qualificação profissional, educação profissional técnica e especialização técnica) e conta com cerca de 6 mil alunos presenciais. Por isso precisou adaptar suas atividades e lançar iniciativas urgentes de capacitação profissional no que se refere ao enfrentamento da Covid-19 (cursos na modalidade à distância: curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus e Curso Nacional de Atenção Psicossocial e Saúde Mental na Covid-19), assim como informações para profissionais de saúde de toda natureza (portais de comunicação, Observatório Covid-19, hotsites, biblioteca de referências científicas, podcasts, aulas, vídeos, peças de comunicação, cartilhas e outros materiais).
Conheça algumas iniciativas da área de Educação da Fiocruz durante a pandemia:
Curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus – Campus Virtual Fiocruz
Curso Nacional de Atenção Psicossocial e Saúde Mental na covid-19 – Fiocruz Brasília
Guia de utilização de tecnologias digitais na Educação – Campus Virtual Fiocruz
Cartilhas para orientar profissionais de saúde – EPSJV/Fiocruz
Curso Saúde indígena e prisional no contexto da Covid-19 – lançamento previsto para agosto de 2020 – Campus Virtual Fiocruz
Guia de Recursos Educacionais Abertos: Conceitos e Práticas – Campus Virtual Fiocruz
Encontros Virtuais de Educação da Fiocruz – série de debates promovida pela Vpeic/Fiocruz
Treinamento plataforma zoom para gestores e docentes – Campus Virtual Fiocruz
Capacitação sobre ensino remoto para docentes – Vpeic/Fiocruz
Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da Covid-19 – EPSJV/Fiocruz
Treinamento plataforma moodle para docentes - a ser realizado em 3 de agosto de 2020 – Campus Virtual Fiocruz
Para mais informações sobre a Educação na Fiocruz, veja também:
Ensino: gestores da área debatem ações educacionais e comunicacionais na Fiocruz
*Matéria atualizada em 31/7/2020
“O encontro da comunicação pública feito pela Fiocruz é de interlocução. É a ampliação do lugar de diálogo, é o mundo real, pois abarca muitos outros atores além dos docentes, discentes e especialistas em saúde já envolvidos. O lugar da comunicação na educação é o lugar da escuta”, apontou o coordenador e editor-chefe do Programa Radis, Rogério Lannes, durante o terceiro painel dos Encontros Virtuais da Educação, organizado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz. Além do Radis, a sessão reuniu representantes do Canal Saúde, VideoSaúde Distribuidora e Revista Poli. O vídeo das apresentações está disponível, na íntegra, no canal do Campus Virtual Fiocruz no youtube.
A coordenadora geral de Educação, Cristina Guilam, abriu o evento ressaltando a importância dos laços de conexão, em especial neste momento de afastamento social imposto pela pandemia. Os Encontros Virtuais da Educação surgiram devido à necessidade de adaptar ações da área de educação da Fiocruz frente a suspensão das aulas presenciais. O terceiro painel aconteceu em 20 de julho. O próximo encontro já está marcado: será no dia 27 de julho sobre o tema Editoria científica e saúde.
A TV que chega nas periferias e interiores do Brasil
A coordenadora-geral do Canal Saúde, Márcia Corrêa e Castro, iniciou sua apresentação comentando as inter-relações dos campos da educação e comunicação e defendeu que “não existe processo educativo sem comunicação nem comunicação despida de toda intencionalidade educativa”. Ela lembrou que o Canal Saúde surgiu em 1994 como um projeto de comunicação que pudesse atender algumas demandas da área, como a disseminação de informações sobre promoção da saúde e o conceito ampliado de saúde, que, naquele momento, ainda era uma ideia nova, além da preocupação em fortalecer o controle social e o debate público sobre saúde. Ela detalhou cada um dos programas do Canal, seu público e abrangência e ressaltou o uso dos materiais e programas por docentes e alunos para fins educacionais.
