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Publicado em 20/04/2022

Em aula inaugural sobre ‘questão indígena’, Fiocruz se filia à SBPC

Autor(a): 
Isabela Schincariol e Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)*

A Fiocruz promoveu, em 19/4, a aula inaugural do seu ano acadêmico. O evento teve como destaque a conferência Duzentos anos da “questão indígena”, proferida pela antropóloga luso-brasileira Maria Manuela Carneiro da Cunha, uma referência nos estudos sobre etnologia e antropologia histórica e há décadas militante do direito dos povos indígenas do Brasil. Antes da aula inaugural, ocorreu a cerimônia de filiação da Fiocruz à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

"A filiação à SBPC é institucional, porque participantes somos desde a origem, e com muita satisfação", salientou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. Ela disse que foi uma alegria promover o ato no dia da aula inaugural da Fiocruz, primeiro evento semipresencial desde o início da pandemia de Covid-19, destacando ainda o retorno, gradual e seguro, dos estudantes aos campi da Fiocruz para aulas presenciais. Nísia ressaltou que o pesquisador emérito Renato Cordeiro, da Fiocruz, foi fundamental nesse processo, como conselheiro da SBPC, assim como a secretária regional da SBPC, Lígia Bahia. A presidente também destacou a importância de pensar nos jovens, tanto os pesquisadores quanto os trabalhadores da saúde. “Pensar nos jovens e no seu lugar na ciência, uma vez que estamos enfrentando um problema de evasão, não apenas de cérebros, mas de compromissos, afetos fundamentais para a ciência brasileira”.

Nísia sublinhou que “nosso trabalho tem como objetivo uma ideia central: a ciência e a saúde em defesa da democracia e da soberania. Por essa razão, acolhemos de forma especial nossos estudantes e docentes no dia de hoje e deixamos esta mensagem nesta aula inaugural que enfoca os povos indígenas: é preciso considerar a diversidade como um valor central para a construção de um país democrático e soberano”.

O presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, que participou de forma virtual do encontro, elencou uma série de homenagens: ao incansável trabalho da Fiocruz em defesa da saúde e da ciência; à corajosa condução de Nísia à frente da instituição; ao professor Haity Moussatché, um dos pesquisadores da Fiocruz que sofreu com o rude golpe do Massacre de Manguinhos na década de 1970 e, especialmente, por ter sido um dos fundadores da SBPC e, portanto, representando a filiação celebrada entre as instituições; por fim, uma homenagem a Renato Balão Cordeiro, pesquisador da Fiocruz e conselheiro da SBPC, que se empenhou para o desenvolvimento da categoria "Sócios Institucionais da SBPC", resultando na filiação da Fundação.

O vice-presidente da SBPC, Paulo Artaxo Netto, lembrou que as trajetórias de ambas as instituições foram paralelas ao longo das décadas na luta pela ciência, saúde da população e pela redução das desigualdades sociais. No entanto, segundo ele, com foco em um prisma futuro, essa associação será extremamente importante para o país. "Não será uma tarefa fácil. Precisaremos muito mais do que estar associado. Todas as instituições que querem ver um Brasil mais justo, menos desigual, com mais saúde, mais ciência e mais educação precisarão trabalhar juntas, e devemos começar já! A SBPC está renovando suas forças para que, junto com a sociedade civil e a comunidade científica, possamos trabalhar na reconstrução de um Brasil melhor!", afirmou.

"Assinar essa filiação institucional significa que caminharemos juntos no sentido de enfrentarmos os desafios do presente e do futuro, entre os quais eu destaco a importância de pensarmos nos jovens", pontuou a presidente da Fiocruz. Assinaram o termo Renato Janine, Paulo Artaxo, Nísia Trindade e a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado. Segundo Nísia, "é simbólico termos a assinatura dessa vice na filiação, pois a educação, a informação e a comunicação são dimensões também do fazer científico da Fiocruz!".

Retorno presencial e permanência dos estudantes

A coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, deu boas-vindas aos estudantes e anunciou o Auxílio à Permanência do Estudante, voltado aos alunos de pós-graduação de cursos stricto sensu. Segundo ela, esse é mais um importante passo da instituição no sentido da inclusão e do apoio ao discente em situação de vulnerabilidade. A ação integra uma ampla política – e um compromisso democrático – da Fiocruz relacionada a ações afirmativas.

Além de Cristina Guilam e de Nísia Trindade, a mesa de abertura da aula inaugural contou com a participação da vice-presidente Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, da presidente do Sindicato Nacional dos Servidores da Fiocruz (Asfoc-SN), Michelly Alves, e do vice-coordenador da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG-RJ) e doutorando do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Jacks Bezerra. Ele enalteceu os esforços dos alunos da casa que permaneceram estudando, pesquisando, exaltando a ciência brasileira e a Fiocruz e defendendo suas teses e dissertações em meio aos últimos dois anos de pandemia.

Cristiani Machado também saudou trabalhadores, docentes e especialmente os estudantes, afirmando que a Fiocruz está não somente de portas abertas, mas também de braços abertos para todos. E, de forma muito especial, para aqueles que passaram por todo seu curso de maneira virtual. "Vocês poderão estar conosco presencialmente para assistir às aulas de caráter eletivo, acompanhar as disciplinas... estaremos aqui para recebê-los", disse ela, entusiasmada.

Aula inaugural

Nísia introduziu a temática escolhida para a aula inaugural de 2022 da Fiocruz reforçando que povos e sociedades indígenas e tradicionais tiveram seus direitos garantidos pela Constituição brasileira de 1988, mas ainda precisam tê-los reconhecidos na prática: "A trajetória para a superação das desigualdades no Brasil considera a diversidade como um valor central a ser respeitado. Para que, de maneira efetivamente democrática, possamos trilhar o caminho de um outro futuro para o nosso país".

