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Publicado em 03/02/2021

Escola Politécnica em Saúde da Fiocruz é redesignada como Centro Colaborador da OMS

Autor(a): 
Julia Neves (EPSJV/Fiocruz)

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV /Fiocruz) foi redesignada como Centro Colaborador da Organização Pan-Americana de Saúde da Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) para a Educação de Técnicos em Saúde. As instituições que atuam como centros colaboradores participam de redes colaborativas internacionais e desenvolvem diversas atividades de apoio à OMS, com o objetivo de contribuir para aumentar a cooperação técnica entre os países. O novo plano de trabalho, com vigência até meados de 2024, inclui ações como elaboração de e-books, seminários virtuais, materiais educativos e didáticos, além de discussões de diversos temas como atenção primária, álcool e outras drogas e informação em saúde. “No momento em que vivenciamos uma pandemia e em que os laços de solidariedade são forçosamente interrompidos, termos esse processo finalizado é importante, ainda mais por sermos único centro colaborador voltado para os técnicos em saúde, que são os profissionais que estão na linha de frente para o enfrentamento da Covid-19. Que continuemos em nosso propósito, lutando e instituindo processos formativos junto aos técnicos em saúde, sobretudo da África e da América Latina”, ressalta a diretora da EPSJV/Fiocruz, Anakeila Stauffer, destacando que essa aposição é fruto do reconhecimento da contribuição do trabalho coletivo da instituição aos países durante todos esses anos, principalmente na cooperação sul-sul. 

Segundo o coordenador de Cooperação Internacional da Escola Politécnica, o professor-pesquisador Helifrancis Condé, o processo de redesignação, que tem início geralmente seis meses antes da vigência anterior, contou com ampla participação da comunidade escolar do Politécnico. “Os laboratórios já desenvolviam as suas ações e a gente ajudou a ver quais delas poderiam ter uma perspectiva internacional de modo a serem agregadas ao nosso plano de trabalho como centro colaborador. Esse processo transverssalizou as ações e aproximou a cooperação internacional dos setores e laboratórios da Escola”, apontou.

O coordenador lembrou que o trabalho da EPSJV/Fiocruz como centro colaborador se baseia nos princípios da cooperação Sul-sul e cooperação estruturante – que trabalha a partir das prioridades dos sistemas de saúde locais e das necessidades dos países, apoiando e reforçando suas capacidades.

Helifrancis contou ainda os próximos passos, que envolvem uma reunião com os atores envolvidos no projeto e a criação de uma dinâmica de acompanhamento das atividades. Anteriormente, nos outros anos, a maioria das atividades dos planos eram ações que a própria coordenação de Cooperação Internacional fazia. Dessa vez, entretanto, por ter outros setores da Escola envolvidos, isso implicará uma dinâmica diferente. “Temos um trabalho conjunto de execução, monitoramento, avaliação e registro e execução, sempre seguindo de maneira conjunta com os setores e laboratórios da EPSJV/Fiocruz. É um processo novo, um desafio, mas será muito importante”, define.

Um longo caminho...
A EPSJV/Fiocruz foi designada como centro colaborador da OMS pela primeira vez em julho de 2004, o que se repetiu em 2008, em 2012 e em 2016 com vigência até meados de 2020. Ao longo desses anos, a instituição promoveu diversas ações de cooperação técnica internacional, como a realização de estudos científicos no âmbito da educação profissional; disseminação de informações e conhecimentos técnico-científicos sobre profissionais técnicos em saúde; realização de projetos para a formação e desenvolvimento de profissionais de saúde; assessoria no desenvolvimento local de ações de formação continuada de profissionais de saúde; elaboração de materiais didáticos para apoiar a formação e o desenvolvimento de profissionais de saúde e docentes; entre outras atividades.

São exemplos concretos dessa atuação o Curso de Especialização Técnica de Nível Médio em Gestão e Manutenção de Equipamentos em Saúde foi ofertado pela EPSJV/Fiocruz para um grupo de alunos de Moçambique, que são trabalhadores do Departamento de Manutenção do Ministério da Saúde de Moçambique, em 2009. Dois anos depois, foi promovido o Curso de Especialização em Educação Profissional em Saúde para Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palops), que formou professores e dirigentes de instituições públicas de formação de técnicos em saúde de Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Guiné Bissau. As aulas aconteceram de forma itinerante nesses cinco países africanos e foram finalizadas na EPSJV/Fiocruz, no Brasil. 

Em 2012, a experiência brasileira na Atenção Primária em Saúde (APS) foi tema de um curso oferecido pela EPSJV/Fiocruz a um grupo de 80 trabalhadores dos serviços de saúde do Chile. O curso de Atualização em Atenção Primária em Saúde na Experiência Brasileira foi dividido em seis módulos que trataram de temas como modelos de atenção em saúde, construção da política brasileira de APS, operacionalização da Atenção Básica em Saúde e o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

Em 2016, a EPSJV/Fiocruz ofereceu a Especialização em Docência em Educação Profissional em Saúde para a formação de docentes da Universidade da República do Uruguai (Udelar). O curso, que formou 28 profissionais que trabalham nas diferentes formações da área da saúde do Centro Universitário Regional (Cenur) - Litoral Norte da Udelar, em Paysandú, buscou aprofundar a fundamentação teórica das práticas de educação na sua relação com a saúde e com o trabalho nesse campo. 

Mais recentemente, em 2018, o curso Internacional de curta duração ‘A formação e o trabalho em saúde: vínculos com o trabalho docente na área da saúde’ teve um impacto efetivo no processo de internacionalização do ensino no âmbito da EPSJV/Fiocruz, a partir da ampliação do intercâmbio entre docentes e discentes das diferentes unidades e programas educacionais da Fiocruz e ainda da Universidade Nacional da Colômbia. O curso debateu os principais dilemas que perpassam a formação e o trabalho docente na área da saúde na contemporaneidade, a partir de experiências de formação de docentes em saúde na América Latina, que é um dos eixos de reflexão e de estudo a ser consolidado tanto no âmbito do Programa de Pós-Graduação da EPSJV como das ações de Cooperação Internacional desenvolvidas pela Escola.

