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Publicado em 16/05/2019

Estudantes e trabalhadores da Fiocruz se mobilizam em ato unificado pela educação

Autor(a): 
Valentina Leite* (Campus Virtual Fiocruz)

O dia 15 de maio de 2019 já entrou para a história da Educação. E a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), claro, faz parte desta mobilização por direitos: estudantes do ensino técnico, pós-graduandos, servidores e profissionais da instituição se mobilizaram em defesa da educação pública e contra o contingenciamento orçamentário anunciado recentemente pelo Ministério da Educação (Governo Federal). As ações coletivas foram organizadas pela Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG-Fiocruz) e amplamente divulgadas para toda a comunidade. O primeiro ato foi dos alunos da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). Depois, estudantes, trabalhadores e gestores da Fiocruz se reuniram em frente ao Castelo Mourisco num ato unificado.

Eles manifestaram com cartazes em que se lia: “30% não é esmola”, “País sem educação é país sem futuro”, "Pela educação e contra o retrocesso", entre outros. Ao mesmo tempo, se manifestavam em coro, organizando-se para participar, no fim da tarde, da paralisação nacional na Candelária, no Centro do Rio de Janeiro. A Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Cristiani Machado — que conduzia os trabalhos da Câmara Técnica de Educação — integrou a mobilização.

Educação: uma luta de toda a sociedade

O coordenador geral da APG-Fiocruz, Richarlls Martins, comentou a importância do ato. “Neste 15 de maio, a gente vai conseguir colocar nas ruas o conjunto da sociedade brasileira que é contrário aos cortes e às restrições anunciadas. A educação não é apenas uma pauta do movimento estudantil, é uma pauta que agrega diferentes setores, partidos, camadas da população do país e suas demandas. Estamos muito empenhados e reconhecemos a grandiosidade do dia de hoje”, afirmou. Na última Assembleia Discente (10/5), a APG-Fiocruz aprovou, por unanimidade, a paralisação das atividades no dia 15. Além disso, os estudantes conseguiram ônibus para transportar os interessados em participar do ato no Centro do Rio.

Os alunos do Poli foram voz ativa no movimento: após ato em frente à escola, se juntaram aos pós-graduandos no Castelo Mourisco. A estudante Eliza Paulino, do curso técnico em análises clínicas, disse que muitas escolas já vêm sendo afetadas por medidas restritivas. Para ela, é importante ampliar a dicussão. "Precisamos informar a população. Somos uma instituição de peso que pode e deve informar todo mundo!”, disse.

Mais adesão na Fiocruz

Além dos estudantes, o ato unificado contou com o apoio de trabalhadores da instituição. A servidora Cátia Guimarães (EPSJV/Fiocruz) pediu solidariedade ao movimento: “Queremos garantir a qualidade da educação pública no Brasil, da educação democrática e do desenvolvimento científico. Para isso, precisamos que toda a rede de produção científica e de educação pública esteja fortalecida – precisamos ser todos solidários”. Uma funcionária da limpeza, que não quis se identificar, completou: “Estou aqui porque os alunos merecem coisas boas”.

A Asfoc-SN, sindicato dos trabalhadores da Fiocruz, também fez parte do ato. “A Asfoc não só apoia, mas também participa ativamente do movimento pela ciência, tecnologia e educação. Estamos vivendo o maior ataque que o país já teve desde 1988. O que está em jogo é um novo padrão de sociedade, precisamos nos posicionar”, afirmou Carlos Fidelis Ponte, do sindicato.

Confira mais fotos do ato em nossa galeria.

 

* Colaborou Ana Carla Longo (estagiária supervisionada)

Publicado em 13/02/2019

Transferência de renda diminui violência no Brasil, diz estudo do Cidacs

Autor(a): 
Cidacs/Fiocruz | Foto: Agência Brasil (Divulgação)

Por ano, mais de 60 mil pessoas são mortas vítimas da violência no Brasil. No entanto, um estudo inédito identificou que o Programa Bolsa Família diminuiu em até 23% os índices de homicídio e até 25% de internação por agressão nos municípios brasileiros com alta cobertura do programa federal. Para além da renda, a política social traz benefícios a toda sociedade quando contribui para minimizar a violência, de acordo com a pesquisa científica liderada pela pós-doutoranda do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), Daiane Borges Machado.

