A chamada 2023 do Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG) está nos últimos dias de inscrições! Ela é voltada a alunos de baixa renda da Fiocruz, em situação de vulnerabilidade social, ligados aos programas de mestrado e doutorado acadêmicos da instituição. A iniciativa da Presidência da Fiocruz, por intermédio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), visa promover a permanência desses estudantes nos programas de pós, favorecendo a continuidade de seus estudos e desempenho acadêmico, e, assim, contribuir para a redução das desigualdades na educação de pós-graduação e na ciência em nosso país. Inscrições podem ser feitas até 26 de março.
+Acesse aqui a chamada 2023 do Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG)
!!! Atenção: Para acessar o formulário e realizar a sua inscrição é necessário ter cadastro no Acesso Único Fiocruz. Clique aqui e leia o Guia de acesso ao formulário e tire suas dúvidas sobre as inscrições, assim como o passo a passo para se cadastrar no Acesso Único Fiocruz.
No momento da inscrição, se o aluno perceber alguma inconsistência de dados no preenchimento do cadastro, será necessário entrar em contato diretamente com a secretaria acadêmica do curso ao qual o aluno está vinculado.
Ao todo, poderão ser atendidos até 280 estudantes regularmente matriculados em programas Stricto sensu da Fiocruz e que atendam aos critérios de elegibilidade descritos no Artigo 4 da Chamada.
O APE-PG destina-se a estudantes com matrícula ativa na Fiocruz, dedicação exclusiva a cursos de pós-graduação, com renda familiar per capita mensal inferior ou igual a 2,0 (dois) salários mínimos, e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou ainda se forem membros de família de baixa renda, também nos termos do mesmo Decreto, em condição de vulnerabilidade social que prejudique o desenvolvimento das atividades acadêmicas do curso da Fiocruz em que está matriculado, mediante autodeclaração.
O recebimento do Auxílio acontecerá por até 12 (doze) meses consecutivos, enquanto o estudante estiver em situação de matrícula ativa e dentro dos prazos regimentais de conclusão do curso em questão, com duração máxima equivalente ao período do curso (até o 24º mês no mestrado e até o 48º mês no doutorado), e desde que mantidas ao longo de todo o período as condições de elegibilidade ao recebimento do auxílio. Além disso, a qualquer momento, caso o aluno supere a situação de vulnerabilidade que o levou ao recebimento do auxílio ou passe a exercer atividade remunerada, ele deverá solicitar à coordenação do Programa, em sua unidade, a suspensão do benefício.
Está no ar a chamada 2023 do Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG). Ela é voltada a alunos de baixa renda da Fiocruz, em situação de vulnerabilidade social, ligados aos programas de mestrado e doutorado acadêmicos da instituição. A iniciativa da Presidência da Fiocruz, por intermédio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), visa promover a permanência desses estudantes nos programas de pós, favorecendo a continuidade de seus estudos e desempenho acadêmico, e, assim, contribuir para a redução das desigualdades na educação de pós-graduação e na ciência em nosso país. Inscrições podem ser feitas até 26 de março.
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Ao todo, poderão ser atendidos até 280 estudantes regularmente matriculados em programas Stricto sensu da Fiocruz e que atendam aos critérios de elegibilidade descritos no Artigo 4 da Chamada.
O APE-PG destina-se a estudantes com matrícula ativa na Fiocruz, dedicação exclusiva a cursos de pós-graduação, com renda familiar per capita mensal inferior ou igual a 2,0 (dois) salários mínimos, e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou ainda se forem membros de família de baixa renda, também nos termos do mesmo Decreto, em condição de vulnerabilidade social que prejudique o desenvolvimento das atividades acadêmicas do curso da Fiocruz em que está matriculado, mediante autodeclaração.
O recebimento do Auxílio acontecerá por até 12 (doze) meses consecutivos, enquanto o estudante estiver em situação de matrícula ativa e dentro dos prazos regimentais de conclusão do curso em questão, com duração máxima equivalente ao período do curso (até o 24º mês no mestrado e até o 48º mês no doutorado), e desde que mantidas ao longo de todo o período as condições de elegibilidade ao recebimento do auxílio. Além disso, a qualquer momento, caso o aluno supere a situação de vulnerabilidade que o levou ao recebimento do auxílio ou passe a exercer atividade remunerada, ele deverá solicitar à coordenação do
Programa, em sua unidade, a suspensão do benefício.
