Estudos métricos em informação são relevantes para a análise do conhecimento científico e a formulação de políticas públicas impulsionadas pelos novos saberes. No campo da Saúde, tais estudos colaboram com a prevenção e combate às doenças e agravos. No contexto da pandemia de Covid-19, sua relevância se acentua fortemente. Nesse sentido, a Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde (Reciis/Fiocruz) convida pesquisadores de métricas informacionais a submeterem trabalhos, até 19 de maio, para o dossiê Estudos métricos da informação científica em saúde. A publicação está prevista para o segundo semestre de 2021. Os trabalhos devem ser originais e privilegiar os estudos métricos aplicados ao campo da Saúde.
Eixos temáticos e normas
A Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde (Reciis), editada pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), é um periódico interdisciplinar trimestral de acesso aberto, revisado por pares e sem ônus para o autor. Nela, publicam-se textos inéditos e em fluxo contínuo de interesse para as áreas de comunicação, informação e saúde; em português, inglês ou espanhol.
Os eixos temáticos para este dossiê são:
• Bases de dados e fontes de informação para a geração de indicadores de produção científica;
• Estudos de citação e genealogia científica, acadêmica e intelectual;
• Colaboração científica, grupos de pesquisa, mobilidade acadêmica e colégios invisíveis;
• Indicadores bibliométricos e cientométricos sobre a produção científica;
• Arquivometria em acervos arquivísticos;
• Métricas sobre acesso aberto e ciência aberta;
• Inovações metodológicas e técnicas nos estudos métricos da informação;
• Aplicações das leis bibliométricas e cientométricas;
• Métricas alternativas e webométricas na comunicação e avaliação da informação científica;
• Mapas e rankings sobre países, pesquisadores e instituições;
Os temas de interesse do dossiê se baseiam nos eixos consolidados no Encontro Brasileiro de Bibliometria e Cientometria, espaço considerado referência entre os agentes atuantes no domínio das métricas informacionais.
Sobre os editores
Natanael Vitor Sobral: Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Realiza pesquisas sobre estudos métricos da informação com ênfase na área de saúde, representação da informação em bases de dados científicas, análise de redes sociais científicas, mapas temáticos, gestão científica e organizacional, administração de unidades de informação, indicadores para tomada de decisão, inovação e indicadores de inovação. Atualmente é Professor do Instituto de Ciência da Informação da UFBA.
Leilah Santiago Bufrem: Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP). Atua principalmente nos seguintes temas: ciência da informação, manuais didáticos, metodologia científica, educação e pesquisa em ciência da informação. Atualmente é professora visitante A no Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação na Universidade Federal da Paraíba, professora Permanente na qualidade de Professora Visitante Sênior no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal de Pernambuco e permanente no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná.Outras informações na seção Notícias, da Reciis
Vale destacar que a Reciis adota a Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fiocruz. Os leitores têm acesso aberto a todos os artigos imediatamente após a publicação. Além disso, a Reciis adota a Licença Creative Commons, CC BY-NC atribuição não comercial, conforme a Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fundação Oswaldo Cruz. Com essa licença é permitido acessar, baixar (download), copiar, imprimir, compartilhar, reutilizar e distribuir os artigos, desde que para uso não comercial e com a citação da fonte, conferindo os devidos créditos de autoria e menção à Reciis. Nesses casos, nenhuma permissão é necessária por parte dos autores ou dos editores. Os autores são estimulados a realizarem o depósito em repositórios institucionais da versão publicada com o link do seu artigo na Reciis.
Confira as normas do periódico na seção Preparação do artigo.
No caso de dúvidas, escreva para o e-mail: reciis@icict.fiocruz.br
Estão abertas as inscrições para o curso de Iniciação à Ciência em Animais de Laboratório. Com um total de 60 vagas, a formação, que é livre e será oferecida de maneira remota, busca capacitar profissionais para atuarem em instalações de criação animal (biotérios). O curso aborda conceitos básicos e fundamentais para uma ampla compreensão acerca do trabalho desenvolvido em áreas de criação de animais de laboratório, visando ao bem-estar animal. Ele é oferecido pelo Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz) e as inscrições podem ser feitas até 8 de março.
O uso ético de animais de laboratório em pesquisas no campo da saúde é de fundamental importância para a pesquisa biomédica, na busca de tratamento e cura de doenças, no desenvolvimento de fármacos e vacinas, assim como no apropriado controle de qualidade de eficácia.
O curso visa a apresentar as espécies, as condições para a criação e a manutenção de animais de laboratório; a estrutura física e os equipamentos específicos de um biotério; os mecanismos de controle da qualidade animal e de desenvolvimento animal; bem como identificar as técnicas de manejo animal e os procedimentos para o cumprimento de um programa de criação para a pesquisa.
Vale ressaltar que não há aulas práticas com manuseio de animais nos cursos ministrados pelo ICTB/Fiocruz, evitando, assim, situações de estresse para os animais. Para tanto, são usados métodos alternativos ao uso de animais para fins didáticos, como reproduções tridimensionais, simuladores, filmes e visitas técnicas para observação (em caso de cursos presenciais).
Proporcionar a qualificação de profissionais que atuam, desejam atuar ou que necessitem de conhecimentos na Ciência em Animais de Laboratório é procedimento estratégico para o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro, e para a melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS). Esses conhecimentos fazem do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos uma referência nacional para a formação de profissionais na referida área.
O curso está sob a coordenação-geral de Etinete Nascimento Gonçalves e coordenação técnica de Klena Sarges. Ele é voltado a profissionais egressos do Ensino Médio; a técnicos em biotérios; aos profissionais que atuam ou desejam atuar em biotérios; e aos que estão se graduando em carreiras da área da saúde.
As aulas serão remotas, ou seja, acontecerão ao vivo por meio da internet. Os alunos devem acompanhar durante o horário marcado (atividade síncrona). Para tanto, é necessário que os inscritos possuam equipamentos para acompanhar as aulas e acesso à internet.
O curso terá uma carga horária de 30h e será ministrado diariamente, de segunda à sexta-feira, das 13h30 às 16h30, via Plataforma Zoom, de 8 de março a 19 de março de 2021.
Em mais uma iniciativa de articulação para o ensino, a Fiocruz compartilha sua capacidade e recursos com parceiros internacionais. A partir de 22 de março, 40 alunos do mestrado em Saúde Pública, da Faculdade de Ciências Sociais, da Universidade Lúrio (Unilúrio), em Moçambique, África passarão a cursar a disciplina Metodologia da Pesquisa Científica – já oferecida de forma transversal para diferentes cursos da Fundação. As aulas serão ministradas por docentes do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), sob a liderança da Coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse. Outras duas disciplinas já estão previstas para serem ofertadas ao mesmo grupo de alunos ao longo de 2021.
Esta é a primeira vez que a Fiocruz oferece uma disciplina transversal para uma universidade do exterior. A oferta se dará em formato híbrido, nos moldes das iniciativas transversais já oferecidas aos alunos dos programas de pós-graduação da Fiocruz, lançando mão de conteúdo autoinstrucional e momentos síncronos, com os docentes, de maneira remota, por meio da Plataforma Zoom.
Eduarda Cesse contou que a turma iniciou suas atividades acadêmicas em 2020, mas, surpreendidos pela pandemia de Covid-19, não puderam avançar com os encontros presenciais. “Tendo isso, a Universidade nos solicitou apoio, usando nossa expertise para transpor dificuldades por ela enfrentadas no que se refere à adaptação e uso de metodologias de ensino remoto”, disse ela.
Outras disciplinas já estão em desenvolvimento para oferta específica neste curso ao longo de 2021: Princípios de Epidemiologia e Demografia, apresentada por docentes da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), e Autocuidado relacionado com a fertilidade, reprodução e saúde ginecológica, por docentes do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), que serão oferecidas remotamente. Esses docentes contribuirão ainda com aulas na disciplina ”Nutrição na gravidez e na infância”, que será conduzida pela Unilúrio.
Ambientação e acesso às novas ferramentas
Para auxiliar os 40 alunos e coordenadores da turma africana no processo de apresentação, ambientação e uso das novas ferramentas e Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), a equipe técnica do Campus Virtual Fiocruz ofereceu dois treinamentos aos participantes das disciplinas, nos quais foram apresentadas as plataformas de interação e depósito de materiais, a forma de utilização das mesmas, entre outras ferramentas importantes para o pleno aproveitamento da disciplina.
Adequações ao projeto principal
A parceria com a Unilúrio se deu a partir do Projeto Rede de pesquisa e formação em saúde: cooperação sul-sul entre a Fiocruz e Instituições Moçambicanas, aprovado no Edital Coopbrass Capes n. 05/2019, sob a coordenação da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado. Segundo Eduarda, originalmente, ele trata de questões de mobilidade de estudantes e docentes, que ficaram para um segundo momento por conta da pandemia. “Com o advento da crise sanitária, incorporamos as disciplinas transversais, que não faziam parte do escopo do projeto, mas são necessárias neste momento que o mundo está vivendo”, descreveu Eduarda.
Além de Unilúrio, a articulação com a Fiocruz nesse projeto engloba também o Instituto Nacional de Saúde (INS), de Moçambique. A cooperação sul-sul estruturante, diretriz da ação internacional da Fiocruz proposta no projeto, busca romper com o modelo tradicional e unidirecional de transferência de conhecimento e tecnologia, procurando priorizar o aproveitamento da capacidade e recursos dos países parceiros.
Esse projeto é voltado ao desenvolvimento de pesquisas e formação de gestores, pesquisadores e estudantes em duas áreas estratégicas: doenças infecciosas, negligenciadas e emergências sanitárias; e fortalecimento dos sistemas de saúde. Acredita-se que ele permitirá avanços na formação de recursos humanos e contribuirá para a consolidação de redes de pesquisa já existentes e formação de pessoal qualificado na região.
As disciplinas transversais na Fiocruz
São critérios orientadores para a oferta de disciplinas transversais a escolha de temas que sejam de relevância e interesse para um número expressivo de alunos de programas de pós-graduação stricto e lato sensu da Fiocruz; a existência de professores com alta expertise no tema para a formulação e coordenação-geral da disciplina; a produção em formatos híbridos: possibilidade de articular conteúdos EAD com atividades de interação (momentos presenciais, oficinas, seminários, fórum de debates, tutoria descentralizada); e elaboração de avaliação final.
As discussões sobre disciplinas transversais na Fiocruz tiveram início em 2015. Em 2016, de maneira inédita, aconteceu a oferta da disciplina Bioinformática Integrada, a primeira elaborada de forma compartilhada por diferentes programas de pós-graduação da Fiocruz. Em 2017, o tema passou a ser discutido de forma sistematizada pela Câmara Técnica de Educação. Em 2018, teve início a disciplina Introdução à Divulgação Científica, cursada por alunos de 11 diferentes programas de pós-graduação. E, em 2019, foi a vez de Metodologia Científica. Essas duas ofertas inauguraram o fluxo de inserção das Disciplinas Transversais na Fiocruz. Em 2020, foi desenvolvida a disciplina Biossegurança e estão em elaboração em formato transversal: Ciência Aberta; Ética e Integridade em Pesquisa; História da Saúde Pública no Brasil; e Sistema de Saúde no Brasil: História e Desafios do Presente.
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) está com inscrições abertas para três cursos de doutorado de diferentes programas de pós-graduação: Biologia Parasitária, Medicina Tropical e Biodiversidade e Saúde. O IOC desempenha importante papel na formação de pesquisadores e recursos humanos na área das Ciências Biológicas e Biomédicas e de Educação em Saúde, além de ser considerado um dos principais centros nacionais de pesquisa e ensino nestas áreas, desenvolvendo pesquisa básica e novas tecnologias em seus 72 Laboratórios. Acesse os editais e confira todos os detalhes das chamadas.
Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária | doutorado 2021
O Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária visa à formação científica avançada de pesquisadores, profissionais dos campos da ciência e tecnologia em saúde e docentes de ensino superior para as diferentes abordagens das áreas do conhecimento relacionadas à Parasitologia. A proposta é associar a tradição de excelência à necessidade de manter-se na vanguarda científica e tecnológica das áreas envolvidas no conceito mais amplo da Parasitologia.
Ao todo, estão disponíveis 5 vagas e as inscrições podem ser realizadas online até 28 de fevereiro.
Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical | doutorado 2021
O Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical tem como objetivo formar docentes de nível superior e pesquisadores em nível de mestrado ou doutorado, qualificando-os para o desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas na área das doenças infecciosas e parasitárias, proporcionando formação para a identificação e o manejo de questões associadas aos aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais.
Ao todo, estão disponíveis três vagas e as inscrições poderão ser realizadas online até 23 de fevereiro.
Pós-graduação Stricto sensu em Biodiversidade e Saúde | Doutorado - fluxo contínuo
O Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biodiversidade e Saúde visa à formação de mestres e doutores capazes de atuar em pesquisa, docência e atividades técnicas em estudos sobre a Biodiversidade e sobre os problemas de saúde humana decorrentes das alterações ambientais naturais ou devidas à ação antrópica.
As inscrições devem ser feitas online. O curso destina-se a portadores de diploma de mestrado, reconhecido pelo MEC, com, pelo menos, um artigo científico publicado ou aceito para publicação em revista indexada, como primeiro autor ou autor correspondente.
Para comemorar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, a Fiocruz vai realizar, nos dias 11 e 12 de fevereiro, uma série de atividades online, que serão transmitidas pelo canal oficial da Fundação no Youtube. Celebrado em 11/2, a data mundial foi instituída em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além de diversos debates, a programação engloba o lançamento do vídeo do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência na Fiocruz, de um vídeo da série Mulheres na Fiocruz: Pioneiras, organizado pela COC/Fiocruz; e ainda o lançamento do e-book Menina Hoje, Cientista Amanhã, produzido pela Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fundação. A transmissão da programação conta com tradução para libras, em acordo com o compromisso da Fundação de ampliar a acessibilidade na informação e comunicação. Acompanhe as atividades!
O dia 10 de fevereiro também conta com uma programação, porém será exclusivamente dedicada às unidades regionais da Fiocruz que foram selecionadas no edital Mais Meninas na Ciência em 2020. Além disso, também reunirá as estudantes que se inscreveram na seleção para visita à Fiocruz no Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência do ano passado.
11 de fevereiro
A programação aberta ao público terá início em 11 de fevereiro, às 10h. Na ocasião, será lançado o vídeo do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência na Fiocruz. A primeira mesa virtual será formada pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), Cristiani Vieira Machado, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), Mychelle Alves, a representante da coordenação colegiada do Comitê Pro-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, Marina Maria, a representante da Associação de Pós-graduandos da Fiocruz, Elizabeth Leite, e a coordenadora de Divulgação Científica da Vpeic e do Projeto Mulheres e Meninas na Ciência na Fiocruz, Cristina Araripe.
Em seguida, a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) apresentará um vídeo da série Mulheres na Fiocruz: Pioneiras. No lançamento, estarão presentes a documentarista Cristiana Grumbach e as pesquisadoras Nara Azevedo e Daiane Rossi, ambas da COC. As homenageadas desse episódio da série são as pioneiras Anna Kohn, Monica Barth e Luiza Cristina Krau (In memoriam).
Na parte da tarde, às 14h, uma mesa virtual reúne cientistas para falar sobre Mulheres no enfrentamento da Covid-19 na Fiocruz. A atividade conta com a presença de: Fabiana Damásio (Fiocruz Brasília), Margareth Dalcomo (Escola Nacional de Saúde Pública), Margareth Portela (Escola Nacional de Saúde Pública), Marilda Siqueira (Instituto Oswaldo Cruz), Rosane Cuber Guimarães (Bio-Manguinhos) e Valdiléa Veloso (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas). A anfitriã será Cristiani Vieira Machado (Vpeic/Fiocruz).
Para finalizar o dia 11, às 16h, o projeto Meninas Negras na Ciência apresenta a live O que você quer ser quando crescer?, ministrada por Hilda Gomes e Aline Pessoa (Museu da Vida/COC). Diferente do toda a programação, a live será transmitida pelo canal do Museu da Vida no Youtube.