Outras cooperações estruturantes foram realizadas em formatos de cursos ou ações pontuais, como apoio e construção de materiais didáticos. Essas iniciativas aconteceram nas áreas de Biossegurança em Biotérios no Uruguai, de Gestão em Saúde na Angola, Biodiagnóstico em Cabo Verde, de Vigilância em Saúde na Argentina e em Cabo Verde, bem como ações de cooperação com Haiti para ajudar na inserção de agentes comunitários de saúde (ACS) no serviço de saúde, após o terremoto que destruiu parte importante do país em 2010.

Covid-19
Em relação a pandemia, a primeira ação definida foi a criação de um grupo de aplicativo de mensagens específico para discutir os aspectos da pandemia no âmbito da América Latina. A partir daí, foram realizadas a 1ª Reunião Virtual da Rets para os países latino-americanos, em 22 de maio de 2020, com a presença de 45 pessoas, e a 1ª Reunião Virtual da Rets-CPLP, em 1 de julho, com mais de 30 participantes. Nos dois encontros, a prioridade foi discutir a formação de técnicos em saúde no contexto da pandemia. Nas reuniões, os países apresentaram os desafios que estão enfrentando e começaram a discutir novas possibilidades de cooperação e a continuidade de ações já em andamento.

Das propostas aprovadas nas reuniões estão: a criação de uma página Covid-19 no website da Rets, para a divulgação de materiais produzidos sobre a Covid-19 e compartilhados por seus membros; a realização do I Colóquio Virtual Latino-Americano de Educação Interprofissional e Formação de Técnicos em Saúde, cuja versão presencial seria realizada em maio de 2020, na Colômbia; a publicação de uma edição especial Covid-19 da Revista Rets, em formato eletrônico; a tradução emergencial de materiais didáticos e informativos sobre Covid-19 para atender um número maior de países. Nesse sentido foi lançada, em julho, a versão em espanhol da cartilha “Orientações para cuidadores domiciliares de pessoa idosa na epidemia do Coronavírus – Covid-19” ; a elaboração de um curso virtual, adequado às condições tecnológicas dos Palop, fruto de parceria entre a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) e a EPSJV/Fiocruz; e o estabelecimento, via Coordenação da Rede Universitária de Telemedicina (Rute), de uma parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para a distribuição de salas de webconferência para membros dos Palop que tenham interesse em utilizar a plataforma desta rede para reuniões e processos formativos durante a pandemia.

Veja mais ações de cooperação no livro ‘Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio: 10 anos como Centro Colaborador da OMS para a Educação de Técnicos em Saúde'

Publicado em 02/02/2021

Direito autoral e licenciamento livre: conheça nova cartilha e cursos online sobre o tema

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)*

O que você precisa saber sobre Licenças CC é o nome da primeira cartilha em português que acaba de ser lançada pela Creative Commons Brasil. Ela traz conceitos e orientações fundamentais sobre direito autoral e de licenciamento livre, e como utilizar obras em CC ou licenciar suas próprias obras. Segundo a Creative Commons Brasil, neste momento de pandemia, materiais educativos que expliquem o que é o licenciamento livre e como fazer uso dele tornaram-se ainda mais urgentes. Alinhado ao mesmo ideal, o Campus Virtual Fiocruz oferece a Formação Modular sobre Ciência Aberta - oito cursos online independentes entre si -, que aborda práticas, expectativas e controvérsias da área. Inscreva-se já! A Fiocruz é signatária do Plano de Acesso Aberto desde o ano de 2014, mostrando a importância da difusão da ciência e da produção científica no Brasil e no mundo.

+Saiba mais: Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos: nova formação online e gratuita

As Licenças Creative Commons são hoje utilizadas para que autores e detentores de direitos de obras protegidas – como artigos, fotografias, filmes, músicas, trilhas, matérias jornalísticas, etc –  possam sinalizar claramente, e de forma juridicamente válida, como desejam que seja dado o uso amplos às suas obras – sempre com citação da autoria.

Acesse a cartilha na íntegra! 

Os organizadores da cartilha explicam que a ideia é disseminar a lógica por trás do licenciamento livre. Para tanto, abordam questões referentes a compreensão da existência do direito autoral, o que ele protege, e o que as licenças CC permitem que se faça com as obras protegidas: "Apesar de o direito autoral ter penetrado a vida cotidiana das pessoas, não existe muito conhecimento difundido sobre ele, e menos ainda sobre o que é o licenciamento livre ou o movimento do conhecimento livre. Explicamos o que o projeto faz e tem como missão, e as diferentes licenças, que autorizações de uso elas contêm, e como combiná-las entre si. Oferecemos também exemplos simples e concretos sobre como licenciar ou como usar uma obra em CC, e onde encontrar obras com usos livres autorizados", detalham os organizadores.

+Saiba mais: CC Brasil lança nova cartilha

Formação Modular sobre Ciência Aberta

A Formação Modular sobre Ciência Aberta foi concebida como uma das estratégias para apresentar o movimento da Ciência Aberta. Produção colaborativa e conhecimento compartilhado são temas de grande relevância para a educação, principalmente neste momento em que estão sendo discutidas formas inovadoras, integrativas e com processos colaborativos de trabalho e ensino remoto. Os cursos são especialmente voltados aos alunos de Pós-Graduação, no entanto, podem ser cursados por todos os interessadas na temática. 

Eles foram desenvolvidos por meio de uma parceria entre a Coordenação de Informação e Comunicação da Fiocruz, a Escola Corporativa Fiocruz, a Universidade do Minho (Portugal) e o Campus Virtual Fiocruz. Eles cursos são independentes entre si. Portanto, podem ser cursados da maneira que for mais conveniente aos participantes. A cada curso realizado, os alunos passam por uma avaliação online e recebem o certificado de conclusão de acordo com os critérios de aprovação.

O que é ciência aberta? – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: Introdução à Ciência Aberta
  • Aula 2: Acesso Aberto
  • Aula 3: Dados de pesquisa abertos
  • Aula 4: Workflows abertos
  • Aula 5: Ciência Cidadã
  • Aula 6: Inovação Aberta
  • Aula 7: Educação Aberta
  • Aula 8: Boas práticas e ferramentas de ciência aberta

Panorama histórico da ciência aberta – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: Cenário Internacional
  • Aula 2: Cenário Brasileiro
  • Aula 3: Ciência aberta e saúde: abertura dos dados governamentais
  • Aula 4: Os obstáculos que a Ciência Aberta pretende mitigar
  • Aula 5: Uma ciência aberta, várias expectativas
  • Aula 6: Visões críticas da Ciência Aberta
  • Aula 7: Qual Ciência Aberta precisamos?

