A Fundação Oswaldo Cruz promoverá, em 6 de abril, a oitava edição do Fiocruz Acolhe, evento de boas-vindas para os alunos estrangeiros e de outras regiões do país que estudam nas unidades da instituição no Rio de Janeiro. O encontro será realizado das 9h30 às 11h30, com transmissão pelo Zoom. A coordenadora-geral de Educação da instituição, Cristina Guilam, destacou que a Fiocruz, desde a sua criação, tem um forte compromisso com a Internacionalização. "Portanto, para nós, receber um aluno estrangeiro é estabelecer pontes, parcerias, cooperações internacionais", disse ela, entusiasmada. O Fiocruz Acolhe busca incentivar a integração entre os alunos, além de oferecer as orientações necessárias para os estudantes da Fundação. O evento é promovido pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz) e conta com o apoio do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz).
O ensino na Fiocruz e o impacto da pandemia do coronavírus é tema de apresentação de Cristina Guilam durante o encontro. Segundo ela, nesta edição, já familiarizados com as ferramentas digitais e virtuais, mais do que nunca é fundamental mantermos a conexão, não somente para a aquisição de conhecimentos acadêmicos, mas para termos canais de interação e de troca com nossos alunos".
Entre os destaques da programação da edição de 2021, estão a apresentação dos alunos estrangeiros e de fora do Rio de Janeiro para um breve relato sobre as experiências na Fiocruz e um espaço para perguntas dos estudantes.
A mesa de abertura contará com participação da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado; o coordenador-geral do Centro de Relações Internacionais em Saúde, Paulo Buss; a coordenadora-geral de Educação da Vpeic, Cristina Guilam; a coordenadora-adjunta de Educação da Vpeic, Eduarda Cesse; e o representante da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG-Fiocruz) Richalls Martins.
Rose Marie Muraro, escritora, poeta e ativista, foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil. Escreveu mais de 40 livros, entre eles a obra "Sexualidade da mulher brasileira: corpo e classe social no Brasil", uma referência no tema.
Rose Marie era uma mulher à frente do seu tempo, de qualquer tempo. Mulher aguerrida, corajosa e que esteve na vanguarda da luta por equidade de gênero no país. Além do legado literário e pensamento revolucionário, ela deixou também como herança o Instituto Cultural Rose Marie Muraro (ICRM). Criado em 2009, tem como objetivo salvaguardar o acervo da intelectual. Hoje, o Instituto luta para seguir com o trabalho valioso dessa escritora, através da contribuição coletiva.
O poema desta edição do "Sextas de poesia" homenageia essa mulher impossível, mulher de mil faces, que mergulhava na dor para tirar de dentro dela a eterna radiância da alegria.
Em apenas duas semanas, mais de 20 mil profissionais de saúde já se inscreveram no novo curso do Campus Virtual Fiocruz: Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos. A formação – online, gratuita e autoinstrucional – está com inscrições abertas! Faça parte você também dessa rede de formação! O curso é composto de 19 aulas, distribuídas em 5 módulos, com 50h de carga horária. Além das aulas, o aluno terá acesso à bibliografia utilizada no curso, materiais complementares e a um conjunto de perguntas e respostas frequentes (FAQ).
Em todo o mundo, 400 mil doses de vacinas já foram aplicadas. No Brasil, segundo dados do MonitoraCovid19, da Fiocruz, até 17 de março, mais de 10 milhões de pessoas receberam a vacina e quase 4 milhões já tomaram a segunda dose. Também em 17 de março, a Fiocruz entregou ao Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde (PNI/MS) o primeiro lote de vacinas Covid-19 produzidas na instituição. Na ocasião, a presidente Nísia Trindade Lima disse que essa entrega “é um marco para o país começar a superar a grave crise sanitária, econômica, social e humanitária que vive. A vacina é um dos principais instrumentos para virarmos esta página”, comentou a dirigente.
O aumento do fluxo de produção e entrega de vacinas aos postos, aumentará também o trabalho dos que atuam na linha de frente da imunização. Para tanto, o objetivo do curso é atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes profissionais envolvidas na cadeia de vacinação da Covid-19, bem como outros profissionais de saúde, da comunicação e demais interessados no tema.