A pandemia de Covid-19, apesar de toda adversidade imposta, relevou também potencialidades. Após quatro meses da declaração da emergência sanitária, a Fiocruz aprovou orientações para a adoção da Educação Remota Emergencial no âmbito de seus Programas de Pós-graduação stricto sensu e cursos lato sensu para dar continuidade às ações educacionais e, ao mesmo tempo, garantir a segurança de alunos e trabalhadores. Após quase dois anos, retomou plenamente essas atividades presenciais coletivas e agora quer conhecer a percepção de alunos, egressos e docentes a respeito do Ensino Remoto ofertado pela instituição durante o período. Para tanto, neste momento, seus professores, estudantes e ex-alunos dos cursos de mestrado e especialização (a partir de 2020) e de doutorado (a partir de 2019) foram convidados a responderem à avaliação. O link de participação será enviado por e-mail e ficará disponível até 31 de março de 2023.
A pesquisa é uma iniciativa colaborativa entre a Coordenação-Geral de Educação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (CGE/VPEIC/Fiocruz) e a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), e tem como objetivo conhecer melhor as potencialidades e as fragilidades do Ensino Remoto, visando aprimorar a gestão da oferta dos cursos e programas de pós-graduação da instituição.
É importante destacar que, neste primeiro momento, a pesquisa contemplará docentes, alunos e egressos de mestrado, especialização e doutorado. No entanto, posteriormente será ampliada para residentes.
Segundo as responsáveis pela condução da pesquisa, a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, e a coordenadora adjunta para os cursos Lato sensu, Isabella Delgado, o apoio da comunidade Fiocruz na divulgação, bem no incentivo à participação dos envolvidos é extremamente relevante. "Conhecer amplamente esse cenário será de grande benefício para a gestão da educação da Fiocruz", destacou Isabella.
Durante a 13ª edição da Bienal de Arte e Cultura, realizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) em conjunto com a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) em fevereiro, a Fundação Oswaldo Cruz foi homenageada por estudantes de pós-graduação de todo o Brasil.
A homenagem é fruto do reconhecimento da importância da Fiocruz para o desenvolvimento da ciência no Brasil. Em suas redes sociais, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, que recebeu a consagração das mãos do presidente da ANPG, Vinícius Soares, exaltou a ciência e a dedicação dos discentes de pós-graduação na luta pela saúde e direitos sociais. "É uma honra receber a homenagem à Fiocruz feita pela Associação Nacional dos Pós-Graduandos em nome de todos os trabalhadores da instituição. Viva a ciência, viva o SUS, viva a educação, viva a democracia e aluta dos estudantes em defesa dos direitos sociais", declarou Cristiani.
A 13ª Bienal de Arte e Cultura abordou o lema “Um rio chamado Brasil”. O evento reúne milhares de estudantes, de todas as regiões do país, com mostras culturais, científicas e apresentações artísticas. O tema propôs um olhar sobre a diversidade da formação do Brasil e a capacidade de resistência e adaptação de seu povo, que tal como os rios se nutrem dos afluentes e tornam-se fortes e caudalosos.
*Foto: Vinícius Soares, presidente da ANPG / Montagem: Cad Fiocruz
O Centro Latino-Americano de Biotecnologia (CABBIO) está com diversos cursos técnicos abertos. Os cursos são de curta duração, gratuitos, nas modalidades presencial e online e oferecidos no Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia. O público-alvo são estudantes de pós-graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado e profissionais da área.
Estão disponibilizados um total de 16 cursos de Biotecnologia no ano de 2023. Serão oferecidos oito cursos no Brasil, quatro na Argentina, três no Uruguai e um na Colômbia.
As inscrições para os candidatos brasileiros serão realizadas através do sítio eletrônico do CABBIO Brasil. Na aba Cursos, o candidato terá acesso ao calendário contendo as informações a respeito dos cursos de 2023. Ao selecionar o curso desejado, o aluno terá acesso a todas as informações específicas de cada curso, e ao clicar em Quero me inscrever, será direcionado à plataforma CABBIO Brasil, onde será possível realizar o cadastro e efetivar a inscrição no curso escolhido.
