Qual a situação do Brasil para o alcance das metas propostas pela Agenda 2030? Quais as perspectivas de futuro, considerando a vinda da Conferência do Clima sobre Mudanças Climáticas (COP 30) para o Brasil, no ano que vem?
Estas são as perguntas que vão nortear o 3º Fórum Terra 2030, evento organizado pela Fiocruz, Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
A mesa principal do evento vai reunir o secretário-executivo da Comissão Nacional para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Secretaria-Geral da Presidência da República, Sérgio Godoy; a coordenadora geral da Gestos e Cofacilitadora do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 no Brasil, Alessandra Nilo; e o pesquisador da Fiocruz e Coordenador do Grupo de Pesquisa de Políticas em Saúde e Proteção Social, Rômulo Paes.
Na ocasião, será lançado o 2º Edital Terra 2030, que vai selecionar projetos da Fiocruz que atuam em articulação com movimentos e organizações sociais em prol da Agenda 2030.
O Fórum é direcionado a estudantes, pesquisadores, movimentos sociais, entusiastas do tema do desenvolvimento sustentável e Agenda 2030, diretores, assessores, sociedade civil, governos, desenvolvedores de tecnologias sociais.
O Fórum é gratuito e pode ser acompanhado pelo canal da Fiocruz no Youtube.
Mais informações sobre o evento você encontra no site do Fórum Terra 2030.
Acompanhe:
3º Fórum Terra 2030 - manhã
3º Fórum Terra 2030 - tarde
A Academia de Ciências da Bahia convida para o Seminário de Enfrentamento e Prevenção à Desinformação Científica em Saúde e Ambiente, no dia 14 de dezembro, às 9h de Brasília. O evento será presencial, na Fiocruz Brasilia, com transmissão ao vivo pelo canal da Academia no Youtube.
No evento haverá a apresentação dos relatórios do Projeto Enfrenta, realizado pela parceria Academia de Ciências da Bahia (ACB) e Fundação Conrado Wessel (FCW).
O Acadêmico Manoel Barral Netto, pesquisador da Fiocruz e presidente da Academia de Ciências da Bahia, será um dos palestrantes, junto com Ana Caetano, Ana Valéria Mendonça, Clarissa Terenzi, Daniel Gobbi, Luisa Massarani, Patricia de Campos e Samara Mariana. Não perca!
Acompanhe:
Visando oferecer uma gestão de qualidade da Associação de Pós-Graduandos/Rio da Fiocruz e uma maior participação do corpo discente no dia a dia da instituição, a diretoria da entidade reuniu-se com a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado, e com a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, para apresentar e debater pontos importantes, na segunda-feira, 4 de dezembro.
+Leia mais: Pluralidade e diversidade norteiam a nova gestão da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz-RJ
As propostas apresentadas passaram por demandas que visam fortalecer a atuação e a presença estudantil nos debates do SUS, da ciência e da educação no país e na Fundação, movimentando a Fiocruz por mais participação, mais assistência, mais democracia e mais direitos.
Participaram da reunião com a VPEIC os coordenadores-gerais da APG-Rio, Bruno C. Dias e Gutiele Gonçalves dos Santos; o vice-coordenador-geral, Thassio Ferraz; o coordenador de Articulação Política, Luis Cláudio Ventura; o coordenador de Ensino, Matheus Rodriguez; a coordenadora de Comunicação, Beatriz Maria; e a coordenadora de Finanças, Tarciane Ornelas.
Os representantes da APG trouxeram como pautas a importância da participação estudantil nos espaços de deliberação e construção das políticas estratégicas da Fiocruz e nas agendas e na vida institucional da Fundação e dos Programas de Pós-graduação, bem como ações e atividades de aproximação entre estudantes e representações discentes (RD) dos PPGs e cursos, e o fortalecimento das relações da APG-Rio com as APGs dos demais estados e das relações com as demais entidades estudantis de representação discente da pós-graduação brasileira, como a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), indicação para assento na ANPG e fortalecimento do diálogo com as coordenações dos PPGs, unidades e Presidência, visando formar ações e atividades para que os discentes possam conhecer e ampliar a interação com a APG Fiocruz-RJ.
O coordenador-geral da APG-Rio, Bruno Dias, explicou a importância da reunião: "Essa pauta que apresentamos orienta a nossa gestão, tanto nas questões das necessidades estudantis como também a participação política dos estudantes na instituição. Nós vemos como muito necessária essa ampliação estudantil na vida política da Fiocruz, e o fato de sermos uma APG tão próxima da presidência facilita essa interlocução".
