Buscando apoiar as coordenações e supervisões dos programas de residência em saúde da Fiocruz para qualificar o manejo e a conduta de casos de sofrimento psíquico no âmbito desses cursos - cujo caráter é diferenciado das demais ofertas de pós-graduação, dada a intensa imersão no mundo do trabalho de saúde, como recurso central formativo -, a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, por meio da Coordenação Adjunta de Residências em Saúde, ligada à Coordenação-Geral de Educação (CGE/VPEIC), e do Fórum de Coordenadores de Residências em Saúde, e o apoio do Centro de Apoio Discente (CAD), realizou a Oficina de Saúde Mental e Residências em Saúde. O encontro, que aconteceu no dia 12 de julho, reuniu cerca de 60 pessoas de diferentes cursos e instâncias de educação da Fiocruz.
A proposta do encontro compõe o compromisso da Fundação de implementar ações voltadas para aos residentes, considerando suas subjetividades. Assim, buscou-se reconhecer as iniciativas em curso dentro da Fiocruz, além de fortalecer as ações
com maior ênfase institucional, tendo em vista os desafios persistentes no que se refere ao sofrimento psíquico no âmbito das residências em saúde. A pauta da saúde mental vem recebendo destaque em diferentes âmbitos, sobretudo após a pandemia de Covid-19, o que ressaltou a necessidade de um olhar mais cuidadoso para os aspectos psicológicos do viver.
Empatia e acolhimento no cuidado aos residentes
Na abertura do encontro, a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristila Guilam, destacou a importância do Fórum e afirmou que o estudo psíquico é algo vivido e não uma neurose. Ela afirmou que “a saúde mental é uma dimensão que impacta a todos e revela a nossa fragilidade emocional”. Além de plenárias, a oficina desenvolveu-se com diferentes atividades em grupo durante todo o dia
A coordenadora adjunta de Residências em Saúde, Adriana Coser, ressaltou a parceria com todas as unidades da Fiocruz, e apontou que a temática da oficina é cara à Fundação. Ela comentou que o interesse e procura por esse encontro foi além do esperado, inclusive de outras modalidades formativas, como o Stricto sensu, e a participação de unidades que não oferecem residência, mas tem muito interesse nessa discussão da saúde mental e sua articulação com a educação, especialmente a formação em serviço. "Como resultado da oficina, pretendemos construir um documento e, para além disso, a ideia é ampliar a rede de apoio ao cuidado em saúde mental das residências. Queremos qualificar o nosso manejo e a conduta no que diz respeito ao cuidado desses profissionais. Em 2023, o Fórum de Coordenadores está completando 6 anos , como um espaço coletivo de assessoramento para a qualificação da gestão dos processos educacionais no ambito das residências em saúde", destacou ela.
A primeira atividade em plenária foi sobre "Compreensão do conceito de sofrimento psíquico no âmbito das residências". A coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Laps/Ensp/Fiocruz), Ana Paula Guljor, apresentou uma reflexão sobre mecanismos educacionais e assistenciais e falou sobre a crescente medicalização de situações que são geradas pela vida contemporânea. Ana Paula foi coordenadora da residência médica em Psiquiatria do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba (Niterói) e defendeu que o sofrimento psíquico não é igual ao transtorno mental. “O diagnóstico do sofrimento psiquiátrico é um olhar atento para o outro com empatia e acolhimento. É preciso ‘desrotular’ as fobias e os diagnósticos”. Outra questão abordada por Ana Paula é a importância de dissociar o sofrimento psíquico com a capacidade profissional do indivíduo. “Esses questionamentos sobre a competência geram quadros que potencializam a angústia, a frustração e o mal-estar, neste caso do residente”, detalhou.
Ana Paula citou ainda que o sofrimento psíquico é mais presente no primeiro ano da residência, principalmente entre mulheres. Foi, ainda, apontado que 50% do público que passa por algum sofrimento psíquico está na primeira formação especializada. O estado civil e a idade destacaram-se entre os fatores, sendo a maioria pessoas de 25 a 30 anos e solteiras. “O sofrimento psíquico também tem sido registrado em situações de preconceito de raça e gênero, além de assédio”, destacou.
O coordenador da residência em Tecnologias Aplicadas à Indústria Farmacêutica, oferecida pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), Eduardo Gomes Rodrigues de Sousa, comentou que, em 2022, a Fundação ofereceu um total de 543 vagas em todos os seus cursos de residência, sendo cinco delas para Farmanguinhos. Para o próximo ano, já foram aprovadas 10 vagas. Eduardo comentou também que a realização desses oficinas é periódica e abrange temas sobre gestão educacional e assuntos relacionados aos residentes, como, por exemplo, a saúde mental. “Queremos compreender melhor como lidar com casos em que haja suspeita que aquele residente está em sofrimento psíquico”.