Propriedade intelectual aplicada à ciência aberta – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: Propriedade Intelectual: Direitos Autorais
  • Aula 2: História
  • Aula 3: Direitos Autorais – Autoria
  • Aula 4: Direitos Morais
  • Aula 5: A obra protegida e não protegida
  • Aula 6: Direitos Patrimoniais
  • Aula 7: Domínio público
  • Aula 8: Limitações aos direitos autorais e usos livres
  • Aula 9: Transferência de Direitos Autorais
  • Aula 10: Os desafios da inovação
  • Aula 11: Propriedade Intelectual: Propriedade Industrial
  • Aula 12: As patentes e a criação do sistema internacional de proteção da Propriedade Industrial
  • Aula 13: Para que servem e quais informações encontramos nas patentes?
  • Aula 14: O modelo vigente da proteção das inovações
  • Aula 15: Ciência Aberta - possibilidade de um novo modelo

Direito de acesso à informação e proteção de dados pessoais – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: Acesso à informação pública como Direito Fundamental do cidadão
  • Aula 2: Princípios que regem o direito de acesso à informação
  • Aula 3: Dados públicos administrativos no contexto da pesquisa
  • Aula 4: As restrições ao acesso às informações sigilosas
  • Aula 5: Segurança da informação
  • Aula 6: Proteção de Dados Pessoais e a Pesquisa Científica

Acesso aberto – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: O que é Acesso Aberto
  • Aula 2: Panorama Internacional do Acesso Aberto
  • Aula 3: Acesso Aberto em perspectiva nacional e regional
  • Aula 4: Acesso Aberto na Fiocruz: relatos de experiência
  • Aula 5: Implicações da Comunicação Científica

Dados abertos – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: Gestão, compartilhamento e abertura de dados para pesquisa: uma nova cultura no fazer científico
  • Aula 2: Gestão “ativa” de dados: uma mudança cultural
  • Aula 3: Dados e proteção jurídica
  • Aula 4: Plano de Gestão de Dados
  • Aula 5: FAIR: dos princípios à prática
  • Aula 6: Políticas dos financiadores, requisitos das revistas científicas e repositórios de dados em saúde

Educação Aberta – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: Educação e Compromisso Social
  • Aula 2: Educação Aberta: O que significa 'aberto' em educação?
  • Aula 3: A Educação Aberta na Fiocruz
  • Aula 4: Educação aberta e Educação a Distância: modelos, desafios e perspectivas

Recursos Educacionais Abertos – 10h – Inscreva-se!

  • Aula 1: O que são Recursos educacionais Abertos
  • Aula 2: Como criar REA?
  • Aula 3: Como encontrar, usar e compartilhar REA
  • Aula 4: Monitoramento e avaliação da qualidade de REA

* com informações de Creative Commons Brasil

*imagem de capa: Cartilha O que você precisa saber sobre Licenças CC 

Publicado em 22/01/2021

Internacionalização da pesquisa científica: aberta chamada do PrInt para auxílio à publicação de artigos

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

Já está mais do que provado que a internacionalização da pesquisa científica acelera o seu desenvolvimento. Um grande exemplo é a busca pela vacina da Covid-19, que mostrou a importância do trabalho em conjunto entre pesquisadores de diferentes partes do mundo. Estamos todos vivendo essa espera como uma Copa do Mundo, acompanhando lance a lance, descoberta a descoberta, ansiosos pelo gol, independente do país. Visando a aprimorar a qualidade da produção acadêmica vinculada à Pós-graduação, a Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação, por meio da Coordenação Geral de Educação (CGE/Vpeic), torna pública a chamada interna relativa à concessão de auxílio financeiro para a publicação de artigos científicos de autoria de docentes permanentes ou conjunta de docentes e discentes dos Programas de Pós-graduação inseridos no PrInt Fiocruz-Capes.

Acesse aqui o documento. 

A Chamada fica aberta em fluxo contínuo até 15 de dezembro de 2021 ou até esgotarem-se os recursos a ela destinados. Para 2021, a chamada sofreu pequenas alterações no que tange aos critérios de solicitação do pedido. Todos os detalhes estão disponíveis no documento e devem ser lidos de forma criteriosa pelos interessados. 

Vale ressaltar que o pagamento contemplará apenas publicações em periódicos científicos que atendam à política de acesso aberto ao conhecimento da Fiocruz. Além disso, somente serão financiados artigos científicos já aceitos para publicação em revista científica com avaliação igual ou superior a Qualis B1 na área da Capes em que o Programa de Pós estiver inserido e cujos resultados da pesquisa estejam vinculados a uma ou mais Redes do Programa PrInt Fiocruz-Capes: Ricei, Ricroni, Rides.

O apoio à publicação será concedido somente aos artigos publicados em inglês em revistas internacionais ou nacionais. No caso de periódicos científicos nacionais, somente serão aceitas publicações nas quais haja pelo menos um coautor afiliado à instituição no exterior.

A chamada 01/2020 do PrInt para auxílio à publicação de artigos ocorre desde o lançamento do Programa Institucional de Internacionalização, em 2019, e busca fortalecer o alcance internacional das pesquisas realizadas por estudantes e docentes da Fiocruz.

 

*Imagem: Freepik

Publicado em 12/01/2021

Profsaúde: mestrado profissional em Saúde da Família disponibiliza conjunto de publicações

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

O aluno como sujeito de aprendizagem e a articulação entre ensino e serviço são alicerces do mestrado profissional em Saúde da Família (Profsaúde), programa que está em sua terceira edição e já formou 170 mestres em todo o país. Ao longo do último ano, o Profsaúde lançou inúmeras publicações como fruto de experiências no território e de pesquisas de docentes, discentes e egressos. Os materiais, disponíveis online e em acesso aberto, trazem um amplo conjunto de questões relacionadas à Atenção Primária, incluindo a Covid-19.

O Profsaúde é uma iniciativa em rede nacional com foco na formação de docentes e preceptores para a área da Saúde da Família e para o Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de uma estratégia importante de qualificação dos processos vinculados à Atenção Primária em consonância com o fortalecimento do SUS. A Rede é composta de 22 Instituições de Ensino Superior, presentes nas cinco regiões geopolíticas do país.