O estudo “Conditional cash transfer programme: Impact on homicide rates and hospitalisations from violence in Brazil” publicado na revista PLOS One analisou 5.507 municípios do Brasil e observou que quando a cobertura do programa atinge acima de 70% da camada da população que teria direito ao benefício, existe um efeito significativo de proteção. Machado realizou a investigação em etapas, e na primeira observou todos os níveis de cobertura, foi quando constatou correlação entre benefício e redução de homicídios e internações por violência.

Metodologia

Para chegar a este resultado, a pesquisadora usou dados do então Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) de 2004 a 2012, gerou a taxa de cobertura de todos os municípios do país da época, analisando a proporção de pessoas que recebem o benefício por atenderem aos critérios do MDS: famílias com renda por pessoa de até R$ 89 mensais; as famílias com renda por pessoa entre R$ 89,01 e R$ 178,00 mensais, desde que tenham crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos.

Ainda na primeira etapa, comparou com as taxas de homicídio e internação por agressão (incluindo tentativas de homicídios) do Sistema Único de Saúde (SUS) de cada um desses municípios e observou redução médias de 0.3 % para o desfecho homicídio e 0.4% para o desfecho internação – essa é uma redução geral para os municípios investigados. Contudo, essa taxa inclui diversos efeitos, investigados de diferentes formas.

Em uma segunda etapa, foi observada a proteção ao longo do tempo naqueles municípios que conseguiram cadastrar e beneficiar mais de 70% da população elegível. E chegou as seguintes conclusões: quando o município tem um ano de cobertura, a hospitalização por violência diminui 8%, dois anos, 14%, três anos, 20% e quatro anos 25%. Nestes municípios, comprovou-se que o efeito de proteção ao longo do tempo para homicídios varia de 21%, (dois anos de cobertura) a 24% (quatro anos).

Já comparando os diferentes níveis de cobertura, o estudo constata que a taxa de efeito de proteção é de 16% quando o município possui uma cobertura média do programa (30% e 70% da população) e chega aos 23% quando tem uma alta (superior os 70%).

“Pela redução das taxas municipais de homicídios e hospitalizações por violência podemos inferir que o programa Bolsa Família pode ser um elemento crucial na prevenção da violência no Brasil. Os seus cortes podem trazer consequências drásticas para o já tão alto número de assassinatos no país, o mais alto do mundo”, garante a pesquisadora.

Ainda para a líder do estudo, o efeito de proteção pode estar associado também às condicionalidades do programa como a exigência de frequência escolar mínima de 85% da carga horária. “O aumento do tempo na escola e a redução do tempo nas ruas podem reduzir a exposição a situações de violência, a oportunidades para certos tipos de crime e comportamento de risco”, explicou Machado.

“Ademais, a melhora nos níveis de escolaridade e a promoção da “inclusão produtiva” (que também está atrelada ao programa) aumentam as chances de beneficiários obterem melhores empregos e, possivelmente, maiores rendimentos. Aumentando ainda o capital humano, a esperança de um futuro melhor, dando às pessoas a possibilidade de ponderar sobre se envolverem ou cometerem atos violentos”, complementa.

Suicídio

Em estudo anterior, Machado participou de observação em que constatou a proteção ao suicídio também associada ao programa. O artigo “Effect of the Brazilian cash transfer programme on suicide rates: a longitudinal analysis of the Brazilian municipalities” foi publicado na edição de novembro do periódico Social Psychiatry & Psychiatric Epidemiology pelos pesquisadores do Cidacs Flávia Alves, Daiane Borges Machado e Mauricio Barreto.

Publicado em 06/02/2019

Fiocruz seleciona servidores da instituição para mestrado profissional em gestão em CT&I em saúde até 12 de março*

Autor(a): 
Ascom Cogepe/Fiocruz

A Escola Corporativa Fiocruz e a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) estão selecionando alunos para a nova turma do Mestrado Profissional em Política e Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. As inscrições vão até o dia 12 de março* e podem ser feitas aqui pelo Campus Virtual Fiocruz.

A formação é voltada aos servidores públicos da Fiocruz, com diploma de graduação concedido por instituição de ensino superior, reconhecido pelo Conselho Nacional de Educação. Os candidatos devem atuar em atividades de gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação, que contem com apoio institucional, e cujas propostas contribuam para inovações na instituição. O curso é coordenado pelos pesquisadores da Ensp Carlos Gadelha e José Maldonado. (Assista aqui ao vídeo gravado por Carlos Gadelha, estimulando os servidores a participarem da seleção).