O curso foi desenvolvido em parceria com o Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon/UFMG) e contou com o apoio do Programa Nacional de Imunização do Ministério da saúde (PNI).
Ao final da formação, espera-se que o participante seja capaz de contextualizar a importância das vacinas; conheça a cadeia de desenvolvimento, produção e distribuição e seus conceitos básicos; entenda as necessidades específicas de cadeia de frio para transporte, armazenamento e conservação; tenha conhecimento das especificidades da organização e dos procedimentos da sala de vacinação para Covid-19; e ainda possa orientar a implantação de uma sala de vacina para Covid-19 no contexto dos povos indígenas, população privada de liberdade, residentes em Instituições de Longa Permanência e população de rua.
Conheça a estrutura do curso
Módulo 1 - Introdução às vacinas: conceitos, desafios e desenvolvimento
Módulo 2- Vacinas Covid‑19: produção, transporte, conservação e armazenamento
Módulo 3 - Sala de Vacina Covid‑19: organização e procedimentos
Módulo 4 - Sala de Vacina Covid‑19: organização e procedimentos para populações vulnerabilizadas
Módulo 5 - Vacinas e vigilância
Já está no ar o Painel com os dados da Pesquisa de Egressos da Fiocruz – 2013 a 2020, de cursos em nível Lato e Stricto sensu. O material é resultado do levantamento realizado pela equipe da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic) em duas grandes etapas (2013-2019 e 2019-2020) e poderá auxiliar as decisões dos programas de Pós-graduação, bem como os gestores das unidades e coordenadores de cursos. De acordo com a responsável pela iniciativa, Isabella Delgado, que é coordenadora adjunta de Educação, esse é um rico material que serve como diagnóstico e pode subsidiar o planejamento institucional.
Durante a navegação, é possível ver a totalidade dos resultados pelo período estudado, sexo, cor da pele autodeclarada, tipo de ingresso (ação afirmativa), faixa etária, atividade profissional exercida na época do curso, inserção no mercado de trabalho antes e depois do curso, o impacto da formação na vida profissional dos alunos e outros. Além disso, os resultados podem ser consultados a partir da utilização de filtros (disponível na primeira página do painel – aba 2) por período (todo o período, quadriênio ou por ano), nível e tipo de ensino (Lato e Stricto sensu; e especialização, residência, mestrado e doutorado), ano de conclusão do curso e unidade/programas/cursos de origem.
Para Isabella, ultrapassando as demandas impostas pelos principais órgãos de avaliação e fomento da pós-graduação brasileira, com os resultados da pesquisa é possível gerar informações e indicadores de fácil acesso para otimizar a gestão do campo da educação, subsidiando os gestores para avaliações internas e externas, assim como para o planejamento dos programas e cursos da Fundação.
Resultados do levantamento 2013 – 2020
As mulheres seguem sendo a maioria entre os egressos respondentes dos dois levantamentos realizados com os estudantes de especialização, residência, mestrado e doutorado da Fiocruz.
Assim como na divulgação publicada em setembro de 2020, os dados atualizados em 2021 apontam que 74,47% dos egressos são mulheres; 58,20% dos estudantes se autodeclararam brancos e 48,39% deles eram jovens adultos – entre 20 e 30 anos – quando se formaram. Além disso, apenas 0,71% dos ex-alunos reportaram ingressar nos cursos por meio de ações afirmativas (cota racial ou pessoa com deficiência).
Isabella detalhou que o conjunto de dados aporta informações relevantes para subsidiar avaliações e ações de planejamento global para a Educação, assim como fornece elementos para analisar o impacto social das ações de educação da instituição. De acordo com ela, sua análise indica, de forma inquestionável, a importância da Fiocruz na formação e carreira desses profissionais.
+Saiba mais sobre os resultados já divulgados: Fiocruz divulga resultados de sua primeira pesquisa de egressos
Agora, a ideia é avançar para um sistema de acompanhamento de egressos de caráter contínuo e integrado ao sistema de gestão acadêmica da instituição. Com ele, cada unidade poderá acompanhar a trajetória de seus alunos, desde o processo seletivo até o final do curso, incluindo diferentes intervalos de tempo após a conclusão.
