A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) promoverá o seminário internacional Divulgação científica na Ibero-América: práticas, públicos e transformações técnicas (séculos 19 a 21), nos dias 18 e 19 de abril, em Manguinhos, no Rio de Janeiro. O evento será presencial no Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira, no Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), com transmissão pelo canal da COC no YouTube. Não há necessidade de inscrição prévia.
O encontro visa contribuir para o avanço do conhecimento sobre a história da divulgação científica no Brasil e no espaço ibero-americano, questionando as relações entre as práticas de mediação cultural na ciência, a configuração de novos públicos ou audiências e as transformações técnicas. Voltado para pesquisadores, estudantes de pós-graduação, divulgadores da ciência e demais interessados no tema, sua programação inclui conferências e mesas-redondas com a participação de pesquisadores do Brasil, da Argentina, do Chile, do México e de Portugal.
A programação conta ainda com o lançamento do livro Astronomía, Literatura Y Espiritismo: Camille Flammarion en América Latina no Brasil, editado por Verónica Ramírez, Elisa Sevilla e Agustí Nieto-Galan. A publicação reúne estudos de 13 autores que abordam experiências de circulação, tradução e apropriação científica de trabalhos do astrônomo e divulgador francês Camille Flammarion (1842-1925), cuja obra teve um grande impacto na cultura latino-americana no final do século 19 e início do século 20.
O seminário é um dos produtos do projeto “História da mediação cultural das ciências no Brasil: atores, práticas culturais e circulação do conhecimento científico – séculos XIX e XX”, apoiado pelo Edital Proep-COC 2021 – CNPq, coordenado pela pesquisadora Kaori Kodama (COC/Fiocruz)
Confira abaixo a programação:
18 de abril
9h – Abertura do Seminário
Magali Romero Sá, Vice-diretora de Pesquisa e Educação (COC/Fiocruz); Gisele Sanglard, chefe do Departamento de Pesquisa em História das Ciências e da Saúde (COC/Fiocruz); Ana Carolina Gonzalez, chefe do Museu da Vida Fiocruz (COC/Fiocruz); Kaori Kodama, (COC/Fiocruz)
9h15 – Conferência de abertura
“Inovação e revolução na edição e circulação de livros: automatismos explicativos e notas críticas” – Nuno Medeiros, Centro de Estudos Comparatistas/Universidade de Lisboa (Portugal)
10h30 às 11h – Coffee break
11h – Mesa 1 – “Suportes”: ciências nos impressos
Moderadora: Moema Vergara (Mast)
– Albert Blanchard e o mercado de impressos científicos entre Brasil e França na virada do século XIX para o XX – Rogério Monteiro Siqueira, Escola de Artes, Ciências e Humanidades/USP
– A divulgação científica direcionada às mulheres no século XIX – Karoline Carula (Instituto de História/UFF)
13h às 14h – Intervalo para almoço
14h – Mesa 2 – “Públicos”: ciências para crianças e jovens
Moderadora: Mª Rachel Fróes da Fonseca (COC/Fiocruz)
– O público infantil: intelectuais, mídias e divulgação do conhecimento – Ângela M. de Castro Gomes, Centro de Ciências Humanas e Sociais/Uni-Rio; UFF
– Las lecturas geográficas en el Diario de los Niños (1839-1840) – Rodrigo Ortega Baez, Departamento de Historia-SUAyED de la Facultad de Filosofía y Letras/UNAM (México) (on-line)
– Jornal Joca: ciência, tecnologia e cultura para crianças e jovens – Andrea Borges Leão, Programa de Pós-Graduação em Sociologia/UFC (on-line)
– “O amor à terra”: Meio ambiente, conhecimento agrícola e mediação cultural na obra infantil e juvenil de Tales de Andrade – Patrícia Tavares Raffaini, Instituto de Estudos Brasileiros/USP
19 de abril
9h30 – Mesa 3 – “Práticas: Mediação cultural, formação de públicos e interseccionalidades
Moderador: Renilson Beraldo, Universidade Estadual do Paraná
– Vulgarização das ciências para a classe trabalhadora: o caso da Biblioteca do Povo e das Escolas (Portugal-Brasil, 1881-1915) – Josiane Silva de Alcântara, Sistema de Bibliotecas e Informação/UFRJ
– A saúde da mulher e dos filhos na Eu sei tudo: indústria farmacêutica, propaganda e divulgação científica no Brasil do Entreguerras – Andréa Casa Nova Maia, Instituto de História, PPGHIS/UFRJ.