“Hoje, depois de uma longa estrada, nosso maior propósito é conseguir ampliar o debate sobre a saúde pública no Brasil, chegando a pessoas que usualmente não teriam acesso a tal discussão”, disse Márcia. O Canal Saúde vai ao ar para todo o país com recepção por antena parabólica comum. Esse é o principal meio de disseminação da programação considerado por eles. “Somos muito assistidos nas periferias e interiores e é lá mesmo que queremos estar!”, reconheceu ela, explicando ainda que o Canal também pode ser assistido pela internet, na TV aberta (canal TV Brasil) e por meio do seu aplicativo, que já está disponível gratuitamente para androide. Além disso, alguns programas são transmitidos em canais de TV por assinatura.
Democratização da comunicação pública e divulgação audiovisual
O chefe da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz, Paulo Castiglione Lara, rememorou o contexto de criação do projeto há 32 anos: “ele nasceu no âmbito da reforma sanitária e da criação do SUS a partir da necessidade de atuação da Fiocruz no campo da divulgação audiovisual, com forte ligação com a educação. Seguimos até hoje trabalhando com a proposta de usar o audiovisual para tratar de temas da ciência e saúde de forma ampliada, buscando sempre a perspectiva dialógica e ações que contribuam para a democratização da comunicação pública”.
Além das produções audiovisuais institucionais e das estratégias de captação de vídeos em parceria com outras instituições e produtores independentes, ele ressaltou ainda a estratégia de distribuição, exibição e circulação dos vídeos entre instituições de ensino, escolas, sindicatos, associações e para o público em geral. Paulo Lara detalhou as iniciativas da VideoSaúde e lembrou da chamada pública Olhares sobre a Covid-19, que está no ar com inscrições abertas até 31 de julho. A chamada visa montar um banco audiovisual público com diferentes histórias e narrativas envolvendo a doença e seus contextos, captando distintas visões e experiências sobre os impactos do novo coronavírus na vida das pessoas, cidades, ambientes de trabalho, cidades, residências, laboratórios, comunidades e instituições.
Polifonia e diversidade na comunicação pública
O coordenador e editor-chefe do Programa Radis (Reunião, Análise e Difusão de Informações sobre Saúde), Rogério Lannes, falou sobre a relação das iniciativas com a educação e abordou a polifonia e diversidade de tais projetos para a comunicação pública. “O Programa está chegando aos 40 anos de atuação, mantendo o foco no jornalismo crítico e independente em saúde pública. Há décadas trabalhamos pautas políticas relacionadas à saúde. Mas, com a criação da Revista, em 2002, novos atores, além da academia, especialistas, sanitaristas e movimentos sociais organizados, entraram em cena. É uma ideia de ampliação da polifonia, buscando equalizar as diferentes vozes, acabar com a simetria entre os que falam e os que ouvem”, defendeu Lannes.
Ele comentou que, com suas publicações, a Radis não quer apenas preencher vazios de informações. A estratégia de comunicação pública adotada, detalhou Rogério Lannes, visa levar informação aonde ela não chega, trabalhar de maneira diferente a questão da saúde, mas também disputar a produção de sentidos no lugar que mais existe acesso à informação, que é a internet e as redes sociais.
Ele concluiu sua participação apontando que pensar a educação nos tempos de hoje é considerar as desigualdades e buscar a equidade. “A comunicação pública como entendemos e trabalhamos está descrita na política elaborada conjuntamente por toda a Fiocruz. Não é apenas pensada como um instrumento de divulgação ou recursos educacional. O encontro da comunicação pública feito pela Fundação é o encontro da comunicação de interlocução. É a ampliação do lugar de diálogo, o mundo real, pois traz muitos outros atores além dos docentes, discentes e especialistas em saúde já envolvidos. O lugar da comunicação na educação é o lugar da escuta. E aproximar a comunicação pública com a educação dialógica é trazer grande contribuição com a escuta”, ponderou Lannes.