O encontro aconteceu em Farmanguinhos e teve a participação da coordenadora da residência multiprofissional em Saúde Mental e professora do mestrado profissional em Atenção Psicossocial do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ipub/UFRJ), Paula Cerqueira Gomes, que falou sobre as dimensões do sofrimento psíquico e cuidados em saúde mental nas residências; do superintendente de Saúde Mental da Secretaria Municiapal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS/RJ), Hugo Fagundes, que apresentou fluxos e funcionamento da rede de saúde mental do SUS municipal; do integrante do Núcleo de Saúde do Trabalhador da Coordenação de Saúde do Trabalhador (Nust/CST), ligado à Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe/Fiocruz), Marcello Santos Rezende, que apresentou documento de diretrizes da Fiocruz na área; a coordenadora do Centro de Apoio Discente (CAD), Etinete Nascimento Gonçalves, que apresentou a estrutura e ações do Centro; e a professora da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), Sabrina Ferigato, que trouxe as experiências da Universidade em que atua.
Vale destacar que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem permanente atenção com o bem-estar dos residentes, e, inclusive, já fomentou diferentes ações na área, como a publicação da Nota Técnica 01/2020, que trara das “Orientações sobre Saúde Mental e a Pandemia Covid-19 para Residentes em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz”; o documento de referência para atuação em saúde mental e trabalho na Fiocruz - 2023 ; e a Política de Apoio ao Estudante (PAE) - 2023.
Um espaço de mobilização, análises, proposições e reflexões em prol da defesa do direito à saúde e do SUS. Criado pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o Observatório do SUS vai reunir diferentes atores da sociedade brasileira em frequentes debates sobre os avanços e desafios do sistema público de saúde. A iniciativa será lançada hoje, 10 de julho, às 13h, na sala de leitura da Biblioteca Central de Manguinhos, na Fiocruz. O lançamento será transmitido ao vivo pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube.
Na ocasião, será realizada a conferência 'O SUS: sob ameaça ou diante de uma janela de oportunidade?', ministrada pelo sanitarista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Gastão Wagner de Sousa Campos.
Coordenado pela Vice-Direção de Escola de Governo em Saúde (VDEGS/Ensp), o Observatório do SUS será um lugar de discussão sobre a conjuntura política da saúde, agendas e políticas de saúde, assim como de apresentação e visibilidade de experiências bem-sucedidas, inovadoras e fortalecedoras do sistema único de saúde brasileiro. O Observatório vai reunir figuras da sociedade civil e de instituições acadêmicas e integrantes do SUS em debates que apontem caminhos estratégicos para o enfrentamento dos desafios crônicos do sistema público de saúde, com base em estudos na área de Saúde Coletiva e iniciativas exitosas nacionais e internacionais. As atividades do Observatório do SUS, que vão começar a partir de julho, incluem a realização de seminários e oficinas, assim como a elaboração de publicações, entre diversas outras ações.
O diretor da Ensp, Marco Menezes, ressalta que o Observatório do SUS é uma importante iniciativa onde poderemos contribuir com a construção, avaliação e implementação das políticas públicas para os avanços que precisam ser implementados no SUS: “Será também mais um espaço para aprofundarmos o diálogo com a sociedade. O Observatório chega como um lugar de trocas, de compartilhamento de ideias e de reflexões entre a sociedade civil, movimentos sociais, a Academia e a gestão do SUS”.
Para o vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da Ensp, Eduardo Melo, o Observatório chega em um momento oportuno e posterior a uma pandemia que evidenciou a importância vital do SUS, sem o qual as consequências da emergência sanitária teriam sido ainda mais graves do que já foram. “O SUS é um sistema público de saúde includente e com importantes avanços, apesar de suas limitações e contradições, que tornam o seu acompanhamento, defesa e aperfeiçoamento mais que urgentes. Esse é o momento de seguirmos lutando e apontando caminhos para enfrentar os vários desafios persistentes no sistema único de saúde, relacionados ao financiamento, acesso, precarização do trabalho, gestão interfederativa, relações público-privadas, entre outros. Esperamos que essa iniciativa nos incentive, cada vez mais, à defesa do SUS e à proposição de formulações e alternativas adicionais, que não apenas afirmem a saúde como um direito humano e dever do Estado brasileiro, mas que também contribuam para a efetivação e tradução disso no cotidiano das brasileiras e brasileiros”, afirma.
A presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Rosana Onocko, destaca que a ideia dos Observatórios do SUS é muito profícua no campo de estudos das políticas públicas de saúde. Ela também ressalta que a maioria dos países com sistemas públicos de saúde dispõe desses espaços. “O Observatório do SUS é importante, pois permite acompanhar e monitorar o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde, analisar as conjunturas e as diferentes experiências; e, sobretudo, fornece uma base de informações que permite qualificar as relações interinstitucionais. Em um país de tamanho continental, como o Brasil, não tenho dúvidas de que o Observatório do SUS da Ensp dará grandes contribuições para fortalecer o Sistema Único de Saúde que tanto defendemos”, afirma.
Participe do lançamento e conheça o Observatório do SUS da Ensp!
Serviço
Data: 10/07
Horário: 13h
Local: Sala de leitura da biblioteca Central de Manguinhos (Pavilhão Haity Moussatché)
Programação
13h - Mesa de abertura
13h:30 - Apresentação do Observatório do SUS
14h: Conferência e debate: O SUS: sob ameaça ou diante de uma janela de oportunidade?
Conferencista: Gastão Wagner de Sousa Campos
Acompanhe:
A Fiocruz Pernambuco lança na próxima sexta-feira, 28 de abril, o Curso Economia da Saúde para Todos, na modalidade de ensino à distância (EaD). Fruto da parceria entre a Fiocruz PE, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade de Pernambuco (UPE), que formam o Grupo de Pesquisa em Economia Política da Saúde e, recentemente, a integração do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) à equipe, o curso visa contribuir para compreensão de como os recursos públicos são empregados na saúde e assim a população esteja atenta para garantir o direito de todos à saúde, como estabelecido na Constituição de 1988. As inscrições deverão ser feitas pelo Campus Virtual Fiocruz.
O lançamento ocorrerá às 9h, na Feira de Orgânicos que funciona no estacionamento da instituição, localizado na Av. Professor Moraes Rego, s/n – Cidade Universitária – Recife/PE. Nesse mesmo dia terão início as inscrições para a formação de 45 horas/aulas com conteúdo dividido em quatro blocos: direito à saúde, SUS e seguridade social; financiamento em saúde; o planejamento do financiamento no SUS; controle social no SUS.
Conheça aqui a estrutura do curso e inscreva-se a partir de 28 de abril!
O curso introdutório sobre a temática é destinado à população em geral, podendo ser feito por pessoas com diferentes níveis de instrução. Possui uma linguagem dialógica e acessível. A capacitação também pode servir de base para estudos desenvolvidos por programas de graduação e de pós-graduação, como economia da saúde e financiamento da saúde.
O objetivo de Economia da Saúde para Todos é contribuir para compreensão de como os recursos públicos são empregados na saúde e assim a população esteja atenta para garantir o direito de todos à saúde, como estabelecido na Constituição de 1988.
“Tudo que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta não é de graça. O dinheiro sai do bolso de cada cidadão e cidadã brasileira. São nossos recursos que custeiam o SUS, porque é um patrimônio público do povo para o povo. É importante conhecermos como esse sistema é financiado, suas regras e formas de operar. Para isso vamos conversar sobre o tema contando histórias baseadas na vida real. A ideia de lançar a formação numa feira vem da nossa vivência em espaços abertos, inclusive tendo realizado aulas abertas nesses locais”, explica a coordenadora da capacitação, a pesquisadora Islândia Carvalho.
O curso é fruto de uma parceria entre pesquisadores e docentes da Fiocruz Pernambuco, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade de Pernambuco (UPE), que formam o Grupo de Pesquisa em Economia Política da Saúde. Recentemente, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) passou a integrar a equipe.
“A possibilidade de realizar um trabalho interinstitucional entre universidades e institutos de pesquisa para informar sobre a temática do financiamento da saúde, de forma traduzida e acessível, exigiu do grupo de pesquisadores um intenso exercício de devolutiva à sociedade de um saber acumulado por nós que lhes é de direito”, explica a líder do Grupo de Pesquisa em Economia Política da Saúde, Adriana Falangola, professora da UFPE.
Serviço:
Curso Economia da Saúde para Todos (EaD)
Dia: 28/04/23
Horário: 9h
Local: Feira de Orgânicos da Fiocruz PE (estacionamento da instituição)
Inscrições: https://campusvirtual.fiocruz.br/gestordecursos/hotsite/economiadasaude
#ParaTodosVerem Ao fundo da imagem, pessoas em uma feira. No topo do banner o tema do curso: Economia da Saúde para Todos, no fundo a foto de uma senhora fazendo compras na feira. No centro do banner está escrito: Lançamento do curso – Economia da Saúde para Todos (EaD), abaixo o dia: 28/04/23, 9 horas e local: Feira de Orgânicos da Fiocruz PE (estacionamento da instituição).