Dados abertos a outras análises
Os gestores e coordenadores de programas da Fiocruz receberam ainda um dicionário de dados que abarca o detalhamento dos campos da base de dados contendo o levantamento de egressos; e também a própria base de dados nos formatos txt e csv. Permitindo, assim, a realização de análises complementares àquelas que já constam no Painel Power BI. É importante ressaltar que as bases foram consolidadas e tratadas de modo a manter a confidencialidade dos dados dos respondentes.
“Com esses dados será possível, por exemplo, realizar a carga dos dados em qualquer sistema gerenciador de banco de dados, livre ou proprietário”, disse Isabella, destacando que, mais que a base de dados e do Painel Power BI, os coordenadores receberam também links do Repositório Institucional da Fiocruz (Arca) com os relatórios do 1º survey, que trazem informações como contexto, justificativa da pesquisa e a metodologia adotada e análise dos principais resultados, que, segundo ela, poderão ser úteis para o preenchimento do relatório Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Como é sabido, há quase duas décadas, o envelhecimento da população vem crescendo exponencialmente e pode ser considerado um fenômeno mundial. Com a chegada da Covid-19, há um ano, a preocupação com essas pessoas mais uma vez ficou em evidência por ter se mostrado uma doença de maior letalidade entre os idosos. Abordando as especificidades do novo coronavírus e sua relação com as vulnerabilidades desse grupo de risco, o Campus Virtual Fiocruz lança hoje o novo curso Cuidado de Saúde e Segurança nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) no contexto da Covid-19. As inscrições estão abertas e podem ser feitas por cuidadores, familiares e profissionais que atuam com a saúde da pessoa idosa e segurança do paciente.
A formação – oferecida pelo CVF e desenvolvida em uma parceria entre o Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente (Proqualis) e o Comitê de Saúde da Pessoa Idosa, ambos ligados Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) –, é composta de seis aulas, com um total de 12h de carga horária. O curso é gratuito, online e autoinstrucional (sem tutoria). Entre os temas abordados nas aulas estão: medidas de prevenção e controle da disseminação de doenças; cuidados em áreas comuns; fragilidade e violência; vacinação para proteção da Covid-19 nas ILPIs; contatos sociais em tempos de isolamento; estratégias de comunicação para garantir o contato da pessoa idosa com a sua família ou comunidade; recomendações para a comunicação de notícias difíceis; entre outros.
Segundo a coordenadora acadêmica do curso, Sabrina Duarte – que é professora da UFRJ e assessora tecnico-científica do Proqualis –, levando em conta o contexto atual, essa nova formação é de grande relevância, pois coloca em discussão uma população vulnerável e muitas vezes desvalorizada pela sociedade. “Precisamos falar sobre a pessoa idosa, sobre os processos de institucionalização e também sobre a atuação dos profissionais de saúde e dos envolvidos nas ILPI, considerando as especificidades, necessidades e singularidades desse cenário", argumentou ela.
A coordenação acadêmica do curso é partilhada ainda com os pesquisadores da Fiocruz Victor Grabois (Ensp) e Ana Luiza Pavão (Icict), que são, respectivamente, coordenador executivo e coordenadora adjunta do Proqualis/Icict/Fiocruz.
Com a idade, o organismo torna-se naturalmente mais susceptível, além de aumentar a probabilidade de comorbidades entre as pessoas das faixas etárias mais elevadas. Segundo o Estatuto do Idoso, essa expansão é cada vez mais relevante, e os efeitos do aumento dessa população podem ser percebidos nas demandas sociais, com destaque para as áreas da saúde e previdência. Com o curso, a ideia é que os participantes conheçam as bases conceituais sobre a saúde da pessoa idosa no contexto da pandemia de Covid-19, possibilitando uma reflexão crítica sobre a qualidade do cuidado prestado e a segurança do paciente.
A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, relembrou que toda pessoal com 60 anos ou mais é considerada idosa e seus direitos são assegurados na Política Nacional do Idoso, no Estatuto do Idoso e na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Para ela, o curso insere-se nesse contexto, pois reforça a importância da temática de cuidado ao idoso, especialmente neste momento de pandemia, abordando questões de extrema relevância para esse grupo prioritário, como, por exemplo, a vacinação. Ela salientou ainda a importância da parceria com Proqualis/Icict/Fiocruz no desenvolvimento desse trabalho em equipe.