Atenção: deverá ser anexada ao formulário de inscrição a carta de recomendação da chefia imediata (por exemplo, orientador, chefe do grupo de pesquisa) assinada, em papel timbrado da instituição de vínculo. A carta de recomendação deve estar no formato PDF e sua apresentação qualifica o inscrito para o processo de seleção.
Acesse aqui para conferir os cursos abertos!
Um estudo com quase 6 mil participantes, de todas as regiões do país, revela o alto impacto da pandemia de Covid-19 nas atividades acadêmicas e na saúde mental de estudantes de pós-graduação.
Entre outros dados, a pesquisa aponta que 45% dos alunos foram diagnosticados com ansiedade generalizada e 17% com depressão durante o primeiro ano da pandemia.
Além disso, mais de 60% relataram crises de ansiedade e dificuldade para dormir. Falta de motivação e problemas de concentração foram reportados por quase 80%.
O estudo foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), com participação de pesquisadores do IOC e da Universidade Federal Fluminense (UFF). Os resultados foram publicados em artigo na revista científica ‘International Journal of Educational Research Open’.
Para a primeira autora do trabalho, Roberta Pires Corrêa, os dados evidenciam a situação de estresse enfrentada pelos discentes durante a pandemia.
“Os estudantes viveram incertezas, medo e perdas, no contexto estressante da pós-graduação, onde há muita pressão para ser produtivo e cumprir prazos. Um terço precisou procurar atendimento psicológico e uma pequena parcela, de quase 17%, usou medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos sem prescrição”, pontua Roberta.
Com dados coletados entre outubro e dezembro de 2020, a pesquisa traçou um retrato do primeiro ano da emergência sanitária, quando as atividades presenciais foram totalmente suspensas nos cursos.
Aproximadamente 80% dos alunos tiveram que alterar seus projetos de pesquisa, sendo que 9% mudaram complemente seus estudos, 35% fizeram alterações significativas e 37%, mudanças pequenas.
Além disso, os estudantes tiveram que se adaptar à nova realidade de reuniões virtuais com orientadores e de aulas remotas.
Autor sênior do trabalho, o pesquisador do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC, Paulo Soares Stephens, ressalta que os estudantes se mantiveram comprometidos com a trajetória acadêmica, apesar das dificuldades.
“Eles se mostraram aguerridos e criativos para readequar suas atividades. Porém, foram afetados com altos níveis de problemas de saúde mental”, avalia Paulo.
Importância do acolhimento
Entre os estudantes que buscaram apoio emocional, mais da metade se voltou para os amigos. Cerca de 15% procuraram seus orientadores. Apenas 1%, os comitês de apoio aos discentes.
A maioria dos estudantes também não buscou a coordenação do curso de pós-graduação e 5% disseram não ter recebido apoio, apesar da solicitação.
Segundo os pesquisadores, estudos anteriores à pandemia já mostravam que problemas de saúde mental são mais frequentes entre estudantes de pós-graduação do que na população em geral. A emergência sanitária agravou a situação, reforçando a importância de serviços de acolhimento.
“Cerca de 10% dos estudantes disseram que as coordenações dos cursos ofereceram apoio aos alunos através de programas específicos. Essas ações são imprescindíveis e os programas devem investir cada vez mais nelas”, ressalta Paulo.
“É importante que os cursos mantenham esses programas de forma contínua, para que os estudantes se sintam acolhidos e tenham confiança de que podem discutir questões de saúde mental sem preconceito”, enfatiza Roberta.
O estudo contou com a participação de 5.985 estudantes, que responderam um formulário online no período de outubro a dezembro de 2020. Do total, 94% estavam matriculados em cursos Stricto sensu, sendo 51% no mestrado e 43% no doutorado. Quase 6% eram alunos de cursos de especialização, chamados de Lato sensu.
No geral, o perfil dos respondentes reflete o dos estudantes de pós-graduação no país. A pesquisa alcançou todas as regiões e teve participação de alunos matriculados em cursos de diferentes áreas do conhecimento. Cerca de 50% dos respondentes eram jovens, com idade entre 18 e 30 anos; 70%, mulheres; e 30% homens.
O artigo publicado é parte da tese ‘A pandemia de Covid-19: impactos e desafios em comunidades acadêmicas e de saúde brasileiras’, defendida por Roberta Corrêa, no Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC.
O projeto foi orientado pela professora Helena Carla Castro, chefe do Laboratório de Antibióticos, Bioquímica e Modelagem Molecular da Universidade Federal Fluminense (UFF), e coorientado por Paulo Stephens e Roberto Ferreira, pós-doutorando do IOC.