Autora de diversos livros e uma das grandes estudiosas da história e cultura dos povos indígenas no Brasil, Maria Manuela da Cunha é professora emérita da Universidade de Chicago, onde trabalhou, e dá aulas na Universidade de São Paulo. Ela fez um histórico da relação entre os europeus que chegaram às Américas e os povos indígenas, desde o período colonial aos dias de hoje. Segundo ela, a palavra “questão”, usada no título da aula inaugural, é no sentido de esse ser um tema que tem uma longa história, atravessando os últimos cinco séculos e tendo como ponto de partida os impactos da descoberta do continente.

“O achamento [descoberta] da América trouxe questões para a Igreja, o direito e a filosofia”, afirmou Maria Manuela. Ela citou o frei dominicano espanhol Francisco de Vitória como um dos primeiros defensores, ainda no século 16, logo depois da chegada dos navegadores europeus à América, dos direitos dos povos indígenas. O religioso teve uma pregação humanista, que questionou a legitimidade da conquista europeia das Américas, mesmo que fosse para combater o paganismo ou o canibalismo, e sustentava que os indígenas não eram seres irracionais. Para Vitória, os monarcas europeus e o Papa não tinham direito de controlar ou dividir as terras dos habitantes originais. Segundo o frei, como os espanhóis reagiriam se um grupo de indígenas chegasse ao seu país exigindo o controle do território e o dividindo?

A antropóloga ressaltou que uma das questões da época, a respeito da qual debatiam teólogos e filósofos, era sobre se os indígenas tinham alma e se eram seres humanos. A bula (documento) Sublimis Deus, emitida pelo Papa Paulo III em 1537, deixava claro que os índios são homens, capazes de compreender a fé cristã, e condenava a escravidão desses povos. A bula também abria caminho para a catequização dos povos das terras descobertas, a partir, no caso do Brasil, de 1549, quando começa de fato a colonização do território. Na época, outra questão discutida era como cotejar a existência dos povos indígenas com a Bíblia, já que não são mencionados nas Escrituras. Uma das possibilidades foi relacioná-los às tribos perdidas de Israel.

Do mesmo século 16, a conferencista citou o escritor, jurista e filósofo francês Michel de Montaigne, um humanista que usou a descoberta desses povos das terras ocidentais para criticar a França de sua época, que sofria em guerras religiosas fratricidas. Montaigne aproveitou o contato com três indígenas tupinambás levados à França para fazer um contraponto entre os seus compatriotas e suas instituições e os indígenas. “Montaigne chegou a conversar com eles, auxiliado por um empregado que havia estado no Brasil e serviu de intérprete no diálogo”. Curioso e sem um pingo de superioridade, o filósofo comentava que os indígenas permitiam enxergar o absurdo de certos hábitos e crenças da sociedade europeia.

Maria Manuela também descreveu as questões que surgiram após o início da colonização, quando três grupos de interesse distintos passaram a atuar nos territórios indígenas: a Coroa portuguesa, os missionários jesuítas e os novos moradores (os colonos). E essas relações se davam em constantes conflitos, que também eram agravados pela ação de outros europeus, como os franceses, que intencionavam fundar colônias no Brasil. Volta e meia algum povo indígena se aliava a algum grupo europeu para guerrear e conquistar territórios.

A professora discorreu ainda sobre a ação do marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal que em 1755 proclamou a libertação dos indígenas em todo o Brasil. Em uma só decisão ele agiu contra os proprietários de indígenas escravizados e os jesuítas, que dirigiam a vida das comunidades indígenas nos aldeamentos. Outras iniciativas de Pombal foram as de proibir a discriminação aos indígenas e elaborar uma lei favorecendo o casamento entre eles e portugueses. Ele também criou o Diretório dos Índios, para substituir os jesuítas na administração das missões.

José Bonifácio, o Patriarca da Independência, também foi lembrado por Maria Manuela. Bonifácio tinha um projeto de integração dos índios à sociedade, por meio de catequese e educação. Para ele, essa integração seria feita pela mestiçagem, que tonaria possível a criação de uma cultura comum, na qual, de acordo com suas palavras, prevaleceria o elemento branco e civilizador.

Maria Manuela recordou a atuação dos positivistas, que no final do século 19 tanto inspiraram os líderes do movimento republicano. “Eles tinham ideias bastante incomuns para a época e chegaram a propor, na Assembleia Constituinte de 1891, que elaborou a primeira Constituição da República, a instalação do que chamaram de ‘Estados Confederados Ocidentais’, que seriam ocupados pelos povos indígenas. O objetivo era  garantir a esses povos a proteção do Governo Federal contra qualquer violência, contra os povos indígenas e seus territórios. E os territórios não poderiam ser atravessados sem o prévio consentimento dos indígenas, pacificamente solicitado e pacificamente obtido”. Para os positivistas, as populações indígenas estavam no primeiro estágio mental da Humanidade e por isso precisavam de amparo e proteção para que pudessem alcançar a civilização. O projeto, no entanto, não prosperou. Não faltavam, na época, vozes que defendiam o extermínio dos índios que resistissem ao avanço da “civilização”.

Um pouco mais tarde, em 1910, foi criado o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), vinculado inicialmente ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, e que depois passou pelo Ministério do Trabalho (1930-34), o Ministério da Guerra (1934-39), por meio da Inspetoria de Fronteiras, voltou ao Ministério da Agricultura (1940) e depois passou a integrar o Ministério do Interior até sua extinção, por corrupção, em 1967. Poucos anos depois da criação do Serviço, o Código Civil de 1916 estabeleceu a relativa incapacidade jurídica dos indígenas e o poder de tutela do SPI (da mesma forma que eram tutelados os adolescentes e as mulheres casadas). Era então corrente a ideia de que os indígenas eram seres em estado transitório, destinados a tornarem-se trabalhadores rurais ou proletários urbanos. Essa noção de tutela dos indígenas só foi abolida em 2002, com o novo Código Civil.