Também complementaram a pauta a sugestão de elaboração e atualização de documentos, como a Cartilha de boas-vindas e construção do acolhimento 2024 e o documento orientador para a organização e funcionamento das Representações Discentes (RD) e a reformulação do Estatuto da APG Fiocruz-RJ. Sugeriu-se a realização de um congresso ou jornada entre todos os PPGs da Fiocruz em 2024 e atividades discentes para a recepção dos novos estudantes.
Outros pontos apresentados foram a discussão junto à Presidência e Vices da Fundação para a participação efetiva da APG nos conselhos deliberativos gerais da instituição; participação e fortalecimento nas ações pautadas na Política de Apoio ao Estudante (PAE) da Fiocruz; ampliação das ações de apoio às mães em período de amamentação; participação ativa nas ações pautadas na Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa).
A concessão de bolsas e auxílios foi debatida, com foco em compreender os critérios de elegibilidade e visando abranger todos os estudantes. Em questão de infraestrutura, foram reivindicadas melhorias no transporte, bem como o uso de crachás para facilitar a mobilidade entre os campi, a sugestão da criação de um bandejão para alimentação, e a elaboração do Código de Conduta do Alojamento Unificado.
Bruno explicou que a APG-Rio luta em prol dos estudantes, e que as melhorias podem também se estender às demais APGs: "Vamos repassar muito do que conversamos aqui com os demais colegas para ampliar essa participação política dos estudantes na Fiocruz, que passa pelas eleições, congressos internos, a vida dos estudantes de pós-graduação dentro de seus Programas, questões de moradia, assistência estudantil e apoio científico".
+Conheça o Programa da nova gestão da APG-Rio: Pluralidade em Ação - Movimentando a Fiocruz
#ParaTodosVerem fotomontagem com quatro imagens da reunião entre a VPEIC e a APG-Rio.
O Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Daps) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) convida para a ‘I Oficina de Atualização Pedagógica e Gestão’ do Curso de Especialização em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social (CEPSDS), que completa 15 anos de realização. O encontro será nos dias 12 e 13 de dezembro, a partir das 8h30, na sala 410 da Escola. Haverá transmissão ao vivo pelo canal da Ensp no Youtube e tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
“A programação da oficina tem o intuito de fortalecer e circunscrever as possibilidades e limites do CEPSDS em âmbito institucional e na sua relação com a formação orientada à promoção da saúde, perante os desafios que esse campo nos coloca na atualidade”, explicam os organizadores. Aberto ao público, o evento é voltado especialmente para os profissionais envolvidos com a discussão conceitual, o processo de formulação, desenho, implementação e avaliação de programas de formação/educação permanente em saúde pública em diferentes marcos institucionais, além de egressos do CEPSDS (alunos e professores tutores). Todos os interessados serão bem-vindos.
O evento será composto por mesas de palestras sobre os temas “Programa de formação orientada à promoção da saúde – alguns aprendizados de uma travessia ética, estética, técnica e política” e “Promoção da Saúde e Formação – perspectivas conceituais e desafios práticos”, além de roda de conversa para discutir o “Processo de trabalho em saúde e reorientação das práticas”. Está prevista ainda a sessão temática “Criação de capacidades e reorientação das práticas perante os desafios históricos e contemporâneos na produção da saúde em todas as dimensões”, bem como grupos de trabalho e uma plenária para apresentação e debate das sínteses coletivas para encaminhamentos e desdobramentos da oficina.
A abertura da oficina contará com as presenças do diretor da Ensp, Marco Menezes, do vice-presidente de Atenção, Ambiente e Promoção da Saúde/Fiocruz, Hermano Albuquerque de Castro, da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação/Fiocruz, Cristiani Machado, da vice-diretora de Ensino da Ensp, Enirtes Caetano, do coordenador do Lato Sensu da Ensp, Gideon Borges, da chefe do Daps, Carla Tavares de Andrade, e da pesquisadora do Daps e coordenadora-geral do CEPSDS, Maria de Fátima Lobato Tavares. Além de pesquisadores da Ensp, o evento terá a participação de convidados da Universidade de São Paulo, do Instituto Fernandes Figueira, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
Confira a programação completa abaixo ou baixe aqui no formato PDF:
O abortamento inseguro é uma das principais causas de mortalidade materna no mundo, inclusive no Brasil, sendo considerado um problema de saúde pública. O tema — cuja discussão envolve um complexo conjunto de aspectos —, é tratado no novo curso ofertado pela Fiocruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, em parceria com a ONG Bloco A: Ampara – Acolhimento de pessoas em situação de abortamento e pós-aborto. A formação, com carga horária de 30h, é voltada a profissionais de saúde envolvidos nos cuidados imediatos e abrangentes a mulheres que passaram por essa situação, apresentando ferramentas efetivas para a qualificação dos profissionais na assistência ao abortamento. O curso é online, gratuito e autoinstrucional. As inscrições estão abertas!