Experiência, inquietações e a busca por soluções de problemas reais

A coordenadora executiva nacional do Profsaúde, Carla Pacheco Teixeira, que é assessora da Coordenação-geral de Educação da Fiocruz (CGE/Vpeic), apontou que, mesmo diante de um cenário epidemiológico desafiador apresentado no ano de 2020 devido à pandemia, a rede Profsaúde empreendeu um grande esforço coletivo para apresentar trabalhos desenvolvidos no âmbito dessa iniciativa.

“Acreditamos na potência da rede de produzir e compartilhar conhecimento para SUS, além de seu papel na formação profissional. As produções do Profsaúde espelham a articulação entre ensino e serviço, especialmente pelo empenho contínuo dos profissionais em propor respostas reais a problemas concretos”, comentou Carla, citando ainda os esforços engendrados para a manutenção e ampliação da Rede, bem como a previsão de lançamento de outras publicações em 2021. “Desejamos que a leitura do material inspire novos caminhos e perspectivas para a Saúde e Educação no nosso país”, completou.

Corroborando com esses aspectos, a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz (CGE/Vpeic) e coordenadora acadêmica nacional do Profsaúde, Cristina Guilam, exaltou o fato de o Programa ser a primeira iniciativa de stricto sensu à distância na área da saúde coletiva, além de destacar o viés da pesquisa, intensificado no último ano, configurando-o como um grupo de pesquisa nacional. "Já titulamos uma turma de mestres composta de médicos, a segunda está em andamento, e a terceira tem caráter multiprofissional. Em geral, o aluno já atua na rede básica e contribui fortemente para o curso com sua experiência, suas inquietações e a busca por soluções de problemas efetivos”, disse ela.

Confira as publicações do Profsaúde

E-book Covid-19 e Atenção Primária: as experiências nos territórios (Rede Profsaúde)

A publicação é um compilado dos trabalhos apresentados durante as Sessões Temáticas promovidas pelo Programa – um espaço que se propõe a ser uma oportunidade para os mestrandos compartilharem suas experiências nos territórios com foco no enfrentamento da Covid-19 e também os seus conhecimentos acerca do tema. A obra foi organizada a partir de Sessões Temáticas que abordaram temas como: Covid-19 e a Atenção Primária à Saúde: contexto epidemiológico e as experiências do Profsaúde nos territórios; Atenção domiciliar e Covid-19; Covid-19 e arranjos para garantir a saúde do trabalhador; e Uso da telemedicina na APS no enfrentamento da Covid-19. Com o e-book, seus organizadores esperam, além de disseminar as diversas experiências, que suas potencialidades sejam projetadas e desejadas em distintas realidades dos profissionais da atenção básica.

Interface – Comunicação, Saúde, Educação (volume 24, suplemento 1, de 2020)

O volume 24, suplemento 1, de 2020 da revista Interface – Comunicação, Saúde, Educação é voltado para a divulgação de trabalhos produzidos no âmbito do Profsaúde. É uma coletânea composta de 21 artigos resultantes de pesquisas originais, revisão da literatura e ensaios, elaborados em colaboração por 73 autores – alunos, docentes, egressos e pesquisadores – oriundos das 5 regiões do país e de mais de 20 diferentes instituições.

O editorial da revista lembra que à época da chamada, julho de 2019, não se tinha ideia das mudanças que o mundo viveria em decorrência da Covid-19. O texto inicial aponta que “a pandemia expôs restrições e limitações da infraestrutura de saúde pública de nosso país e aumentou a consciência da importância do SUS e da Atenção Primária à Saúde para responder às necessidades de cuidado, prevenção e proteção da população, com equidade. Independentemente dos graves significados da pandemia, os temas abordados neste suplemento permanecem atuais e desafiam o cotidiano da APS e da Estratégia Saúde da Família (ESF) em um contexto de redução do financiamento, queda na cobertura vacinal, contaminação dos profissionais de saúde pelo novo coronavírus, dificuldades na educação permanente e na formação de pessoal, e de constante erosão social e econômica”.

Atenção, Educação e Gestão: Produções da Rede Profsaúde

A obra é constituída por trabalhos produzidos no âmbito do Profsaúde e foi desenvolvida em parceria com a Rede Unida. Trata-se de dois manuscritos organizados em três eixos temáticos: Atenção, Educação e Gestão. As publicações visam fortalecer a divulgação do conhecimento produzido pela Rede Profsaúde e contribuir para mudanças nas práticas profissionais e de gestão da Atenção Primária à Saúde no SUS. Com ela, espera-se que a divulgação das experiências de pesquisa e intervenção possam inspirar outros profissionais e pesquisadores comprometidos com a defesa da Atenção Primária à Saúde pública, universal e implicada com os preceitos democráticos do SUS.

Atenção, Educação e Gestão: Produções da Rede Profsaúde (Vol.1)

Atenção, Educação e Gestão: Produções da Rede Profsaúde (Vol.2)

 

*Imagem: Interface – Comunicação, Saúde, Educação (volume 24, suplemento 1, de 2020)

Publicado em 04/01/2021

Mapas de evidências: curso online visa familiarizar profissionais na aplicação de metodologia

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Com o objetivo de facilitar a aplicação da metodologia de construção de mapas de evidências em temáticas da área da saúde, está disponível no Campus Virtual Fiocruz o curso “Mapas de Evidências: metodologia e aplicação” - uma iniciativa do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) como parte do Campus Virtual de Saúde Pública (CVSP/Opas), do nodo Brasil, coordenado pela Fiocruz. Os Mapas de Evidências são um método emergente de tradução do conhecimento que traz uma síntese (overview) sistemática da evidência científica em uma área/temática específica. O curso, gratuito e online, está com as inscrições abertas.

Segundo a gerente das áreas de Serviço Cooperativo de Informação e Fontes de Informação da Bireme/Opas/OMS, Carmem Verônica Mendes Abdala, o curso surgiu de uma demanda, um alto interesse sobre o que é mapa de evidências e sua metodologia. Para tanto, disse ela, “trazemos um passo a passo para quem quer aprender sobre essa ferramenta e também guiamos as pessoas na criação de novos mapas de evidência. Com a formação, visamos familiarizar interessados no tema a aplicar a metodologia em seus estudos de revisão e sistematização da informação” detalhou.