– José Miguel Covarrubias e a projeção social do conhecimento sobre o México indígena e antigo (anos 1930 aos 1950) – Gabriela Pellegrino Soares, Departamento de História, FFLCH/USP
10h30 às 11h – Coffee break
11h – Mesa 4 – “Práticas”: mediação cultural das mulheres
Moderadora: Kaori Kodama, COC /Fiocruz
– Beatriz Roquete Bojunga no Instituto Nacional de Cinema Educativo: uma intelectual mediadora? – Sheila Schvarzman, Programa de Comunicação/Universidade Anhembi Morumbi
– Dyrce Lacombe e a formação das mulheres cientistas – Nara Azevedo, COC /Fiocruz; Luiz Otávio Ferreira, COC /Fiocruz
12h30 às 13h30 – Intervalo para almoço
14h – Mesa 5 – “Suportes”: circulação de conhecimento, divulgação científica e transformações técnicas
Moderadora: Andrea Casa Nova, UFRJ
– Tecnologias de reprodução de imagens, vulgarização das ciências, globalização e materialidade editorial no Brasil: publicações da Laemmert e Garnier, 1898-1903 – Helena de Barros, Esdi/Uerj
– Técnicas e suportes na construção de públicos para a astronomia popular: experiência, circulação e agência material (c. 1850-1950) – Thomás Augusto Santoro Haddad (Escola de Artes, Ciências e Humanidades/USP
– Conferências na Biblioteca Nacional: ciência e cultura na Primeira República do Brasil – Moema Vergara, Mast
15h30 – Conferência de Encerramento (Conferencia de Clausura)
– “Leer y escribir la ciencia: Editoras, redactoras y traductoras del saber científico en la prensa chilena de fines del siglo XIX y principios del XX” – Verónica Ramírez, Facultad de Artes Liberales/Universidad Adolfo Ibañez (Chile) (on-line)
– Lançamento do livro: Astronomía, literatura y espiritismo: Camille Flammarion en América Latina, com apresentação de Thomás Augusto Santoro Haddad, Escola de Artes, Ciências e Humanidades/USP
#ParaTodosVerem: Ao lado esquerdo, foto de mulheres em uma cerimônia, todas com as mãos em cima de um papel que está na mesa, outra foto de uma mulher em frente a um grande relógio antigo, e a foto de uma criança brincando. Ao lado direito, informações sobre o evento, como o nome, data e hora.
As inscrições para a primeira turma do Doutorado Profissional em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) estão abertas. Os interessados devem se inscrever até 30 de abril pelo Campus Virtual Fiocruz. São disponibilizadas 25 vagas, sendo 30% delas reservadas para Ações Afirmativas. As aulas serão presenciais, com início previsto para 2 de agosto.
Aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) em 2023, o curso é destinado a trabalhadores que atuam na área de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (CT&I) e na Atenção Primária à Saúde (APS). O objetivo é formar profissionais e gestores com aprofundamento epistemológico, metodológico e técnico-científico em Saúde Coletiva para que possam desenvolver soluções avançadas, inovadoras e transformadoras dos processos de trabalho, atendendo às demandas sociais, econômicas e organizacionais dos diversos setores da sociedade.
Para a coordenadora do Doutorado Profissional, Elyne Engstrom, o curso pioneiro da Ensp é essencial para enfrentar os grandes desafios existentes no SUS e no sistema de CT&I. “O Doutorado Profissional é uma grande conquista porque faz justiça a um processo de amadurecimento e de qualificação do Programa Profissional de Saúde Pública, que existia apenas na modalidade de mestrado." O projeto foi submetido à Capes em janeiro de 2022 e aprovado com nota máxima após um ano e meio.