12 de fevereiro
A programamção do dia 12 de fevereiro terá início às 10h, com a mesa virtual Menina hoje, cientista amanhã: encontro de gerações, que reunirá Beatriz Grinsztejn (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas), Marilda Gonçalves (Fiocruz Bahia), Zélia Profeta (Fiocruz Minas), Jaqueline Goes (Universidade de São Paulo), Aryella Corrêa (Pibic/Far-Manguinhos) e Amanda da Rocha Paula Reyes (Programa de Vocação Científica no Instituto Oswaldo Cruz).
Também será lançado o e-book Menina Hoje, Cientista Amanhã, produzido pela Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (OBSMA). Os organizadores do material, Cristina Araripe, João Boueri e Valentina Leite, estarão presentes.
Para finalizar a programação, Desigualdades e gênero é o tema da mesa coordenada por Anakeila Stauffer (Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio). As convidadas são Dália Romero (Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde), Isabela Soares Santos (Escola Nacional de Saúde Pública), Martha Moreira (Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira), Paula Bevilacqua (Fiocruz Minas), Roberta Gondin (Escola Nacional de Saúde Pública) e Roseane Corrêa (Escola Nacional de Saúde Pública).
Programação especial do Canal Saúde - de 12 a 18 de fevereiro
Dia 12/2
Programa Boletim Ciência - Mulheres Comunicando Ciência
15h – ao vivo no YouTube do Canal Saúde e 19h30 na programação da TV do Canal Saúde
Programa Em Pauta na Saúde - Semana das Mulheres e Meninas na Ciência
13h – na programação da TV do Canal Saúde
Dia 15/2
Programa Bate Papo na Saúde - Mulheres e Meninas na Ciência
10h – na programação da TV do Canal Saúde
Dia 18/2
Programa Sala de Convidados - Mulheres e Meninas na Ciência
11h – na programação da TV do Canal Saúde
Veja detalhes da programação e como participar.
Acesse aqui o convite interativo com os links para o evento da Fiocruz.
Os casos de Covid-19 na população indígena seguem aumentando, assim como a necessidade de reforçar as ações de prevenção, cuidado e atenção a essa população. Para marcar o Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas, celebrado em 7 de fevereiro, o Campus Virtual Fiocruz reforça a importância da formação em saúde para o enfrentamento das desigualdades e lembra que o curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas segue com inscrições abertas! Com quase dois mil participantes, a formação é online, gratuita, aberta a todos os interessados no tema, mas visa capacitar, técnica e operacionalmente, gestores e equipes multidisciplinares de saúde indígena para a prevenção, vigilância e assistência à Covid-19, respeitando os aspectos socioculturais dessa população. Confira essa e outras iniciativas da Fiocruz relacionadas à área da saúde indígena.
O curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas integra um roll de ações para o enfrentamento desta pandemia entre essas populações que, tradicionalmente, são mais suscetível a novas doenças em função de suas condições socioculturais, econômicas e de saúde.
O curso foi desenvolvido pelo Campus Virtual Fiocruz e teve a participação de pesquisadores da Fiocruz, de outras universidades e instituições parceiras. Esta é uma formação livre, composta de quatro módulos, com carga horária total de 30h.
Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas: conheça a estrutura do curso
Módulo 1: Povos indígenas no Brasil
Módulo 2: Vulnerabilidade dos povos indígenas
Módulo 3: Organização do trabalho e da assistência no subsistema de saúde
Módulo 4: Vigilância da Covid-19 em comunidades indígenas
Conheça outras iniciativas na área:
Risco de morte e prejuízos à saúde mental são dois significativos aspectos dos efeitos da pandemia entre as populações indígenas. Buscando implementar ações que ajudem a mitigar tais efeitos, o Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) lançou o curso Bem-Viver: Saúde Mental Indígena, cujo objetivo é construir uma rede de apoio psicossocial voltada para essas populações vulnerabilizadas.
Para tanto, busca formar diferentes profissionais ligados à saúde, educação, sistemas de proteção social (conselheiros tutelares, professores), assistência social e outros diretamente envolvidos na assistência das populações indígenas. O curso é online, gratuito e autoinstrucional. As inscrições podem ser feitas até 18 de fevereiro pelo Campus Virtual Fiocruz. O conteúdo já está disponível aos inscritos.
+Leia mais: Fiocruz divulga livros sobre temas de saúde indígena em acesso aberto
O Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas foi oficializado em 2008, pela Lei Nº 11.696, e integra o calendário de reivindicações de movimentos sociais e de direitos humanos de grupos minoritários. A Editora Fiocruz conta, há quase duas décadas, com a coleção Saúde dos Povos Indígenas em seu catálogo. Com a primeira publicação (Poder, hierarquia e reciprocidade: saúde e harmonia entre os Baniwa do Alto Rio Negro) lançada em 2003, a coleção contempla oito obras. Atenta à missão de difundir e ampliar o acesso ao conhecimento científico nas diversas áreas da saúde, a Editora Fiocruz disponibilizou todos os livros da coleção em formato digital na rede SciELO Livros. Os volumes podem ser baixados gratuitamente na plataforma através do endereço: books.scielo.org/fiocruz. Acesse o catálogo completo da coleção Saúde dos Povos Indígenas.
Além das obras que integram a coleção, outros livros da Editora Fiocruz que abordam a temática de saúde indígena estão em acesso aberto no SciELO Livros: Atenção diferenciada: a formação técnica de agentes indígenas de saúde do Alto Rio Negro; Epidemiologia e saúde dos povos indígenas no Brasil e Identidades emergentes, genética e saúde: perspectivas antropológicas.
Coautora de Atenção Diferenciada, livro de 2019 que integra a coleção Fazer Saúde, a médica sanitarista - pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública e conteudista do curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas - Ana Lúcia Pontes também participou do projeto Fiocruz na Pandemia, série de vídeos divulgados no YouTube sobre as ações e respostas da Fundação no enfrentamento à Covid-19. A pesquisadora falou sobre saúde indígena em meio ao novo coronavírus, destacando uma série de atividades e parcerias desenvolvidas pela Fiocruz nesse período.
Assita ao vídeo Fiocruz na Pandemia: Saúde Indígena
*com informações de Marcella Vieira (Editora Fiocruz)
"Somos todos aprendentes!" Foi assim que a pesquisadora emérita e professora da Fiocruz, Cecília Minayo, iniciou a sua apresentação no 7º Webinário Educação e desigualdades no mundo contemporâneo, realizado no âmbito do Curso Internacional sobre a Interdisciplinaridade das Ciências Humanas para a formação docente em Saúde. Além dela, a tarde de debates contou com palestras do professor e epidemiologista Naomar de Almeida Filho e do pesquisador Gustavo Figueiredo, do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde (Nutes/UFRJ). Durante a atividade, que marcou o encerramento do curso, aconteceu também uma grande homenagem a Cecília Minayo. Assista ao vídeo do encontro, disponível na íntegra, no canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz.
O Curso Internacional buscou contribuir para a consolidação das funções da Escola de Governo da Fundação, trazendo para a discussão temas candentes da área das ciências sociais e humanas e políticas de educação em saúde. Ele cumpriu o papel de disseminador de temas educacionais com vistas a embasar discussões e reflexões sobre a prática pedagógica docente no âmbito da Fiocruz e das Escolas de Saúde.
Seu público-alvo foram docentes da Fundação, das Escolas e Centros Formadores das Redes de Formação em Saúde Pública (RedEscola), da Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS), das Escolas de Saúde Pública do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (Renasf), da Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde, da Rede Latino-Americana de Escolas de Saúde Pública, além de professores universitários, estudantes de pós-graduação e outros profissionais envolvidos no tema.
Todas as sete apresentações foram gravadas e estão disponíveis para acesso no canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube.
Educação e desigualdades no mundo contemporâneo
A mesa de encerramento reuniu Naomar de Almeida Filho e Gustavo Figueiredo em torno da questão da educação e das desigualdades no mundo contemporâneo. Os debates foram mediados por Terezinha de Lisieux Quesado Fagundes, da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Abrindo as apresentações, Terezinha lembrou que, junto com a educação, a questão da desigualdade permeou todas as discussões realizadas durante o curso. Ela ressaltou a importância do papel da educação e das ciências sociais e humanas para a superação das desigualdades. "Nós, das áreas da saúde, educação e social, devemos nos unir aos esforços já existentes em outras áreas para diminuir, superar e, se for o caso, acabar com tantas desigualdades que se manifestam na questão do trabalho, assim como nas questões de gênero, sexo, raça, colonialização e da própria educação, que foram abordadas e debatidas nos seis webinários anteriores promovidos pelo curso".
Durante sua fala, Naomar mencionou que a educação deveria ter sido o quarto pilar da saúde coletiva, além da epidemiologia, das ciências humanas e sociais em saúde, e da política, gestão e planejamento. Mas, por uma série de circunstâncias, a educação não assumiu tal lugar. De acordo com ele, "quando buscamos as raízes das desigualdades e iniquidades em saúde, descobrimos que existe uma fonte primária que é a desigualdade em educação. E isso vem me incentivando muito nesse processo de discussão. Do ponto de vista de reprodução da sociedade, a educação é eixo, centro e estrutura de base para a compreensão dessa questão", defendeu.
Gustavo Figueiredo, do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nutes/UFRJ), fez sua exposição a partir de resultados de projetos de pesquisa que vem desenvolvendo ao longo dos últimos anos, entre eles, sobre processo de formação política no enfrentamento das desigualdades sociais; e a formação pedagógica de doentes na saúde em busca de um modelo com novos padrões de ensino-aprendizagem para as escolas de governo em saúde. Durante a exposição, ele buscou articular questões referenciais das ciências humanas, da saúde, sociais e políticas e argumentou que as desigualdades na educação também são reflexos de outras desigualdades que fazem parte da estrutura patriarcal do Estado brasileiro, e também da maioria dos Estados latino-americanos e muitos Estados africanos.
Pensar o ensino é pensar em como podemos nos reavivar como seres aprendentes
"O que é pesquisa?”, questionou Cecília Minayo, apontando que a mesma é uma curiosidade colocada em prática. A pesquisa se propõe a resolver um problema da vida real no longo ou curto prazo. Além do mais, toda ela traz conhecimento novo, renova o saber e permite o desenvolvimento humano. Com muito humor, Cecília defendeu que todo professor é um aprendente com um pouco mais de juízo do que os alunos.
“O ensino baseado em pesquisa mostra que o verdadeiro ensino é aquele que responde à necessidade do indivíduo. Mas não para aumentar o individualismos e, sim, para que os alunos assumam a responsabilidade pelo seu aprendizado, desenvolvam o pensamento crítico. Portanto, o professor aparece como uma figura central capaz mediar, motivar, facilitar e estimular a problematização”. Cecília encerrou dizendo que “pensar o ensino é pensar em como podemos nos reavivar como seres aprendentes”.
"Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo"
Tania Celeste, responsável pela elaboração e condução do Curso Internacional encerrou o último encontro com uma grande homenagem a Cecília Minayo em nome da Fiocruz, do grupo de trabalho, alunos do curso e integrantes da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação. “Temos muito a agradecer em nome da ciência e da saúde brasileira, latino-americana e também de outros países do mundo pelo seu talento e competência; e sua contribuição em variadas esferas da vida brasileira que ela dialoga”, disse. Tânia lembrou de Itabira, cidade natal de Cecília, que também foi berço do poeta Carlos Drummond de Andrade. Para tanto, trouxe pequenos recortes de suas poesias, que, em seu entendimento, versam com toda obra e colaboração de Cecília: "Perder tempo é aprender coisas que não interessam. Priva-nos de descobrir coisas interessantes" e "Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo".
“Temos muito orgulho e admiração por Cecília, uma mulher forte, engajada, com enorme capacidade de trabalho e afeto”, disse Tania, lembrando sua rica vivência pessoal com Cecília. Ela acredita que sua obra traga para as pessoas a mesma sensação que ela sente no convívio: amparo... instigação. “Cecília desafia, mas traz questões que nos ajudam a buscar as melhores ferramentas para os nossos estudos, fazendo isso sempre com muita ciência e engajamento. Por isso digo: Cecília, seus ensinamentos fertilizam os caminhos da ciência pela vida, indicando sempre novos caminhos às gerações que a sucedem. A você, o nosso emocionado e carinhoso obrigada!”.
Assista a íntegra do 7º Webinário Educação e desigualdades no mundo contemporâneo:
Assista aos outros temas debatidos durante o Curso Internacional sobre a Interdisciplinaridade das Ciências Humanas para a formação docente em Saúde:
6º Webinario | Educação Permanente em Saúde - Português
6º Webinario | Educação Permanente em Saúde - Español
5º Webinario | Decolonialidade e o cotidiano na sala de aula - Português
5º Webinario | Decolonialidad y el cotidiano em el aula - Español
4º Webinario | Formação e trabalho em saúde no Brasil - Português
4º Webinario | Formación y trabajo em salud em Brasil - Español
3º Webinario | O Caráter Interdisciplinar da Educação - Português
3º Webinario | El carácter interdisciplinar de la educación - Español
2º Webinario | Contribuições das Ciências Sociais e Humanas para Formação e o Trabalho Docente
1º Webinario | Formação, Trabalho e Identidade Docente
Alunos externos de cursos de pós-graduação stricto sensu ou graduados poderão se inscrever em quatro disciplinas do Programa de Pós-graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) do Icict/Fiocruz até o dia 5 de fevereiro, próxima sexta-feira. As disciplinas serão oferecidas apenas de forma remota devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19. Interessados podem consultar a grade de disciplinas eletivas 2021.1, disponível no site do programa e na Plataforma Siga (Inscrição> Informação e Comunicação em Saúde - Icict > Inscrição).
Entre os temas abordados estão “Sistema de informações e indicadores na era da pandemia”, ministrada pelos pesquisadores responsáveis pelo Projeto MonitoraCovid: Christovam Barcellos, Marcel Pedroso, Diego Ricardo Xavier e Mônica de A. F. M. Magalhães, além de professores convidados. Há também as disciplinas “Comunicação, história e memória: Para pensar os sentidos da saúde”, com Igor Sacramento; “Leituras em avaliação qualitativa de sistemas de informação”, com Josué Laguardia; e “Avaliação da qualidade da informação em sites de saúde: Pressuposto, métodos e perspectivas”, ministrada por André Pereira Neto.
Informações gerais sobre as disciplinas poderão ser obtidas na Plataforma Siga em: Mural de Notícias> Programa> Informação e Comunicação em Saúde - Icict > Disciplinas>2021 – Primeiro Semestre.
Para se inscrever, os candidatos deverão preencher o formulário de inscrição e encaminhá-lo junto com o currículo lattes para o e-mail da Secretaria Acadêmica: gestac.ppgics@icict.fiocruz.br.
O resultado será divulgado no site do Ppgics no dia 12 de fevereiro de 2021, a partir das 14h e também na Plataforma Siga, em Inscrição> Informação e Comunicação em Saúde - Icict > Seleção.
A pandemia de Covid-19 provocou impactos sem precedentes no desenvolvimento escolar em todo o mundo. Gestores, autoridades de saúde e profissionais da educação estudam maneiras de retornar às atividades nas escolas com segurança. A Fiocruz vem atuando em diversas frentes, com a publicação de manuais, a elaboração de cursos e a realização de debates que auxiliem nesse processo. Na próxima segunda-feira, 8/2, às 18h, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) vai realizar o seminário online Vacinas para Covid-19 e o retorno seguro às aulas: desafios e perspectivas. Ele é aberto ao público e será transmitido pelo Youtube. Recentemente, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) publicou a 2° edição do Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da Covid-19. Além disso, o Campus Virtual Fiocruz segue com inscrições abertas para o curso online e gratuito Caminhos e conexões no ensino remoto, voltado a docentes e profissionais da área de educação.