Em entrevista exclusiva ao Bate Papo na Saúde, Nísia Trindade Lima, primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde, conversou com a coordenadora do Canal Saúde, Márcia Corrêa e Castro, sob o tema "Novas Perspectivas da Saúde Pública no Brasil". No programa exibido no dia 3 de abril, a ministra abordou tópicos como a 17ª Conferência Nacional de Saúde, desafios para a saúde no país e novos caminhos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Para a ministra, o Brasil vive três grandes desafios na área da saúde: recuperar a confiança no Ministério, situar as ações prioritárias e pensar a saúde como política social e como agenda de futuro do país. Segundo Nísia, além do grande impacto da pandemia, somam-se os desafios de uma conjuntura política desfavorável e difícil para a saúde. "Um país que conta hoje com 33 milhões de pessoas em situação de fome e mais um grande contingente em situação de insegurança alimentar, não pode ser um país de pessoas saudáveis.", afirma. "A saúde deve ser uma base para se pensar numa agenda de futuro para o país, recuperando cidadania, qualidade de vida, mas também recuperando e avançando na capacidade de desenvolvimento sustentável do nosso país."
Confira a entrevista completa no site do Canal Saúde.
*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol.
Nos dias 8 e 9 de março, a Vice-Direção de Ensino da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (VDE/Ensp) promoverá a 1ª Jornada dos Cursos de Lato Sensu e Qualificação Profissional. A atividade tem foco nas produções discentes elaboradas nos últimos quatro anos e busca fortalecer o ensino profissional, considerando sua importância na formação de quadros para o Sistema Único de Saúde (SUS). O evento é presencial e aberto a todos os interessados, e poderá ser acompanhado também de forma remota pelo canal da Ensp no Youtube. Não é necessário inscrição prévia.
A Jornada é organizada pela Comissão de Lato Sensu e Qualificação Profissional (CLSQP) de forma coletiva, e contará com atividades científicas, culturais e artísticas. Haverá tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
De acordo com o coordenador de Lato Sensu da VDE, Gideon Borges, a ideia de realizar uma jornada acadêmica foi uma decisão coletiva da CLSQP, que propôs um levantamento junto aos Centros e Departamentos da Ensp para identificar fragilidades e alternativas de enfrentamento aos problemas que afetam diretamente a realização plena dos cursos LSQP.
“A indicação pela jornada acadêmica foi consenso. Esse evento é parte da agenda de prioridades da Vice-Direção de Ensino da Ensp, que busca fortalecer esse nível de ensino, dada a sua importância para a formação de profissionais que atuam no sistema de saúde brasileiro”, destacou ele.
Atenção Primária e os desafios para a formação profissional
A Atenção Primária em Saúde e os desafios para a formação Lato Sensu e Qualificação Profissional foi o tema escolhido pelo Grupo de Trabalho indicado pela CLSQP, que ficou responsável por planejar, desenvolver e avaliar todas as atividades envolvidas na Jornada Acadêmica.
Os objetivos da Jornada Acadêmica da Ensp são divulgar a produção discente dos cursos da Escola; promover o diálogo com os serviços de saúde e parceiros; fortalecer a relação da Ensp com atores da prática; além de identificar elementos comuns para construção de uma agenda de diretrizes para o fortalecimento profissional no cumprimento da sua vocação: a formação para os serviços de saúde.
Nesta perspectiva, a atividade contará com a participação de pesquisadores, docentes, e discentes matriculados e egressos dos mais diversos cursos da Ensp e da Fiocruz, alunos de outras instituições de ensino e pesquisa, gestores dos serviços de saúde das três esferas, profissionais de saúde e movimentos sociais da sociedade civil.
“Será uma oportunidade para discutirmos o projeto de ensino da Ensp com o debate de temas como a Atenção Primária em Saúde e os desafios para a formação Lato Sensu e Qualificação Profissional; o atendimento a grupos vulnerabilizados na Atenção Básica e o papel da formação em saúde; além de temas como Cuidado, Violência, Educação, Informação e Comunicação em Saúde. Convidamos a todos para participar da 1ª Jornada Acadêmica da Ensp, que será realizada em quatro turnos, nos dias 8 e 9 de março, conforme a programação”.
A programação completa da atividade será divulgada, em breve, nos canais de comunicação da Ensp. Acesse o Informe Ensp e siga a Escola nas redes sociais.
A Ensp fica localizada na Rua Leopoldo Bulhões, 1.480, Manguinhos, Rio de Janeiro.