Maria Manuela encerrou sua conferência afirmando que os povos indígenas “não são o passado, e sim o futuro”. Segundo ela, todos os estudos recentes mostram que as áreas de florestas controladas por povos indígenas são as mais preservadas, no Brasil e no mundo, como também atestam os documentos dos painéis sobre mudanças climáticas da ONU. “A agricultura e o cultivo da terra feito pelos indígenas já eram modernos séculos atrás. E estima-se que cerca de 10% da Floresta Amazônica tenha origem antropogênica, ou seja, cerca de 700 mil quilômetros quadrados. É muita terra”. Ela citou ainda o arqueólogo Eduardo Neves, que ao rebater críticas de que os indígenas não construíram nenhuma obra de impacto disse que “a Floresta Amazônica é a nossa pirâmide”.

Ao final da aula inaugural, foram sorteados livros da coleção Saúde dos Povos Indígenas, da Editora Fiocruz. Confira a íntegra do evento: 

 

*Colaboração: Ciro Oiticica (Agência Fiocruz de Notícias)

*Imagem: Peter Ilicciev (Fiocruz)

Publicado em 01/04/2022

Recuperação pós-pandemia: Fiocruz incentiva e apoia pesquisadores a participarem de Chamada Especial Canadense

Autor(a): 
Isabela Schincariol

As Vice-presidências de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) da Fiocruz incentivam e apoiam seus pesquisadores a participarem de Chamada Especial canadense sobre pesquisas em recuperação pós-pandemia - 2022 Special Call – Research for Postpandemic Recovery. A Chamada Especial apoiará um portfólio diversificado de projetos que abordem diretamente uma ou mais das prioridades de pesquisa descritas no UN Research Roadmap for the Covid-19 Recovery. A candidatura deverá ser feita por um(a) pesquisador(a) afiliado à instituição canadense (coordenação-geral da pesquisa), enquanto os pesquisadores da Fiocruz entrarão como copesquisador principal e co-applicant. Também recomenda-se fortemente a participação de membros de outros países na equipe de pesquisa.  Candidaturas podem ser enviadas até 26 de abril.

Acesse aqui a Chamada Especial 2022 para Pesquisa em recuperação pós-pandemia – 2022 Special Call  Research for Postpandemic Recovery

A iniciativa conduzida pelo Social Sciences and Humanities Research Council visa à alavancar o papel da pesquisa na construção de uma recuperação socioeconômica imediata à Covid-19, por meio da construção de projetos de impacto que impulsionem os países rumo ao desenvolvimento sustentável, equitativo e resiliente em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A Fiocruz participou da elaboração do documento da Organização das Nações Unidas (ONU). A presidente da instituição, Nísia Trindade Lima, integrou o Grupo Gestor em Economic Response & Recovery Programs - que norteia a Chamada Especial de financiamento de pesquisas, e Luiz Augusto Galvão, do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz (Cris/Fiocruz) também atuou na contrução do documento.  

+Veja mais:

Documento UN Research Roadmap for the COVID-19 Recovery

Apresentação da Fiocruz sobre a Chamada Especial (em inglês)

Documentos Resumidos - Roteiro de Pesquisa da ONU para a Recuperação da COVID-19 (em português)

Doccumento apresentado na Câmara Técnica de Pesquisa - 13/4/22

As Vice-presidências de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e de Pesquisas e Coleções Biológicas (VPPCB) estão trabalhando em conjunto para viabilizar as candidaturas dos pesquisadores da Fiocruz. Para tanto, o ponto focal de comunicações iniciais é a assessora para Educação Internacional (CGE/VPEIC) Analice Braga, que deve ser contatada pelo endereço eletrônico: edu.internacional@fiocruz.br

Para divulgar e incentivar a participação de nossos pesquisadores na chamada, as vice-presidências envolvidas na iniciativa realizaram, em 29/3, uma apresentação na qual explicaram a relação entre a Chamada especial e o documento da ONU UN Research Roadmap for the COVID-19 Recovery, além de detalharem os objetivos da Chamada e a construção e envio de uma candidatura. 

Assista, na íntegra, ao vídeo da reunião: 


+Veja mais:

Vídeo em que Steven Hoffman comenta o documento da ONU – UN Roadmap (minuto 6:40) e a Presidente Nísia fala sobre a importância da iniciativa e das prioridades de pesquisa estabelecidas (minuto 26:10)

Publicado em 21/03/2022

Aulas inaugurais da Fiocruz 2022: confira lista de atividades*

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)*

Confira a relação de aulas inaugurais promovidas por unidade e programas de pós-graduação da Fiocruz, que serão realizadas nas próximas semanas. Acesse também as aulas que já aconteceram e estão disponíveis em seus respectivos canais de divulgação.  

23/3 - 18h - Fiocruz Paraná
Recriando o cérebro humano em laboratório
Palestrante: Alysson Muotri, do Departamento de Pediatria e Medicina Molecular Celular do Hospital Infantil Rady, da Califórnia (EUA)
Transmissão pelo Zoom

23 a 25 de março - INI de Portas Abertas (INI/Fiocruz)
Série de atividades que contemplam palestras, apresentações dos cursos e dos trabalhos científicos dos alunos de Pós-Graduação Stricto sensu e Lato sensu do INI
Confira a programação e faça a sua inscrição na página do INI para participar

25/3 - 9h - Instituto Oswaldio Cruz
Juventude de um homem e gênese de um cientista: Louis Pasteur & Oswaldo Cruz - Ano do bicentenário de Pasteur e sesquicentenário de Oswaldo Cruz 
Palestrante: Daniel Raichvarg, professor universitário emérito e presidente honorário da Sociedade Francesa de Ciências da Informação e Comunicação, e de Ademir Martins Jr., vice-diretor de Ensino. A mediação será realizada pela diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, e pelo vice-diretor de Ensino, Paulo D’Andrea.ecriando o cérebro humano em laboratório Transmissão 
Transmissão pelo canal do IOC no Youtube