O trabalho também faz parte de um projeto de pesquisa mais amplo, sobre impactos da Covid-19 e do isolamento social, coordenado pela diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge. Todos os pesquisadores são autores do artigo.
A pesquisa contou com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e UFF.
O IOC se empenhou em garantir a continuidade da formação de recursos humanos de excelência para a ciência e para o Sistema Único de Saúde (SUS), seguindo os protocolos sanitários recomendados pelas autoridades para preservar a saúde e a vida de discentes e docentes em meio à pandemia.
A transição para o ambiente virtual foi o primeiro desafio. Em março de 2020 foi realizada a primeira defesa de tese online e, progressivamente, outras atividades acadêmicas foram adaptadas ao formato, o que incluiu o processo seletivo para novas turmas de mestrado e doutorado. A oferta de disciplinas a distância teve início em julho daquele ano.
Eventos importantes para a formação dos estudantes também migraram para o universo virtual. Entre os destaques, o Centro de Estudos do IOC, tradicional encontro semanal para debate de temas atuais e de relevância histórica para a ciência, e a Semana da Pós-graduação Stricto sensu, que reúne as atividades do Fórum de Integração dos Alunos, o Prêmio de Teses Alexandre Peixoto e a Jornada Jovens Talentos.
A partir da necessidade de suspensão das atividades acadêmicas baseadas em trabalhos de campo e experimentos laboratoriais, os programas de pós-graduação do IOC estenderam os prazos para qualificações e defesas de mestrado e doutorado por seis meses.
Além disso, foi criado um fundo emergencial de bolsas para garantia da extensão do benefício para os estudantes que não conseguiram concluir sua titulação no período posterior aos primeiros seis meses de prorrogação de suas bolsas.
A diversidade de temas encontrados nas dezenas de estudos sobre a Covid-19 desenvolvidos nos programas de pós-graduação do IOC é mais uma demonstração do extenso engajamento institucional na resposta à pandemia.
Discentes, egressos e docentes atuaram na linha de frente e produziram conhecimentos relevantes, tanto nos grandes centros, como em locais remotos e carentes do país.
Apoio aos estudantes na Fiocruz
Estudantes de pós-graduação da Fiocruz podem procurar o Centro de Apoio ao Discente (CAD), vinculado à Vice-Presidência de Educação Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), para diálogo e acolhimento. Entre outras atividades, o CAD oferece orientação a alunos e professores para resolução de problemas, escuta qualificada e encaminhamento para suporte psicológico ou social. O contato pode ser feito por telefone (21 3882-9066), email (cad@fiocruz.br) ou através de formulário online.
O IOC conta também com a Comissão Interna de Valorização das Relações Interpessoais e Prevenção do Assédio, que promove ações de sensibilização sobre estes temas e busca acolher, escutar e auxiliar na resolução de conflitos, de forma privada e sigilosa. O contato com a Comissão é através do email: valorizacaodasrelacoes@ioc.fiocruz.br.
Edição:
Vinicius Ferreira
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
*Com informações de Maíra Menezes/IOC/Fiocruz.
Está disponível em acesso aberto para download o livro Políticas e sistema de saúde no Brasil. A obra, publicada pela Editora Fiocruz, é uma parceria entre o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), juntamente com outras instituições que colaboraram na produção desta obra de referência, e se tornou muito importante na formação de estudantes e profissionais dos diferentes campos disciplinares que compõem a área de saúde.
+Acesse aqui o e-book para download.
O livro aborda temas como a articulação da saúde com a economia e o desenvolvimento científico e tecnológico, constituindo um complexo industrial dos mais dinâmicos na absorção de tecnologias e na geração de empregos. Além desses temas mais abrangentes, outros relativos à configuração do SUS, sua história e os principais setores da atenção à saúde são trabalhados em profundidade. Por fim, temas emergentes de alta relevância, como bioética, modelos internacionais de reforma de sistemas de saúde, Aids, saúde de povos indígenas, participação social, atenção à saúde em áreas metropolitanas e formação dos profissionais de saúde, são abordados por especialistas em cada área.
A saúde coletiva, como campo de produção de um conhecimento interdisciplinar e de formação de sanitaristas, também é tema importante do editorial, pois vem se desenvolvendo com intensidade e consistência nos últimos trinta anos no Brasil.