Ao se inscrever, são necessários os seguintes documentos: diploma de graduação e mestrado; documento de identificação com foto; Currículo Lattes atualizado e salvo em PDF; projeto de investigação; carta de liberação; e comprovante de proficiência em língua inglesa. Para os candidatos que não possuem comprovante de proficiência, é obrigatória a realização da prova de inglês no dia 14 de maio, que tem caráter eliminatório na primeira etapa do processo seletivo.
A seleção terá outras três fases eliminatórias e classificatórias: prova de conhecimentos específicos, análise documental do Currículo e do projeto de pesquisa, além de entrevista. Em caso de dúvidas, envie e-mail para pseletivoss.ensp@fiocruz.br.
Acesse o edital e inscreva-se!
Nesta sexta-feira, 12 de abril, o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) realiza a aula "Cura funcional e redução dos reservatórios do HIV". A aula terá transmissão ao vivo pelo canal do INI no Youtube a partir das 14h.
Com o tema "Entendendo os estudos de cura funcional e redução dos reservatórios virais do HIV", a apresentação ficará por conta da médica infectologista e pesquisadora do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids (LapClin Aids), Dra. Sandra Wagner.
Para quem tiver o interesse em participar presencialmente, o encontro se dará no Auditório do Pavilhão de Ensino do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), localizado na Av. Brasil, 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro.
Acompanhe ao vivo:
#ParaTodosVerem: Card em verde e branco falando sobre a apresentação da pesquisadora do Laboratório de Pesquisa Clínica em IST, HIV/Aids (LapClin Aids) e Coordenadora do CEP, Sandra Wagner, com o tema "Entendendo os estudos de cura funcional e redução dos reservatórios virais do HIV" na sexta-feira, 12 de abril, às 14h.
A Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e a Escola Corporativa Fiocruz promovem a mesa de debate "A Formação de Pessoas para a Implementação da Ciência Aberta" no dia 12 de abril, das 10h às 12h, com transmissão pelo canal YouTube da Escola Corporativa.
O evento irá compartilhar experiências de outras instituições de ensino e pesquisa na capacitação de seus profissionais para a implementação da Ciência Aberta. Serão abordadas lições aprendidas e oferecidas dicas valiosas sobre esse processo, com destaque para a importância da aprendizagem colaborativa entre os participantes. A mesa de debate a especialista em projetos europeus de capacitação para a Ciência Aberta, Antónia Correia, que atua no PathOS, PATTERN, On-MERRIT, FIT4RRI, e FOSTERPlus por meio do Gabinete de Gestão de Informação Científica, Repositórios e Ciência Aberta da Universidade do Minho (Portugal).
Na ocasião serão lançadas a comunidade virtual do Programa de Desenvolvimento de Pessoas (PDP) - Ecossistema da Ciência Aberta e o Percurso de Aprendizagem Acesso Aberto, o segundo de uma série de quatro ações de desenvolvimento que compõem o programa.
Acompanhe ao vivo:
O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) realizará, no dia 11 de abril, às 14h, a sua aula inaugural de 2024. O evento será comandado por Renato Noguera, professor e pesquisador da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ), que ministrará a palestra “A potência dos afetos: pequenas relações entre amor e aprendizagem", na Biblioteca de Manguinhos. Aberta ao público, a aula também marca as comemorações do aniversário do Instituto, que celebrou 38 anos de existência no dia 7 de abril. A palestra será transmitida pelo canal da VideoSaúde Distribuidora no YouTube. Haverá intérprete de libras.
A mesa de abertura contará com Eduarda Cesse, coordenadora geral adjunta de Educação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (CGE/VPEIC/Fiocruz), Rodrigo Murtinho, diretor do Icict, e Mel Bonfim, vice-diretora de Ensino da unidade. A mediação da palestra ficará a cargo de Igor Sacramento, coordenador e professor do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Icict).