No Brasil, o aborto é criminalizado – exceto em casos de violência sexual, anencefalia fetal e risco de vida para a pessoa gestante. Por conta disso, o debate sobre essa temática sempre traz à tona questões legais, morais, religiosas, sociais e culturais. Para tanto, o curso oferece uma abordagem baseada em direitos e políticas de saúde sexual e reprodutiva, democratizando o acesso à informação e promovendo estratégias de redução de danos por aborto. A ideia é subsidiar profissionais de saúde, além de promover alternativas para o planejamento sexual e reprodutivo, reconhecendo a importância da humanização do atendimento e incentivando uma postura ética e de respeito aos direitos humanos das mulheres.
Pela Fiocruz, a coordenação acadêmica do curso é formada pelas professoras e pesquisadoras da Fundação Claudia Bonan Jannotti, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Maria do Carmo Leal, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e Adriana Coser Gutierrez, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). Já pela Bloco A, integram a equipe a coordenadora da organização, Janaína Penalva, que é advogada e também professora da Faculdade de Direito da UNB e a coordenadora de projetos da Bloco A e enfermeira, Mariana Seabra.
Por meio da ONG Bloco A, o Ampara já foi ofertado para quase 500 profissionais da saúde, em parceria com o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) em 2022. Esta parceria com a Fiocruz, em 2023, oferece uma nova edição do curso, revista e ampliada. A Bloco A é uma organização que faz parcerias com instituições de saúde para mobilizar e desenvolver habilidades de ginecologistas, enfermeiras, parteiras e psicólogos para fornecer cuidados contraceptivos de alta qualidade e compassivos, aborto e assistência pós-aborto. A organização acredita que os provedores de saúde são os melhores parceiros no apoio às mulheres para tomar decisões informadas sobre sua saúde, pois podem fornecer informações precisas e sem julgamentos e prestar serviços com segurança.
Claudia Bonan detalhou que o curso Ampara tem como objetivos ampliar os conhecimentos clínicos, epidemiológicos, jurídicos e bioéticos às diversas situações de aborto e no pós-abortamento, além de fortalecer as habilidades dos trabalhadores da área da saúde para o acolhimento e a oferta de cuidados integrais e longitudinais a esse grupo. Segundo ela, o aborto é um evento que pode acontecer na vida reprodutiva das mulheres e “não é incomum que em nossa atuação profissional, seja na Atenção Primária em Saúde (APS), seja na atenção especializada, nos deparemos com mulheres que necessitam de cuidados por motivo de aborto – seja espontâneo, provocado ou previsto por lei – e cuidados pós-aborto”, especificou.
A especialista apontou que o aborto realizado em condições inseguras – com pessoas não bem treinadas para isso, com métodos inadequados e ambiente insalubres - é uma causa importante da morbidade e da mortalidade materna no Brasil. “O adoecimento e o óbito por motivo de aborto são evitáveis, em quase sua totalidade, se a pessoa recebe um tratamento em tempo oportuno, baseado nas melhores práticas clínicas, que são aquelas fundamentadas em evidências científicas e no respeito aos direitos fundamentais, especialmente, aos direitos sexuais e reprodutivos. Portanto, ao oferecermos uma atenção de qualidade, baseada em evidências científicas, em princípios bioéticos e no respeito aos direitos reprodutivos, podemos melhorar os indicadores de saúde das pessoas que abortam e enfrentar o grave problema de saúde pública representado pelo aborto”, concluiu.
