O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira abre inscrições, a partir de 24 de julho, para disciplinas eletivas. As vagas oferecidas são para candidatos externos dos Programas de Pós-graduação Stricto sensu em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher e em Saúde da Criança e da Mulher.
O Programa em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher conta, atualmente, com duas áreas de concentração: Saúde Perinatal e Saúde da Criança; e Saúde da Mulher, que aborda estudos relacionados à abordagem clínica de problemas específicos e relevantes da mulher. Mais informações sobre prazos e inscrições podem ser acessadas: no nível de Doutorado e de Mestrado Acadêmico.
Já o Programa em Saúde da Criança e da Mulher tem como principal objetivo a articulação entre ensino, pesquisa, produção de diretrizes técnico-científicas, formando profissionais capazes de protagonizar a produção inovadora e competente de conhecimento e práticas no campo da Saúde Coletiva aplicada à saúde da criança e da mulher. Para mais informações sobre o programa acesse: para o nível de Mestrado Acadêmico, de Mestrado Profissional e de Doutorado.
Fonte: IFF/Fiocruz
A convite do Ministério da Saúde, o pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Armando Schubach, e a médica dermatologista e mestre em Pesquisa Clínica pelo INI, Maria Cristina Duque, estiveram, no mês de junho, no município de Ibatiba, no Espírito Santo, capacitando 35 profissionais, entre médicos e enfermeiros, no tratamento intralesional da Leishmaniose Tegumentar. Essa nova metodologia, desenvolvida no INI ao longo de 30 anos, vem sendo adotada agora pelo Ministério e consiste na injeção, em menores doses, do antimoniato de meglumina - medicação usada para tratar a doença -, de forma subcutânea ao redor das úlceras.
A Leishmaniose Tegumentar vem ocorrendo como um surto em Ibatiba. Somente em 2017, 27 novos casos da doença surgiram na cidade, que tem cerca de 25 mil habitantes, segundo censo 2014 do IBGE. “A maior parte dos pacientes está acima de 50 anos, cuja indicação é para o tratamento com a anfotericina B lipossomal. Só que essa medicação é feita na veia da pessoa e requer uma monitoração internado ou em um Hospital-dia (regime de assistência intermediário entre a internação e o atendimento ambulatorial. Para a realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, o Hospital-dia é indicado quando a permanência do paciente na unidade é requerida por um período máximo de 12 horas), por exemplo, e para um município pequeno acaba não sendo uma solução. Então, esse treinamento serviu para apresentarmos a nova técnica intralesional que desenvolvemos e foi aplicada em alguns pacientes previamente selecionados e convidados a participar do treinamento. Apenas em duas pessoas, com lesões disseminadas em diferentes partes do corpo, nós resolvemos utilizar a anfotericina, pois se beneficiariam mais com um tratamento sistêmico”, informou Armando Schubach.
“Essa capacitação do Ministério da Saúde com especialistas em leishmaniose vai fazer com que nossos pacientes não sejam mais encaminhados para a unidade de referência na capital, Vitória, pois permite que todos os médicos e enfermeiros de nossa cidade estejam aptos a aplicar essa nova forma de tratamento”, destacou Nilcilaine Hubner, secretária de Saúde local.
Desde 2016, três treinamentos nessa técnica já foram coordenados pelo pesquisador Armando Schubach. O primeiro ocorreu no próprio Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, em novembro de 2016, para profissionais indicados pelo próprio Ministério da Saúde. O segundo foi realizado no final do mês de maio de 2017 e partiu de uma demanda da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso, para profissionais lotados em Cuiabá e municípios próximos. A terceira, em Ibatiba (ES), foi oficialmente a primeira demanda do Ministério da Saúde para a equipe do INI no tratamento intralesional com antimoniato de meglumina.
“A perspectiva agora é de fazermos mais seis capacitações até o final do ano para todos os estados da região Norte do país, através da demanda do próprio Ministério da Saúde. Estamos em fase de organização dessa agenda para iniciar essa nova fase”, ressaltou Armando.
Tratamento é incorporado no manual do Ministério da Saúde
O trabalho, iniciado nos anos 80 pelo dermatologista do Instituto, Manoel Paes de Oliveira Neto, vem sendo conduzido pela equipe do Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses (LaPClinVigiLeish), sob a coordenação do pesquisador Armando Schubach. A técnica está sendo adotada, aos poucos, pelo sistema de saúde brasileiro e consta no novo Manual de Leishmaniose Tegumentar Americana do Ministério da Saúde. O novo tratamento tem como maior benefício a maior segurança para a saúde do paciente, pois o antimoniato de meglumina pode ter efeitos tóxicos acumulativos. Ao diminuir a carga de medicamento, resultando em menores índices de toxidade e reações adversas aos pacientes, além de uma rotina de tratamento mais leve. “Os pacientes podem ser tratados com até 10 vezes menos quantidade do medicamento. No INI nós temos toda a expertise com esse tipo de tratamento”, destacou o pesquisador.