Alinhado às propostas do Icict, marcadas pela interface entre ensino, pesquisa, serviços e atividades que fortalecem e atendem às demandas sociais do SUS, o tema é, segundo Mel Bonfim, uma pauta mais do que necessária para o contexto atual. “Essa aula mantém nosso compromisso político de deslocar para o centro do debate: a cultura e a produção de conhecimento de povos tradicionais, dos povos indígenas, da favela. Estamos seguindo no caminho intencionalmente escolhido, de refletir, sobre outra forma de existirmos, considerando que vivemos em um modelo societário que há anos se mostra insustentável e falido”, afirma.
E por que falar de afetos? A vice-diretora do Icict complementa: "Em meio à produção de desinformação criminosa, em que o enfrentamento ao discurso de ódio passa a ser objeto do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, já é tempo, ou melhor, estamos atrasados em falar de afeto, em permitir que sejamos afetados e sensibilizados por um conceito de amor muito mais profundo, que costumeiramente compreendemos por essa palavra. Amar pode ser muito mais coletivo e comunitário”, explica Bonfim.
Renato Noguera é doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), integra o Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEduc) e participa do Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Leafro/UFRRJ), onde coordena o Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Infâncias (Afrosin). Ele também é roteirista e consultor de produções audiovisuais e escritor, já tendo lançado diversos livros, incluindo Mulheres e Deusas: como as divindades e os mitos femininos formaram a mulher atual (Harper Collins, 2018), Por Que Amamos: o que os mitos e a filosofia têm a dizer sobre o amor (Harper Collins, 2020) e O que é o luto? Como os mitos e as filosofias entendem a morte e a dor da perda (Harper Collins, 2022).
Ao site do Icict, Noguera falou como o amor se aplicaria no ensino de Comunicação, Informação e Saúde, considerando seus desdobramentos, como a relação entre docentes e alunos e o resultado de seus trabalhos (teses e dissertações). "Amar implica em reconhecer os nossos limites. É preciso mensurar corretamente a quantidade e qualidade dos recursos disponíveis para que atividades de comunicação e informação na área de saúde sejam potentes. Quais instâncias coletivas e institucionais podem dar a devida atenção para mediar os conflitos entre docentes e discentes?”, indagou.
Considerando o ensino de Comunicação e Informação em Saúde sob a ótica da afroperspectiva, que é um tema abordado por Noguera, ele afirmou que é “necessária uma perspectiva contracolonial , preciso problematizar as ausências na área. Afinal, o que nos falta? Mas é importante elaborar mais espaços biointerativos que façam confluir maneiras de desejar, pensar e sentir que reconheçam nossa irmandade cósmica com o mundo e desfaça a nosso divórcio com a natureza.”
Renato Noguera concedeu, em 2019, uma entrevista ao programa Ciência e Letras, do Canal Saúde da Fiocruz.
Confira a entrevista de Renato Noguera ao Ciência e Letras
Assista à transmissão ao vivo da palestra
A segunda oficina preparatória da Conferência Livre ‘Ciência, Saúde e Democracia’ está marcada para 10 de abril e dedicará esforços à discussão em torno do eixo temático 3, ‘Ciência, Tecnologia e Inovação para Programas e Projetos Estratégicos Nacionais’. O encontro será realizado no formato remoto, através da plataforma Zoom (ID da reunião: 833 1909 3359 / Senha: 042024), das 9h às 16h, com intervalo para almoço. Não há necessidade de inscrição prévia.
A primeira oficina foi realizada online, em 3 de abril, e teve como foco o eixo temático nº 1 da 5ª CNCTI – ‘Recuperação, Expansão e Consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação’.
Confira aqui o documento base para as oficinas preparatórias.
Depois da experiência de organizar uma Conferência Livre para participar da 17ª Conferência Nacional de Saúde, cujo saldo do desempenho foi positivo – das 20 contribuições levantadas, 19 foram aprovadas em plenária – o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) está mais uma vez mobilizado para contribuir na formulação de políticas públicas em suas áreas de atuação.