Conheça a estrutura do curso Ampara – Acolhimento de pessoas em situação de abortamento e pós-aborto
Aula 1: O Abortamento no Mundo e no Brasil
Aula 2: Serviços de Abortamento Previstos em Lei no Brasil
Aula 3: Abortamento e Evidências Científicas
Aula 4: Cuidados Pré e Pós-abortamento
Aula 5: Acolhimento à Gestação Indesejada e Redução de Danos
Aula 6: Violência Obstétrica no Abortamento e no Cuidado Pós-aborto
IFF/Fiocruz lança curso em encontro online sobre temática na segunda-feira, 11/12
Na segunda-feira, 11 de dezembro, às 15h, o IFF/Fiocruz vai promover um encontro virtual com especialistas, no âmbito de seu Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente e, na ocasião, acontecerá também o lançamento do novo curso. O encontro “Acolhimento de Pessoas em Situação de Abortamento e Pós-aborto (Ampara), será transmitido ao vivo no canal de Boas Práticas do IFF/Fiocruz no Youtube, e, além de Claudia Bonan como moderadora, o evento conta com a participação da coordenadora da ONG Bloco A, Janaína Penalva, que é advogada e também professora da Faculdade de Direito da UNB; a coordenadora de projetos da Bloco A e enfermeira, Mariana Seabra; a médica e integrante do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, Halana Faria; a assistente social, professora e vice-coordenadora do curso de serviço social na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab) Nathália Diórgenes; e o médico obstetra, pesquisador e docente do IFF/Fiocruz, Marcos Dias.
Envie suas dúvidas pelo Portal de Boas Práticas do IFF e acompanhe a transmissão ao vivo no Youtube:
A linguagem é elemento essencial para promover a inclusão e garantir direitos. Imagine que você trabalha numa instituição pública, por exemplo. Quanto mais claro e objetivo você for, ao se comunicar com seu público, mais pessoas poderão compreender as informações que está transmitindo. E, assim, terão mais condições de acesso ao serviço que está promovendo.
Não à toa, a Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira, 5/12, projeto de lei que institui uma política nacional de linguagem simples, com procedimentos que devem ser adotados por órgãos e entidades da administração pública para a comunicação com a população. A matéria será enviada ao Senado. Após a aprovação da lei, as instituições terão 90 dias para se adaptarem.
O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), já está há alguns anos assumindo a linguagem simples como parâmetro para suas atividades. E, agora, lança seu Guia de Linguagem Simples, como forma de estimular ainda mais a consciência a respeito do tema.
+Acesse o Guia de Linguagem Simples do Icict.
Os leitores como bússola
A publicação — disponível online, de forma gratuita — reúne dicas para tornar a escrita mais objetiva, chamando atenção para chavões e vícios muito comuns na comunicação de instituições. Convida seus leitores a refletirem sobre como podem tornar sua comunicação mais eficiente. E, também, a adotarem práticas que levam em conta os diferentes públicos que podem ter como foco, direcionando sua linguagem às características de cada um.
“Não podemos falar em linguagem simples sem levar em conta a busca por uma comunicação mais acessível, que contemple por exemplo a leitura de pessoas com deficiência”, explica Valéria Machado, profissional do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação em Saúde (CTIC), do Icict, e uma das autoras do Guia. “Essa preocupação deve integrar não apenas o ato da escrita, mas também a produção de imagens, websites e formulários, por exemplo. Ou seja: a ideia de linguagem simples não diz respeito apenas ao texto escrito, mas às diferentes formas de comunicação.”
O conceito de “linguagem simples” surgiu no bojo do movimento por direitos civis, nos Estados Unidos. Linguagem simples é um conjunto de técnicas que ajudam a tornar a comunicação mais objetiva e inclusiva, ao levar em conta as necessidades dos diferentes leitores. Adotar a linguagem simples nas práticas cotidianas de instituições públicas é, também, um passo muito importante para assegurar os direitos da população. E, por isso, é uma ferramenta que fortalece as próprias instituições.
O Guia de Linguagem Simples do Icict é dirigido não só a jornalistas e redatores, mas também a cientistas, gestores e profissionais de saúde em geral.
Divulgação científica
“Não são apenas os textos jornalísticos que podem ser escritos em linguagem simples. Mesmo artigos científicos ou relatórios de pesquisa podem se beneficiar de suas técnicas”, esclarece Liana Paraguassu, linguista pesquisadora das áreas de Comunicação Acessível em Saúde e Letramento em Saúde e uma das autoras do guia. “É perfeitamente possível manter os termos técnicos, essenciais a esse tipo de publicação, mas buscar uma construção textual e um vocabulário mais amigáveis. A linguagem simples é muito importante para a divulgação científica, por exemplo. E a pandemia nos mostrou como fortalecer a divulgação científica é uma questão urgente.”