Confira a estrutura do curso e inscreva-se:
Aula 1: População idosa e a Covid-19
Aula 2: Cuidados integrais
Aula 3: Vacinação para proteção da Covid-19 nas ILPIs
Aula 4: Contatos sociais em tempos de isolamento
Aula 5: Atendimento ao residente com quadro suspeito ou com diagnóstico de Covid-19
Aula 6: Recomendações para Comunicação de Notícias Difíceis no Contexto da Covid-19
Olga Savary foi poeta, nunca quis ser chamada de poetisa. Foi voz pelos direitos das mulheres, todos eles. Hoje, nossa homenagem é para essa poeta - que morreu ano passado vítima da Covid-19 -, mas também a todas as vidas perdidas nesta semana em que se completa um ano da declaração oficial da pandemia mundial causada pelo coronavírus.
Em seu primeiro livro, Ferreira Gullar escreveu o prefácio, uma tradução perfeita:
"Olga Savary nos parece dizer que a multiplicidade dos fenômenos e das vozes mais encobre que revela a essência real da vida. Por isso mesmo, ela está sempre nos chamando para o silêncio, a quietude, para as coisas que dormem esquecidas ou abandonadas, para o que está aparentemente à margem do mundo. Ela busca, ali, aquela integridade, aquela unidade que daria sentido à existência. Mas onde encontrá-la realmente, “se nada termina tudo se renova?” É uma angústia que a dilacera “como uma garra que fecha e abre dentro da fechada carne”. É quase o desespero".
O poema escolhido para esta edição do Sextas de Poesia nos faz navegar num "Mar de esperança", insistindo na alegria como resistência!
A chegada da pandemia potencializou o número de materiais cadastrados na Plataforma Educare – um ecossistema digital da Fiocruz que reúne centenas de Recursos Educacionais Abertos (REA)–, em especial as inserções sobre a temática da Covid-19. Por meio dela, o Campus Virtual Fiocruz vem consolidando, cotidianamente, as práticas de Educação Aberta na instituição, oportunizando a aprendizagem de forma ampla e irrestrita. Atualmente, o Educare reúne cerca de 600 aulas, cursos completos, animações em 3D, FAQs, vídeos, podcasts, apresentações, jogos e outros recursos. Um destaque importante neste momento são os REA relacionados ao novo coronavírus: já são quase 200 recursos apenas sobre o tema.
Conheça, acesse, use, compartilhe e aprenda!
Promover o acesso global à informação em saúde está entre as iniciativas na busca pelo alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A Fiocruz é análoga a esses princípios desde 2014, quando instituiu sua Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, visando garantir à sociedade o acesso gratuito, público e aberto ao conteúdo integral de toda sua obra intelectual. Recentemente, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carissa Etienne, pediu aos países das Américas que trabalhem em direção a oito metas na transformação digital da saúde pública, incluindo a implementação de sistemas de informação e saúde digitais abertos e sustentáveis. Ela ressaltou que a pandemia de Covid-19 expôs a necessidade dos sistemas de saúde serem mais resilientes, interdisciplinares, intersetoriais e interconectados do que nunca.
Assista: O que acontece no seu corpo após a vacina contra Covid‑19?
O acervo da Plataforma Educare
A Plataforma Educare é um ecossistema digital online da Fiocruz que concentra cerca de 600 REA que foram cadastrados ao longo dos últimos dois anos, além de ter recebido mais de 25 mil visitas nesse mesmo período. Não por acaso, as inserções sobre a Covid-19 aumentaram significativamente. O desenvolvimento e publicações de cursos do Campus Virtual Fiocruz relativos à temática da Covid-19 também contribuíram para esse aumento.
Segundo a coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, o Educare tem papel fundamental nesse processo de organização e disponibilização de REAs. “Desenvolvemos diversos tipos de recursos educacionais para nossos cursos, em especial a produção sobre coronavírus. Todos estão disponíveis na plataforma de maneira aberta, podendo ser utilizados em materiais didáticos, salas de aula e até em novos cursos. São de produção autoral, trazer a marca de tradição, inovação e confiança da Fiocruz, além de abarcarem uma enorme riqueza e diversidade, reforçando a trajetória da instituição pela educação aberta”, legitimou ela.