Confira todas as iniciativas
O seminário online Vacinas para Covid-19 e o retorno seguro às aulas: desafios e perspectivas será transmitido online pelo canal da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC/Fiocruz no Youtube. A atividade conta com a presença da pneumologista da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Margareth Dalcolmo, do médico sanitarista Gonzalo Vecina, e as professoras Deise Vianna, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Claudia Vieira, que atua na rede pública de ensino.
A iniciativa faz parte de um ciclo de seminários virtuais, que discutiram temas como os desafios das aulas em casa, biossegurança, reabertura das escolas e planejamento escolar local. A íntegra dos encontros realizados está disponível. O projeto é realizado pelo IOC, com o apoio do Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde, em parceria com a Rede de Programas de Pós-graduação em Ensino do Estado do Rio de Janeiro e a Fundação Cecierj. A realização do ciclo é um dos desdobramentos do documento elaborado por pesquisadores da Fiocruz e de outras instituições de ensino e pesquisa, que sugere ações de promoção da saúde ambiental e estratégias para reconfiguração do espaço escolar e do processo de aprendizagem.
O curso Caminhos e conexões no ensino remoto é o tema da formação oferecida pelo Campus Virtual Fiocruz, voltado a docentes e profissionais da área de educação. Seu objetivo é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. A formação, que é autoinstrucional, online e gratuita, está aberta a todos os interessados.
Ele foi desenvolvido para colaborar com a retomada das atividades de ensino e em atenção à necessidade do professor por informações rápidas e práticas. No entanto, com a persistência da pandemia, a formação continua sendo necessária, visto que o curso traz um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que podem apoiar a realização de disciplinas ou outras ações educacionais na modalidade de educação remota. Ele está estruturado em formato de guia e é dividido em quatro seções independentes, que podem ser acessadas de acordo com a preferência ou necessidade de cada usuário.
A volta às aulas em meio à pandemia traz muitas dúvidas e inseguranças por parte de gestores, professores, comunidade escolar, alunos e também seus familiares. Para nortear decisões de gestores e auxiliar no esclarecimento de dúvidas, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) lançou, em janeiro de 2021, a 2° edição do Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da Covid-19. O documento, elaborado com o apoio institucional da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), traz normas e diretrizes, cujo objetivo é orientar sobre a retomada das atividades presenciais e contribuir para a tomada de decisão. Sua proposta é disponibilizar informações facilmente acessíveis para escolas públicas, destacando a comunicação sobre os mecanismos de transmissão da Covid-19 e a implementação de boas práticas que possam contribuir para a promoção da saúde e a prevenção dessa doença nas escolas.
*Com informações de Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)
*Imagem: Freepik
A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV /Fiocruz) foi redesignada como Centro Colaborador da Organização Pan-Americana de Saúde da Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) para a Educação de Técnicos em Saúde. As instituições que atuam como centros colaboradores participam de redes colaborativas internacionais e desenvolvem diversas atividades de apoio à OMS, com o objetivo de contribuir para aumentar a cooperação técnica entre os países. O novo plano de trabalho, com vigência até meados de 2024, inclui ações como elaboração de e-books, seminários virtuais, materiais educativos e didáticos, além de discussões de diversos temas como atenção primária, álcool e outras drogas e informação em saúde. “No momento em que vivenciamos uma pandemia e em que os laços de solidariedade são forçosamente interrompidos, termos esse processo finalizado é importante, ainda mais por sermos único centro colaborador voltado para os técnicos em saúde, que são os profissionais que estão na linha de frente para o enfrentamento da Covid-19. Que continuemos em nosso propósito, lutando e instituindo processos formativos junto aos técnicos em saúde, sobretudo da África e da América Latina”, ressalta a diretora da EPSJV/Fiocruz, Anakeila Stauffer, destacando que essa aposição é fruto do reconhecimento da contribuição do trabalho coletivo da instituição aos países durante todos esses anos, principalmente na cooperação sul-sul.
Segundo o coordenador de Cooperação Internacional da Escola Politécnica, o professor-pesquisador Helifrancis Condé, o processo de redesignação, que tem início geralmente seis meses antes da vigência anterior, contou com ampla participação da comunidade escolar do Politécnico. “Os laboratórios já desenvolviam as suas ações e a gente ajudou a ver quais delas poderiam ter uma perspectiva internacional de modo a serem agregadas ao nosso plano de trabalho como centro colaborador. Esse processo transverssalizou as ações e aproximou a cooperação internacional dos setores e laboratórios da Escola”, apontou.
O coordenador lembrou que o trabalho da EPSJV/Fiocruz como centro colaborador se baseia nos princípios da cooperação Sul-sul e cooperação estruturante – que trabalha a partir das prioridades dos sistemas de saúde locais e das necessidades dos países, apoiando e reforçando suas capacidades.
Helifrancis contou ainda os próximos passos, que envolvem uma reunião com os atores envolvidos no projeto e a criação de uma dinâmica de acompanhamento das atividades. Anteriormente, nos outros anos, a maioria das atividades dos planos eram ações que a própria coordenação de Cooperação Internacional fazia. Dessa vez, entretanto, por ter outros setores da Escola envolvidos, isso implicará uma dinâmica diferente. “Temos um trabalho conjunto de execução, monitoramento, avaliação e registro e execução, sempre seguindo de maneira conjunta com os setores e laboratórios da EPSJV/Fiocruz. É um processo novo, um desafio, mas será muito importante”, define.
Um longo caminho...
A EPSJV/Fiocruz foi designada como centro colaborador da OMS pela primeira vez em julho de 2004, o que se repetiu em 2008, em 2012 e em 2016 com vigência até meados de 2020. Ao longo desses anos, a instituição promoveu diversas ações de cooperação técnica internacional, como a realização de estudos científicos no âmbito da educação profissional; disseminação de informações e conhecimentos técnico-científicos sobre profissionais técnicos em saúde; realização de projetos para a formação e desenvolvimento de profissionais de saúde; assessoria no desenvolvimento local de ações de formação continuada de profissionais de saúde; elaboração de materiais didáticos para apoiar a formação e o desenvolvimento de profissionais de saúde e docentes; entre outras atividades.
São exemplos concretos dessa atuação o Curso de Especialização Técnica de Nível Médio em Gestão e Manutenção de Equipamentos em Saúde foi ofertado pela EPSJV/Fiocruz para um grupo de alunos de Moçambique, que são trabalhadores do Departamento de Manutenção do Ministério da Saúde de Moçambique, em 2009. Dois anos depois, foi promovido o Curso de Especialização em Educação Profissional em Saúde para Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palops), que formou professores e dirigentes de instituições públicas de formação de técnicos em saúde de Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Guiné Bissau. As aulas aconteceram de forma itinerante nesses cinco países africanos e foram finalizadas na EPSJV/Fiocruz, no Brasil.
Em 2012, a experiência brasileira na Atenção Primária em Saúde (APS) foi tema de um curso oferecido pela EPSJV/Fiocruz a um grupo de 80 trabalhadores dos serviços de saúde do Chile. O curso de Atualização em Atenção Primária em Saúde na Experiência Brasileira foi dividido em seis módulos que trataram de temas como modelos de atenção em saúde, construção da política brasileira de APS, operacionalização da Atenção Básica em Saúde e o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
Em 2016, a EPSJV/Fiocruz ofereceu a Especialização em Docência em Educação Profissional em Saúde para a formação de docentes da Universidade da República do Uruguai (Udelar). O curso, que formou 28 profissionais que trabalham nas diferentes formações da área da saúde do Centro Universitário Regional (Cenur) - Litoral Norte da Udelar, em Paysandú, buscou aprofundar a fundamentação teórica das práticas de educação na sua relação com a saúde e com o trabalho nesse campo.
Mais recentemente, em 2018, o curso Internacional de curta duração ‘A formação e o trabalho em saúde: vínculos com o trabalho docente na área da saúde’ teve um impacto efetivo no processo de internacionalização do ensino no âmbito da EPSJV/Fiocruz, a partir da ampliação do intercâmbio entre docentes e discentes das diferentes unidades e programas educacionais da Fiocruz e ainda da Universidade Nacional da Colômbia. O curso debateu os principais dilemas que perpassam a formação e o trabalho docente na área da saúde na contemporaneidade, a partir de experiências de formação de docentes em saúde na América Latina, que é um dos eixos de reflexão e de estudo a ser consolidado tanto no âmbito do Programa de Pós-Graduação da EPSJV como das ações de Cooperação Internacional desenvolvidas pela Escola.
Outras cooperações estruturantes foram realizadas em formatos de cursos ou ações pontuais, como apoio e construção de materiais didáticos. Essas iniciativas aconteceram nas áreas de Biossegurança em Biotérios no Uruguai, de Gestão em Saúde na Angola, Biodiagnóstico em Cabo Verde, de Vigilância em Saúde na Argentina e em Cabo Verde, bem como ações de cooperação com Haiti para ajudar na inserção de agentes comunitários de saúde (ACS) no serviço de saúde, após o terremoto que destruiu parte importante do país em 2010.
Covid-19
Em relação a pandemia, a primeira ação definida foi a criação de um grupo de aplicativo de mensagens específico para discutir os aspectos da pandemia no âmbito da América Latina. A partir daí, foram realizadas a 1ª Reunião Virtual da Rets para os países latino-americanos, em 22 de maio de 2020, com a presença de 45 pessoas, e a 1ª Reunião Virtual da Rets-CPLP, em 1 de julho, com mais de 30 participantes. Nos dois encontros, a prioridade foi discutir a formação de técnicos em saúde no contexto da pandemia. Nas reuniões, os países apresentaram os desafios que estão enfrentando e começaram a discutir novas possibilidades de cooperação e a continuidade de ações já em andamento.
Das propostas aprovadas nas reuniões estão: a criação de uma página Covid-19 no website da Rets, para a divulgação de materiais produzidos sobre a Covid-19 e compartilhados por seus membros; a realização do I Colóquio Virtual Latino-Americano de Educação Interprofissional e Formação de Técnicos em Saúde, cuja versão presencial seria realizada em maio de 2020, na Colômbia; a publicação de uma edição especial Covid-19 da Revista Rets, em formato eletrônico; a tradução emergencial de materiais didáticos e informativos sobre Covid-19 para atender um número maior de países. Nesse sentido foi lançada, em julho, a versão em espanhol da cartilha “Orientações para cuidadores domiciliares de pessoa idosa na epidemia do Coronavírus – Covid-19” ; a elaboração de um curso virtual, adequado às condições tecnológicas dos Palop, fruto de parceria entre a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) e a EPSJV/Fiocruz; e o estabelecimento, via Coordenação da Rede Universitária de Telemedicina (Rute), de uma parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para a distribuição de salas de webconferência para membros dos Palop que tenham interesse em utilizar a plataforma desta rede para reuniões e processos formativos durante a pandemia.
Veja mais ações de cooperação no livro ‘Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio: 10 anos como Centro Colaborador da OMS para a Educação de Técnicos em Saúde'