O Guia de Linguagem Simples do Icict/Fiocruz é um dos resultados do projeto “Criação da Rede Integrada de Relacionamento com o Cidadão (RIRC) para apoio à comunicação integrada da Fiocruz com o cidadão” – do Edital Inova Gestão (2020/2021), coordenado pela Ouvidoria em parceria com a equipe do Fale Conosco do Portal Fiocruz. E está integrado também a outras iniciativas, como o projeto de reformulação do site do Icict e os projetos de desenvolvimento de chatbots. Todos esses projetos fazem parte do Programa Inova, da Fiocruz, lançado em 2018, que tem como objetivo fomentar a pesquisa e a inovação, resultando na entrega de produtos, conhecimento e serviços para a sociedade.
O Sextas de Poesia faz sua homenagem a Antonio Bispo dos Santos, que hoje completaria 64 anos. Nêgo Bispo, como também é conhecido, nasceu no Vale do rio Berlengas, no Piauí, e morreu nesta semana, 3 de dezembro. Formou-se pelos ensinamentos de mestras e mestres de ofício do quilombo Saco-Curtume, município de São João do Piauí; completou o ensino fundamental, tornando-se o primeiro de sua família a ter acesso à alfabetização. Nêgo Bispo é autor de artigos, poemas e dos livros Quilombos, modos e significados (2007) e Colonização, Quilombos: modos e significados (2015).
Seus pensamentos vêm despertando debates dentro e fora da academia, sobretudo a partir do conceito de “contracolonização”, que postula uma relação entre regimes sociopolíticos e cosmológicos. O autor compreende a colonização como um processo etnocêntrico que busca substituir uma cultura pela outra, por meio de práticas de invasão, expropriação e etnocídio. Autodenominado "lavrador de palavras", traduzia pela escrita e pela voz o olhar de quem nasceu e viveu quilombola. E como afirmava, "mesmo que queimem a escrita, não queimarão a oralidade... a ancestralidade..."
*Com informações da Enciclopédia de Antropologia da USP
Foram prorrogadas até 15 de janeiro de 2024 as inscrições para o Curso de Especialização em direitos humanos, participação social e promoção da saúde das mulheres, promovido pelo Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT). Ao todo, são 60 vagas destinadas à formação de mulheres trabalhadoras do serviço público, pesquisadoras e lideranças dos movimentos sociais. Destas, 12 são para candidatas que se autodeclararem negras, quatro para pessoa com deficiência e duas para indígenas.
O edital de seleção pode ser acessado na aba do curso em nosso site. Para se inscrever, as interessadas devem enviar a documentação digital até o dia 15 de janeiro de 2024 (data prorrogada no dia 06/12/2023). Todas as informações sobre a documentação necessária e os prazos estão disponíveis no edital.
A Especialização está diretamente ligada a promoção da saúde das mulheres, na perspectiva dos direitos humanos, a participação social das mulheres, a equidade como forma de garantir a igualdade de condições para o acesso aos Direitos, abordando as temáticas de forma intersetorial e buscando a organização e participação das mulheres nos espaços de participação, decisão e gestão.
A Formação-ação irá trabalhar à saúde por meio de um olhar ampliado, na qual dialoga e é influenciada diretamente pela determinação social e os determinantes ambientais, culturais, econômicos e sociais. O curso tem como temas centrais o debate da saúde e o modo de produzir e reproduzir a vida nos territórios, estando as questões de gênero, raça e classe como temas transversais.
Organizado em quatro módulos de aprendizagem e a escrita do trabalho final (TCC), o curso presencial tem início no dia 14 de março de 2024, com finalização prevista para o dia 22 de março de 2025, totalizando 390h. As aulas presenciais serão realizadas na Escola de Governo Fiocruz-Brasília, situada na Avenida L3 Norte, Campus Universitário Darcy Ribeiro.
O processo seletivo consiste na avaliação da carta de intenções e do currículo. Em caso de dúvidas, entre em contato com a equipe do Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho pelo e-mail: psat@fiocruz.br.
https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/inscricoes-abertas-especializacao-voltada-para-mulheres/
Estão abertas as inscrições para o Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade e para o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, Mato Grosso do Sul (Sesau-CG/MS) e a Fiocruz por meio do projeto Territórios Integrados de Atenção à Saúde de Campo Grande (Teias). Para a Residência Multiprofissional estão disponíveis 47 vagas, distribuídas entre graduados em Educação Física (bacharelado), Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Odontologia, Psicologia e Serviço Social. Já a Residência Médica a seleção dispõe de 39 vagas. Ambos os editais preveem vagas destinadas a ações afirmativas. As inscrições vão até 5 de janeiro de 2024! O edital pode ser conferido no site da Sesau-CG/MS.
Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade: edital
Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família : edital
As atividades dos Programa Multiprofissional serão realizadas na Atenção Primária à Saúde e nos demais pontos da rede de atenção à saúde da Secretaria. Já as atividades do Programa de Residência Médica serão realizadas na rede municipal da Sesau. O início das aulas está previsto para março de 2024.
Em defesa da ciência, da democracia e da vida, o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) Marcelo Fornazin foi eleito um dos integrantes do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Candidato indicado pela Abrasco, Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e Rede Unida, todas entidades da Frente Pela Vida, o pesquisador da Escola foi um dos três escolhidos para representar a comunidade científica e tecnológica no CGI.br. Com oito votos, Fornazin foi o segundo mais votado entre os seis candidatos do colégio eleitoral setorial, composto 28 entidades - cada uma com direito a um voto. Esta é a primeira vez que um pesquisador da Fiocruz integra o Comitê Gestor da Internet, que acaba de realizar seu sétimo processo eleitoral.
Também professor no Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Fornazin atua com ensino e pesquisa, articulando conhecimentos de computação e ciências sociais para compreender as mudanças associadas às tecnologias digitais na saúde e na gestão social. O candidato mais votado para representar a comunidade científica foi o pesquisador da Unicamp Rafael Evangelista, que já é conselheiro e participou de atividades da saúde pública nos últimos anos. Lisandro Zambenedetti Granville, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi o terceiro mais votado e completa o trio.
“Eu tenho excelentes expectativas. O processo que levou à minha eleição é coletivo, envolve várias entidades de saúde pública e de outros campos que sempre dialogaram e foram parceiros nossos. Isso se intensificou muito durante a pandemia, com criação da Frente Pela Vida e com a defesa da ciência, da democracia e da vida”, explica Fornazin. Uma das agendas que propôs durante sua campanha ao cargo foi a criação de uma Câmara Técnica de Internet, Saúde e Sociedade para pensar as questões da Internet no SUS, por exemplo. “Hoje a internet por não estar disponível com qualidade em diversos locais do brasil pode ser uma barreira de acesso a informações e serviços de saúde. Uma ideia é pensar como universalizar a internet pública e de qualidade no Brasil para fortalecer o SUS. É preciso discutir também a questão do enfrentamento à desinformação e infraestrutura de internet como parte disso também”.
Há anos, as pesquisas de Fornazin são focadas nos sistemas de informação em saúde, nas tecnologias digitais e na Internet. Portanto, integrar o CGI.br também é uma oportunidade de compartilhar os estudos que tem desenvolvido na Fiocruz e “também poder aprender com os colegas que lá estarão”, como disse o pesquisador. Ele afirma que representa uma confluência de forças que viabilizaram sua candidatura e que buscará atuar para fortalecer a relação da comunidade científica, da saúde pública, das ciências sociais, da educação com o Comitê Gestor da Internet e também para fomentar esse diálogo com as demais entidades que compõem o grupo.
Agradecido pelo apoio que recebeu, Fornazin fez questão de registrar a importância da Fiocruz e da ENSP no processo que o elegeu. “Eu também não posso deixar de falar sobre a importância da Fiocruz e da ENSP nesse processo. Desde o começo, quando nós começamos a pensar na ideia de credenciar as entidades, antes mesmo de ter chegado ao meu nome ali como candidato, vários colegas da ENSP e da Fiocruz como um todo se mobilizaram para sensibilizar as entidades da saúde pública nessa mobilização. Fico muito contente de poder estar nessa representação nos próximos três anos”.
O CGI.br é formado por 21 integrantes, sendo onze deles os representantes da sociedade civil eleitos para um mandato de três anos. Além dos três representantes da comunidade científica e tecnológica, o comitê elege quatro membros do terceiro setor e quatro do setor empresarial. Completam o grupo nove representantes de órgãos de governo, como ministérios, Anatel, CNPq e CONSECTI, além de um representante de notório saber em assuntos de Internet, que atualmente é Demi Getschko, engenheiro pioneiro da Internet no Brasil.