O curso tem 20h de carga horária e é composto de cinco aulas com conteúdos em vídeo e em pdf para os estudos ou consulta offline:

  • Aula 1 - Introdução, contexto e metodologia
  • Aula 2 - Busca e seleção dos estudos
  • Aula 3 - Caracterização e avaliação dos estudos
  • Aula 4 - Matriz de intervenção e resultados
  • Aula 5 - Síntese gráfica das evidências – Mapa de Evidências

Carmen Verônica explicou que o mapa de evidência é uma metodologia internacional de avaliação de impacto, que foi adaptada pela Bireme. É um método reproduzível, transparente, com critérios de inclusão e exclusão explícitos. Ela relaciona intervenções com desfechos a partir de estudos de revisão. “De uma forma gráfica, o mapa tem a função de apresentar a sistematização da evidência que existe sobre um determinado tema. Nosso maior interesse com esse curso é facilitar a aplicação da metodologia na sistematização de evidências por outros grupos e consolidar esse material de apoio como recurso educacional”.

Publicado em 28/12/2020

Faperj anuncia edição 2020 dos programas Cientista e Jovem Cientista do Nosso Estado

Autor(a): 
Ascom Faperj

A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) acaba de lançar a versão 2020 de dois de seus programas mais aguardados: Cientista do Nosso Estado e Jovem Cientista do Nosso Estado. Também conhecidos como Bolsas de Bancada para Projetos (BBP), ambos os programas concederão bolsas mensais, por até 36 meses, para que os pesquisadores possam executar seus projetos. No caso do Cientista do Nosso Estado, serão até 350 bolsas no valor de R$ 3 mil mensais; já para Jovem Cientista do Nosso Estado serão até 150 bolsas mensais de R$ 2,4 mil. Os dois editais somam um investimento de pouco mais de R$ 50 milhões para a C,T&I fluminense durante os próximos três anos. A submissão de projetos para o programa Cientista do Nosso Estado e Jovem Cientista do Nosso Estado poderá ser feita até o dia 4 de fevereiro de 2021.

Considerado um dos programas-símbolo da Faperj, o Cientista do Nosso Estado (CNE) é uma referência no apoio a projetos coordenados por pesquisadores de reconhecida liderança em sua área, vinculados a instituições de ensino e pesquisa sediadas no Estado do Rio de Janeiro. As bolsas CNE destinam-se a apoiar, por meio de concorrência pública, projetos coordenados por pesquisadores de reconhecida liderança em sua área, com vínculo empregatício em instituições de ensino e pesquisa sediadas no Estado do Rio de Janeiro.

O programa CNE foi lançado em 1999, concedendo 340 bolsas a pesquisadores de todas as áreas de pesquisa, numa iniciativa pioneira que desburocratizou a forma de financiamento à pesquisa e inovação no estado e no País, representando uma reafirmação da importância dos cientistas no Estado do Rio de Janeiro. Em função do êxito do programa, o número de bolsas foi sendo aumentado ao longo dos anos. Atualmente, a Faperj apoia cerca de 399 pesquisadores com a bolsas de bancada CNE.

A fim de ampliar o alcance do Cientista do Nosso Estado a pesquisadores em estágio inicial de suas carreiras, a Faperj lançou, em 2002, o Programa Jovem Cientista do Nosso Estado (JCNE), concedendo 46 bolsas em sua primeira edição. Atualmente, a FAPERJ conta com 314 pesquisadores apoiados com bolsas de bancada JCNE.

Para o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Dr. Serginho, a concretização do lançamento desses dois importantes programas simboliza uma grande conquista para a produção científica fluminense, que recebe aporte para a sua continuidade.  “Com esses programas, estabelecemos um ciclo virtuoso, no qual estimulamos que nossos pesquisadores continuem no estado exercendo seus trabalhos e contribuindo significativamente para o desenvolvimento científico, social e econômico local”, ressaltou o secretário.

Segundo o presidente da Fundação, Jerson Lima Silva, esses programas garantiram a sobrevivência da pesquisa e da inovação no estado nos anos de crise financeira, em especial entre 2015 e 2019. “Sem o pagamento consistente das bolsas de bancada aos pesquisadores que são Cientista e Jovem Cientista do Nosso Estado, muitos centros e grupos de pesquisa teriam deixado de existir, sem falar dos pesquisadores que teriam deixado o estado ou mesmo o País em busca de melhores condições para continuarem com seus projetos. Principalmente, não teríamos tido condições de enfrentar de forma eficaz epidemias como a da Dengue e da Zika, e mais recentemente a pandemia do Covid-19. CNE e JCNE consolidados como programas anuais tornam o estado mais bem preparado para lidar com os desafios não apenas na área da saúde, mas também no que diz respeito ao urbanismo, economia, ecologia, energia limpa, entre outros.”

Elegibilidade

Os proponentes ao programa Cientista do Nosso Estado devem possuir vínculo empregatício ou funcional com centros de pesquisas, universidades ou instituições de ensino e pesquisa sediadas no estado do Rio de Janeiro. Pesquisadores eméritos ou aposentados poderão concorrer ao edital, desde que o vínculo seja comprovado por documento oficial da instituição, atestando efetiva participação na pesquisa a ser desenvolvida; grau de doutor e reconhecida liderança em sua área, com produção científica e/ou tecnológica de alta qualidade no período entre 2015 a 2020, compatível com o nível de pesquisador 1 do CNPq, segundo critérios da área a qual o pesquisador está vinculado. O candidato deve demonstrar capacidade de orientação de alunos de pós-graduação através da comprovação de, no mínimo, uma orientação de doutorado concluída, estar orientando alunos de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado) no momento da solicitação e capacidade de captação de recursos financeiros para financiamento à pesquisa por meio de agências de fomento nacionais, estaduais ou internacionais, pró-reitorias, fundações e empresas públicas ou privadas.

Para o programa Jovem Cientista do Nosso Estado será necessário ter obtido grau de doutor — com data de defesa do doutoramento a partir de 1º de agosto de 2009 — e  possuir liderança em sua área, com produção científica e/ou tecnológica de alta qualidade nos últimos cinco anos, segundo critérios de sua respectiva área; vínculo empregatício ou funcional com centros de pesquisas, universidades ou instituições de ensino e pesquisa sediadas no estado do Rio de Janeiro. O candidato deve demonstrar capacidade de orientação de alunos de pós-graduação através da comprovação de, no mínimo, uma orientação de mestrado em andamento e de captação de recursos financeiros para financiamento à pesquisa de agências de fomento nacionais, estaduais ou internacionais, pró-reitorias, fundações e empresas públicas ou privadas

Pesquisadores contemplados nos editais Cientista do Nosso Estado 2017 ou Jovem Cientista do Nosso Estado 2017 que apresentarem propostas nesta edição deverão comprovar, obrigatoriamente, uma das três atividades científicas / tecnológicas (palestra, curso, exposição etc.) realizadas em escolas públicas (níveis fundamental ou médio) sediadas no estado do Rio de Janeiro, dentro dos anos de vigência da bolsa de bancada.