A Leishmaniose Tegumentar é uma doença provocada por protozoários flagelados do gênero Leishmania, da família Trypanosomatidae, que se caracteriza por apresentar úlceras indolores na pele ou mucosas do indivíduo afetado. O tratamento preconizado originalmente consiste na aplicação, em grandes quantidades, do medicamento antimoniato de meglumina por via intramuscular ou intravenosa.
Fonte: Antonio Fuchs (INI/Fiocruz)
Quais as possibilidades de contar com um orçamento generoso para o setor de saúde, de modo que o Sistema Único de Saúde (SUS) cumpra seus objetivos constitucionais? Que fontes alternativas de financiamento de políticas públicas podem ser utilizadas? Que estratégias podem ser adotadas para viabilizar esses recursos? Que cara deve ter esse SUS bem financiado? Para debater estas questões, o Centro de Estudos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ceensp/Fiocruz) e o Centro de Estudos Estratégicos (CEE/Fiocruz) organizaram o seminário Saúde sem dívida e sem mercado. O evento acontece nos dias 21/7 e 28/7, às 13h30, no Salão Internacional da Ensp/Fiocruz.
Historicamente, o orçamento destinado à saúde tem sido insuficiente, e o cenário tende a se agravar com a Emenda Constitucional 95/2016, que estabelece o congelamento dos gastos públicos por 20 anos. Além disso, o SUS vem sendo objeto de estratégias privatizantes, mas há alternativas para que se amplie o orçamento do setor. O seminário vai explorar propostas como: a auditoria da dívida pública; a taxação progressiva da propriedade, da renda e do lucro; a revisão das desonerações e a mudança do modelo econômico.
No primeiro dia, 21/6, estarão reunidos na mesa Saúde: fontes de financiamento em disputa os especialistas Maria Lucia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, Carlos Ocké-Reis, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Aquilas Mendes, professor da Universidade de São Paulo. Eles deverão abordar as seguintes questões: o processo de crise atual do capitalismo e analisar, nesse contexto, o processo de privatização e subfinanciamento do SUS; as fontes alternativas de recursos e as estimativas do volume de recursos que poderia advir de cada fonte alternativa; e as forças de oposição à efetivação dessas alternativas.
No segundo dia do seminário, 28/6, a mesa Correlação de forças e o SUS sem dívida e sem mercado contará com o analista político Wladimir Pomar, a pesquisadora Eleonor Conill, da UFSC e do Observatório Ibero-Americano de Políticas e Sistemas de Saúde e o economista Francisco Funcia, assessor do Conselho Nacional de Saúde para orçamento do SUS, consultor da FGV e professor da USCS. Estarão em pauta: a conjuntura política atual e estratégias para a obtenção de mais recursos para as áreas sociais e a saúde a partir das alternativas apontadas; as mudanças na legislação e as prioridades a serem contempladas com os novos recursos para a concretização do SUS sem dívida e sem mercado e o correspondente orçamento.
Os palestrantes deverão dialogar, em suas apresentações, com o plano emergencial de governo lançado pelas Frentes durante o mês de maio. O seminário deverá resultar na produção de um documento a ser divulgado para especialistas do setor, gestores e, especialmente, para partidos políticos e organizações sociais, como subsídio para a elaboração de programas de governo para a área da Saúde. Terá transmissão via internet pelo blog: www.cee.fiocruz.br. Para mais informações: 21 3882-9133 / cee@fiocruz.br
PROGRAMAÇÃO
21/6
Saúde: fontes de financiamento em disputa
Aquilas Mendes (USP)
Maria Lucia Fatorelli (Auditoria Cidadã da Dívida Pública)
Carlos Ocké-Reis (Ipea)
28/6
Correlação de forças e o SUS sem dívida e sem mercado
Wladimir Pomar (WP Consultoria)
Eleonor Conill (UFSC, OIAPSS)
Francisco Funcia, economista (CNS,USCS, FGV)
Coordenação: Letícia Krauss (Fiocruz)
Fonte: Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz
Sobram ou faltam profissionais médicos no Brasil? Onde eles estão concentrados? Por que algumas regiões sofrem mais do que outras para conseguir estruturar seu quadro de profissionais? Um estudo inédito apresenta dados socioeconômicos e os aspectos do mercado de trabalho formal de médicos nas cinco regiões de saúde estudadas pela pesquisa Regiões e Redes: caminho da universalização da saúde no Brasil. A pesquisa tem o objetivo de identificar as condições que favoreçam ou dificultem a regionalização da saúde nos estados e a conformação das redes de atenção à saúde.
Acesse e baixe aqui o estudo Novos Caminhos: mercado formal de trabalho nas regiões de saúde, que lança um olhar especial sobre os recursos humanos que fazem o SUS todos os dias.
A revista de educação à distância Em Rede, mantida pela Associação Universidades em Rede (UniRede), terá como tema da sua próxima edição a EAD e os processos de formação na área da saúde. A nova edição está sendo elaborada em parceria com a Coordenação de Desenvolvimento Educacional e Educação a Distância (CDEAD) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), com a Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e docentes do curso de Informática Biomédica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
O tema central do v. 4, n. 1 da revista visa lançar luz ao debate sobre a importância de se planejar processos formativos com base nas necessidades de saúde das pessoas e das populações, destacando a problematização do processo e da qualidade do trabalho em cada serviço de saúde, a formação para a transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho e, ainda, a atualização técnico-científica como um dos aspectos da transformação das práticas, e não como seu foco central. Serão aceitos artigos que abordem as seguintes linhas temáticas: Formação em Saúde utilizando tecnologias digitais; Inovações em EAD incorporadas nos processos de formação em Saúde; Avaliação das ações EAD utilizadas na formação em Saúde; e Formação do docente da área da Saúde para desenvolver ações de EAD. A submissão deve ser feita por meio da página eletrônica da revista até o dia 15/3.
As editoras deste número são Lucia Dupret e Henriette dos Santos (CDEAD/Ensp/Fiocruz) e profissionais da Escola de Enfermagem da UFRGS e do curso de Informática Biomédica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
A edição está prevista para ser publicada no dia 15/7.
Sobre a revista
A revista Em Rede foi criada com a missão de fomentar a pesquisa e o desenvolvimento pedagógico e tecnológico no contexto da educação a distância e da educação apoiada pelas tecnologias digitais. A publicação reúne e publica trabalhos de excelência elaborados por profissionais e pesquisadores da área de EAD. Os principais objetivos da revista são divulgar a produção científica dos grupos de pesquisa nacionais e internacionais vinculados às instituições de ensino que trabalham com EAD; propiciar um espaço de reflexão para as práticas e experiências de inserção da modalidade a distância nas instituições de ensino; e estimular a produção científica em nível de graduação e pós-graduação.
A revista publica trabalhos originais em português, espanhol e inglês por meio de seu sistema de submissão on-line. Todos os trabalhos são submetidos a, pelo menos, dois avaliadores (double blind), mais um membro do corpo editorial da Em Rede. O tempo médio de avaliação é de seis meses. O corpo editorial é formado por professores doutores com competência e experiência reconhecidas na área de EAD e áreas afins.
O Campus Virtual de Saúde Pública oferecerá um novo curso de autoaprendizagem, aberto e gratuito, sobre abordagem clínica de zika na atenção básica. A capacitação é uma iniciativa conjunta do Ministério da Saúde, da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Fiocruz Mato Grosso do Sul. As inscrições ficam abertas até o dia 1/3/2017.
A parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) permite que a capacitação seja oferecida em português e espanhol, alcançando profissionais de diferentes países – o que é especialmente importante num contexto de emergência sanitária. Vale lembrar que o vírus vem se propagando, e que foi confirmada a relação entre zika, microcefalia.
O curso Abordagem clínica de zika na atenção básica tem quatro unidades temáticas e uma avaliação final. Os alunos aprovados obtêm uma certificação de 45 horas emitida pela Opas/OMS.
Conheça os temas abordados no curso:
Unidade 1 – Aspectos epidemiológicos, promoção da saúde e prevenção da infecção pelo zika vírus
Unidade 2 – Quadro clínico e abordagem a pessoas infectadas por Zika vírus
Unidade 3 – Cuidados com as gestantes com suspeita de ou confirmação de infecção por Zika Vírus e do recém-nascido com síndrome congênita relacionada ao Zika vírus
Unidade 4 – Vigilância da infecção por Zika vírus e suas complicações
Acesse o curso em português pelo site da UNA-SUS
Acesse o curso em espanhol
Mais informações: http://bit.ly/2aIlJuI
Fonte: Campus Virtual de Saúde Pública
Publicação : 22/09/2016
Regimento interno da Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa.