Nada melhor para celebrar a geração de conhecimento do que reconhecimento. Como parte das ações de valorização de quem faz a educação na Fiocruz, a Presidência da instituição lançou o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses. O anúncio foi feito durante o evento de comemoração pelo Dia do Professor, realizado em 17 de outubro, na Tenda da Ciência, no campus Manguinhos.
Durante o evento – no qual também foram homenageados os alunos que se destacaram em no Prêmio Capes de Tese – a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, comentou a importância de incentivar jovens cientistas. “É fundamental oferecer condições para que os estudantes e novos pesquisadores possam se desenvolver e apresentar suas contribuições para os diversos campos do conhecimento. Estamos felizes em instituir esta premiação como parte das diversas iniciativas que celebram o Ano Oswaldo Cruz”.
Sobre o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2017
O novo edital incentiva a produção de teses de elevado valor, que promovam avanços no campo da saúde nas diversas áreas temáticas de atuação institucional, como destaca o vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Manoel Barral. "É mais uma ação indutora, com a intenção de provocar avanços e fomentar inovações, estimulando o pensamento criativo e crítico dos alunos de pós-graduação, o que se expressa nas teses das várias áreas de atuação da Fiocruz”.
As inscrições para o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses vão até o dia 13 de novembro. Poderão concorrer autores de teses defendidas entre maio de 2016 e abril de 2017 de cursos da Fiocruz e cursos nos quais a Fundação participa de forma compartilhada e que sejam registrados na Coordenação Geral de Educação (CGE - antiga Coordenação Geral de Pós-graduação - CGPG).
Será selecionada uma tese de cada uma das seguintes áreas: saúde coletiva; ciências biológicas aplicadas à saúde e biomedicina; ciências humanas e sociais; e medicina.
Acesse o edital e o regulamento aqui no Campus Virtual Fiocruz, na área de documentos.
Mais informações
Coordenação Geral de Educação
Telefone: (21) 3885-1715
E-mail: PremioOCTeses2017@fiocruz.br
Por Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz) | Foto: Peter Ilicciev
Até o dia 6 de outubro, o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) recebe inscrições para o processo seletivo do programa de curso de Mestrado Profissional em Pesquisa Clínica. O curso tem o objetivo de formar mestres qualificados para atuar nos aspectos técnicos da condução de pesquisas clínicas, aumentando a capacidade da Fiocruz e demais servidores das esferas municipais, estaduais ou federais e profissionais da iniciativa privada nessa atividade.
São oferecidas 20 vagas para profissionais de nível superior, em qualquer área de graduação. O curso prioriza o desenvolvimento de projetos que resultem em produtos passíveis de aplicação imediata na melhoria da qualidade dos setores nos quais o aluno desenvolve suas atividades profissionais. Ou seja, o candidato deve escolher uma das linhas de pesquisa de pesquisa do mestrado e, ao fim do curso, apresentar um produto que possa ser empregado na sua prática profissional.
Todas as disciplinas são obrigatórias e as atividades presenciais serão realizadas às segundas-feiras, durante oito horas ao longo dos 24 meses do programa.
Mais informações
Conheça o perfil do curso e acesso ao edital aqui no Campus Virtual Fiocruz.
Secretaria Acadêmica do INI:
E-mail: cpgmp@ini.fiocruz.br
Telefone: (21) 3865-9581
Fonte: Antonio Fuchs (INI/Fiocruz) | Foto: Rodrigo Mexas
Mais uma vez os cursos de pós-graduação da Fiocruz se destacaram na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), divulgada na última terça-feira (19/9). Nove programas aumentaram a sua nota – sendo que seis cursos receberam a nota máxima – e 20 mantiveram notas iguais ou acima de 5, o que significa um desempenho muito bom. Foram avaliados 42 cursos da Fundação, de mestrado acadêmico e doutorado, e mestrado profissional, alguns em rede ou em colaboração com outras instituições.
O vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Manoel Barral, destacou: "Esse resultado é fruto de anos de trabalho desenvolvido por vice-diretores de Educação, coordenadores de programas de pós-graduação, profissionais das secretarias acadêmicas, professores e alunos da instituição, comprometidos com o papel estratégico da Fiocruz na formação de recursos humanos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e com o ensino de excelência acadêmica".
Na modalidade mestrado acadêmico e doutorado, nove programas da Fiocruz tiveram desempenho equivalente a padrões internacionais de excelência, com notas 6 e 7, e fazem parte do seleto grupo que reúne 11% dos programas avaliados no Brasil. Os programas em Biologia Celular e Molecular e em Biologia Parasitária, ambos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz); e Ciências da Saúde, da Fiocruz Minas, receberam a nota máxima, 7.
Quatro programas tiraram nota 6: Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa e de Patologia Humana (ambos da Fiocruz Bahia, sendo o último em colaboração com a Universidade Federal da Bahia - UFBA); Ensino em Biociências e Saúde e de Medicina Tropical (ambos do IOC); e Saúde Pública e de Epidemiologia em Saúde Pública (da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - Ensp/Fiocruz).
Mestrado profissional
Três programas de mestrado profissional receberam a nota máxima, que é 5. São os programas de Saúde Pública e de Epidemiologia em Saúde Pública, da Ensp; e de Vigilância Sanitária, do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).
Mais seis programas ficaram com nota 4: de Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz); de Tecnologia de Imunobiológicos, do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz); de Saúde Pública, do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco); de Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica, do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz); de Saúde da Criança e da Mulher, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz); e de Saúde da Família, da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (Renasf), coordenada pela Fiocruz Ceará.
Confira os resultados da avaliação no site da Capes e as notas recebidas pelos cursos da Fundação.
Por Leonardo Azevedo (CCS/Fiocruz) | Foto: Gutemberg Brito (IOC/Fiocruz)
Yes, nós temos cursos de idiomas! E também mais prazo para quem quiser aproveitar essas oportunidades de capacitação oferecidas pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) por meio da Coordenação-Geral de Pós-Graduação (CGPG), a saber:
Os editais fazem parte das iniciativas de ampliação e fortalecimento do Programa de Internacionalização da Educação e atendem à demanda da Associação de Pós-graduandos (APG Fiocruz) e dos programas Stricto sensu da Fundação. As capacitações serão realizadas em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Confira a seguir as informações sobre cada seleção e acesse os editais para saber todos os detalhes sobre os cursos.
INGLÊS PARA REDAÇÃO DE ARTIGOS ACADÊMICOS
Público e objetivo: capacitar estudantes dos programas de pós-graduação Stricto sensu da instituição, para que escrevam artigos científicos em inglês, ampliando a visibilidade internacional das pesquisas realizadas na Fiocruz.
Prazos:
Acesse o edital aqui no Campus Virtual Fiocruz: https://campusvirtual.fiocruz.br/gestordecursos/mod_hotsite/InglesRedacao
INGLÊS BÁSICO PARA PROFISSIONAIS DAS SECRETARIAS ACADÊMICAS
Público e objetivo: essa capacitação é voltada aos profissionais que atuam nas Secretarias Acadêmicas e visa melhorar o atendimento aos alunos e pesquisadores estrangeiros.
Prazos:
Acesse o edital aqui no Campus Virtual Fiocruz: https://campusvirtual.fiocruz.br/gestordecursos/mod_hotsite/InglesBasico
PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS
Público e objetivo: o curso é aberto a alunos e pesquisadores visitantes e tem o objetivo de aperfeiçoar os alunos a melhor compreender a língua portuguesa, ampliando sua capacidade de aproveitamento das disciplinas, assim como a interação e a cooperação nas áreas acadêmica e de pesquisa na Fiocruz.
Prazos:
Acesse o edital aqui no Campus Virtual Fiocruz: https://campusvirtual.fiocruz.br/gestordecursos/mod_hotsite/PortuguesEstrangeiro
Por Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)
Uma turma que valoriza os professores, alunos e cidadãos, supercomprometida com a entrega dos trabalhos, que comparece em peso aos debates e se envolve para buscar soluções comuns merece nota 10, certo? Este é o perfil dos profissionais das Secretarias Acadêmicas da Fiocruz, essenciais à gestão dos serviços e informações oferecidos na área de educação. No dia 25 de agosto, eles lotaram o auditório Maria Deane, em Manguinhos, para participar do 1º Fórum das Secretarias Acadêmicas da Fiocruz (Secas).
O encontro foi organizado a partir de uma iniciativa das secretárias acadêmicas Monique Brandão (Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira– IFF/Fiocruz) e Viviane Deberge (Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - Ensp/Fiocruz), que são alunas do Curso de Especialização em Gestão Acadêmica. O evento, que tem o objetivo de compartilhar conhecimentos, experiências e práticas entre os profissionais da área, contou com o apoio da Coordenação Geral de Pós-graduação da Fiocruz (CGPG).
A coordenadora da CGPG, Cristina Guilam, abriu o Fórum. “É uma honra e um prazer poder estimular esta iniciativa”, disse. E passou a palavra para André Souza dos Santos, assessor e secretário da Coordenação, que atua apoiando as diversas unidades da instituição, representando o papel de referência e apoio dos secretários acadêmicos. “É muito importante ter um espaço próprio para trocar experiências e discutir questões em comum”, destacou André.
Monique fez coro: “Ao longo de toda a especialização, percebemos como nos fortalecemos trabalhando em equipe”, disse. Ela agradeceu a grande adesão dos colegas que atuam nas Secas na Fiocruz, e sua participação presencialmente ou através da transmissão pela internet nas diversas unidades da instituição no país.
Viviane, por sua vez, contou que a ideia surgiu a partir de um dos trabalhos da pós em Gestão Acadêmica. “O André compartilhou um artigo sobre uma iniciativa semelhante no Sul do Brasil e pensamos que a Fiocruz poderia ter um espaço nestes moldes para compartilharmos conhecimentos”.
Quem faz a gestão dos cursos quer cursos
Antes de apresentar a especialização, oferecida em conjunto pelo IFF e a Ensp, a coordenadora Maria Auxiliadora Gomes (IFF/Fiocruz) saudou a iniciativa do Fórum. “Estou muito feliz de estar aqui celebrando a abertura deste espaço de trabalho, onde poderemos adaptar diferentes experiências para beneficiar o conjunto da instituição”. Em seguida, ela lembrou como o curso foi concebido, comentou a grande demanda inicial que receberam, e falou sobre a estrutura da especialização, cujo foco é a qualificar quem trabalha na gestão dos processos, a fim de melhorar os serviços de ensino na pós-graduação.
Depois, os membros do Fórum assistiram a uma apresentação sobre o Campus Virtual Fiocruz (CVF), ambiente virtual que integra diversos serviços e informações na área de educação, como cursos, ambientes e comunidades virtuais de aprendizagem, videoaulas, recursos educacionais abertos, notícias e eventos. A coordenadora do CVF, Ana Furniel, lembrou que, para articular as áreas de educação, informação e comunicação, é muito importante que os sistemas sejam alimentados corretamente. “Vocês são fundamentais para fazermos as informações chegarem aos alunos, professores, pesquisadores e, de uma forma mais ampla, a todos os cidadãos que buscam a Fiocruz”. Ela também destacou a nova proposta de integração de sistemas para a atualização e exibição de cursos livres.
O encontro também foi uma oportunidade de informar sobre os investimentos nas ações do Programa de Excelência da Pós-graduação, como as de internacionalização do ensino. Na reunião, um dos destaques foi o curso de inglês básico que prepara os profissionais das Secretarias Acadêmicas para melhor receber, atender e orientar os alunos estrangeiros a preencher formulários, buscar recursos, se ambientar na instituição etc. Inicialmente, a CGPG está oferecendo 15 vagas para o curso, que tem duração de um ano. Os detalhes da seleção – como o procedimento de indicação do responsável pelo ensino nas unidades – serão divulgados até o dia 5 de setembro. O início do curso está previsto para 18 de setembro, e as inscrições serão realizadas através do Campus Virtual Fiocruz.
Nos bastidores, eles são os protagonistas
Após as exposições iniciais, os protagonistas do evento entraram em cena. Assim como no seu dia a dia, os membros das Secas estavam cheios de questões para encaminhar com os colegas. Muito participativos, os integrantes do novo Fórum também já aproveitaram para propor alguns temas para os próximos encontros.
Entre eles, prestigiando o evento presencialmente após uma madrugada em viagem, estava o chefe da Secretaria Acadêmico da Fiocruz Amazônia, Aldemir Maquiné, falou sobre a experiência da regional com a formulação de indicadores sobre a gestão de qualidade no ensino, que poderia ser aproveitada por outras unidades. Já Sandro Hilário, que tem o mesmo cargo na Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), elogiou o processo de ampliação de espaços coletivos, promovidos pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) e propôs aos membros discutir a padronização de editais.
Por ser a primeira reunião, havia, claro, uma expectativa sobre a própria forma de organização do grupo daqui para frente. Como será formalizado o Fórum, qual será sua periodicidade, como será a dinâmica para debater e encaminhar as pautas, e o registro e acesso à memória dos encontros? Questões de ordem que a turma já está tratando de pensar e solucionar. Nada mais natural entre os secretários acadêmicos, não é mesmo?... Então, que venha o próximo encontro!
Por Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz) | Fotos: Peter Ilicciev (CCS/Fiocruz)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (Secadi/MEC), divulgam o Edital n° 38/2017, que selecionará projetos de pesquisa dedicados à temática de Educação em direitos humanos e diversidades. O objetivo é aprofundar as análises sobre relações, desdobramentos e implicações envolvendo a área, além de estimular a criação, o fortalecimento e a ampliação de áreas de concentração sobre o tema em programas de pós-graduação Stricto sensu. As propostas deverão ser submetidas à Capes pelo formulário on line até o dia 5 de outubro.
Candidatos
Podem se candidatar pesquisadores de instituições de ensino superior brasileiras, públicas e privadas sem fins lucrativos, integrantes do Pacto Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade e da Cultura de Paz e Direitos Humanos, que tenham programas de pós-graduação Stricto sensu acadêmicos recomendados pela Capes com áreas de concentração ou linhas de pesquisa dirigidas aos temas contemplados no Edital, ou que demonstrem claro compromisso institucional em estabelecê-las.
Linhas temáticas
Os projetos de pesquisa deverão se concentrar em pelo menos uma das seguintes linhas de pesquisa:
Itens financiáveis
Os recursos do edital serão destinados ao financiamento de itens de custeio, capital e bolsas. Serão financiadas despesas de custeio relacionadas às atividades do projeto, de passagens e diárias para participação em eventos (científico-acadêmico) relacionados à área de interesse do projeto no Brasil; despesas de capital para a aquisição de equipamentos e materiais, além de bolsas com valores fixados de acordo com normas específicas da Capese duração de até 24 meses vinculada ao prazo de vigência do projeto, nas modalidades iniciação científica, mestrado e pós-doutorado.
Fonte: CCS/Capes | Imagem: Freepik
A Comissão Acadêmica Nacional do Mestrado Profissional em Saúde da Família (ProfSaúde) esteve reunida na segunda-feira, dia 21 de agosto, para fazer um balanço do primeiro semestre e discutir outras questões relacionadas ao segundo semestre. A Comissão receberá os coordenadores locais das 18 instituições envolvidas na rede nos dias 22 e 23 de agosto.
O ProfSaúde é uma proposta de curso em rede nacional, apresentado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e instituições de ensino e pesquisa que atuam no país. Com a finalidade de formar profissionais de saúde que atuam no Saúde da Família/Atenção Básica nos diversos municípios brasileiros, o ProfSaúde fomenta ainda a produção de novos conhecimentos e inovações na atenção básica no país, considerando as diversidades regionais e locais, integrando parcerias entre instituições acadêmicas e gestores da saúde pública.
A coordenadora acadêmica nacional do ProfSaúde, Cristina Guilam, conta que o objetivo do encontro é conhecer a singularidade de cada instituição: “Existe uma diretriz geral, pois o ProfSaúde é um curso único, que teve um edital único, que tem um acompanhamento único. Mas cada instituição tem o seu ´sotaque'”, compara. "Nos perguntamos como o curso se desenvolve na região Norte, na região Nordeste e assim por diante".
A reunião foi pautada pelos seguintes temas: critérios para aproveitamento de créditos, avaliação das disciplinas, qualificação dos alunos e a situação da evasão (no caso do ProfSaúde, os índices foram baixíssimos). O professor Luiz Augusto Facchini, pró-reitor do curso, avaliou positivamente este primeiro semestre: "Há uma sinalização dos colegas das instituições que compõe a rede do ProfSaúde que o curso teve um desenvolvimento muito satisfatório em cada local, levando em conta suas peculiaridades e especificidades. Mas, em geral, estamos cumprindo a lógica de um curso único, em todo o território nacional, com uma grande abrangência. Tudo isso nos traz perspectivas bastante promissoras para um segundo semestre e para a conclusão do curso no próximo ano”, afirmou.
Além de Cristina Guilam e Luiz Facchini, participaram da reunião a coordenadora executiva Carla Pacheco Teixeira (Fiocruz); Anacláudia Fassa (UFPEL); Maria Eugênia Pinto (UFCSPA); Dario Pasche (Abrasco); Eliana Cyrino (Unesp); Elisabeth Fassa (UFPEL); Katia Silveira (Fiocruz); Teresa Maria Passarella (DEGES/MS); Marcia Lopes (Fiocruz); Fatima Antero (Fiocruz); Fúlvia da Silva (UFCSPA). Da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde do Ministério da Saúde vieram Lilian Resende e Maria Silvia Freitas.
Acesse as informações sobre o ProfSaúde aqui no Campus Virtual Fiocruz.
Fonte: Vilma Reis e Hara Flaeschen (Comunicação/Abrasco)
Apesar de um oceano de distância, há quase uma década Brasil e Moçambique atuam juntos na formação de uma geração de novos cientistas africanos, dedicados às questões de saúde locais. O Programa de Cooperação Internacional de Pós-graduação em Ciências da Saúde é resultado de uma parceria entre o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A iniciativa, que oferece mestrado e doutorado nos Programas de Pós-graduação Stricto sensu do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), formou mais 14 estudantes em julho. Com isso, soma mais de 40 alunos ao longo dos nove anos de parceria. O coordenador do programa, Renato Porrozzi, destaca a importância da cooperação: "Levar nossos cursos de mestrado e doutorado para Moçambique é um ato de solidariedade a um país carente de formação em pós-graduação, além de ser muito gratificante. Isso se traduz em melhorias na qualidade da pesquisa realizada localmente, com impactos diretos na saúde do povo moçambicano”.
O perfil dos estudantes é variado, incluindo profissionais que atuam na saúde pública em diferentes províncias. Tendo em vista essa pluralidade de origens, os projetos de pesquisa dos alunos compõem um verdadeiro mosaico. “Os estudos desenvolvidos no contexto das dissertações e teses dos estudantes contribuem para preencher lacunas no conhecimento científico, com destaque para investigações acerca de doenças infecciosas como malária, Aids e parasitoses intestinais”, explica Renato. Vírus influenza e sincicial, enterovírus, hepatite B, malária, dengue, HIV, leptospirose e hantavírus foram alguns dos temas escolhidos pelos estudantes da quarta turma de mestrado da parceria Brasil-Moçambique.
As aulas são ministradas por pesquisadores das duas instituições, sendo a maior parte dos encontros realizada na sede do INS, em Maputo, capital de Moçambique. Já nos Laboratórios do IOC, no Rio de Janeiro, os estudantes desenvolvem aspectos práticos dos projetos, como a análise de amostras.
Contribuição para os esforços de eliminação da filariose linfática
Do trabalho de pesquisa nas bancadas dos laboratórios, nascem projetos como o de Henis Mior, um dos mais novos mestres da parceria, que apresentou resultados de um estudo sobre a filariose linfática. Considerada doença negligenciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a filariose linfática faz vítimas tanto em Moçambique quanto no Brasil. Henis investigou um tema com interface direta com a saúde pública: a eficácia do protocolo de tratamento em massa, que vem sendo preconizado nos esforços de eliminação da doença. Segundo esse protocolo, um conjunto de pessoas recebe a medicação mesmo sem diagnóstico individual tendo em conta o alto índice de transmissão na localidade.