São oferecidas até 30 vagas, sendo 10% destinadas a ações afirmativas (cotas para pessoas com deficiências, negros ou índios).

Processo seletivo

Para se inscrever é necessário preencher o formulário eletrônico, na plataforma SIGA, e enviar a documentação por e-mail, conforme orientações do edital.

A seleção será composta por: prova de inglês; prova escrita; entrevista; análise de currículo e análise de proposta inicial de projeto. O resultado da seleção será divulgado no dia 24 de abril, a partir das 15h.

O curso exige dedicação parcial. Os alunos dividirão os estudos com a atuação profissional. O início das aulas está previsto para 10 de maio e o mestrado profissional tem duração total de 24 meses.

Sobre a formação

O mestrado visa atender à demanda por qualificação de profissionais das instituições públicas de referência do Sistema Nacional de Inovação em Saúde frente às mudanças necessárias no padrão de gestão nestas organizações.

O principal objetivo é capacitar gestores para a formular e implementar novas políticas e mecanismos de gestão, estimulando a geração de conhecimentos e de inovações e sua aplicação no desenvolvimento econômico e social. A diretora da Escola Corporativa Fiocruz, Carla Kaufmann, diz que a parceria com a Ensp visa alinhar as necessidades de formação aos projetos selecionados com os objetivos e metas da instituição.

Dentre os objetivos específicos do mestrado destacam-se:

  • contribuir para a construção de capacitações organizacionais estratégicas para a gestão do conhecimento científico e tecnológico em saúde, com foco nas necessidades das instituições que compõem o Sistema Nacional de Inovação em Saúde,
  • promover intervenções no processo de trabalho, desenvolvendo e utilizando novos métodos e ferramentas para a promoção, o acompanhamento e a avaliação de inovações gerenciais e
  • capacitar gestores compromissados com processos dinâmicos de transformação institucional e inovação gerencial.

Mestrado profissional em política e gestão de ciência, tecnologia e inovação em saúde

Inscrições: até 18/2/2019
Acesse o edital completo aqui no Campus Virtual Fiocruz.
Contato: mestradoprofissionalensp@ensp.fiocruz.br

Assista também ao vídeo gravado por Carlos Gadelha, um dos coordenadores do curso, convocando os servidores da Fiocruz a conhecerem a iniciativa e participarem da seleção.

 

*Atualizada em 18/02/2019.

Publicado em 29/11/2018

1º Fórum Fiocruz de Memória acontece nos dias 6 e 7 de dezembro

O 1º Fórum Fiocruz de Memória, promovido pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) em parceria com a Presidência da Fundação Oswaldo Cruz, já tem novas datas: 6 e 7 de dezembro. Com o tema Memória institucional, política e futuro, o objetivo é promover a integração, o diálogo e o compartilhamento de experiências que permitam o aprimoramento de ações articuladas relacionadas à memória da Fiocruz. Na ocasião, será lançado o Prêmio Fiocruz de Memória, que visa mapear, conhecer e destacar projetos que valorizam a memória da Fiocruz. Os interessados podem se inscrever até o dia 4 dezembro pelo formulário eletrônico. O evento é gratuito e acontece na Tenda da Ciência, no campus da Fiocruz (Av. Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro).

Além de profissionais da Fiocruz, o encontro reúne especialistas de instituições públicas e privadas, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a empresa Votorantim, para o intercâmbio de conhecimento sobre a temática. Entre os destaques da programação estão as conferências Política, memória e poder, que será ministrada por Dulce Pandolfi, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), e Os desafios da memória em instituições, proferida por Icléia Thiesen, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

'In memorian' e futuros desafios

O diretor da COC, Paulo Elian, diz que "o Fórum será um espaço aberto, inclusivo, de apresentação de ações e projetos, direcionados a mobilizar a Fiocruz para as diferentes dimensões que envolvem a memória da instituição. Teremos também um momento especial de homenagem póstuma ao pesquisador Luiz Fernando Ferreira e a outras personalidades importantes que atuaram na criação da Casa de Oswaldo Cruz, unidade técnico-científica dedicada à história, preservação e à memória da Fiocruz e da saúde”. Ele lembra que o evento, que seria realizado no mês de outubro, foi adiado em virtude do falecimento de Luiz Fernando, ex-presidente e pesquisador emérito da Fundação.  

Para José do Nascimento Júnior, assessor para assuntos de Memória e Patrimônio Museológico da COC e um dos organizadores do Fórum, o encontro vai permitir uma discussão conceitual, a partir de referências internas e externas. O objetivo é  favorecer os suportes, lugares e personagens que compõem a memória da instituição. “Vamos estimular estas discussões, integrando e fortalecendo todas as unidades da Fundação, construindo vínculos comuns e contribuindo para a valorização deste conjunto”, destaca. Elian complementa: "A expectativa é que o evento contribua para a reflexão, a partir de uma agenda formulada pelos diferentes atores, para estabelecer uma rede de parceiros que atuem no desenvolvimento de iniciativas de memória no âmbito da Fundação”. 

Nesta primeira edição, segundo Paulo Elian, o Fórum vai apresentar a diversidade de ideias que nortearam a criação do documento de referência Contribuição a uma Política de Memória Institucional da Fiocruz, elaborado pela COC. “Nesta perspectiva, a Fiocruz tem promovido um debate interno sobre a Política de Memória Institucional, que deve refletir e incorporar as diferentes visões e aspectos da Fundação, respeitando a diversidade e a complexidade da Fiocruz do século 21, dialogando também com os desafios do futuro”, ressaltou Paulo Elian.  

Confira a programação e participe!

 

Por Casa de Oswaldo Cruz (COC)

Publicação : 12/11/2018

Apresentação - Câmara Técnica de Educação (out/2018) - Milton Moraes - Desafios para a internacionalização na Fiocruz: a implementação da Política Institucional e o Print

Apresentação Desafios para a internacionalização na Fiocruz: a implementação da Política Institucional e o Print, realizada pelo coordenador geral adjunto de Educação, Milton Moraes, na Câmara Técnica de Educação, no dia 17 de outubro de 2018. Trata das ações do Programa de Internacionalização da Fiocruz, que não se restringem apenas ao Programa Institucional de Internacionalização (Print) — este uma iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Durante sua apresentação, Milton abordou questões como: mobilidade acadêmica, cooperação Sul-Sul, parcerias em cotutela, formação e fortalecimento de redes, uso de ferramentas de informação e comunicação, e desenvolvimento de alunos estrangeiros, entre outras.

Categoria do documento:

Publicado em 31/10/2018

Saiba o que foi debatido na Câmara Técnica de Educação

A Câmara Técnica de Educação da Fiocruz (CTE) se reuniu nos dias 16 e 17 de outubro. Este ano, o encontro com os representantes das unidades integrou a programação da Semana de Educação. O vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral, lembrou que o objetivo da reunião era dar continuidade às discussões sobre o Planejamento Integrado da Educação na Fiocruz (Pief), definido como coletivamente como estratégia para a construção da Política Educacional da Fiocruz – recomendação do VIII Congresso Interno (2017).

Planejamento integrado

Em 2018, os trabalhos têm se concentrado no diagnóstico da oferta atual, a partir das discussões nas unidades, que organizaram e enviaram informações para Coordenação Geral de Educação (CGEd/Fiocruz) sobre: conteúdos das ofertas, duplicidades e possibilidades de compartilhar disciplinas. Foram realizadas reuniões com 21 unidades e escritórios da instituição, para trocar informações e esclarecer dúvidas sobre o material produzido.

O Pief tem como principais objetivos ampliar a integração das atividades de educação entre as unidades, avançar na gestão das informações e processos de comunicação, conhecer e melhor avaliar o trabalho desenvolvido pelos diversos agentes da área para avançar em formulações conjuntas, estimular cooperações e melhor aproveitar os recursos.

Temas estratégicos e formação para o SUS

No primeiro dia da Câmara Técnica (16/10), o debate se concentrou na definição de temas estratégicos considerando a formação para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Já no dia 17, a coordenadora geral de Educação, Cristina Guilam, abriu o encontro apresentando a equipe. Em seguida, o assessor da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Paulo Carvalho, fez uma síntese do dia anterior e comentou sobre como os trabalhos estavam organizados, destacando que o objetivo seria então alinhar propostas e fazer sugestões de melhoria.