Pluralidade de vozes para o fortalecimento da comunicação pública em saúde
Jornalismo público para o fortalecimento da educação profissional em saúde. Assim começou a apresentação de Cátia Guimarães sobre a Revista Poli - saúde, educação e trabalho, da qual é jornalista, editora e também um das idealizadoras da publicação. Ela ressaltou que quando se fala de educação profissional em saúde, considera-se a intercessão entre os três campos que dão nome à revista: trabalho, saúde e educação. Como não poderia ser diferente, Cátia rememorou os primórdios da revista e seus objetivos de divulgação. O periódico foi lançado em setembro de 2008 e, segundo Cátia, nasce como parte de um projeto de comunicação pública da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, unidade da Fiocruz à qual ela está vinculada, que também mantém um portal eletrônico institucional, outras publicações impressas e redes sociais.
Cátia destacou que a centralidade do trabalho de divulgação realizado por eles é a comunicação pública. “Entendemos que o importante é divulgar o projeto de saúde, sociedade, educação e relações de trabalho que desenvolvemos a partir do conhecimento científico produzido dentro da Escola Politécnica. Divulgamos nossas linhas de ação e concepções, muito mais do que apenas projetos institucionais”, detalhou. Ela mencionou o uso da revista como ferramenta pedagógica em sala de aula por professores e alunos da própria Escola, mas também por outras instituições e cursos, que são verificadas a partir das demandas recebidas.
Ela destacou algumas produções especiais da EPSJV, como o hotsite construído em comemoração aos 10 anos da Escola e algumas publicações extraordinárias: eleições, aniversário da Constituição Brasileira e, mais recentemente, números especiais sobre educação e trabalho relacionados à pandemia. “A comunicação pública não abre mão da objetividade sob nenhuma hipótese. Fazemos jornalismo de verdade, ouvimos todos os lados e damos voz a um conjunto de pessoas. Mas isso não significa que ela não tenha um lugar. É impossível fazer comunicação numa instituição como a Fiocruz e ser indiferente ao caráter público ou não público da educação ou da saúde, por exemplo. A comunicação pública tem lugar de fala”, disse ela.
Assista aos debates:
Confira as apresentações já realizadas nos Encontros Virtuais da Educação da Fiocruz:
7/7: Saúde e Meio Ambiente: Olimpíada científica da Fundação inaugura encontros virtuais
13/7: Encontro virtual debate recursos educacionais e ferramentas digitais da Fiocruz
Estudo publicado na revista médica International Journal of Gynecology and Obstetrics revelou que, do início da pandemia até 18 de junho, foram notificadas 160 mortes de grávidas e puérperas em todo o mundo por Covid-19, sendo 124 delas no Brasil. Esses números apontam que o país é responsável por 77% das mortes mundiais. O paper, intitulado A tragédia da Covid-19 no Brasil, traz outros números expondo também a falta de acesso à assistência. Atentos a esse crescente e assustador dado e considerando as especificidades desse grupo, os especialistas responsáveis pelo módulo sobre atenção hospitalar do curso online Covid-19 elaboraram uma aula sobre manejo clínico de gestantes ou puérperas para a formação. O curso é uma iniciativa do Campus Virtual Fiocruz e já conta com mais de 40 mil participantes. Ele é gratuito, autoinstrucional e as inscrições estão abertas.
O estudo, publicado em 9/7 no periódico internacional, levantou dados sobre internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave causada pelo coronavírus (Sars-CoV2, na sigla em inglês). Para tanto, os autores utilizaram o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sive Gripe), que integra um conjunto de sistemas de monitoramento do Ministério da Saúde. No Brasil, a doença foi diagnosticada em 978 mulheres grávidas e puérperas no período analisado, com 124 óbitos. “Um número 3,4 vezes superior ao total de mortes maternas relacionadas à Covid-19 relatadas em todo o mundo até o momento final da redação do artigo”, apontaram os autores.
Eles destacaram ainda que o número de infecções por Covid-19 nesse grupo pode ser subnotificado, pois apenas mulheres com sintomas graves são testadas. Outras questões apontadas no texto foram que a maioria desses óbitos aconteceu no puerpério (período de até 42 dias após o parto), com importante associação a três comorbidades: obesidade, doença cardiovascular e diabetes; 28% das mulheres que morreram não chegaram sequer a dar entrada em uma UTI; 15% não receberam nenhuma modalidade de assistência ventilatória; entrando ou não na UTI, apenas 64% foram entubadas e ventiladas.
O paper teve a participação de Marcos Nakamura, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), bem como de um grupo de enfermeiras e obstetras da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Grávidas e puérperas negras são ainda mais vulneráveis à Covid-19
“A mortalidade materna em mulheres negras devido à Covid-19 foi quase duas vezes maior que a observada em mulheres brancas”, revela nova publicação. Em nova análise, agora avaliando os dados com as lentes do racismo estrutural, o mesmo grupo de pesquisa comparou as informações de mortes, internações e atendimentos entre as mulheres classificadas como brancas ou negras. Além do perfil médio de idade e morbidade dessas mulheres serem semelhantes, os dados revelaram que as negras foram hospitalizadas em piores condições (maior prevalência de dispneia e queda de saturação de oxigênio), apresentaram maior taxa de admissão na UTI, de uso de ventilação mecânica e óbito.
Os pesquisadores apontam ainda que, no Brasil, a interseção de gênero, raça e classe social aprofunda a tragédia das mortes maternas por Covid-19, principalmente quando o país não está adotando medidas de contenção para o enfrentamento da pandemia. As informações do segundo trabalho – intitulado Disproportionate impact of Covid-19 among pregnant and postpartum Black Women in Brazil through structural racism lens e publicado em 28 de julho na área de “Doenças Clínicas Infecciosas” da Oxford Academic – foram extraídas da planilha Sive Gripe do Ministério da Saúde e incluiu casos notificados no país até 14 de julho de 2020.
O curso Covid-19 e o manejo clínico da gestante e puérpera
Um desafio muito específico sobre a temática da aula Manejo clínico da gestante e puérpera no contexto da Covid-19 (aula 6 – Módulo 3) é a interface entre os campos do manejo obstétrico, clínico e da terapia intensiva. “As gestantes e mulheres no ciclo gravídico-puerperal têm especificidades em relação às questões hemodinâmicas, ventilatórias e do controle da fisiopatologia da Covid-19”, explicou a pesquisadora e docente do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher do IFF/Fiocruz, Maria Mendes Gomes, que é responsável pelo conteúdo da aula juntamente com dois pesquisadores também do IFF: Maria Teresa Massari e Marcos Dias. “É nosso papel institucional superar os desafios para a qualificação profissional neste contexto de pandemia. Transpor essas adversidades é importante para a definição da prática clínica”, completou ela.
Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus
Em um esforço para contribuir com a formação de profissionais de saúde, o Campus Virtual Fiocruz lançou o curso online “Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus”. Para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, o conteúdo foi produzido e publicado em caráter de urgência, ratificando o aspecto inovador, dinâmico e responsável da formação. Ele é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD), permitindo que qualquer pessoa interessada se inscreva. A qualificação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, mas pode ser cursado por todos os interessados.
Ele é composto de três módulos, que são independentes e podem ser cursados conforme necessidade do aluno, conferindo autonomia ao processo de formação.
Módulo 1 - Introdução: Conceitos e informações básicas (5 horas)
Módulo 2 - Manejo clínico: Atenção Básica (10 horas)
Módulo 3 - Manejo clínico: casos graves (30 horas)
Todo o conteúdo foi elaborado por pesquisadores e especialistas da Fiocruz envolvidos nas ações de vigilância e assistência e apresenta estratégias para conter a curva epidêmica da doença, instrumentalizando profissionais que estão na linha de frente do combate ao coronavírus. Eles contribuíram com textos, videoaulas e com a revisão técnica de todo o material — que é apresentado com uma linguagem simples e num formato dinâmico, interativo e atraente.