Já a responsável pela iniciativa Educare, Rosane Mendes, que é coordenadora adjunta do CVF, salientou a característica inovadora da plataforma. De acordo com ela, o Educare possibilita a utilização de ferramentas de autoria disponíveis, como, por exemplo, construtor de textos, criador de enquetes online e apresentações. “Muitos dos recursos utilizados nos nossos cursos autoinstrucionais foram criados na própria plataforma. Dessa maneira, num único ambiente, elaboramos, classificamos e armazenamos o REA para uso coletivo”, explicou Rosane.
Vale lembrar também que os cursos sobre Covid-19 produzidos pelo Campus Virtual Fiocruz seguem com inscrições abertas:
Última semana de inscrições no Programa Educacional Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras – Brasil). Seu objetivo é fortalecer a atuação de gestores e de profissionais de saúde brasileiros e estrangeiros que atuam nas fronteiras do Brasil com outros países da América do Sul. O cenário da pandemia da Covid-19 em que vivemos hoje e a recente experiência do Brasil com a epidemia de Zika colocou ainda mais em evidência a necessidade de tomadas de ação ainda mais coordenadas, rápidas e articuladas pelas autoridades sanitárias. O edital está disponível no Campus Virtual Fiocruz (menu Cursos > Programas > VigiFronteiras-Brasil). O Programa é uma iniciativa da Fiocruz, por meio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, e conta com o apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (SVS/MS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). As inscrições vão até 30 de abril.
Acesse os editais de seleção e inscreva-se!
Segundo a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, o Programa VigiFronteiras-Brasil pretende capacitar profissionais de saúde atuantes na região de fronteira, seja na gestão, assistência, vigilância ou na avaliação da qualidade dos serviços. "É uma oportunidade de ampliarem os conhecimentos e a compreensão da realidade para que exerçam suas atividades considerando as singularidades do funcionamento do sistema de saúde desses locais, que é totalmente influenciado pela dinâmica dos fluxos populacionais", explicou.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, destaca a importância da chamada para a melhoria dos serviços de saúde. “O programa é fundamental nesse momento de pandemia e extremamente estratégico para avançarmos no conhecimento sobre a vigilância epidemiológica nas fronteiras. A formação em nível de pós-graduação dos profissionais dessas localidades contribuirá para alcançarmos uma saúde pública cada vez melhor para o nosso país", ressaltou.
O programa também dotará os participantes de uma maior capacidade para tomada de decisão, segundo o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis (DEIDT) do Ministério da Saúde, Laurício Monteiro Cruz. "A qualificação dos profissionais brasileiros e estrangeiros resultará em um serviço mais qualificado para o enfrentamento de surtos, epidemias ou pandemias. Queremos incentivar gestores e profissionais de todas as secretarias de saúde estaduais e municipais a participarem da seleção. Isso se traduzirá em uma vigilância em saúde baseada em dados, garantindo ao gestor uma maior segurança nas decisões. Ciência sempre", comentou.
Para Socorro Gross, Representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, o Programa VigiFronteiras Brasil é estratégico. "O Programa VigiFronteiras Brasil, é uma importante iniciativa para capacitar e fortalecer a capacidade de resposta dos profissionais que atuam na fronteira brasileira com outros países da América do Sul. Será um espaço para brasileiros e participantes dos outros países se articularem, compartilharem e encontrarem soluções conjuntas para a saúde e a vigilância nas fronteiras", comenta.
O VigiFronteiras-Brasil oferece 75 vagas para os cursos de mestrado e de doutorado, que serão ministrados por meio de um consórcio entre os Programas de Pós-Graduação em Saúde Pública, Epidemiologia em Saúde Pública e Saúde Pública e Meio Ambiente, oferecidos pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e o Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia, ligado ao Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazonas), além de docentes da Fiocruz Mato Grosso do Sul.
Enquanto a emergência sanitária pela Covid-19 perdurar, as atividades acadêmicas desenvolvidas pelos programas consorciados serão oferecidas na modalidade remota (online). Quando houver a determinação do fim do isolamento social pelas autoridades sanitárias dos países de origem dos alunos, os cursos serão oferecidos na modalidade presencial, nos polos determinados para a oferta: Escritório Regional da Fiocruz de Mato Grosso do Sul (Campo Grande/MS), Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Manaus/Manaus-AM) e Instituto Federal do Amazonas (Tabatinga/AM).
O doutorado tem duração mínima de 24 meses e máxima de 48 meses. Já para o mestrado, o tempo mínimo para conclusão é de 12 meses e máximo de 24 meses. Cerca de 20% das vagas serão reservadas para Ações Afirmativas (Cotas) e 80% para Ampla Concorrência (AC). Metade das vagas serão destinadas, preferencialmente, para os candidatos que atuam nas fronteiras nos países sul-americanos, podendo haver remanejamento caso as vagas não sejam preenchidas por candidatos estrangeiros. Não haverá oferta de bolsas.
No edital estão listados todos os documentos necessários, a forma de apresentação, além do cronograma de seleção. É de exclusiva responsabilidade do candidato acompanhar a divulgação das inscrições homologadas e o resultado das três etapas do processo seletivo - prova de inglês, análise curricular e documental e entrevista - na mesma página em que se inscreveu. As aulas devem ser iniciadas no segundo semestre de 2021.
Por conta da pandemia da Covid-19, a equipe envolvida na seleção está atuando remotamente. Por isso, todas as dúvidas sobre o edital serão respondidas apenas por e-mail. Solicitações de informações e questionamentos devem ser encaminhados para o selecaovigifronteiras@fiocruz.br.
* matéria publicada em 8 de março e atualizada em 22 de março e 26 de abril
Ela é força e resistência, fez da palavra e da escrita sua luta. Carolina Maria de Jesus, mulher, negra e favelada é a escritora e poetisa que ilustra o Sexta de Poesias desta semana, que também celebra todas as mulheres em suas diferentes representações, lugares e conquistas.
A escritora acaba de receber o título de Doutora Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Tudo ficou diferente com a chegada do novo coronavírus. Distanciamento social físico, uso de máscaras, milhões de pessoas contaminadas, crise nos sistemas de saúde e números de mortes crescendo a cada dia. Em tempo recorde, foram produzidas diversas vacinas, que representam a expertise de pesquisadores de todos os cantos do mundo aliada a décadas de pesquisas e inovação tecnológica. A expectativa pelo início da imunização de cada grupo traz também esperança. Para atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes profissionais envolvidas na cadeia de vacinação da Covid-19, bem como outros profissionais de saúde, da comunicação e demais interessados no tema, o Campus Virtual Fiocruz – em parceria com o Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon/UFMG) e com o apoio do Programa Nacional de Imunização do Ministério da saúde (PNI) – lança hoje o curso Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos.
O curso é composto de 5 módulos e 19 aulas, distribuídos em uma carga horária de 50h. A formação é online, gratuita, autoinstrucional (não conta com tutoria) e pode ser cursada conforme a necessidade do participante. Além das aulas, o participante tem acesso à bibliografia utilizada no curso, materiais complementares e a um conjunto de perguntas e respostas frequentes (FAQ). Vale ressaltar que para obter o certificado, o aluno deve fazer cumprir a carga horária do curso e atingir 70% de pontuação na avaliação final.
Entre outras questões, ao final da formação, espera-se que o participante seja capaz de contextualizar a importância das vacinas; conheça a cadeia de desenvolvimento, produção e distribuição e seus conceitos básicos; entenda as necessidades específicas de cadeia de frio para transporte, armazenamento e conservação; tenha conhecimento das especificidades da organização e dos procedimentos da sala de vacinação para Covid-19; e ainda possa orientar a implantação de uma sala de vacina para Covid-19 no contexto dos povos indígenas, população privada de liberdade, residentes em Instituições de Longa Permanência e população de rua.
Profissionais de saúde devem estar seguros quanto aos protocolos e procedimentos da imunização
Até 4 de março, mais de 7,5 milhões de doses já foram aplicadas no país, o que representa cerca de 4,6% da população brasileira, segundo dados do MonitoraCovid19, da Fiocruz. Os números explicitam que, devido as dimensões continentais de nosso país, ainda há muito trabalho. Portanto, faz-se necessário um grande esforço por parte dos gestores, além de ser extremamente importante que os profissionais de saúde envolvidos na cadeia de vacinação estejam seguros quanto aos protocolos e procedimentos da imunização.
Para o diretor e professor titular do Nescon, ligado à Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (Nescon/FM/UFMG), e analista em C&T da Fiocruz, Francisco Campos, com essa iniciativa, a Fundação, por meio do seu Campus Virtual e em parceria com instituições do porte da UFMG, cumpre, em mais uma frente, seu compromisso com a saúde e com a vida. Segundo ele, o fruto de todo o esforço é uma formação moderna, atraente, de navegação fácil e atualizada pelas normas do Ministério da Saúde, que apoiou a sua execução.
“O curso é resultado de um hercúleo trabalho para certificar mais de 100 mil profissionais de saúde que atuam nas quase 40 mil salas de vacina de todo o país, e para onde acorrem, ansiosamente, nossos concidadãos. Dessa forma, alia à produção de vacinas, ao desenvolvimento de testes e às pesquisas clínicas e de saúde pública uma contribuição educacional que poderá ser relevante para esses milhares de profissionais que estão com a “mão na massa”, assegurou Campos.
Curso integra conjunto de iniciativas educacionais da Fiocruz no combate à pandemia
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, destacou que o curso integra um conjunto de iniciativas educacionais que a Fiocruz vem promovendo para a qualificação dos profissionais do SUS no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Segundo Cristiani, são diversas as linhas de enfrentamento da pandemia promovidas pela Fundação, sendo as ações educacionais transversais a todas elas. Portanto, apontou, “essa atualização é fundamental para a efetividade da campanha de vacinação e o controle da doença. É importante ressaltar que, além da disponibilidade de vacinas para todos, precisamos de profissionais qualificados na Atenção Primária à Saúde nos diferentes municípios do país. O curso é resultante de uma grande parceria e sua elaboração contou com a participação de profissionais de várias unidades da Fiocruz”, comentou.
“Nosso curso oferece um conteúdo extremamente relevante e atual, com recursos educacionais que promovem maior interação com os alunos, como infográficos, animações em 3D, podcasts, vídeos, entre outros”, adiantou a coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel. Ela revelou ainda que o processo de desenvolvimento da formação representou um desafio enorme: “Queríamos compartilhar conhecimento o mais rápido possível para os profissionais e a população, mas as vacinas ainda estavam em testes, algumas na fase 3, e tínhamos que garantir a informação segura, comprovada e em constante validação”.
A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), Carissa Etienne, segue reiterando, em diferentes debates com representantes e líderes mundiais, que o acesso às vacinas nas Américas seja uma “prioridade global”. Recentemente, ela destacou que a região foi mais atingida pela pandemia do que qualquer outra e milhões continuam vulneráveis à infecção e à morte. “O poder de salvar vidas das vacinas não deve ser um privilégio de poucos, mas um direito de todos – especialmente dos países em maior risco como os das Américas, que continua sendo o epicentro da pandemia. Estamos no início de uma das maiores campanhas de imunização de nossa vida - um esforço ambicioso que exige que os profissionais de saúde e outros setores trabalhem juntos”, declarou ela.
Conheça os assuntos abordados e a estrutura do curso
O objetivo do curso é atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes profissionais de saúde envolvidas na cadeia de vacinação para Covid-19 no atual contexto da pandemia. Ao final do curso, espera-se que o aluno seja capaz de conhecer os aspectos gerais da Covid-19 no Brasil e no mundo; os aspectos e particularidades da vacina - composição; organização e distribuição; conservação e armazenamento; sistemas de registros; informações sobre segurança; além de conhecer os protocolos específicos de vacinação.
Módulo 1 - Introdução às vacinas: conceitos, desafios e desenvolvimento
Módulo 2- Vacinas Covid‑19: produção, transporte, conservação e armazenamento
Módulo 3 - Sala de Vacina Covid‑19: organização e procedimentos
Módulo 4 - Sala de Vacina Covid‑19: organização e procedimentos para populações vulnerabilizadas
Módulo 5 - Vacinas e vigilância
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