Os membros da Câmara buscaram, primeiramente, compreender e definir o que é estratégico para a Fiocruz, debatendo sobre um grande tema que pudesse ser desenvolvido de modo a nortear os programas, considerando a Visão institucional. A coordenadora geral de Educação, Cristina Guilam, propôs que, após as discussões fosse elaborado um projeto piloto. Por sua vez, a assessora da Coordenação do Lato sensu, Tânia Celeste, sugeriu o tema “educação, saúde e sociedade”.

Avaliação da Capes, novo sistema para a educação e estudo de egressos

No encontro, também foi apresentada a proposta do grupo de trabalho da Fiocruz dedicado a encaminhar questões relacionadas à avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O GT é coordenado pela pesquisadora Dora Chor, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).

Depois, os participantes conheceram o novo sistema de gestão das informações acadêmicas, que está sendo desenvolvido pela Coordenação-Geral de Gestão de Tecnologia de Informação (Cogetic) junto com a CGEd. Neste ambiente único, será possível gerenciar as informações das modalidades Stricto sensu, Lato Sensu e do nível técnico de forma integrada e acompanhar a vida acadêmica dos estudantes desde a seleção até seu desligamento.

A trajetória dos alunos egressos também foi pauta da Câmara Técnica. Paula Xavier, coordenadora de Informação e Comunicação da VPEIC/Fiocruz e também do Observatório da Fiocruz em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Ela apresentou um estudo piloto com 1168 egressos, realizado a partir do pareamento de informações com bases oficiais do governo. O levantamento mostra que quase 50% dos egressos continuam trabalhando nas suas áreas de atuações na Fiocruz.

Ciência aberta e Programa de Internacionalização da Fiocruz

Paula comentou, ainda, sobre as ações adotadas para envolver os diversos atores da instituição, com o objetivo de formular e implantar uma política de ciência aberta. Considerando a importância de capacitar os alunos de pós-graduação, durante a CTE foi lançado um curso sobre o tema. Fruto de uma parceria entre a Vice-presidência e a Escola Corporativa Fiocruz, o curso será oferecido na modalidade de educação à distância (EAD), a partir de novembro.

Por fim, Milton Moraes, coordenador geral adjunto de Educação, falou sobre o Programa de Internacionalização da Fiocruz. Ele lembrou que as ações não se restringem apenas ao Programa Institucional de Internacionalização da Capes, mas envolvem a formação de diversas redes e parcerias. Segundo Milton, 63% dos pesquisadores brasileiros nunca saíram do Brasil. Ele acredita que, além de ampliar a mobilidade acadêmica, é preciso estimular diversas iniciativas para fomentar este ambiente, tais como: estimular a cooperação Sul-Sul e parcerias em cotutela, assim como promover o uso de ferramentas de informação e comunicação que facilitem o acesso e desenvolvimento de alunos estrangeiros, entre outras medidas.

Publicado em 26/03/2018

Ministério da Saúde e Universidade Aberta do SUS lançam nova edição do curso Saúde da População Negra

Pensando na capacitação dos profissionais de saúde para eliminar a discriminação racial, o Ministério da Saúde e a Universidade Aberta do SUS oferecem mais uma edição do curso Saúde da População Negra. A produção é da Secretaria Executiva da UNA-SUS, em parceria com os departamentos de Apoio à Gestão Participativa e de Gestão da Educação em Saúde. Essa é a sexta oferta da capacitação, que já reúne mais de 39 mil inscrições desde o lançamento, em 2014.

O curso debate questões relacionadas ao racismo institucional e seu impacto no atendimento dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos objetivos é promover a reflexão sobre o tema e orientar os profissionais de saúde para que, em sua rotina de trabalho, possam identificar as desigualdades étnico-raciais que impactam sobre a saúde da população negra, monitorem e avaliem os resultados das ações para prevenção e combate dessas iniquidades. A qualificação também traz informações gerais sobre a população negra, sua cultura e práticas tradicionais de saúde.

Políticas para a cidadania, a dignidade e a igualdade

O conteúdo do curso foi baseado na Política Nacional Integral da População Negra, instituída pelo Ministério da Saúde em 13 de maio de 2009, por meio da Portaria nº 992. Baseada nos princípios de cidadania e dignidade humana, ressalta o repúdio ao racismo, em busca da promoção da igualdade. A diretriz também reafirma os princípios do SUS: a universalidade do acesso, a integralidade da atenção, a igualdade da atenção à saúde e a descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo. Essa política define os princípios, o marco, os objetivos, as diretrizes, as estratégias e as responsabilidades de gestão, voltados para a melhoria das condições de saúde desse segmento da população. Inclui ações de cuidado, atenção, promoção à saúde e prevenção de doenças, bem como de gestão participativa, participação popular e controle social, produção de conhecimento, formação e educação permanente para trabalhadores de saúde, visando à promoção da equidade em saúde da população negra.

O curso Saúde da população negra é online, autoinstrucional e possui carga horária de 45 horas. É voltado aos profissionais de saúde que atuam na Atenção Básica, e também é aberto ao público, sendo ofertado para profissionais de quaisquer áreas do conhecimento que se interessem pelo tema. As inscrições ficam abertas até 29 de junho, e podem ser feitas pelo site da UNA-SUS.

Fonte: Ascom UNA-SUS (comunicacao@unasus.gov.br)

Publicado em 07/11/2017

Candidatos aos editais para REA, jogos digitais e apps móveis lotam as oficinas de elaboração de projetos

Um salão aberto para trocar conhecimentos sobre recursos educacionais, jogos digitais, aplicativos móveis (apps), propriedade intelectual e direitos autorais. Foi o que se viu no dia 31 de outubro, durante as oficinas preparatórias de elaboração de projetos para candidatura aos editais lançados pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação que visam fomentar iniciativas neste sentido. No evento, os participantes puderam ampliar seus conhecimentos sobre os temas, tirar dúvidas e trocar experiências.

O encontro aconteceu das 9h às 17h, no Hotel Novo Mundo, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. De manhã, foram realizadas palestras comuns a todos os participantes. À tarde, os candidatos se dividiram de acordo com seus temas de interesse.

A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, saudou o público e comentou a satisfação de ter representantes das mais diversas unidades da Fiocruz interessados nesta chamada. “Ficamos surpresos e contentes com o número de iniciativas inscritas para concorrer a estes dois primeiros editais: foram cerca de 170. Isso mostra que o desenvolvimento de recursos nas áreas de educação - em especial EAD, e de recursos comunicacionais é uma demanda importante e que abrange a diversidade e a riqueza que temos na instituição”, destacou.

O público participou com perguntas e manifestou apoio à iniciativa, como o pesquisador André Pereira, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz): "Há muito tempo aguardávamos que este tema entrasse, de fato, na agenda da Fiocruz. Por isso, quero parabenizar a Vice-presidência pelo lançamento destes editais”, disse.

Novo prazo para submissão de propostas

Durante a oficina, os participantes solicitaram que o prazo de submissão de propostas fosse estendido, pedido que foi acolhido pela VPEIC/Fiocruz. A data final para que os candidatos enviem suas propostas é 19 de novembro (acesse os editais com o novo cronograma, divulgados no dia 6 de novembro: recursos educacionais e recursos comunicacionais (jogos e aplicativos móveis).

Apresentações e documentos de referência

As apresentações dos palestrantes, termos de referência, modelos etc. estão disponíveis na área de documentos do Campus Virtual Fiocruz e também nos hotsites em que foram realizadas as inscrições, junto com a programação do evento.

Leia mais sobre as oficinas nos conteúdos relacionados abaixo.

Publicado em 16/08/2017

Fiocruz promove curso de formação para a população Trans

TRANSformação é uma iniciativa que visa aprimorar a formação da população trans em temas relativos à saúde, educação, movimentos sociais, direito e cidadania. É um curso idealizado pela ativista dos direitos trans e assessora parlamentar do deputado federal Jean Wyllys, Alessandra Makkeda. A formação resulta de uma parceria entre o Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Lapclin Aids - INI/Fiocruz) e o Laboratório Integrado em Diversidade Sexual e de Gênero, Políticas e Direitos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Lidis - Uerj). Segundo Alessandra, "o objetivo do curso é ampliar a participação política dessa população excluída que, por ter pouco acesso à educação — com problemas graves e específicos — tem prejudicada sua capacidade de pedir ajuda e defender os seus direitos".