28/3 a - 1°/4 - Semana de abertura do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Fiocruz)
Transmissão das atividades abertas ao público pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz
Confira a programação completa em https://ppgics.icict.fiocruz.br/semana-de-abertura-ppgics-20221

31/3 - 14h30 - mestrado profissional em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (COC/Fiocruz)
Território e patrimônios na Pequena África carioca
Palestrante: Monica Lima e Souza (Laboratório de Estudos Africanos da UFRJ)
Transmissão pelo facebook da Casa de Oswaldo Cruz

1º/4 - 10h - Fiocruz Pernambuco
Perspectivas e Desafios para a Saúde Pública na América Latina no cenário pós-pandêmico
Palestrante: Jarbas Barbosa da Silva Jr., assistente diretor da Opas
Trsansmissão pelo canal da Fiocruz Pernambuco no Youtube

1°/4 - 9h - Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (COC/Fiocruz)
Revolução de 1817 na imprensa da época da Independência e do Império: da Corte a Pernambuco (1821-1889)
Palestrante: Luiz Carlos Villalta (professor titular de História do Brasil e Prática de Ensino de História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG e titular da Unesco/UFMG-DRI
Transmissão pelo facebook da Casa de Oswaldo Cruz

4/4 - 13h - ICTB
One Health e Cooperação Internacional em Saúde
José Luís Passos Cordeiro, doutor em Ecologia pela UFRGS e pesquisador da Fiocruz; e Cecilia Siliansky de Andreazzi, doutora em Ecologia pela USP. Desenvolve pesquisas na interface entre ecologia e saúde na Fiocruz. Ambos são integrantes da Plataforma Internacional para CTI em saúde e atua no Laboratório Setorial de One Health e Global Health na Universidade de Aveiro, Portugal
Transmissão pelo Zoom. ID da reunião: 851 3831 2033. Senha de acesso: 307358

4/4 - 10h -  curso de Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência (COC/Fiocruz)
Divulgação científica e avaliação das fontes de informação: como educar sobre o tema?
Palestrante: Mônica Macedo (Paris 8)
Transmissão pelo facebook da Casa de Oswaldo Cruz

19 de abril - 9h30 - Aula Inaugural Fiocruz
Palestrante: Manuela da Cunha, antropóloga, referência nos estudos sobre etnologia e antropologia histórica 
Transmissão pelo canal da Fiocruz no YouTube

Veja também aulas já realizadas em 2022 que estão disponíveis para acesso:

14/3 - 10h - Casa de Oswaldo Cruz (COC)
Negacionismo científico e divulgação da ciência
Palestrante: Alyne de Castro Costa, da PUC-Rio , e Renan Gonçalves Leonel da Silva, do ETH Zürich. 
Assista o  vídeo, disponívem no Facebook da COC

9/3 - Farmanguinhos
A Química Medicinal no Século XXI: Onde está e para onde vai
Palestrante: Rui Ferreira  Moreira, professor de Química Farmacêutica e Terapêutica, é licenciado em Ciências Farmacêuticas e doutor em Farmácia pela Universidade de Lisboa, Portugal. Atua no Departamento de Ciências Farmacêuticas e do Medicamento da Universidade de Lisboa

 

 

 

*com informações de Leonardo Azevedo (CCS) e Max Gomes (IOC/Fiocruz)

** matéria publicada em 11/3 e atualizada em 14/3 e 21/3

Publicado em 22/12/2021

Residências em saúde da Fiocruz comemoram sucesso na seleção 2022

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

Os programas de residência em saúde do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) acabaram de realizar seus processos seletivos e estão comemorando a alta adesão para o ano letivo 2022. Foram quase 900 candidatos inscritos. Além deles, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) também realizaram as provas para seus cursos de residências em saúde no decorrer do mês de dezembro.  

Segundo a coordenadora adjunta de Residências em Saúde da Fiocruz, Adriana Coser, as provas, realizadas presencialmente, foram um sucesso. "Estamos comemorando o aumento do  número de candidatos inscritos, que, em nossa opinião, se justifica pela qualidade das nossas ofertas, mas, sobretudo, pela capacidade de resposta positiva da instituição frente à pandemia de coronavírus". Adriana acredita que o protagonismo e a grande responsabilidade assumida pela Fiocruz no enfrentamento da Covid-19 também tenha contribuído para a visibilidade e confiança na instituição, aumentando o interesse dos jovens profissionais em vincularem-se à Fundação. 

Outro ponto alto desse momento de selção destacado por Adriana foi o aprendizado de conseguir conciliar o desafio de garantir as medidas preventivas da Covid-19 no contexto de provas presenciais seguras com o significativo número de participantes do processo de seleção das residências em saúde: "Na primeira etapa, foram mais de 1000 pessoas mobilizadas. Em breve, realizaremos novos processos seletivos nesse mesmo modelo e estamos confiantes de que tudo correrá da melhor maneira possível, como foi nossa primeira experiência ainda no âmbito da pandemia", disse ela. 

Processo seletivo integrado IFF e INI

O Centro de Estudos Olinto de Oliveira (CEOO) do IFF/Fiocruz, sob a responsabilidade dos diretores, Marcello Freitas, Carlos Pereira, José Augusto de Britto e Tânia Barroso, conduziu com êxito toda a organização e logística dos processos seletivos 2022 das unidades. A parceria contou com a colaboração das Coordenações de Educação do IFF/Fiocruz e do INI/Fiocruz, coordenadores dos programas e de residência das instituições, da equipe da Secretaria Acadêmica e do Núcleo de Comunicação do IFF/Fiocruz na ampla divulgação dos processos seletivos. 