A avaliação dos projetos caberá a um Comitê Especial de Julgamento, designado pela diretoria da Faperj, que analisará as propostas considerando o mérito técnico e/ou científico, o potencial de inovação e viabilidade da proposta, a adequação dos métodos e do cronograma de atividades, a qualificação do proponente em relação às atividades previstas, entre outros.

Os recursos obtidos deverão ser aplicados em itens ou rubricas relativas ao projeto, desde que sejam observadas as regras constantes no Manual de Prestação de Contas da Faperj, além de orientações complementares expedidas para esse fim pelo setor de Auditoria Interna ou pela diretoria da Fundação.

A submissão de projetos para o programa Cientista do Nosso Estado e Jovem Cientista do Nosso Estado poderá ser feita até o dia 4 de fevereiro de 2021. A divulgação dos resultados para ambos os editais está prevista para ser realizada a partir de 20 de maio de 2021.

Confira a íntegra do programa Cientista do Nosso Estado (CNE)-2020

Confira a íntegra do programa Jovem Cientista do Nosso Estado (JCNE)-2020

Imagem: Peter Ilicciev - Banco Fiocruz Imagens

Publicado em 10/12/2020

Educação em Saúde: no Dia Internacional dos Direitos Humanos, Campus Virtual Fiocruz destaca cursos abertos e gratuitos

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

No Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, o Campus Virtual Fiocruz reitera que a educação está no centro do enfrentamento das desigualdades. Ela é o quarto Objetivo do Desenvolvimento Sustentável proposto pelas Nações Unidas, com o propósito de atingir a Agenda 2030 no Brasil. O CVF trabalha permanentemente para fortalecer a formação em saúde para o SUS e para o sistema de CT&I do país, assim como para ampliar o acesso à informação para toda a sociedade. Durante a pandemia de Covid-19, lançamos diversos cursos de iniciativa própria, online e gratuitos, em parceria com outras unidades e instituições. Confira o rol de cursos disponíveis no Campus Virtual Fiocruz que tratam das questões relacionadas ao coronavírus.

Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas

Cada vez mais impactada pela Covid-19, a população indígena – que tradicionalmente é mais suscetível a novas doenças em função de suas condições socioculturais, econômicas e de saúde – precisa de múltiplos esforços para o enfrentamento desta pandemia. Ciente dessas especificidades e suas necessidades, o Campus Virtual Fiocruz, acaba de lançar o curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas. Ele é online, gratuito, aberto a todos os interessados no tema, mas visa capacitar, técnica e operacionalmente, gestores e equipes multidisciplinares de saúde indígena para a prevenção, vigilância e assistência à Covid-19, respeitando os aspectos socioculturais dessa população. A iniciativa vai ao encontro de dois eixos de atuação da Fiocruz para o enfrentamento da pandemia: educação e apoio a populações vulnerabilizadas.

Covid-19 e saúde no sistema prisional

Para atualizar profissionais e capacitá-los quanto às ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus entre a população privada de liberdade, o Campus Virtual Fiocruz e a Fiocruz Mato Grosso do Sul lançaram o curso autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional. A formação é oferecida na modalidade à distância e voltada a gestores, profissionais de saúde, policiais penais, trabalhadores dos estabelecimentos prisionais, membros dos conselhos penitenciários e demais interessados na área.

Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus

Para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, o conteúdo foi produzido e publicado em caráter de urgência, ratificando o aspecto inovador, dinâmico e responsável da formação. Ele é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD), permitindo que qualquer pessoa interessada se inscreva. A qualificação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, mas pode ser cursado por todos os interessados. Ele é composto de três módulos, que são independentes e podem ser cursados conforme necessidade do aluno, conferindo autonomia ao processo de formação.

Confira outras iniciativas lançadas no contexto da pandemia de coronavírus

Mosquitos - Bases da Vigilância e Controle

Em tempos de coronavírus e suas milhares de mortes diárias, é difícil pensar em outras doenças. No entanto, o Brasil sofre, continuamente, com a incidência de arboviroses urbanas transmitidas pelo Aedes Aegypti: dengue, zika e chikungunya. Além disso, o quadro clínico dessas doenças é muito parecido com o da Covid-19. Portanto, os profissionais precisam estar preparados. O curso de aperfeiçoamento Mosquitos - Bases da Vigilância e Controle – online e gratuito – é voltado a agentes municipais de endemias, gestores e outros profissionais que trabalham com o controle de vetores.

Planejamento escolar local na transpandemia

A pandemia de Covid-19 vem impactando a vida e a rotina das populações de todo o mundo, e a área da educação é uma das grandes afetadas. Para tanto, a Fiocruz, juntamente com outros parceiros, lançou o curso “Planejamento escolar local na transpandemia”. A formação busca apoiar gestores e comunidades escolares a realizar o enfrentamento dessa situação e construir um planejamento local para tomadas de decisão, bem como para a reorganização do planejamento das escolas no período trans e pós-pandemia, fortalecendo o debate sobre os princípios norteadores dessa tarefa e qualificando seu protagonismo nas necessárias transformações da escola no contexto atual. Essa é uma formação online e gratuita voltada a gestores de redes e escolas.

Doenças ocasionadas por vírus respiratórios emergentes, incluindo a Covid-19

Os coronavírus são uma grande família de vírus que causam doenças que variam desde o resfriado comum até doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). Um novo coronavírus (Covid-19) foi identificado em 2019 em Wuhan, China. O objetivo deste curso é apresentar uma introdução geral sobre a Covid-19 e outros vírus respiratórios emergentes.

Educação remota para docentes e profissionais da educação

"Caminhos e conexões no ensino remoto" é o tema de um novo curso da Fiocruz voltado a docentes e profissionais da área de educação. O objetivo do curso é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. A formação, que é autoinstrucional, online e gratuita, está aberta a todos os interessados. Ela é uma iniciativa da Vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação e está alinhada às ações de apoio aos professores para a continuidade do ensino frente à necessidade de isolamento social causado pela pandemia de Covid-19.

Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos

Diálogo, produção colaborativa, conhecimento compartilhado, engajamento e diminuição de barreiras de acesso são alguns dos termos que permeiam os conceitos de Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos (REA). Tais práticas, cada vez mais urgentes e necessárias, especialmente neste momento de emergência sanitária global e imposição de isolamento social, são temas da última série que compõe a Formação Modular sobre Ciência Aberta. Ao todo, são oito cursos independentes entre si. Concebida como uma das estratégias para apresentar o movimento da Ciência Aberta, a Formação Modular aborda práticas, expectativas e controvérsias da área. A Fiocruz é signatária do Plano de Acesso Aberto desde o ano de 2014, mostrando a importância da difusão da ciência e da produção científica no Brasil e no mundo.

Publicado em 09/12/2020

Fiocruz lança scanCOVID-19 para rastrear a informação científica mundial sobre o novo coronavírus

Autor(a): 
Comunicação Icict/Fiocruz

Nunca na história da humanidade se produziu tanta informação científica ao mesmo tempo sobre um único tema: o coronavírus Sars-CoV-2 e a doença Covid-19. São centenas de milhares de documentos oriundos de múltiplas fontes e países, numa produção que não para. Agora, uma nova ferramenta de busca lançada pela Fiocruz, o sistema scanCOVID-19, chegou para ajudar pesquisadores, especialistas, gestores e profissionais de saúde pública – além de estudantes e interessados de outras áreas de estudo e pesquisa. O scanCovid-19 foi desenvolvido pelo aluno do Programa de Pós-Graduação de Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), Gustavo Barbosa, como parte de seu projeto de doutorado, em parceria com o Laboratório de Informação Científica e Tecnológica em Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (LICTS/Icict/Fiocruz). Leia mais sobre o projeto!

Manter-se atualizado sobre tudo que vem a público, diariamente, tornou-se um grande desafio. No scanCOVID-19 – um sistema automatizado que monitora o que é publicado em fontes de dados públicas, credenciadas –, qualquer pessoa pode encontrar, rapidamente, a informação mais recente que foi publicada sobre os mais variados temas relacionados ao novo coronavírus e à Covid-19. O scanCOVID-19 é uma ferramenta de coleta de informação científica que entrou no ar em novembro, permitindo acesso a mais de 125 mil registros científicos, nacionais e internacionais, sobre a Covid-19, desde janeiro de 2020. 

São artigos científicos nos diversos campos disciplinares, ensaios clínicos, vacinas em produção, entre outros assuntos relacionados, em texto completo, sempre que liberados por suas fontes de origem. O conceito-chave do scanCOVID-19 é monitoramento da informação científica, a partir de diferentes bases de dados referenciais, organizados em um mesmo espaço de busca. Seu objetivo é fornecer um grande cenário da produção de conhecimento sobre Covid-19. Além de permitir uma busca direcionada e ágil – com foco nas necessidades da comunidade científica – o sistema é atualizado diariamente, de modo a permitir um acompanhamento quase em tempo real da produção de conhecimento científico sobre o novo coronavírus.

O novo sistema de busca da Fiocruz monitora diferentes fontes de informação: artigos em formato preprints ( que compreendem produção científica depositada online e de livre acesso em repositórios temáticos, que ainda não foi submetida à revisão por pares); ensaios clínicos em curso e já finalizados; artigos revisados por pares; e o portfólio de vacinas em desenvolvimento. Acompanha também as retratações feitas a artigos científicos. É possível ainda acompanhar os protocolos de pesquisas com seres humanos aprovados pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) desde o início de 2020.

“O scanCOVID-19 realiza um monitoramento constante do ambiente de produção científica em escala mundial, com foco em fontes especializadas, por meio de um poderoso conjunto de algoritmos, um verdadeiro ‘robozinho’ de pesquisa. Inclusive tivemos que fazer um grande trabalho com algumas fontes de informação, que não estavam disponíveis a qualquer sistema de captação e raspagem automática de dados, para que aceitassem a pesquisa do scanCOVID-19”, conta Gustavo Barbosa, aluno do PPGICS, que desenvolveu o sistema como parte de seu projeto de doutorado.

“O LICTS tem por vocação trabalhar com informação científica e tecnológica e sempre se dedicou a desenvolver estratégias de monitoramento de informação em saúde. Já tivemos algumas experiências anteriores na linha do scanCOVID-19. Há 15 anos, criamos um primeiro ‘robozinho’ para monitorar informação sobre gripe aviária, o e-Monitor. Também fizemos um sistema similar para a dengue. Agora, desenvolvemos o scanCOVID-19 incorporando novas fontes de informação, e a tecnologia nos permitiu chegar a um conjunto de algoritmos que, no futuro, pode ser adaptado para uso no monitoramento de informação de outras temáticas ou interesses de pesquisa”, relata a professora Cristina Guimarães, orientadora de Gustavo.

Sob a coordenação geral da chefe do LICTS, Rosane Abdala Lins, o sistema monitora os seguintes repositórios temáticos de produção preprint: medrxiv.org; biorxiv.org; arxiv.org; ssrn.com; e Scielo Prepint. Para a produção revisada por pares, são monitorados o PubMed, o Scopus e a Scielo. E para os ensaios clínicos, o monitoramento abrange Clinical Trials, ICTRP e REBEC. O portfólio de vacinas em desenvolvimento é aquele sumarizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela London School of Hygiene & Tropical Medicine.

O scanCOVID-19 é de uso livre pelo grande público e é totalmente gratuito. Sempre que permitido e aberto pelas fontes originais, é possível ter acesso ao texto completo dos registros. Igualmente, algumas opções de busca estão disponíveis. O monitoramento das fontes cobre todo o período, desde janeiro de 2020.

“Não temos notícia de outro sistema similar em funcionamento, no Brasil ou em outros países, que cubra a diversidade de fontes que organizamos. Esperamos que, rapidamente, o scanCOVID-19 possa se tornar uma referência para pesquisadores, como um espaço organizado de registros de conhecimento a partir de onde se possa ter acesso a um quadro síntese sobre as publicações mais recentes”, complementa Gustavo.

Você pode ter acesso ao scanCOVID-19 pelo link: https://scancovid19.icict.fiocruz.br/

Publicado em 08/12/2020

Fiocruz incorpora curso sobre febre amarela na plataforma The Global Health Network

Autor(a): 
Agência Fiocruz de Notícias*

Transmissão, vigilância, controle e prevenção da febre amarela. Esse é o primeiro curso da Fiocruz traduzido para o inglês e adaptado para a audiência da plataforma The Global Health Network (TGHN) - um espaço internacional da Fundação destinado a promover a ciência por meio da divulgação de suas ações, pesquisas, eventos e cursos. Esse ambiente digital é fruto de um acordo firmado, em 2019, entre a Fiocruz e a Universidade de Oxford para a criação de um hub da instituição na plataforma. A formação, online e gratuita, foi desenvolvida pelo Campus Virtual Fiocruz e segue com inscrições abertas. O Curso também está disponível, em português e inglês, na TGHN. Acesse!

+ Em breve, novas formações oferecidas pelo CVF serão disponibilizadas na plataforma. A previsão é que em 2021 o curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus, traduzido para o inglês, também integre a TGHN. Acompanhe nossas notícias!  

A formação é oferecida em formato de microcurso e dirigida a profissionais de saúde que atuam em serviços de atenção básica ou similares de todo o mundo. A ideia é que, ao final do curso, o aluno seja capaz de reconhecer áreas de risco de transmissão da doença; identificar ciclos urbanos e silvestres; rever procedimentos de vigilância; definir os diferentes tipos de caso de febre amarela nos diferentes cenários epidemiológicos; encontrar informações atualizadas sobre a situação epidemiológica da doença; e rever as medidas gerais de controle da febre amarela e formas de prevenção adicionais à vacina.

Neste momento de conquista junto à TGHN, a coordenadora do CVF, Ana Furniel, lembra que o curso foi desenvolvido com muita celeridade, no ano de 2018, em meio ao surto de febre amarela ocorrido no Brasil. “Precisávamos capacitar os profissionais em plena crise sanitária e elaboramos a formação em poucos meses. Além disso, ele foi pensado em formato de Cards, uma estratégia para ampliar o alcance e facilitar a divulgação do seu conteúdo”, comentou ela.

O curso foi produzido pelo Campus Virtual Fiocruz e a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), sob a responsabilidade de Ana Furniel e Vinicius de Oliveira, respectivamente, e teve o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Já o conteúdo foi elaborado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), sob a coordenação acadêmica da pesquisadora Marília Santini.

O centro de treinamento da TGHN alcançou números bastante expressivos até o final de outubro de 2020, o que potencializa o alcance dos cursos da Fiocruz. Mais de 300 mil pessoas de cerca de 200 países realizaram os cursos disponibilizados no site. Como já dito anteriormente, a previsão é que em 2021, uma seleção de novos cursos da Fiocruz seja disponibilizada na TGHN.

Febre Amarela é tema de dois microcursos online do Campus Virtual Fiocruz

Além de Transmissão, vigilância, controle e prevenção, o microcurso Vacinação também integra o Programa de Formação em Febre Amarela elaborado pelo CVF e a UNA-SUS. Ambas são formações modulares e  trazem conteúdos que reforçam conhecimentos, conceitos e condutas para qualificar o atendimento.  

O microcurso Vacinação contra a Febre Amarela, que também segue com inscrições abertas - apresenta situações diversas sobre vacinação para febre amarela, trazendo orientações e reflexões para qualificar a recomendação de vacina e outras condutas associadas. É indicado para profissionais de saúde que atuam na atenção básica e em postos de vacinação. Porém qualquer pessoa pode se matricular. Ao final desse minicurso, o participante deve ser capaz de identificar as pessoas para as quais a vacina é recomendada; orientar os usuários nos casos controversos; orientar sobre eventos adversos; e identificar casos de eventos adversos.

*Matéria publicada pela Agência Fiocruz de Notícias, com informações de Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

Publicado em 07/12/2020

120 anos da Fiocruz: série de reportagens especiais é destaque na Revista Fapesp

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)*

“Em meio a uma pandemia que parece interminável, a instituição se mobilizou rapidamente para responder à nova crise sanitária, tal como fez em outras ocasiões do passado quando exigida”. Assim tem início a série “Fiocruz – 120 anos”, publicada na Revista Pesquisa Fapesp, edição 298, de novembro de 2020. A publicação traz três reportagens especiais sobre a Fiocruz e aborda a atuação de diversas unidades, entre elas as iniciativas de educação, lideradas pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic). Confira as reportagens!

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, na reportagem “Aniversário sem descanso”, que abre a sequência de matérias, afirmou que “todas as unidades movimentaram-se para combater a pandemia, incluindo os dois hospitais da instituição no Rio de Janeiro, os institutos Fernandes Figueira (IFF) e o Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) (...) A Fiocruz tem um papel central histórico no enfrentamento de epidemias no Brasil. Essa experiência está sendo completamente mobilizada contra o novo coronavírus”.

Já a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), Cristiani Vieira Machado, enfatizou o fato de a Fiocruz ser hoje a principal instituição não universitária de formação para o SUS. Ela destacou os cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), lato sensu e os incontáveis cursos de qualificação profissional (atualização, aperfeiçoamento e formação continuada), nas modalidades presencial e a distância. Cristiani frisou ainda que todas as 16 unidades da Fundação contam com atividades educacionais, mesmo as de produção, como Farmanguinhos e Bio-Manguinhos.

A matéria subsequente "Desafio contínuos – Da peste bubônica à febre zika, os problemas – e as soluções – se renovam" lembrou a criação do Instituto Soroterápico Federal, cuja direção técnica ficou a cargo do cientista de 28 anos, especializado em sorologia e microbiologia pelo Instituto Pasteur de Paris, Oswaldo Gonçalves Cruz - em uma fazenda abandonada em Manguinhos, em 1900, para responder a emergência sanitária causada pela peste bubônica.

Encerrando o especial, a reportagem “Além de Manguinhos – Egressos da Fiocruz conquistam espaços em instituições públicas e privadas no Brasil e no exterior” evidenciou importantes contribuições de ex-alunos da Fundação em outras instituições. O texto fala sobre os programas de cooperação estruturante realizados pela Fiocruz na África e América do Sul, além da avaliação do impacto da formação proporcionada pela Fundação na trajetória acadêmica e profissional de seus ex-alunos.

Leia, na íntegra, as reportagens:

Confira a edição impressa na íntegra.

A revista Pesquisa Fapesp é editada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e tem como objetivo difundir e valorizar os resultados da produção científica e tecnológica brasileira, da qual a Fapesp é uma das mais importantes agências de fomento.

*com informações da Revista Pesquisa Fapesp

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