Após quase dois anos de suspensão de parte das atividades educacionais presenciais coletivas na Fiocruz, a Câmara Técnica de Educação (CTE) - em reunião com diferentes representantes da Vice-presidência de Educação, Comunicação e Informação da Fiocruz (VPEIC), coordenadores de programas e outros gestores da área -, decidiu pela retomada plena - de forma planejada, gradual e segura - das atividades educacionais presenciais na instituição no primeiro semestre de 2022. O encontro tratou especialmente do retorno presencial, mas discutiu também sobre Ensino Híbrido e Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG).
A coordenadora-geral de Educação da Fiocruz (CGE/VPEIC), Cristina Guilam, destacou a importância da retomada plena presencial de atividades educacionais, ainda que realizadas de forma remota durante toda a pandemia, e enfatizou que, mesmo frente à rápida adaptação da Fiocruz ao Ensino Remoto Emergencial, não foram poucos os desafios de ensino-aprendizagem enfrentados pelos estudantes e docentes. “É importante lembrarmos que a Fiocruz nunca parou. Aulas teóricas, defesas de teses e dissertações foram realizadas por ferramentas virtuais, enquanto pesquisas laboratoriais dos alunos de pós-graduação e os cursos de residências em saúde se mantiveram presenciais, dado o seu caráter prioritário no que se refere à integração ensino-serviço-comunidade no SUS, com atuação fundamental no enfrentamento à pandemia em todo o país”, detalhou ela.
Apesar da suspensão das atividades coletivas presenciais, todo a educação na Fiocruz se adaptou e se reinventou mostrando grande capacidade da área em dar respostas positivas frente aos desafios dessa emergência sanitária. Cristina rememorou inúmeras outras estratégias profícuas de apoio aos alunos para a manutenção das atividades educacionais, como a adoção da Educação Remota Emergencial, a implementação do Programa de Inclusão Digital, realização de seleções de forma remota, desenvolvimento de manuais, guias e cursos online para auxiliar o planejamento escolar e gestores educacionais sobre educação remota, tecnologias educacionais e recursos educacionais abertos, bem como a manutenção e estímulo à realização de debates virtuais, fomentando a interação entre alunos e docentes no momento de reorganização para a oferta remota das atividades correntes.
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Unidades e escritórios devem avaliar capacidade de manutenção de atividades coletivas presenciais: planejamento do retorno deve envolver toda comunidade acadêmica
Sobre a retomada das atividades coletivas presenciais, a coordenadora de Educação explicou ainda que cada unidade técnico-cientifica e escritório da Fiocruz deverá adaptar as recomendações ao seu perfil, capacidade instalada e condições para manutenção das atividades coletivas presenciais de forma segura para os estudantes, professores, trabalhadores das secretarias acadêmicas e de outras funções de apoio da área, associadas a medidas internas de controle e reavaliação contínua do cenário epidemiológico.
Vale ressaltar que, para circulação dentro dos campi da Fiocruz, é obrigatório o uso de máscara. Além disso, é exigido que trabalhadores e alunos apresentem esquema vacinal completo contra a covid-19 para permanência dos prédios da Fundação, e também são recomendadas a manutenção de outras medidas de proteção, como ambientes ventilados, distanciamento interpessoal, uso correto de máscara apropriada e higienização frequente das mãos, com atenção às diversas recomendações constantes do Plano de Convivência com a Covid-19 na Fiocruz.
O plano de retorno planejado e gradual das atividades educacionais presenciais na Fiocruz foi apresentado pela pesquisadora do INI Marília Santini. De forma coerente com as orientações do Plano, todos os membros da Câmara Técnica de Educação da Fiocruz se manifestam a favor da retomada plena em suas unidades e escritórios, respeitando a autonomia de cada um, e indicando a necessidade de reavaliações frequentes à luz do cenário epidemiológico. A decisão é resultado de ampla e significativa agenda de debates sobre o tema, que vem acontecendo de forma célere e muito diligente pelos gestores e coordenadores da área desde o início da pandemia.
Durante a reunião, o conjunto de gestores avaliou que, neste momento, o retorno das atividades educacionais presenciais é importante para o processo de ensino-aprendizagem de qualidade, em face da sua relevância do ponto de vista cognitivo, pedagógico e emocional. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, defendeu que “o planejamento do retorno presencial deve envolver a comunidade acadêmica, inclusive a representação dos estudantes, além de considerar as especificidades das atividades, níveis de ensino e unidades da Fiocruz, bem como as recomendações de segurança diante do cenário epidemiológico".
A cobrança do esquema vacinal completo é compatível com diretrizes constantes no Plano de Convivência, no documento “Orientações para testagem e afastamentos dos trabalhadores e estudantes da Fiocruz no contexto da circulação da variante Ômicron do SARS-Cov-2” e com a “Portaria N° 26/2022 PR”, que dispõe sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras e do esquema vacinal completo para circulação nos campi da Fiocruz. A exigência de comprovante de vacinação também foi recomendada pelos membros da Câmara Técnica de Educação em reunião anterior, realizada em 27 de janeiro de 2022.
Algumas recomendações gerais para o planejamento das atividades no 1° semestre de 2022 são:
Considerar que pessoas de grupos de risco para desenvolvimento de doença grave, mesmo vacinadas, podem se manter afastadas das atividades presenciais, conforme normas vigentes;
Adequar a programação do retorno presencial ao período letivo de cada curso, podendo ser organizada também por grupos de atividades ou de disciplinas;
Assegurar as atividades práticas necessárias à formação dos estudantes, assim como todas as demais consideradas essenciais, com respeito às normas de biossegurança;
Programar as aulas coletivas considerando as medidas de proteção, como ventilação dos ambientes, uso de máscaras seguras e distanciamento físico entre as pessoas, entre outras;
Evitar eventos presenciais com grande número de pessoas;
Manter bancas de qualificação e defesa de trabalhos finais preferencialmente virtuais, com reavaliação periódica;
Considerar situações de discentes que não moram nos municípios nos quais realizam seus cursos, bem como as desigualdades que prejudicam a continuidade dos estudos, buscando ter flexibilidade e apoiar os estudantes por meio de ações de inclusão digital e pedagógicas, entre outras.
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