Veja também:
Fiocruz abre inscrições para módulo sobre atenção hospitalar do curso Covid-19
Mortes por Covid-19 avançam nas prisões
Fiocruz lança seu primeiro curso sobre Covid-19, online e gratuito, para profissionais de saúde
*Matéria publicada em 21/7/2020 e atualizada em 31/7/2020
Imagem: Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (IFF/Fiocruz)
Dando prosseguimento às discussões sobre as ações educacionais da Fiocruz, a Câmara Técnica de Ensino (CTE) reuniu mais uma vez, nos dias 29 e 30 de junho, diferentes representantes da Vice-presidência de Educação, Comunicação e Informação da Fiocruz (VPEIC) e o conjunto de gestores da área. O encontro, realizado de forma virtual, tratou especialmente do planejamento para a continuidade das atividades educacionais, respeitando a saúde e segurança de alunos e docentes, bem como seus trabalhadores.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, durante a abertura da reunião, destacou o caráter positivo do envolvimento das várias instâncias e representações da educação na instituição, mesmo diante de um cenário de tantas dificuldades. “Valorizo muito o esforço de reflexão dos alunos de pós-graduação, que têm se colocando de maneira tão firme e, ao mesmo tempo, ponderada em relação ao contexto que estamos vivendo; assim como todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pela VPEIC e por cada coordenador de nossos programas de pós. Quero valorizar o fato de termos a CTE tão ativa neste momento de isolamento social”, disse ela.
Durante o encontro foram debatidos o plano de Educação Remota Emergencial da Fiocruz, com base na Portaria 544 do Ministério da Educação (MEC) e na proposta de Portaria da Fiocruz, bem como as estratégias de inclusão digital voltada a alunos e docentes. Também foram apresentados panoramas das ações educacionais e comunicacionais nas unidades, no Campus Virtual Fiocruz; e outras iniciativas, como o módulo introdutório de apoio aos docentes para educação remota emergencial; cursos e disciplinas transversais para os programas; e meios de comunicação e divulgação científica da Fundação.
Partindo do princípio de que ainda não é possível a retomada de ações presenciais, a vice-presidente Cristiani Vieira Machado afirmou que a Fiocruz segue em busca de soluções institucionais para apoiar a educação remota emergencial. “Para nós é fundamental a conexão entre docentes, discentes e corpo administrativo, não somente pelo conteúdo acadêmico, mas também pela vida institucional”, pontuou.
O Campus Virtual Fiocruz acaba de abrir inscrições para mais duas capacitações oferecidas a distância: Metodologia da Pesquisa Científica e Introdução à Divulgação Científica. Ambos são cursos massivos, abertos e online (MOOC). Esse tipo de formação é utilizada pela Fiocruz como estratégia para a qualificação de profissionais de saúde, dada sua abrangência, e tem apresentado ótimos resultados. Com o isolamento social devido à pandemia causada pelo novo coronavírus, o uso de recursos e plataformas digitais tornou-se ainda mais necessário para alcançar um número maior de participantes e, assim, ampliar conhecimentos. Confira essas eoutras oportunidades disponíveis no Campus Virtual Fiocruz e inscreva-se.
Metodologia da Pesquisa Científica
O curso Metodologia da Pesquisa Científica tem como objetivo apresentar os fundamentos do método científico aplicados à pesquisa, bem como instrumentalizar os alunos a elaborar projetos que atendam a demandas sociais, organizacionais e profissionais. O método científico se constitui em regras, procedimentos, linguagem e protocolos que fundamentam o conhecimento científico.A disciplina se aplica a diferentes contextos, especialmente ao campo da saúde pública. Com a formação, espera-se que os participantes aprendam sobre os princípios da metodologia da pesquisa para construção do conhecimento científico e suas aplicações em ciência e tecnologia, e sejam capazes de adotá-los alinhados a princípios éticos. A formação, online e autoinstrucional, tem carga horária total de 30 horas e é aberta a todos os interessados. Alunos que obtiverem nota igual ou superior a 70 na avaliação final receberão certificado de participação. Inscreva-se já!
Estrutura do curso
Introdução à Divulgação Científica
Essa iniciativa é voltada ao público em geral que se interessa em divulgação científica. Trata-se de um curso introdutório, em que o objetivo é propor reflexões sobre a importância de aproximar ciência e sociedade e oferecer dicas práticas de como fazer isso, sem esgotar as amplas discussões sobre teoria e prática neste campo. Online e autoinstrucional, o curso tem carga horária total de 30 horas e é aberto a todos os interessados. Alunos que cumprirem as atividades receberão certificado de participação. Inscreva-se já!
Estrutura do curso
CONFIRA OUTRAS OPORTUNIDADES DO CAMPUS VIRTUAL FIOCRUZ COM INSCRIÇÕES ABERTAS
Acessibilidade e os princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde
O curso on-line Acessibilidade e os princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde – gratuito e autoinstrucional – reúne uma série de recursos educacionais e visa formar trabalhadores da área de saúde para um atendimento mais inclusivo e acessível a pessoas com deficiência, notadamente a pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Seu conteúdo abrange questões como O SUS e o direito das pessoas com deficiência; Deficiências e saúde - revendo modelos e conceitos; Acessibilidade - barreiras e soluções; Tecnologia assistiva; Orientações para acessibilidade na produção de materiais educativos em saúde; Introdução à surdez e Libras no contexto da saúde; e ainda um estudo de caso. Sua carga horária total é de 72 horas/aula. Inscreva-se já!
Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus
O curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus foi produzido e lançado pelo CVF, em caráter de urgência, em função da pandemia, com o objetivo de responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento. A formação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, no entanto pode ser cursada por qualquer pessoa interessada. Ela é composta de três módulos independentes: um sobre conceitos básicos e dois sobre o manejo clínico da doença. A formação aberta, gratuita, autoinstrucional e oferecida à distância (EAD) tem carga horária total de 45 horas. Alunos que obtiverem nota igual ou superior a 70 na avaliação final receberão certificado de participação em cada um dos módulos. Inscreva-se já!
Febre amarela – Formação modular
A febre amarela é tema de dois microcursos online de formação modular: Transmissão, vigilância, controle e prevenção da febre amarela e Vacinação contra febre amarela. O objetivo dessas formações é manter profissionais e outros agentes da área da saúde atualizados. Eles trazem conteúdos que reforçam conhecimentos, conceitos e condutas para qualificar o atendimento. Os cursos são voltados a médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam na atenção básica e em postos de vacinação. No entanto, são abertos a qualquer pessoa interessada.
Transmissão, vigilância, controle e prevenção da febre amarela: inscreva-se já!
Vacinação contra febre amarela: inscreva-se já!
*Imagem de capa: Freepik
O Campus Virtual Fiocruz (CVF) já conta com mais de 40 mil inscritos no curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus. Oferecido na modalidade a distância, o curso é gratuito e aberto a todos os profissionais envolvidos na linha de frente do atendimento da Covid-19. As inscrições estão abertas no Campus Virtual Fiocruz. “Atuamos sempre com o compromisso de salvar vidas e fortalecer o SUS, para que tenhamos a capacidade de enfrentar esse e outros desafios relacionados à saúde da população brasileira”, afirma a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado.
Em um cenário com mudanças frequentes no conhecimento sobre o novo coronavírus, a capacitação é uma ferramenta importante na formação dos trabalhadores para a sua prática nos serviços de saúde e apresenta as melhores estratégias para conter e enfrentar a doença. A coordenadora-geral do curso e do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, destaca a participação dos especialistas de diversas unidades da Fundação. “Esse é um diferencial importante do curso, que é ser elaborado junto a pesquisadores e gestores diretamente envolvidos nas ações de vigilância e assistência e que estão considerando o atual cenário”.
O curso tem atualmente alunos de 2.118 cidades, de todos os estados brasileiros. A região sudeste concentra mais de 40% dos inscritos, seguida do nordeste, com cerca de 20% dos alunos. Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e a Bahia são os estados com mais inscritos. Há também um número expressivo de participantes de outros países, como os Estados Unidos, Reino Unido, Bolívia, Argentina, Paraguai, Suécia, Afeganistão, Japão e Turquia.
Saiba mais sobre o formato e o conteúdo do curso
Formulado com uma linguagem simples e em formato dinâmico e interativo para facilitar o aprendizado, o conteúdo apresenta estratégias para conter a curva epidêmica da doença. A capacitação é composta de três módulos independentes: um sobre conceitos básicos e dois sobre o manejo clínico da doença. O CVF lançará, em breve, mais dois módulos - sobre a saúde indígena e sobre a saúde da população prisional.
Os três módulos que compõem a formação são independentes, permitindo que cada aluno escolha em que ordem deseja fazer o curso. A capacitação é uma realização do Campus Virtual Fiocruz, vinculado à Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). A iniciativa tem o apoio de diferentes unidades da Fundação: Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI); Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp); Gerência Regional de Brasília (Gereb/Fiocruz Brasília); e Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict). O curso também conta com a parceria da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).
Saúde Mental e Atenção Psicossocial
Com mais de 63 mil profissionais matriculados, outra iniciativa importante da Fiocruz é o pioneiro Curso Nacional de Saúde Mental e Atenção Psicossocial na Covid-19. O objetivo é oferecer suporte técnico-informativo aos profissionais de saúde e áreas afins que estejam trabalhando ou venham a trabalhar no atendimento em saúde mental e atenção psicossocial relacionado à doença.
Segundo a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, “o curso foi construído com base nos princípios do SUS, para fortalecer as ações no âmbito das políticas de saúde e com base nos protocolos internacionais. São ações que visam garantir desde a informação qualificada à população até a atenção especializada, como pode ser o atendimento psicológico em si”.
Os interessados podem se inscrever até o dia 15 de julho, e quem estiver matriculado pode concluir as atividades até 26 de agosto. A coordenadora técnica do curso, Débora Noal, lembra que os alunos podem acompanhar os conteúdos no horário mais conveniente para eles. "O objetivo é facilitar um pouco a vida de quem está na linha de frente, produzindo esse cuidado em saúde mental e atenção psicossocial”, destaca Débora, que há mais de uma década trabalha, estuda e pesquisa em desastres e epidemias de grandes proporções.
Mais informações aqui.
* Colaborou Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)
Imagem de capa: Freepik
A Fiocruz disponibilizou uma nova área em seu Portal, na qual concentra uma agenda semanal de transmissões ao vivo dos diversos encontros, debates, seminários e sessões que vem realizando virtualmente devido à pandemia causada pelo coronavírus. Nela, também é possível acessar as lives e eventos já transmitidos pelas diversas unidades da Fundação. Confira e acompanhe a página das transmissões.
Quinta-feira - 25/6
Doutorado em Saúde Pública da Ensp: Proteção social e relações público-privadas no sistema de saúde do Chile: uma análise do período de 2000 a 2018. Autora: Suelen Carlos de Oliveira. Orientadora: Cristiani Vieira Machado
Horário: 9h30 / Transmissão
Mestrado profissional em Saúde Pública da Ensp: Afeminofobia: existências silenciadas e possíveis enfrentamentos com base no ordenamento jurídico brasileiro. Autor: Rodrigo Rocha de Jesus. Orientador: Gabriel Eduardo Schütz / Transmissão
Seminário Discente da Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC: O que os cuidadores de crianças com tuberculose sabem sobre a doença e o seu tratamento? Intervenção educativa em tuberculose envolvendo cuidadores e crianças com tuberculose ativa e latente. Aluna: Andréa da Silva Santos. Orientadora: Anna Cristina Calçada Carvalho.
Horário: 13h30 / Transmissão: https://zoom.us/j/8755687433 (ID da reunião: 875 568 7433)
Mestrado em Biologia Celular e Molecular do IOC: Caracterização molecular e funcional de proteínas com propriedades antiofídicas isoladas do soro de Didelphis marsupialis da Colômbia. Autor: Luis Miguel Muñoz Gómez. Orientadores: Ana Gisele da Costa Neves Ferreira e Jonas Enrique Perales Aguilar.
Horário: 13h / Webconferência
Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz. Debate em defesa da vida. Com Ailton Krenak (líder indígena e ambientalista), João Carlos Salles (reitor da UFBA) e Marco Lucchesi (presidente da ABL), Marco Lucchesi.
Horário: 14h / Transmissão
Debate Os desafios da epidemiologia e o papel da vigilância no enfrentamento da Covid-19: o caso de Pernambuco. Com Ana Brito (Fiocruz Pernambuco) e Wayner Souza (Fiocruz Pernambuco)
Horário: 15h / Transmissão
Lançamento do livro Desafios do Acesso a Medicamentos no Brasil. Palestra Magna Acesso a medicamentos no mundo contemporâneo: perspectivas para as próximas décadas. Com Socorro Gross Galiano (OPAS/OMS BR). Participação: Nísia Trindade (Presidente da Fiocruz), Marco Aurélio Krieger (VPPIS/Fiocruz), Paulo Gadelha (coordenador da Estratégia Fiocruz para Agenda 2030), Rodrigo Murtinho (diretor do Icict/Fiocruz), Jorge Bermudez (Fiocruz), Jorge Costa (Fiocruz) e José Carvalho de Noronha (Fiocruz)
Horário: 17h / Transmissão
Sexta-feira - 26/6
Seminário Discente da Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC: Práticas integrativas e complementares na formação dos acadêmicos de enfermagem em uma universidade privada no município do Rio de Janeiro. Aluna: Cássia de Castro Batista. Orientadoras: Claudia Teresa Vieira de Souza e Tereza Claudia de Andrade Camargo.
Horário: 9h30 / Transmissão: https://zoom.us/j/8755687433 (ID da reunião: 875 568 7433)
Mestrado acadêmico em epidemiologia em Saúde Pública da Ensp: Análise dos padrões espaço-temporais da Aids por microrregiões do Brasil de 1985 A 2016. Autor: João Azevedo Fernandes. Orientador: Oswaldo Gonçalves Cruz.
Horário: 10h / Transmissão
Sessão especial do Centro de Estudos do IOC: Imunofarmacologia da Covid-19. Reposicionamento de anti-virais. Palestrante: Thiago Moreno L. Souza – virologista do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS). Mecanismos de tromboinflamação. Palestrante: Eugênio D. Hottz – pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Mediadores: Patrícia Bozza e Hugo Caire de Castro Faria Neto – pesquisadores do Laboratório de Imunofarmacologia do IOC
Horário: 10h / Transmissão
*Acesse o link https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/ioc2-fiocruz no horário das defesas do IOC para acompanhar as transmissões
Mestrado em Biologia Computacional e Sistemas do IOC: Structural insights and phosporylation analysis of mutations in NFKBIA related to anhidrotic ectodermal dysplasia associated with immunodeficiency. Autor: Lucas Tricarico Barcellos. Orientadores: Ernesto Raul Caffarena e Ana Carolina Ramos Guimarães.
Horário: 13h30 / Webconferência
Seminário Discente da Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC: A construção de conhecimentos em promoção da saúde pelos líderes comunitários integrantes do Projeto Plataforma de Saberes: uma reflexão sobre os cursos internacionais "Envolvimento da ciência com a sociedade" 2018/2019. Aluna: Valéria de Santana Carneiro. Orientadora: Claudia Teresa Vieira de Souza.
Horário: 13h30 / Transmissão: https://zoom.us/j/99345203437 (ID da reunião: 993 4520 3437)
Seminário virtual Povos indígenas na produção de conhecimento: por uma saúde não silenciada. Debatedores: Edilaise (Nita Tuxá), Dinamam Tuxá (APIB), Mário Nicácio (COIAB), Joziléia Danizia Kaigang (UFSC). Mediação: Inara do Nascimento Tavares (UFRR)
Horário: 14h / Transmissão
Encontro virtual IdeiaSUS. O protagonismo cidadão na pandemia.
Horário: 15h / Transmissão