O compromisso em formular proposta vem desde a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (4ªCNCTI), em 2010, quando dezoito membros do Instituto apresentaram três textos-base com ações nas áreas de pesquisa, coleções científicas e sobre a relação 'ambiente e saúde'.
Agora, o IOC lidera a organização da Conferência Livre ‘Ciência, Saúde e Democracia’, como parte da preparação para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI), que acontece entre os dias 04 e 06 de junho, em Brasília. Confira aqui o Documento Base norteador das atividades preparatórias do Instituto.
A Conferência Livre acontecerá no dia 18 de abril, das 9h às 16h, no auditório Emmanuel Dias (Pavilhão Arthur Neiva – Campus Manguinhos da Fiocruz, Rio de Janeiro).
Vale lembrar que os preparativos no IOC para a 5ª CNCTI não começaram agora. Em novembro do ano passado, a Unidade realizou o VI Simpósio de Pesquisa & Inovação IOC, que contou com ampla participação de toda a comunidade institucional.
Com o tema ‘Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido’, a 5ª CNCTI tem como objetivo analisar os programas e os planos da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) 2016-2023, e os seus resultados, com vistas a propor recomendações para a elaboração da ENCTI 2024-2030, além de ações a serem executadas em longo prazo.
A conferência se organiza em quatro eixos temáticos: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas; Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais; Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social.
Para mais informações, clique aqui.
Na próxima quarta-feira, dia 10 de abril, a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) realizará uma edição especial do Centro de Estudos Miguel Murat Vasconcellos com o tema ‘O mercado da publicação científica e a plataformização da ciência: riscos e desafios’. O Ceensp integrará a programação da Conferência Livre “Acesso Aberto: Possibilidades e Limites dos Acordos Transformativos e APCs”, organizada pela Fiocruz, com o objetivo de debater as atuais tendências e disputas ao redor deste movimento internacional e influenciar as definições da próxima Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2024-2030. A Conferência Livre da Fiocruz acontecerá em dois momentos, dias 9 e 10 de abril, como etapa preparatória para a 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia & Inovação, que ocorrerá em junho, em Brasília.
Inscreva-se já na Conferência Livre!
O Ceensp ‘O mercado da publicação científica e a plataformização da ciência: riscos e desafios’ é organizado pelo Núcleo de Ciência Aberta da Ensp (NCA) e será transmitido, ao vivo, pelo canal da Escola no Youtube. O evento discutirá a prática científica e seus rumos. De acordo com o coordenador do NCA/Ensp, Leonardo Castro, a transformação digital mudou as formas de produção e circulação do conhecimento científico e o mercado da publicação. Para ele, sem dúvida, trata-se de um mercado, e essa é face mais visível dessa mudança. “Observamos um aumento exponencial do número de periódicos e de artigos publicados nas últimas décadas. Ao mesmo tempo, há uma enorme concentração do mercado em alguns poucos grandes grupos editoriais com faturamento bilionário”, analisou.
Segundo Leonardo, a prática crescente de cobrança de taxas de publicação coloca os pesquisadores diante de situações paradoxais como pagar para publicar ou pagar para ter acesso às publicações, além de contribuir com a produção de pareceres sobre artigos de terceiros sem os quais o sistema não funciona. “Essas práticas estão sendo naturalizadas. Isso se deve a sistemas obsoletos de avaliação da produtividade científica com base em um conjunto limitado de indicadores, que incentivam um produtivismo meramente quantitativo. O resultado é a inflação generalizada de publicações, para não falar da coautoria. É um sistema que gera efeitos colaterais graves, desde problemas de integridade da pesquisa e da informação científica, até a proliferação de periódicos predatórios, que priorizam a arrecadação, sem qualquer preocupação com qualidade e integridade”, detalhou o coordenador do NCA.
Para debater essas questões, o Ceensp será coordenado pela Vice-Diretora de Pesquisa e Inovação da Ensp/Fiocruz e editora-chefe de Cadernos de Saúde Pública, Luciana Dias de Lima. Contará com a participação da analista da Capes e pesquisadora da UFRJ, Tatiana Pacanaro Trinca, que abordará a ‘Ciência Aberta e Plataformização Acadêmica’; além da coordenadora de Informação e Comunicação da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC), Vanessa Jorge, que abordará o ‘Pagamento de Taxas de Processamento de Artigos na Fiocruz: Panorama e Recomendações’.
Também participam do evento, como debatedoras, a pesquisadora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio e coordenadora do Fórum de Editores de Saúde Coletiva da Abrasco, Angélica Ferreira Fonseca; e a pesquisadora do Instituto Fernandes Figueira e editora Associada de Cadernos de Saúde Pública, Suely Deslandes. O Ceensp discutirá achados de um importante grupo de pesquisadores brasileiros que se debruçam sobre o tema da plataformização da ciência, além de discutir os resultados do levantamento realizado pela equipe da Coordenação de Informação e Comunicação da VPEIC/Fiocruz, sobre gastos com taxas de processamento de artigos na fundação. Para o coordenador do NCA, Leonardo Castro, será uma grande oportunidade para debater temas que afetam as instituições científicas e buscar soluções.
Conferência Livre na Fiocruz: primeiro evento acontecerá em 9/4, com transmissão ao vivo
O primeiro momento da Conferência Livre “Acesso Aberto: Possibilidades e Limites dos Acordos Transformativos e APCs” acontecerá no dia 9 de abril. O tema do debate será ‘Lições Aprendidas e novas perspectivas do acesso aberto’. O evento, organizado em parceria pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), acontecerá no Museu da Vida, das 9h às 12h, e contará com transmissão ao vivo pelo canal VídeoSaúde no YouTube.
Saiba mais sobre o evento do dia 9 de abril
Acompanhe ao vivo:
“Fé eterna na Ciência” diz a frase gravada no ex-libris encomendado por Oswaldo Cruz (1872-1917) para identificar seus livros. Ao longo da vida, o cientista confeccionou ou escolheu diversas outras marcas de propriedade, presentes em diferentes tipos de documentos e publicações, agora reunidas em um catálogo que busca preservar e divulgar essa riqueza histórica associada ao legado do sanitarista.
Em formato e-book e produzido em homenagem aos 150 anos de nascimento do patrono da Fiocruz, Marcas de Oswaldo Cruz – Proveniência, Propriedade e Circulação no Patrimônio Cultural Científico da Fiocruz será lançado no dia 10 de abril, às 14 horas, no Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira do CDHS, no campus da Fiocruz em Manguinhos, zona norte do Rio. O evento será transmitido pelo perfil da Casa de Oswaldo Cruz no Facebook.
O catálogo é resultado de um trabalho de colaboração científica que uniu olhares e expertises diversas. Além de pesquisadores de três unidades da Fiocruz – Casa de Oswaldo Cruz (COC), Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) e Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) –, conta com a participação do Arquivo Nacional e do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro.
Com participação dos diretores da Casa de Oswaldo Cruz e do Icict, o lançamento da publicação será precedido de palestra com a pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz, Ana Luce Girão, especialista na obra de Oswaldo Cruz, e uma exposição de itens que integram o e-book.
Para elaborar o catálogo, que é fartamente ilustrado, os pesquisadores identificaram e analisaram as marcas de propriedade presentes no acervo particular do cientista. A publicação traz todas as marcas de propriedade do Oswaldo Cruz conhecidas até o momento, com um pequeno histórico e a descrição de cada marca identificada, como assinaturas, carimbos e ex-libris.
Fundamentais para a identificação dos itens que pertenceram ao cientista, as marcas de propriedade e proveniência possuem um papel crucial na preservação e valorização dos objetos culturais, pois trazem informações sobre a origem, autenticidade e história dos objetos, conferindo-lhes um valor histórico e cultural. No catálogo, o público vai conhecer as diferentes formas com as quais Oswaldo Cruz marcou as peças que pertenceram à sua coleção particular e que integram os acervos arquivístico, bibliográfico e museológico sob a guarda da Fiocruz.