Gestão educacional dos programas de Rediência em Saúde da Fiocruz

Também no mês de dezembro, a Coordenação Adjunta de Residências em Saúde – instância ligada à Coordenação-Geral de Educação, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (CGE-VPEIC) realizou o II Seminário de Residências em Saúde, visando refletir a indissociabilidade sobre a atenção, gestão, educação e controle social nos programas de residências; analisar o lugar das Residências em Saúde como oferta educacional considerando o Lato e o Stricto sensu; além de identificar os desafios da área e definir possíveis contribuições da Fiocruz para a qualificação da gestão educacional das residências. 

O encontro online foi realizado em 14/12 e está disponível na íntegra no canal da VideoSaúde Distribuidora no Youtube. Assista: 

*com informações de Everton Lima (IFF/Fiocruz) 

Publicado em 15/12/2021

Fiocruz lança nova cartilha para festividades de fim de ano

Autor(a): 
Pamela Lang (Agência Fiocruz de Notícias)

Neste momento, em que a vacinação segue avançando em todo o país, o Brasil tem visto uma queda nos principais indicadores da pandemia, uma conquista resultado da campanha de imunização contra a Covid-19. No entanto, a crise sanitária ainda não acabou e, assim como houve o surgimento da variante Delta no final de 2020, uma nova variante, a Ômicron, também representa um alerta sobre a pandemia e a realização das festividades de fim de ano. Apesar das conquistas, é fundamental avançar na vacinação e manter as medidas adicionais de proteção. Por isso, o Observatório Covid-19 Fiocruz lança uma nova cartilha, que sistematiza um conjunto de recomendações que orientam sobre formas mais seguras de passar o Natal e o réveillon e diminuir os riscos de transmissão da Covid-19 no período. Além da cartilha, as orientações também serão divulgadas em formato de cards informativos que possam ser compartilhados pelo WhatsApp e demais redes sociais, bem como por uma enquete nas redes, que simula um jogo para a pessoa que deseja ir a um encontro de fim de ano da maneira mais segura possível. 

Em sua segunda edição, o material traz como mensagem principal a vacinação como forma mais importante de proteção. Mas algumas das recomendações presentes na cartilha do ano passado continuam valendo, especialmente para aquelas pessoas que não sabem se todos nos encontros e eventos estarão vacinados, se são do grupo de risco ou mais vulneráveis, como os idosos, ou ainda se há crianças na família, que ainda não puderam se vacinar. A cartilha é focada em orientações para eventos familiares e pequenos encontros entre amigos, já que as aglomerações ainda devem ser evitadas.

Para os pesquisadores envolvidos na produção da cartilha, as orientações sugeridas podem e devem ser compartilhadas e discutidas em família, grupos de amigos, locais de trabalho, comunidades e outros coletivos. “O objetivo é esclarecer, dialogar e pactuar estratégias solidárias e conscientes para que possamos manter as festas cuidando uns dos outros, bem como incentivar familiares, amigos e colegas de trabalho não imunizados a se vacinarem”, destaca o texto.

Segundo a última edição do Boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz, a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares impõem especial atenção sobre o monitoramento da intensidade com que as pessoas retornam a circular pelas ruas. O aquecimento do turismo também já dá sinais de sua influência no aumento de circulação de pessoas nas ruas. 

“Estamos num cenário mais favorável do que no ano passado, mas ainda temos que nos manter alertas, especialmente diante das incertezas relacionadas à nova variante e à intensidade de circulação de pessoas nesse período do ano. Por isso, reforçamos que o principal cuidado neste fim de 2021 é garantir que todos estejam vacinados com o esquema completo, incluindo a dose de reforço, caso a pessoa já tenha essa indicação. Quem ainda não está com o esquema completo, recomendamos que vá ao posto de saúde 14 dias antes do evento para que possa estar protegida e ajudar a proteger os outros também. Essa é uma mensagem que gostaríamos que fosse muito compartilhada e incentivada nos grupos de família e amigos do WhatsApp”, ressalta o coordenador do Observatório Covid-19 da Fiocruz, Carlos Machado.
 

Publicado em 08/12/2021

Residências em Saúde: Fiocruz debate gestão educacional de programas

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A residência em saúde é uma oferta educacional que apresenta-se como formação prioritária no que se refere à integração ensino-serviço-comunidade no SUS. Para tanto, buscando aprofundar o debate sobre os desafios da gestão educacional dos Programas de Residências em Saúde, a Fiocruz vai promover, na próxima terça-feira, 14/12, às 8h30, seu II Seminário de Residências em Saúde. O encontro, transmitido ao vivo pelo canal da VideoSaúde Distribuidora no Youtube, é aberto a todos os interessados no tema durante a manhã e fechado a convidados na parte da tarde.

Acesse aqui a programação completa do evento!

A discussão do tema faz-se necessária frente a uma crescente demanda pela qualificação de quadros voltados à gestão educacional de programas de residência – identificada por especialistas como uma tendência nacional. 

O Seminário é um desdobramento dos debates ocorridos em 2019 e visa refletir a indissociabilidade sobre a atenção, gestão, educação e controle social nos programas de residências; analisar o lugar das Residências em Saúde como oferta educacional considerando o Lato e o Stricto sensu; além de identificar os desafios da área e definir possíveis contribuições da Fiocruz para a qualificação da gestão educacional das residências.

A coordenadora adjunta de Residências em Saúde da Fiocruz, Adriana Coser, comentou que o encontro é uma iniciativa integrada do conjunto de residências em saúde ofertado pela Fundação, “que reconhece os atuais desafios postos pelas mudanças das necessidades de saúde e os constantes ajustes para a qualificação no modelo formativo de novos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS)".