O projeto do livro surgiu da falta de uma obra que consolidasse as ideias originais e determinadas historicamente no contexto brasileiro e pudesse ser adotada como de referência para os cursos de graduação já consagrados. Políticas e sistema de saúde no Brasil é um livro que se reporta essencialmente ao sistema de saúde do país. A produção acadêmica em saúde coletiva tem ficado restrita à formação da pós-graduação, deixando em aberto os cursos de graduação. Direcionando-se à formação de estudantes de graduação e pós-graduação, seu objetivo é que possa ser uma publicação útil na formação técnica e política dos profissionais de saúde em nosso país, ensinando e permitindo a aplicação de conceitos sobre políticas e sistemas de saúde, enfocando especialmente o caso brasileiro em seu desenvolvimento histórico e suas características atuais.
Busca trabalhar as respostas sociais aos processos de saúde-enfermidade com um enfoque integral, abordando as dimensões de promoção, prevenção e recuperação, tendo a garantia do direito universal à saúde e a redução das profundas desigualdades sociais em saúde como temas transversais da sua abordagem.
Disponível em sua segunda edição, o livro está organizado em cinco partes, totalizando 35 capítulos elaborados por especialistas com experiência nos temas selecionados:
I – Proteção Social, Políticas e Determinantes de Saúde: contextualiza teórica e historicamente a proteção social em saúde, a análise de políticas, os componentes e a dinâmica dos sistemas de saúde, os determinantes e as desigualdades sociais, e as condições de saúde da população brasileira.
II – Saúde como Setor de Atividade Econômica: engloba o complexo industrial da saúde, a área de ciência, tecnologia e pesquisa em saúde, e o trabalho e emprego em saúde.
III – Apresenta a história e a atual configuração do sistema de saúde brasileiro, incluindo o histórico das políticas de saúde no Brasil, a constituição do Sistema Único de Saúde, e os componentes relacionados ao financiamento e alocação de recursos em saúde, e aos planos e seguros privados.
IV – Sistema Único de Saúde - setores de atenção: apresenta os modelos de atenção à saúde e analisa os principais âmbitos da atenção à saúde individual e coletiva – atenção primária à saúde, atenção ambulatorial especializada, atenção hospitalar, saúde bucal, saúde mental; assistência farmacêutica, vigilância epidemiológica e vigilância sanitária.
V – Temas Relevantes em Políticas e Sistemas de Saúde: oferece um panorama de assuntos específicos, embora cruciais, para as políticas de saúde e o funcionamento do SUS, como bioética, tendências e modelos internacionais de reformas de sistemas de saúde, políticas sociais na América Latina, regionalização em saúde, participação social, formação superior dos profissionais de saúde, saúde dos povos indígenas, Aids, cuidado continuado, saúde da mulher, saúde e ambiente, violência e saúde.
Este livro, organizado por professores e pesquisadores de diferentes escolas, membros atuantes do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), tem como ideia ser uma referência sobre políticas de saúde. O projeto foi desenvolvido no Núcleo de Estudos Político-Sociais em Saúde do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Nupes/Daps) e contou com o apoio da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz).
Em celebração aos 25 anos do Seminário Laveran e Deane, considerado o evento mais importante do país em formação de estudantes de pós-graduação em malariologia e um dos mais renomados do mundo, estudantes e pesquisadores da Fiocruz foram agraciados com os prêmios 'Johnson Jovens Trajetórias em Malariologia' e 'Laveran-Deane-Mérieux', além do título de Professor Emérito, entregues aos contemplados durante uma edição especial, realizada em dezembro no Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro.
O Seminário Laveran & Deane sobre Malária completou, em 2020, 25 anos de contribuições para a pesquisa e o ensino na área, tendo impacto direto sobre mais de 340 trajetórias acadêmicas, porém, devido às restrições provocadas pelo Covid-19, as comemorações só puderam ser realizadas em 2022. O seminário é voltado para alunos da pós-graduação stricto sensu que estão desenvolvendo seus projetos de tese e é estritamente dedicado à malária.
Esta edição do seminário contou ainda com um simpósio comemorativo. Ambos aconteceram na Ilha de Itacuruçá, Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro – local que é palco das discussões do encontro desde 1997.
Estudantes e pesquisadores da Fiocruz são premiados
Maísa da Silva Araújo, que atua na Plataforma de Produção e Infecção de Vetores da Malária, da Fiocruz Rondônia, participou do Laveran enquanto cursava o doutorado, e recebeu o Prêmio 'Johnson Jovens Trajetórias em Malariologia' pelo melhor pôster apresentado durante o Seminário.
O prêmio 'Laveran-Deane-Mérieux' foi concedido a Denise Anete Madureira de Alvarenga e Anna Caroline Campos Aguiar. A honraria destaca pesquisadores que participaram como alunos do Seminário e fizeram contribuições relevantes para o estudo da malária.
Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro Bastos, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), recebeu o título de Professor Emérito dos Seminários.
Estiveram presentes no Centro de Estudos, o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Mario Santos Moreira; a diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge; o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Ademir de Jesus Martins; o diretor de Operações da Fundação Mérieux, Pascal Vincelot; e o Marketing Manager da multinacional SC Johnson, Paulo Leite.
*Com informações e imagens do IOC/Fiocruz.
Publicação : 22/08/2022
Chamada para participação de estudantes de doutorado no projeto Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fundação Oswaldo Cruz (Obsma/Fiocruz) - 2º semestre de 2022
A presente Chamada segue as teses do VIII Congresso Interno da Fiocruz (2018) que definiram, entre outras prioridades, a importância da instituição buscar “as condições para ampliar a capacidade de resposta frente às necessidades da sociedade e em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS)”.
Chamada de seleção - inscrições até 9/9
Resultado final de seleção da chamada - 26/9/2022
Pesquisas desenvolvidas em cinco programas de pós-graduação do IOC foram reconhecidas na sessão virtual de entrega do Prêmio Alexandre Peixoto. Com trabalhos concluídos em 2020, os estudantes premiados foram afetados pela pandemia de Covid-19 na fase final de suas pesquisas. Além de redigir as teses no contexto da emergência de saúde pública, alguns também precisaram se dividir para atuar em pesquisas ligadas ao novo coronavírus nesse período. As cerimônias de defesa foram realizadas virtualmente, sem a possibilidade de reunir familiares e amigos para celebrar o momento tão aguardado na formação científica.
A presença majoritária de novas cientistas mulheres entre os autores das teses selecionadas foi destacada pelo vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Paulo D’Andrea, que também frisou a qualidades das pesquisas conduzidas no Instituto. “Nunca é uma tarefa fácil para os Programas de Pós-graduação escolherem os melhores trabalhos. Nós temos ciência de que o conjunto de teses do IOC prima pela qualidade e pelo rigor científico. Imagino a sensação de integrar esse seleto grupo de alunos, entre tantas teses com alta qualidade que temos no Instituto. Espero que vocês continuem com essa dedicação ao longo de suas carreiras, e tenho certeza de que terão muito sucesso. Esse é apenas o começo”, afirmou Paulo.
Abaixo, os estudos condecorados nesta edição do Prêmio Alexandre Peixoto
Obesidade e ação hormonal
Pessoas obesas apresentam perda da sensibilidade cerebral ao hormônio da saciedade, chamado de leptina. Produzida pelos adipócitos, células que acumulam gordura no organismo, essa substância atua no cérebro, regulando o apetite e o peso corporal. Na obesidade, altos níveis de leptina circulam na corrente sanguínea, mas não há sensação de saciedade. A tese de Lohanna Palhinha do Amaral investigou uma questão importante: que efeitos a leptina pode causar fora do sistema nervoso central em animais obesos? E quais os efeitos da leptina em suas células produtoras, os adipócitos?
Por meio de experimentos em camundongos, considerados como modelo para estudo da obesidade, o trabalho mostra que a leptina atua sobre o sistema imune, mesmo em animais obesos, que apresentam resistência cerebral ao hormônio. Entre os efeitos periféricos da substância estão a atração e a ativação de células de defesa e o estímulo para a produção de substâncias inflamatórias. Além disso, o trabalho aponta uma ação da leptina in vitro até então não estudada: em culturas de células, o hormônio induz a formação de novos adipócitos (adipogênese). O trabalho foi orientado por Clarissa Menezes Maya Monteiro, pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia, e co-orientado por Patrícia Torres Bozza, chefe do mesmo Laboratório. A estudante recebeu bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Medicina personalizada
A medicina personalizada para o tratamento do câncer, que busca desenvolver um remédio específico para cada paciente, foi o foco da tese de Alessandra Jordano Conforte, defendida na Pós-Graduação em Biologia Computacional e Sistemas. Orientado por Nicolas Carels, pesquisador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), e co-orientado por Fabrício Alves Barbosa da Silva, pesquisador do Programa de Computação Científica (PROCC/Fiocruz), o trabalho utilizou métodos de bioinformática para analisar dados genéticos de pacientes com câncer e identificar alvos moleculares potencialmente mais eficientes para combater a doença em cada caso.
Intitulada Caracterização de alvos terapêuticos e modelagem da rede de sinalização no contexto da medicina personalizada do câncer, a pesquisa partiu de informações disponíveis no banco de dados online conhecido como Atlas do Genoma do Câncer( TGCA, na sigla em inglês). O estudo foi realizado em duas etapas. Na primeira, foram considerados dados referentes a 475 pacientes acometidos por nove tipos de tumor. Já na segunda, foram analisadas informações de 70 casos de câncer de mama. Com análises individualizadas, os pesquisadores identificaram, em cada caso, os genes que se encontravam mais ativados nas células tumorais do que nas células não tumorais.
Rotas dos vírus das hepatites B e C
Os trajetos traçados pelos vírus da hepatite B (HBV) e hepatite C (HCV) nas sociedades podem esconder respostas importantes sobre como controlar possíveis dispersões no futuro. Com foco no Brasil e no continente americano, a tese de Natália Spitz Toledo Dias investigou a origem e disseminação do HBV e do HCV por meio da evolução molecular e filogeografia, e avaliou a diversidade genética e mutações de relevância clínica de genomas do HBV.
A reconstrução da dinâmica espacial e temporal dos vírus das hepatites B e C permitiu observar que a introdução de subgenótipos do HBV nas Américas ocorreu por meio de rotas migratórias dos séculos XVIII e XIX; bem como sugerir que a introdução de um subtipo de HCV no Brasil ocorreu nos anos 80. Já as investigações nos diferentes genótipos e subgenótipos do HBV observaram mutações associadas ao escape imune, resistência aos antivirais e desenvolvimento do carcinoma hepatocelular. O trabalho Diversidade genética e filogeografia dos vírus das hepatites B e C nas Américas foi realizado no Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária sob orientação de Natalia Motta de Araujo, do Laboratório de Virologia Molecular.
Acessibilidade para estudantes com deficiência físico-motora
Em uma pesquisa qualitativa desenvolvida no Brasil e em Portugal, por meio de um doutorado sanduíche na Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, na cidade do Porto, Aimi Tanikawa de Oliveira buscou responder a seguinte pergunta: como formar professores para atuar no ensino de ciências com alunos com deficiência físico-motora da educação básica utilizando a tecnologia assistiva?.
Na etapa inicial, o estudo focou em conhecer o trabalho desenvolvido por docentes com estudantes com deficiência físico-motora e analisou as dificuldades que esses alunos apresentaram durante a participação em propostas pedagógicas. Ao todo, foram acompanhados 16 estudantes e 21 professores nos dois países. A partir da avaliação, foram produzidos recursos de tecnologia assistiva que tiveram eficácia verificada na prática pelos próprios alunos. O trabalho "O ensino de ciências e a deficiência físico-motora: discutindo a formação docente com enfoque na tecnologia assistiva" foi orientado por Rosane Moreira Silva de Meirelles, do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos e desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde.
Um sistema de vigilância do sarampo mais eficiente
Ao identificar pontos que poderiam ser aprimorados no monitoramento do sarampo no Brasil, o recém-doutor Fabiano Marques Rosa desenvolveu um trabalho analítico sobre o desempenho do sistema de vigilância epidemiológica na interrupção da circulação do vírus autóctone do sarampo no Brasil entre os anos de 2001 e 2018. Intitulada "Análise crítica do sistema de vigilância do sarampo no Brasil", 2001 a 2018, a tese foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, sob orientação da pesquisadora Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, e pelo pesquisador Luiz Antonio Bastos Camacho, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).
A pesquisa observou ações favoráveis que contribuíram para a conquista do certificado de erradicação do sarampo em 2016, emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), como também as imprecisões que permitiram novamente a transmissão sustentada da doença no Brasil a partir de 2018 – levando à perda do certificado.