O estudo foi baseado em um levantamento realizado na cidade de Murrupula, província de Nampula, em Moçambique, com a participação de mais de 670 pessoas. Os testes consideraram aspectos que indicam a persistência da infecção no paciente seis meses após a administração da primeira dose do tratamento. Os resultados sugerem que a dose única da medicação não proporciona redução significativa da presença de parasitos nas fezes dos pacientes tratados e nem do antígeno no organismo. O pesquisador do IOC Adeilton Brandão orientou a apresentação dos resultados do projeto, junto com Ricardo Thompson, pesquisador do INS e coordenador do projeto em Moçambique. Segundo Adeilton, os dados da pesquisa poderão ser utilizados para avaliar o alcance de metas da campanha, que é de grande importância para a saúde pública em Moçambique. "Há, ainda, a oportunidade de mensurar o impacto de grandes programas de tratamento em áreas carentes de recursos, que apresentam grandes dificuldades logísticas”, afirma.
Henis, por sua vez, celebra a inciativa e a conquista do título. “O mestrado é bem-vindo para os profissionais de saúde e pesquisadores em geral, por trazer melhorias no desempenho da pesquisa e docência na área de saúde. Pretendo continuar os estudos a partir do monitoramento da infecção pela filariose linfática, até a declaração da eliminação da doença no país”, conta.
Veterano elege a genética em estudos sobre tuberculose e hepatites
A trajetória do estudante Nédio Jonas Mabunda é um exemplo do estímulo à produção científica e acadêmica em Moçambique por meio da cooperação internacional. Pesquisador do Instituto Nacional de Saúde, Nédio é um veterano da iniciativa: concluiu o mestrado em 2013 e, agora, está no doutorado.
No projeto de mestrado, investigou a associação entre as características genéticas do hospedeiro e o desenvolvimento das manifestações da tuberculose. O estudo observou, em especial, o comportamento de algumas citocinas, moléculas responsáveis pela sinalização entre as células durante reações imunes. Os resultados apontaram que algumas características da citocina ‘fator de necrose tumoral’ estão relacionadas a um maior risco na evolução da doença.
No doutorado, o tema do projeto também é genética: as mutações que influenciam no desenvolvimento da infecção por hepatite B, doença endêmica em Moçambique, e uma das principais causas do câncer de fígado no país. “Iniciei minha atividade profissional no Laboratório de Virologia Molecular do INS e sempre tive paixão por genética. Olhei para o mestrado como uma oportunidade de aprendizado específico na área de pesquisa, aliado à minha área de trabalho e paixão. Hoje, o doutorado é um instrumento importante para a fortificação da minha carreira científica”, destaca Nédio.
Fonte: Lucas Rocha e Raquel Aguiar (IOC/Fiocruz) | Foto: INS-Moçambique
Foram prorrogadas, até o dia 5/8, as inscrições para a segunda chamada pública de seleção de candidatos ao Programa de Mobilidade Acadêmica. A iniciativa da Coordenação-Geral de Pós-Graduação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (CGPG/VPEIC) disponibiliza apoio financeiro para alunos dos programas de pós-graduação da modalidade Stricto Sensu da instituição.
A assessora da CGPG/VPEIC, Adélia Oliveira de Araújo, conta que o programa é voltado a alunos que cursem o mestrado acadêmico, mestrado profissional ou doutorado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e tenham interesse em desenvolver projetos de pesquisa em unidades ou escritórios da Fundação, diferentes daqueles aos quais estão associados. “A mobilidade acadêmica é uma ação indutora, que faz parte do Programa de Integração da Fiocruz. O objetivo é ampliar as possibilidades de capacitação técnico-científica dos pós-graduandos, já que eles participam de um programa interdisciplinar. Assim, estimulamos uma formação mais ampla e diversificada de profissionais de saúde”, diz.
As chamadas para o Programa de Mobilidade Acadêmica são abertas a cada três meses. Acesse o edital aqui no Campus Virtual Fiocruz e saiba como se candidatar a uma das cinco vagas disponíveis na seleção de agosto.
Publicação : 31/07/2017
Chamada de seleção pública de candidatos ao Programa de Mobilidade Acadêmica, oferecido a alunos da pós-graduação Stricto sensu, matriculados em programas de mestrado acadêmico, mestrado profissional ou doutorado da Fiocruz. O objetivo desta chamada é selecionar alunos com este perfil, que tenham interesse em desenvolver projetos de pesquisa em unidades ou escritórios da Fiocruz, distintas daquelas nas quais estão regularmente associados. Assim, é possível induzir a formação de profissionais da saúde com visão ampla e diversificada, dado o caráter interdisciplinar deste programa.