O deputado federal Jean Wyllys vai proferir a aula magna, abordando o tema Política, democracia e participação popular. A palestra será no dia 25 de agosto, às 14h, no INI/Fiocruz. Segundo Willys, este curso é uma realização importantíssima para o movimento LGBT e para o Rio de Janeiro. "É a primeira vez que vejo a formação da nossa militância sendo pensada com a articulação de grandes instituições como a Uerj, uma das mais prestigiadas universidades do Rio e a Fundação Oswaldo Cruz, referência nacional em pesquisas voltadas para população Trans, principalmente em HIV/Aids, o que contribuirá com a experiência acumulada a partir da nossa atuação política ao longo de dois mandatos no parlamento”, afirma. Para Wyllys, a iniciativa é fruto de “uma articulação fundamental de instituições que já vinham fazendo ótimos trabalhos em suas áreas e que agora somam suas forças. Acredito que o produto desta junção de esforços será uma militância que, ao final do curso, estará muito mais preparada para lidar com as nossas questões cotidianas”, destacou. 

Público alvo e estrutura do curso

O público da TRANSformação é constituído por mulheres e homens transexuais, travestis e representantes de outras identidades transgêneras e LGBT, que tenham perfil de liderança ou que já venham desenvolvendo trabalhos junto à população trans ou a outros movimentos populares — geralmente fora do chamado "ativismo organizado e institucionalizado" e que desejem participar de uma formação política. Ministrado em dois encontros semanais ao longo de dois meses, o curso está dividido em três módulos: "Política, Democracia e Participação Popular", "História do Movimento Trans e LGBT, Ativismo e Academia", e "Políticas Públicas de Assistência Social e de Saúde".

O curso recebe inscrições até o dia 20 de agosto. Há 30 vagas, sendo 20 com direito a auxílio para transporte e alimentação. Pessoas Trans e LGBT que não consigam vagas poderão participar como ouvintes. Os alunos que completarem a grade receberão o certificado de curso de extensão da Uerj.

Centro de Referência em Saúde para a População Trans do INI

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) desenvolve um Centro de Referência em Saúde para a População Trans, com atividades de assistência, prevenção e pesquisa em HIV/Aids, com contribuição do financiamento recebido através de uma emenda parlamentar do deputado federal Jean Wyllys.  Ele lembra que "o INI tem um envolvimento histórico no trabalho com a população LGBT desde o início dos anos 90 e vemos a implantação do Centro de Referência como uma continuidade”, afirma a diretora do Instituto, Valdiléa Veloso. “O estigma e a discriminação enfrentados por esse grupo populacional aumentam ainda mais sua vulnerabilidade, criando os mais variados obstáculos no acesso aos cuidados básicos. Ter o Centro formalizado em um Instituto de ensino e pesquisa na área da saúde propicia, além de identificar as necessidades dessa população, que também seja feita a capacitação de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) na atenção dessas demandas. Trabalhamos em consonância com a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), constituída pelo Ministério da Saúde em 2011, que orienta o Plano Operativo de Saúde Integral LGBT", conclui. 

O Centro desenvolve atividades de educação comunitária em HIV/Aids, expansão do acesso ao diagnóstico da infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis, realização de estudos epidemiológicos, identificação de necessidades de saúde e o estabelecimento de um serviço para atenção à saúde desse segmento da população, com foco nas pessoas que vivem com HIV/AIDS e sob risco de aquisição da infecção pelo HIV. 

Saiba como se inscrever e acesse as informações sobre o curso aqui no Campus Virtual Fiocruz.

Aula magna com o deputado federal Jean Wyllys
Política, democracia e participação popular
Fundação Oswaldo Cruz (Av. Brasil, 4365 – Auditório do Pavilhão de Ensino do INI - Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ).


Fonte: Juana Portugal (INI/Fiocruz)

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Publicado em 12/04/2017

8ª Conferência-Luso Brasileira de Acesso Aberto recebe trabalhos até 23/4

Foi prorrogado o prazo para envio de trabalhos para a 8ª Conferência-Luso Brasileira de Acesso Aberto (Confoa): as propostas serão recebidas até o dia 23/4. Este ano, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sediará o evento, e foi escolhida tanto por ser uma referência no campo da pesquisa, ciência e educação em saúde, quanto por sua representatividade em acesso aberto no Brasil.