O II Seminário é uma realização da Coordenação Adjunta de Residências em Saúde – instância ligada à Coordenação-Geral de Educação, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (CGE-VPEIC). 

 

Acompanhe o evento no dia 14/12, às 8h30 neste link:

Publicado em 07/12/2021

PrInt promove bate-papo sobre experiências e cooperações internacionais

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Para finalizar o ciclo 2021, o Programa de Internacionalização da Fiocruz (Capes PrInt- Fiocruz) vai realizar um encontro para debater as ações de mobilidade, o estabelecimento de cooperação a partir do projeto, a publicação de artigos e outras iniciativas promovidas em seu âmbito. O encontro, marcado para o dia 13 de dezembro, às 14h, será transmitido pelo canal da VideoSaúde Distribuidora no Youtube

O evento será em formato de bate-papo, conduzido pelo apresentador do Canal Saúde, Renato Farias, com a participação de Gilberto Hochman, pesquisador da COC e coordenador de projeto do PrInt-Fiocruz, de Vanessa Salete, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e atual bolsista do PrInt como pesquisadora visitante na Agência Internacional de Pesquisa em Câncer na França (Iarc, na sigla em inglês) e da coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam. 

No evento serão compartilhadas experiências de bolsistas que estão no exterior e os que já passaram por lá, além de ser um espaço aberto para os interessados fazerem comentários e tirarem dúvidas, interagindo com os diferentes atores envolvidos nesse projeto.

As discussões são voltadas a discentes e docentes que buscam saber mais sobre os ganhos desse programa, mas sobretudo aos coordenadores de pós-graduação, que também poderão conhecer melhor as ações do PrInt. Além do bate-papo, os participantes assistirão vídeos enviados por bolsistas que estão em outros países contanto suas experiências. 

Ao longo dos últimos anos, o Programa vem promovendo uma série de encontros entre pesquisadores da Fiocruz e demais instituições parceiras, com temática diversificada, para tratar da internacionalização da educação na Fundação. Todos voltados a estudantes de pós-graduação e com foco em despertar o interesse pela formação científica e cultural associada a outros países. 

Todos disponíveis para acesso (em inglês e em português) no canal da Fiocruz no Youtube. Acesse! 

O Programa de Internacionalização da Fiocruz

A Fiocruz é tradicionalmente reconhecida por sua importância para a saúde, compreendida em uma perspectiva global. Assim, o Capes PrInt Fiocruz vem trabalhando de forma intensa, a partir da perspectiva de integração em redes, para a produção de conhecimento em saúde por meio da educação e pesquisa. 

O Projeto foi concebido em 2018 buscando potencializar a já destacada internacionalização da instituição, aproveitando o recurso concedido pela Capes para financiar a mobilidade internacional de discentes e docentes e fortalecer as redes de cooperação com instituições renomadas em outros países. Nesse sentido, o PrInt permite à Fiocruz consolidar o trabalho que vem sendo desenvolvido como política institucional.
O PrInt Fiocruz-Capes está estruturado em três Redes Integrativas Temáticas, cada uma delas com três projetos, que abarcam 16 Programas de Pós-Graduação de nove diferentes unidades, localizadas no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. 

Acompanhe a transmissão no dia 13/12, às 14h:

Publicado em 03/12/2021

Fiocruz reabre inscrições para curso sobre o manejo da Covid-19: nova edição está atualizada

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Quase dois anos se passaram desde a publicação do primeiro curso desenvolvido pelo Campus Virtual Fiocruz sobre a Covid-19: Manejo da infecção causada pelo novo coronavírus. Nesse curto espaço de tempo, muita coisa aconteceu: perdemos milhões de vidas para essa doença, cientistas desenvolveram vacinas, profissionais de saúde trabalharam no limite, novas formas de realizar atividades cotidianas floresceram e muitas outras foram aprimoradas. O Campus Virtual Fiocruz desenvolveu vários cursos  buscando contribuir com a formação de profissionais de saúde sobre a temática. Nessa perspectiva, acaba de liberar uma nova oferta da formação – edição revista e atualizada. O curso é online, gratuito e autoinstrucional. As inscrições estão abertas!

Inscreva-se já!

A primeira edição do curso foi lançada em abril de 2020 e realizada por nada mais, nada menos do que 60 mil alunos, provenientes de todos os nossos estados, em cerca de 3.200 diferentes cidades, além de participantes de outros países, como Estados Unidos, Argentina, Moçambique, Alemanha e Afeganistão.

A formação, de 45h, é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios. O conteúdo foi elaborado por pesquisadores e especialistas da Fiocruz envolvidos nas ações de vigilância e assistência, e apresenta estratégias para instrumentalizar profissionais que estão na linha de frente do combate ao coronavírus. Eles contribuíram com textos, videoaulas e a revisão técnica de todo o material — que é apresentado em uma linguagem simples e num formato dinâmico, interativo e atraente.

Conheça a estrutura do curso:

Módulo 1 - Introdução: Conceitos e informações básicas (5 horas/aula)

  • Aula 1 - Novo coronavírus: conceitos básicos
  • Aula 2 - Transmissão, sintomas e prevenção
  • Aula 3 - O que fazer se estiver doente

Módulo 2 - Manejo clínico: Atenção Básica (10 horas/aula)

  • Aula 1 - Organizando sua UBS para a pandemia
  • Aula 2 - Manejo clínico na APS
  • Aula 3 - Como conduzir isolamento domiciliar
  • Aula 4 - Protegendo os profissionais de saúde

Módulo 3 - Manejo clínico da Covid-19 na atenção hospitalar (15 horas/aula) 

  • Aula 1 - Detecção precoce e classificação da severidade dos pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG)
  • Aula 2 - Manejo clínico inicial dos pacientes com síndrome respiratória aguda grave
  • Aula 3 - Investigação de imagem, laboratorial e diagnóstico diferencial da Covid-19
  • Aula 4 - Suporte farmacológico a pacientes com Covid-19
  • Aula 5 - Suporte respiratório a pacientes com Covid-19
  • Aula 6 - Manejo clínico da gestante no contexto da Covid-19
  • Aula 7 - Procedimentos de proteção e controle de infecção em ambiente hospitalar

Esse curso permite uma trajetória de formação totalmente individual. Ou seja, cada aluno pode escolher quais módulos quer cursar e em que ordem. Os conhecimentos são avaliados ao fim de cada módulo. Quem obtiver nota maior ou igual a 70, recebe um micro certificado com a carga horária correspondente. O aluno que acessar todos os módulos e concluir todas as avaliações com sucesso receberá um certificado com a carga horária total do curso (45h).

Para seu desenvolvimento, o CVF contou com o apoio das seguintes unidades da Fundação: Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), Fiocruz Brasília, Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Proqualis/Icict), além da parceria da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).

Covid-19: tema em constante atualização

A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, que também é a responsável geral pela iniciativa do curso, lembrou que essa formação foi a primeira, inaugurando uma série de lançamentos sobre a Covid-19, voltada especialmente aos profissionais de saúde, mas aberto a toda e qualquer pessoa interessada em saber mais sobre essa doença. 

Segundo Ana, o curso é resultado de um grande esforço coletivo, envolvendo pesquisadores e equipe de produção. Até abril de 2021, não existia nenhuma formação estruturada, mas já tínhamos milhares de profissionais em todo o mundo tendo que lidar com uma pandemia. "Aqui no Brasil, o isolamento social teve início em março e o curso foi lançado apenas um mês depois. No entanto, em pouco tempo, muito do que sabíamos mudou... protocolos, cuidado hospitalar, uso de máscaras, variantes e, sobretudo, as vacinas. Nesta nova oferta, fizemos a revisão técnica de alguns pontos e articulamos conhecimentos e links com outros cursos desenvolvidos no âmbito dessa crise sanitária, como os curso de vacinação, cuidado de idosos, populações com vulnerabilidades, e outros. Ao todo, foram 10 inciativas", ressaltou ela, afirmando também que, embora quase dois anos tenham se passado, a Covid-19 é um tema que estará em permanente atualização. 

Ana destacou que ainda não temos dados suficientes para desenvolver um módulo complementar sobre a nova variante do coronavírus, denominada Ômicron e detectada na África do Sul, mas afirmou que o compromisso do CVF é futuramente engloba-la na formação.

Conheça todas as iniciativas que o Campus Virtual Fiocruz oferece no âmbito da Covid-19 – Todos online e gratuitos. Confira e inscreva-se:

Publicado em 29/11/2021

Fiocruz debate desigualdades, mudanças e desafios dos processos educacionais no Brasil

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Diálogo ampliado e diferentes visões sobre temas estratégicos da educação foram a combinação trazida para o encontro realizado como etapa preparatória do IX Congresso Interno. O Seminário “Desigualdades e mudanças dos processos educacionais no Brasil: desafios para o futuro da Fiocruz” reuniu especialistas e buscou fortalecer e inspirar reflexões nas diversas áreas e desafios que permeiam o campo da educação. Ele foi transmitido pelo canal da Fiocruz Brasília no Youtube e está disponível na íntegra. Assista!

Organizado pela Escola de Governo Fiocruz – Brasília (EGF-Brasília), pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), o seminário é um evento preliminar ao Congresso Interno, instância máxima de governança institucional, que está marcado para acontecer nos dias 8, 9 e 10 de dezembro.

O encontro recebeu como convidados os professores Márcia Abrahão, reitora da Universidade de Brasília (UnB), e Ladislau Dowbor, economista da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A debatedora foi a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado, que apontou a desigualdade como questão central em nosso país, assim como no plano global. As assimetrias, segundo ela, são muito significativas e tornam primordial um olhar amplo, que considere as múltiplas dimensões das desigualdades.

“Sabemos que a educação – a qual reconhecemos e reafirmamos como direito e elemento importantíssimo de valorização e pertencimento – expressa fortemente as desigualdades dos diversos outros âmbitos, sendo também elemento constitutivo de geração de desigualdades. Portanto, o acesso e a promoção à educação de qualidade são fatores potenciais para reduzir as desigualdades de forma ampla. A educação é um diferenciador social relevante, por isso a Fiocruz se preocupa em debater e contribuir para a redução das desigualdades em todos os âmbitos”, afirmou a vice-presidente.     

Educação como estratégia para o enfrentamento dos atuais desafios

Como reduzir as desigualdades na educação, na saúde e na ciência, nos planos nacional e internacional? Quais serão as necessidades de formação para o Sistema Único de Saúde e o Sistema Nacional de Ciência & Tecnologia em Saúde, em áreas estratégicas e com qualidade? Como atuar para responder às demandas sociais de articulação entre educação, produção de conhecimento e divulgação científica/ comunicação com a sociedade? Quais os desafios e perspectivas para a Fiocruz na área educacional? Quais perspectivas e qual o papel do ensino superior no Brasil, neste momento de transições sociais, políticas e culturais, de transformações científicas e tecnológicas, e de crise ambiental? Essas foram as questões impulsionadoras do encontro.

Participaram da mesa de abertura os diretores de unidade Fabiana Damásio, da Fiocruz Brasília, Marco Menezes, da Ensp, e Ana maria Corbo, da EPSJV. Além da debatedora, o encontrou contou com a mediação da vice-diretora de Ensino da Ensp, Enirtes Caetano Prates Melo.

A reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, rememorou a história de 60 anos da UnB e destacou a necessidade de defender direitos básicos dos cidadãos para a diminuição das desigualdades. De acordo com ela, para falar de educação em um país com as dimensões do Brasil, é preciso falar das outras questões que causam desigualdades e afetam também o acesso à educação superior. Ela apontou como fundamental a elaboração de leis que garantam o apoio à educação de forma permanente e que independam de governos, além de ações que valorizem os profissionais da educação.

“Como falar de educação quando temos 19 milhões de pessoas passando fome? Como falar de educação com 25% da população excluída digitalmente?”, questionou o economista e professor da PUC-SP, Ladislau Dowbor. Numa perspectiva ampla de contexto e desenvolvimento, ele defendeu que a educação tem papel estratégico, mas lembrou que a dimensão da desigualdade convive com todos os esforços que fazemos. "Não é falta de recursos no país. É mau uso. Temos que voltar a financiar, de forma particular, a educação. Temos recursos financeiros, sabemos o que tem que ser feito, temos técnicos e cientistas de primeira linha, mas infelizmente nossas atuais políticas são absolutamente irresponsáveis. Elas estão drenando os recursos para interesses transnacionais e nacionais que pouco tem a ver com o desenvolvimento do país. A meu ver, é uma deformação estrutural que está pesando e precisamos voltar a ter políticas ligadas aos interesses nacionais”, defendeu Dowbor.

Desigualdades sociais, ataques à democracia e vocação histórica na formação de profissionais da saúde: Fiocruz integrada para superar os desafios da atualidade

A diretora da Escola Politécnica, Ana Maria Korbo falou sobre a relevância do debate para superar os desafios que estão colocados para a área da educação frente à crise. “As desigualdades históricas, características na nossa formação social, foram exacerbadas e incidem muito fortemente na educação”, disse ela, citando o recorde de diminuição de inscrições no Enem desde o ano de 2015. “Os dados mostram que o acesso ao ensino superior está cada vez mais impossibilitado para uma parcela importante da nossa sociedade. E essa não garantia do direito à educação tem reflexo importante para nós da Fiocruz, que estamos envolvidos com a formação dos trabalhadores que já integram o nosso tão combalido sistema de saúde e dos futuros trabalhadores que vão se inserir nos processos tendo que dar conta dos desafios já conhecidos e os novos impostos pela pandemia”, salientou.

O diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Marco Menezes, destacou a importância da defesa da democracia, especialmente neste contexto tão difícil, da maior crise sanitária do nosso século. Já Enirtes, expressou confiança ao falar sobre o Congresso Interno, que, segundo ela, representa um momento extremamente propositivo e valioso frente aos desafios para a área da educação.

A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, destacou o espírito de sistema integrado nessa discussão que envolve todas as unidades da Fundação, pois, segundo ela, debater a educação é reforçar a vocação histórica que a Fiocruz tem de reconhecer a importância da formação de trabalhadores para o Sistema Único de Saúde, e para as políticas sociais e de saúde, especialmente neste momento de grave crise. “Precisamos olhar as desigualdades presentes na educação para identificarmos soluções. Qual é o papel da Fiocruz, como instituição estratégica de Estado, para pensar em soluções que consigam enfrentar as desigualdades presentes na educação? Estamos mobilizados na busca de soluções coletivas nessa discussão de nossas práticas. O espírito de diálogo é o que marca o nosso congresso”, discorreu Fabiana, esperançosa com o processo democrático interno.  

O Congresso Interno abrangeu quatro eventos preparatórios temáticos, além do Seminário da Educação: Desafios do Trabalho e a Fiocruz do futuro; Desafios da Saúde e a Fiocruz do futuro; Desafios da Mudança climática e do ambiente e a Fiocruz do futuro; e Desafios da Ciência e da Inovação e a Fiocruz do futuro. As discussões servirão de suporte para a construção do documento de referência do IX Congresso Interno, com plenária marcada para os dias 8, 9 e 10 de dezembro. O encontro da Educação foi organizado pelas vice-diretoras de Educação Ingrid D’avilla, da EPSJV, Luciana Sepulveda, da Fiocruz Brasília, Enirtes Prates Mello, Marismar Seta e Luciana Dias, da Ensp.

Publicado em 27/10/2021

Casa de Oswaldo Cruz divulga editais acessíveis e amplia política de inclusão

Autor(a): 
Comunicação COC/Fiocruz

A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) está divulgando, pela primeira vez, versões acessíveis das chamadas públicas dos processos seletivos de seus programas de pós-graduação. Além da versão básica em PDF, também estão sendo disponibilizadas a versão acessível, a versão em linguagem simples e a versão em libras de cada edital de seleção para 2022.

A versão acessível facilita a navegação por pessoas com deficiência visual (cegas ou com baixa visão), que utilizam tecnologia que transforma em áudio as informações apresentadas em tela durante a interação em ambiente digital.  A versão em texto simplificado foi desenvolvida para facilitar a leitura e compreensão de todos, considerando a diversidade das pessoas e seus diferentes níveis de entendimento. A versão em libras facilita o acesso das pessoas surdas, especialmente aquelas que perderam o sentido auditivo antes da obtenção da linguagem, os ditos surdos pré-linguísticos.

De acordo com a vice-diretora de Pesquisa e Educação da COC, Magali Romero Sá, a iniciativa almeja viabilizar mais inclusão e acessibilidade nos cursos oferecidos pela instituição, em atendimento às metas estabelecidas pelo seu Planejamento Estratégico da Educação (2021-2025). “Entre as diretrizes para os próximos anos destacam-se a incorporação de recursos de tecnologia assistiva, a formação e capacitação dos profissionais, a adaptação dos sites de pós-graduação aos padrões de acessibilidade web e o desenvolvimento de material didático acessível”, afirma a vice-diretora.

Confira as novidades nos sites dos programas de pós-graduação da COC:

- Programa de Pós-Graduação em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde (PPGDC)
- Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS)
- Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (PPGPAT)

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