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Está disponível em acesso aberto o e-book 'Financiamento e organização da Atenção Primária à Saúde: mudanças e tendências nas regras federais do SUS'. A obra é fruto de uma pesquisa “Mudanças nas regras de transferência de recursos federais do Sistema Único de Saúde (SUS): implicações e desafios para o financiamento e a organização da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil”, realizada desde 2020 por pesquisadores, professores e alunos do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp) e do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Londrina (UEL), sobre as mudanças nas regras de transferência de recursos federais do SUS.
Acesse aqui para realizar o download do e-book.
Financiado pelo Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde (Fiocruz/VPPCB/PMA), o e-book traz uma análise das implicações e desafios para o financiamento e a organização da Atenção Primária à Saúde no Brasil, apresentando uma série de reflexões para os problemas desencadeados pelas alterações nas regras de transferência de recursos federais do Sistema Único de Saúde.
Aborda as mudanças nas regras sobre o financiamento federal da APS a partir de 2015; congelamento das despesas primárias da União; a possibilidade de conformação e coexistência de equipes e modalidades de prestação da assistência não referenciadas ao modelo da Estratégia de Saúde da Família; e a introdução de requisitos de adesão e critérios alocativos, alterando a composição e os valores transferidos no âmbito da política nacional de saúde. Essas mudanças têm repercutido nas transferências de recursos financeiros aos estados e municípios brasileiros, intensificando preocupações e desafios para gestores, profissionais e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
A partir dos problemas observados, o livro pretende difundir novos conhecimentos e informações qualificadas sobre o financiamento e a gestão da APS no Brasil, destacando as regras que orientam os respectivos repasses federais e as mudanças implementadas entre 2015 e 2021. Busca-se fomentar uma rede de estímulo à adoção e intercâmbio de práticas e políticas para o fortalecimento do SUS, tendo como referência uma APS robusta, abrangente e de qualidade.
A publicação foi organizada em três capítulos, além de uma introdução e uma seção de considerações finais, com dois focos principais:
- oferecer elementos teóricos e técnicos para apoiar a reflexão crítica e a tomada de decisão acerca da gestão e do financiamento da APS;
- apresentar, de forma sistematizada, as alterações nas regras que incidem na composição das transferências de recursos federais do SUS e suas repercussões no financiamento e na organização da APS.
O primeiro capítulo do livro envolve os principais aspectos da organização da APS e o papel dos gestores do SUS, tratando de aspectos teóricos e práticos.
O segundo aborda o financiamento federal da APS, apresentando as regras a partir de uma linha do tempo e de uma categorização temática, expondo as principais mudanças produzidas.
O terceiro procura levar o leitor a uma reflexão sobre algumas situações-problema recorrentes no cotidiano da gestão e do financiamento da saúde em âmbito municipal, regional e/ou estadual, apresentando caminhos frente a alguns desafios estratégicos.
Por último, as considerações finais trazem um balanço e os impactos das mudanças nas regras de financiamento federal da APS para os municípios.
O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) está com processo seletivo aberto para diversas oportunidades em cursos de especialização. Entre as oportunidades abertas, o instituto oferece vagas para especialização em enfermagem, especialização multiprofissional em ciências humanas e sociais e especialização multiprofissional em medicina – neste programa há vagas extras exclusivas para convênio com o governo de Moçambique. As inscrições podem ser realizadas até 25 de janeiro.
O IFF/Fiocruz tem como missão promover saúde para mulher, criança e adolescente e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). As especializações constituem o programa de ensino de pós-graduação Lato sensu, que tem como objetivo aprofundar conhecimentos e habilidades em um setor definido de uma ampla área do saber e da profissão.
A estrutura dos cursos é pautada em discussões e reflexões na temática da saúde de mulheres, crianças e adolescentes com base nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e nas ações programáticas do Ministério da Saúde.
Para se candidatar a este curso, é necessário possuir graduação completa na área da saúde desejada, realizada em instituição credenciada pelo Ministério da Educação (MEC), e estar com situação regularizada junto ao Conselho Regional do Estado do Rio de Janeiro de cada especialidade. Candidatos de outros estados também pode participar do processo seletivo, mas deverão possuir habilitação para atuar profissionalmente no estado do Rio de Janeiro.
Confira aqui o edital completo do programa e, abaixo, as informações e requisitos específicos de cada curso.
Especialização em enfermagem na Atenção à Saúde da Mulher
É necessário possuir graduação plena em enfermagem.
O curso possui carga horário total de 480h e terá duração de um ano.
Foram disponibilizadas 3 (três) vagas, com 1 (uma) vaga reservada às Ações Afirmativas para Negros (Pretos e Pardos).
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
Especialização multiprofissional em Políticas Sociais e Intersetorialidade
É necessário possuir graduação plena em área profissional da saúde, e áreas das Ciências Sociais e Humanas.