Com o tema Do acesso aberto à ciência aberta, a conferência está sendo organizada em parceria pelos Serviços de Documentação da Universidade do Minho (SDUM), pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e pela Fiocruz. O objetivo central é enfatizar que o acesso aberto é uma componente e uma condição indispensável da ciência aberta, que abrange outras dimensões.

A Confoa visa reunir as comunidades portuguesa, brasileira e de outros países lusófonos, que desenvolvem atividades de investigação, desenvolvimento, gestão de serviços e definição de políticas relacionadas com o acesso aberto ao conhecimento e demais vertentes da ciência aberta. A Confoa é um espaço privilegiado para compartilhar, debater e divulgar conhecimentos, práticas, experiências e pesquisas sobre estas temáticas, em suas diversas perspectivas. O encontro acontecerá, no campus da Fiocruz em Manguinhos, nos dias 4/10 e 5/10, com a realização de workshops prevista para o dia 6/10. 


TEMAS PARA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS

Até o dia 23/4, estão sendo aceitas propostas de trabalhos sobre os temas abaixo, assim como temas relacionados aos aspectos políticos, legais, sociais, organizativos ou técnicos do acesso aberto e da ciência aberta:

  • Acesso aberto e dados científicos abertos: marcos legais, políticas e práticas
  • Repositórios digitais - institucionais, temáticos, de dados de pesquisa ou de patrimônio cultural
  • Revistas científicas de acesso aberto e tendências na comunicação e divulgação científica
  • Publicação institucional em acesso aberto
  • Direito autoral e propriedade industrial
  • Análise e avaliação de políticas públicas, institucionais e de fomento
  • Modelos e padrões de metadados
  • Preservação digital

Ciência Aberta e outras expressões de conhecimento aberto

  • Ética, integridade da pesquisa e RRI (Investigação e Inovação Responsáveis)
  • Modelos tradicionais e alternativos de avaliação da Ciência (bibliometria e métricas alternativas)
  • Ciência cidadã
  • Dados governamentais abertos
  • Outras práticas de conhecimento aberto (hardware e software livre, educação aberta)

Sistemas de gestão de informação de Ciência e Tecnologia (Cris)

  • Interoperabilidade entre sistemas de informação de apoio à atividade científica e acadêmica
  • Softwares livres para a construção de Cris

Há três formatos de apresentação de propostas: comunicações, Pecha Kuchas e pôsteres. Para cada formato, há um modelo de documento, que está diponível no fim desta matéria (veja os anexos).


FORMATOS E MODELOS PARA TRABALHOS

Comunicações (apresentação oral de 15 minutos)

  • As propostas para comunicação devem ter, no mínimo, duas páginas e, no máximo, quatro páginas (tendo como modelo a proposta de comunicação disponível no site oficial).
  • As propostas devem apresentar investigação ou desenvolvimento originais, privilegiando-se os trabalhos que relatem casos gerais (ou seja, sobre mais de uma instituição ou sistema) e/ou que tenham relevância para uma audiência ampla.
  • As propostas com qualidade e relevância que não puderem ser aceitas como comunicações poderão ser consideradas para apresentação como Pecha Kucha ou Póster.

Pecha Kuchas

Os Pecha Kucha são apresentações de 7 minutos, com até 24 slides. As propostas deverão ter uma página, no mínimo, e duas páginas, no máximo (ver e utilizar o modelo de proposta Pecha Kucha). As propostas de Pecha Kucha podem apresentar trabalhos de investigação e desenvolvimento recentes ou em conclusão, e eventualmente casos concretos e locais, mas com interesse e relevância geral.

As propostas com qualidade e relevância que não possam ser aceites como Pecha Kucha poderão ser consideradas para apresentação como Poster.

Pôsteres

Convidamos a apresentação de propostas de pôsters, que devem ter uma página (ver e utilizar o modelo de proposta de pôster), que servem para apresentar trabalho ainda em desenvolvimento ou experiências locais. Os pôsters serão exibidos em formato papel ou formato digital (serão dadas indicações e instruções para a apresentação dos posters após a aceitação das propostas), e serão apresentados oralmente na sessão “O meu Pôster num minuto”.
 

FIQUE ATENTO ÀS DATAS!

23/4: fim do prazo para apresentação de propostas
9/6: notificação da aceitação das propostas
12/6: abertura das inscrições na conferência

Páginas

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