“Ao apresentarmos uma ampla variedade desses elementos gráficos, descritos com informações detalhadas, esperamos que este trabalho torne-se uma fonte de referência valiosa para profissionais de arquivos, bibliotecas e museus, bem como para todos aqueles que desejam conhecer e apreciar a relevância dessas marcas no contexto da Fiocruz”, escrevem, na apresentação, os autores Alexandre Medeiros Correia de Sousa, Aline Gonçalves da Silva, Ana Roberta Tartaglia, Fátima Duarte de Almeida Alves, Inês Santos Nogueira, João Eurípedes Franklin Leal, Marcelo Nogueira de Siqueira e Maria Cláudia Santiago.
SERVIÇO
Lançamento do Catálogo Marcas de Oswaldo cruz – Proveniência, Propriedade e Circulação no Patrimônio Cultural Científico da Fiocruz
Dia: 10 de abril
Horário: 14h
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira do CDHS – Campus Manguinhos
Coordenado pelas pesquisadoras Tamara Rangel, Maria Rachel Fróes da Fonseca e Tania Fernandes, o documentário Fazendo história – 34 anos do Departamento de Pesquisa será lançado no dia 9 de abril, às 10h, em evento no Salão de Conferência do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), em Manguinhos, no Rio de Janeiro.
O vídeo celebra os 34 anos do Departamento de Pesquisa da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), que se constitui hoje como centro de excelência no Brasil para as pesquisas em História das Ciências e da Saúde. A trajetória é narrada por meio de 38 depoimentos de pesquisadores e ex-pesquisadores, realizados entre 2021 e 2023, além de documentação institucional arquivada no Departamento de Arquivo e Documentação da COC e de registros pessoais feitos pelos próprios colegas em eventos festivos e/ou acadêmicos.
O evento de lançamento contará com uma mesa de abertura e uma homenagem aos pesquisadores mais antigos do Depes.
Lançamento do documentário Fazendo história – 34 anos do Departamento de Pesquisa
Data: 9/4/24
Horário: 10h
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), em Manguinhos, no Rio de Janeiro
O ano letivo do Programa de Pós-Graduação em Vigilância Sanitária (PPGVS) do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) foi iniciado com a aula inaugural ‘Inteligência Artificial na educação, pesquisa e divulgação científica’.
A apresentação foi ministrada pelo professor Dr. André Silva Pimentel, docente do Departamento de Química da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), em 26 de março.
Inteligência Artificial
De acordo com o professor, a Inteligência Artificial (IA) pode ser aplicada à educação científica, à divulgação científica e à pesquisa científica.
• IA na educação científica:
– como se pergunta é muito importante, pois quanto mais precisa a pergunta, melhor será a resposta;
– é necessária a alfabetização em IA, isto é, o desenvolvimento das capacidades, comportamentos e práticas para apropriação.
• IA na divulgação científica:
– a IA gera imagem, áudio e texto em minutos, muito mais rapidamente do que uma pessoa;
– permite a criação de vídeos a partir de fotos ou textos.
• IA na pesquisa científica:
– não é possível substituir um experimento, mas a IA pode predizer propriedades físico-químicas importantes para o planejamento de fármacos a partir de um conjunto de dados experimentais;
– embora possa ser benéfica, a IA não substitui o ser humano, porque não é capaz de criar, inventar.
IA na sala de aula
Dr. André Silva Pimentel pontuou, ainda, que assim como é possível aprender uma linguagem nova e ser alfabetizado nela, é possível que os professores aprendam a usar a Inteligência Artificial para construir uma nova abordagem em sala de aula.
“A maioria dos estudantes usa IA na aula e nas tarefas em casa. Se o professor ou profissional não aprender a usar, vai acabar se sentindo um peixe fora da água e desatualizado”, declarou.