O curso possui carga horário total de 390h e terá duração de um ano.
Foram disponibilizadas 12 (doze) vagas, com vagas reservadas às Ações Afirmativas, distribuídas em: 5 (cinco) vagas reservadas para Negros (Pretos e Pardos); 1 (uma) para Indígenas; e 2 (duas) para Pessoas com Deficiência (PcD).
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
Especialização multiprofissional em Promoção da Saúde
É necessário possuir graduação plena em área profissional da saúde, e áreas de Educação e Serviço Social.
O curso possui carga horário total de 550h e terá duração de um ano.
Foram disponibilizadas 14 (quatorze) vagas. As vagas reservadas para Ações Afirmativas estão distribuídas da seguinte maneira: 4 (quatro) vagas para Negros (Pretos e Pardos); e 2 (duas) para Pessoas com Deficiência (PcD).
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
Especializações em Medicina
Anestesiologia Pediátrica e Neonatal (Avançado)
É necessário ter concluído programa de Residência Médica em Anestesiologia Geral ou possuir título de especialista em anestesiologia credenciado pela Comissão Nacional de Médicos Residentes, do Ministério da Educação (CNRM/MEC).
O curso possui carga horário total de 948h, com treinamento em serviço com carga horária semanal de 24h, e terá duração de um ano.
Foram disponibilizadas 3 (três) vagas, com 1 (uma) vaga reservada às Ações Afirmativas para Pessoas com Deficiência (PcD).
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
Cirurgia Plástica Reconstrutoranas Patologias Mamárias
É necessário ter concluído programa de Residência em Cirurgia Plástica credenciado pela CNRM/MEC ou possuir título de especialista ou outra titulação que será submetida à comissão de seleção.
O curso possui carga horário total de 555h, com treinamento em serviço com carga horária semanal de 12h, e terá duração de um ano.
Foram disponibilizadas 2 (duas) vagas.
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
É necessário ter concluído programa de Residência Médica em Obstetrícia/Ginecologia ou Endocrinologia credenciado pela CNRM/MEC.
O curso possui carga horário total de 960h, com treinamento em serviço com carga horária semanal de 20h, e terá duração de um ano.
Foi disponibilizada 1 (uma) vaga, sendo 1 (uma) reservada às Ações Afirmativas para Negros (Pretos e Pardos).
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
Infectologia Pediátrica (Curso Básico)
É necessário ter conclusão em programa de Residência Médica em Pediatria credenciado pela CNRM/MEC.
O curso possui carga horário total de 960h, com treinamento em serviço com carga horária semanal de 24h, e terá duração de um ano.
Foram disponibilizadas 2 (duas) vagas, sendo 1 (uma) reservada às Ações Afirmativas para Negros (Pretos e Pardos).
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
É necessário ter conclusão em programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia credenciado pela CNRM/MEC ou título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia (Tego).
O curso possui carga horário total de 1.245h, com treinamento em serviço com carga horária semanal de 24h, e terá duração de um ano.
Foram disponibilizadas 3 (três) vagas, e as reservas de vagas para Ações Afirmativas distribuídas em: 1 (uma) vaga para Negros (Pretos e Pardos), e 1 (uma) para Indígenas.
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
*Obs: este programa disponibilizará 2 (duas) vagas extras exclusivas para convênio com governo de Moçambique.
É necessário ter conclusão em programa de Pós Graduação Lato sensu reconhecidas pelo MEC, na área de medicina fetal perfil (???).
O curso possui carga horário total de 1.065h, com treinamento em serviço com carga horária semanal de 20h, e terá duração de um ano.
Foram disponibilizadas 2 (duas) vagas,com 1 (uma) reservada às Ações Afirmativas para Negros (Pretos e Pardos).
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
É necessário ter conclusão em programa de Residência Médica em neurocirurgia, até março/2022, credenciada pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pelo Ministério da Educação (MEC).
O curso possui carga horário total de 948h, com treinamento em serviço com carga horária semanal de 20h, e terá duração de um ano.
Foi disponibilizada 1 (uma) vaga.
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
Neurologia Pediátrica e Neurologia Pediátrica (curso avançado)
É necessário ter concluído programa de residência médica em pediatria.
Cada curso possui carga horário total de 3.840h, com treinamento em serviço com carga horária semanal de 40h, e terão duração de 2 (dois) anos.
Foi disponibilizada 1 (uma) vaga para cada curso.
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
Patologia Cervical Uterina e Colposcopia
É necessário ter conclusão em programa de Residência Médica em Obstetrícia/Ginecologia credenciado pela CNRM/MEC em ou de especialização em Ginecologia.
O curso possui carga horário total de 465h, com treinamento em serviço com carga horária semanal de 10h, e terá duração de 1 (um) ano.
Foi disponibilizada 1 (uma) vaga.
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
É necessário ter concluído programa de Residência Médica em Pediatria credenciado pela CNRM/MEC.
O curso possui carga horário total de 3.690h, com treinamento em serviço com carga horária semanal de 40h, e terá duração de 2 (dois) anos.
Foi disponibilizada 1 (uma) vaga, com 1 (uma) vaga reservada às Ações Afirmativas para Negros (Pretos e Pardos).
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
Uroginecologia e Distopias Genitais
É necessário ter concluído programa de Residência Médica em Obstetrícia/Ginecologia credenciado pela CNRM/MEC ou certificado de pós-graduação em ginecologia e registro no Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).
O curso possui carga horário total de 960h, com treinamento em serviço com carga horária semanal de 20h, e terá duração de 1 (um) ano.
Foi disponibilizada 1 (uma) vaga.
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
É necessário ter conclusão em programa de Residência Médica em Cirurgia Pediátrica credenciado pela CNRM/MEC ou curso de especialização em Cirurgia Pediátrica.
O curso possui carga horário total de 1.920h, com treinamento em serviço com carga horária semanal de 30h, e terá duração de 1 (um) ano.
Foi disponibilizada 1 (uma) vaga.
Os interessados devem realizar a inscrição no processo seletivo até 25 de janeiro.
O Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil), da Fundação Oswaldo Cruz, realizou seu 1° Seminário Internacional debatendo o tema: "Vigilância em saúde: aspectos relacionados às fronteiras, ao SUS e ao regulamento sanitário Internacional". O evento, que contou com a participação de especialistas da Fiocruz, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Ministério da Saúde, aconteceu dia 3 de dezembro e está disponível na íntegra no canal da VideoSaúde Distribuidora no YouTube. Assista!
Na mesa de abertura, a coordenadora-geral Adjunta de Educação da Fiocruz (CGE/VPEIC) e coordenadora do Programa VigiFronteiras-Brasil, Eduarda Cesse, ressaltou a emoção de encontrar os alunos depois de um período de mais de um ano com intenso aprendizado de maneira remota, revelando que 16 disciplinas já foram cursadas e 80% dos alunos de mestrado estão qualificados. "As trocas aqui foram muito fortes e intensas. E isso mostra a importância de levar uma formação dessa natureza para as áreas de fronteira do Brasil com os países sul-americanos vizinhos".
Entre os palestrantes estavam o coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, que falou sobre aspectos da vigilância laboratorial em saúde; o consultor Nacional na Unidade Técnica de Vigilância, Preparação e Resposta às Emergências e Desastres na Opas/OMS-BR Rodrigo Frutuoso, que abordou pontos sobre o Regulamento Sanitário Internacional; e a coordenadora substituta do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Rebeca Campos, que apresentou aspectos relacionados à estruturação dos Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) no Brasil, especialmente nas fronteiras.
O pesquisador da Fiocruz Brasília Eduardo Hage foi debatedor do encontro. Eduarda Cesse e a coordenadora acadêmica do Programa VigiFronteiras-Brasil, Andréa Sobral, foram as responsáveis pela condução das discussões.
A Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp), em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), abriu inscrições para o curso online de qualificação profissional em nível de atualização Oficinas Clínicas do Cuidado - Narrativas e Reconstrução de Sentidos para o Trabalho em Saúde 2023. O curso é destinado aos alunos do 2º ano do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Ensp e outros profissionais de saúde ou áreas afins, de nível superior, que estejam atuando em funções assistenciais ou gerenciais em unidades de saúde do SUS, ou que exerçam funções de cuidado em outros serviços públicos. As inscrições estão disponíveis até às 16h de 23 de janeiro de 2023.
O objetivo do programa é contribuir com a compreensão e reconstrução de sentidos acerca das questões ligadas à dimensão do trabalho em saúde e da produção do cuidado. Através do desenvolvimento de oficinas clínicas psicossociológicas, apoiadas em processos grupais e na utilização de casos como dispositivos de intervenção nos processos de trabalho em saúde, pretende-se favorecer a discussão das experiências do cotidiano assistencial, oportunizando o reconhecimento e elaboração dos diferentes elementos que envolvem a cena clínica e influenciam, de diversas maneiras, a relação com os pacientes e os colegas, bem como o resultado terapêutico.
Coordenado por Marilene de Castilho Sá e Lilian Miranda, o curso terá carga horária total de 96 horas trabalhadas por via remota, através da plataforma digital ZOOM, e será ministrado semanalmente, às terças-feiras, das 9h às 12h e das 14h às 17h, com início em 14 de março de 2023 e término em 27 de junho de 2023.
Os cursos são estruturados em grupos de unidades de aprendizagem:
UNIDADE DE APRENDIZAGEM I:
Estão destinados à atividade reflexivas, em sala remota, a partir da realização de discussões de textos previamente indicados, debates e aulas expositivas.
Apresenta o cuidado em diferentes abordagens teóricas e em suas dimensões intangíveis: por uma clínica dos sujeitos e das organizações de saúde;
UNIDADE DE APRENDIZAGEM II:
Está voltado para o desenvolvimento de um trabalho em pequenos grupos, centrado na produção de narrativas e reconstrução de casos ou situações relacionadas ao cuidado em saúde, vividas pelos profissionais no cotidiano dos serviços de saúde onde trabalham.
Abroda processos grupais e construção de narrativas: estratégias de (re) construção de sentido das práticas de cuidado e do trabalho em saúde.
São ofertadas 44 vagas, das quais 20 são destinadas à demanda livre de profissionais de saúde ou áreas afins, de nível superior, que estejam atuando em funções assistenciais ou gerenciais em unidades de saúde do SUS, ou que exerçam funções de cuidado em outros serviços públicos (considerados, para efeito de seleção, do grupo I); e 24 aos profissionais de saúde de nível superior que se encontram matriculados no segundo ano do curso de especialização em Estratégia de Saúde da Família em nível de Residência, da Ensp (considerados Grupo II para fins de seleção).
Confira aqui o edital completo do curso.
*Com informações da Ensp.
As infecções sexualmente transmissíveis têm um importante impacto na saúde sexual e reprodutiva da população. Por outro lado, o diagnóstico precoce e preciso, além do tratamento adequado e oportuno, melhoram a qualidade de vida, interrompem a cadeia de transmissão e são instrumentos essenciais de prevenção de complicações decorrentes dessas infecções. Para orientar e sensibilizar profissionais de saúde que lidam diretamente com a realização de testes rápidos — procedimentos pré, pós e durante a testagem - o Ministério da Saúde, em parceria com a Fiocruz, lança hoje o curso Utilização dos testes rápidos no diagnóstico da infecção pelo HIV, da Sífilis e das Hepatites B e C. A formação — online, gratuita e autoinstrucional — tem carga horária de 15h e é dividida em cinco módulos. Conheça o curso e participe!
O curso, desenvolvido no âmbito do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (DCCI/SVS/MS) e disponível na plataforma Moodle do Campus Virtual Fiocruz, é aberto a todos os interessados nas diretrizes de diagnóstico da infecção pelo HIV, Sífilis e Hepatites Virais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na utilização de testes rápidos (TR).
Os módulos apresentam orientações e metodologias adequadas acerca dos procedimentos pré-teste, durante a testagem e para o pós-teste, passando por informações mais básicas acerca da importância dos TR, a composição dos kits, a forma de organização e armazenamento dos mesmos até a interpretação de seus resultados, o encaminhamento dentro da rede de atenção à saúde do território, entre outros. A formação engloba a apresentação de manuais e guias oficiais do Ministério da Saúde e ações preconizadas pelos fabricantes para a execução dos testes rápidos.
De acordo com o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (DCCI/SVS/MS), esse lançamento tem suma importância na qualificação dos profissionais envolvidos na testagem rápida no âmbito do SUS. O Departamento aponta que conhecer o Guia Prático para Execução de Testes Rápidos, os Manuais de Diagnóstico e suas recomendações permite que os profissionais entendam a relevância desses testes na ampliação do diagnóstico do HIV, da sífilis e das hepatites virais; bem como realizem a sua oferta com maior segurança e garantia de qualidade.
A coordenadora da formação pela Fiocruz, Tânia Fonseca, ressaltou que o objetivo do curso é capacitar profissionais de saúde no que se refere ao diagnóstico desses agravos para realizar, com qualidade e segurança, os testes rápidos disponíveis na rede do SUS. "Estar atualizado sobre os testes disponíveis é de extrema importância, pois não apenas garante que os exames sejam feitos da mesma forma, independentemente do local do país no qual o paciente se encontra, mas, sobretudo, propicia que os profissionais estejam sempre sendo atualizados e mantendo o padrão de qualidade e realização de exames", detalhou ela.
Para Tânia, que atua como assessoria técnica da Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, esta nova formação sela mais uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Fundação, consolidada aqui como "uma oferta clara, segura e qualificada ao SUS".
Conheça a estrutura do curso Utilização dos testes rápidos no diagnóstico da infecção pelo HIV, da Sífilis e das Hepatites B e C: