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Publicado em 16/12/2019

Formação no SUS e para o SUS: acesse a cobertura do 1º Seminário de Residências em Saúde da Fiocruz

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Um marco importante para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): nos dias 5 e 6 de dezembro, a instituição realizou seu 1º Seminário de Residências em Saúde. O encontro reuniu residentes, docentes, preceptores, gestores, profissionais dos programas de Residência em Saúde da Fiocruz, além de representantes de órgãos do setor e da sociedade, para debater desafios e perspectivas da formação para o Sistema Único de Saúde (SUS). Organizado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), o Seminário aconteceu na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).

Na abertura do evento, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, celebrou a união de esforços nos mais diversos níveis — que se expressava na composição da mesa, com representantes dos ministérios da Educação (MEC) e da Saúde (MS), do Conselho Nacional de Saúde, de órgãos estaduais e municipais de ambos os setores, e da Fundação.

Para superar desafios, a presidente destacou também outros pontos: o fortalecimento de espaços de debate e compartilhamento de experiências, como o Fórum de Residências em Saúde da Fiocruz; a ampliação de parcerias, e a continuidade de ações institucionais no âmbito da gestão, a fim de garantir direitos previstos na Constituição Cidadã (1988). “Hoje, pela manhã, fiquei muito tocada ao participar da doação do acervo de David Capistrano, uma figura central para a nossa discussão aqui. Vale lembrar que o SUS é uma construção recente, do ponto de vista histórico, e que antes de 1988 a maior parte da população não tinha acesso a serviços de saúde”, disse Nísia. Ela finalizou comentando o grande desafio que é oferecer condições para que os profissionais das residências possam ser agentes de transformação frente às desigualdades sociais no Brasil. “Espero que todas essas questões também possam iluminar os 120 anos da nossa instituição, para que cada cidadão possa dizer ‘Eu sou Fiocruz’”, afirmou.

Uma rede que cresce e fortalece a formação no campo da saúde

Para que a sociedade se beneficie da formação no SUS e para o SUS, é preciso fomentar a cooperação em rede, principalmente numa conjuntura extremamente desafiadora no setor público. Esta foi a tônica das falas dos convidados da mesa de abertura e nas palestras que se seguiram (leia mais: Gestores, conselheiros, profissionais e estudantes debatem os desafios das residências em saúde).

Anna Teresa Moura, subsecretária de Pós-graduação, Ensino e Pesquisa em Saúde do Estado do Rio de Janeiro, destacou a necessidade de fortalecer parcerias para que o Estado não se ocupe apenas das questões de financiamento, mas qualifique também a área acadêmica e pedagógica. Neste sentido, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, comentou sobre a importância dos preceptores. “Precisamos pensar na formação de quem forma e atua conjugando o ensino e a prática: são eles que acompanham de perto os profissionais que vão atuar nos serviços de saúde”.

Por sua vez, o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz enfatizou a experiência institucional no debate sobre territórios saudáveis, a partir de um olhar integral da educação em saúde orientada pelos compromissos com o desenvolvimento sustentável. Para ele, por ser uma instituição estratégica de Estado, a Fundação tem um papel central na articulação de órgãos governamentais e movimentos sociais. Menezes demonstrou preocupação com ações afirmativas, mudanças na Estratégia Saúde da Família, toxicologia e meio ambiente, saúde mental dos profissionais que atuam nas residências e as desigualdades regionais. “Precisamos nos integrar mais, aprender e explorar a convergência com os consórcios que envolvem os conselhos de saúde em todos os níveis e as universidades, buscando a ampliação de parcerias”.

Participantes do Seminário aprofundam o olhar sobre os temas em palestras e oficinas

Os temas foram aprofundados na segunda parte do evento, nas palestras e debates (dia 5/12) e nas oficinas (dia 6/12). As palestras foram ministradas por: Adriana Coser (coordenadora das Residências em Saúde da Fiocruz); Aldira Samantha (coordenadora-geral de Residências em Saúde/MEC); Kelly Cristine Mariano do Amaral (Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde - SGTES/MS); Manoel Santos, representante do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RJ (Cosems); Priscilla Viégas (conselheira do Conselho Nacional de Saúde). A moderação do evento foi feita pela pesquisadora Adriana Aguiar, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), que organizou o livro Preceptoria em programas de residência: ensino, pesquisa e gestão

Leia mais sobre o Seminário

Gestores, conselheiros, profissionais e estudantes debatem os desafios das residências em saúde
Seminário de Residências em Saúde da Fiocruz: um novo espaço de debates e construção coletiva

Publicado em 13/12/2019

UNA-SUS inscreve para cursos sobre Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz | Foto: Unsplash

Até o dia 20 de dezembro é possível se inscrever em cursos de qualificação em Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa, oferecidos pela Escola de Governo Fiocruz, por meio da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). Todas as qualificações estão disponíveis na modalidade à distância (EAD). Saiba mais sobre os cursos abaixo, e clique nos links para se inscrever.

Abordagem familiar e manejo das fragilidades e da rede de apoio
O curso aborda a participação da família e a mobilização da rede de apoio para a melhoria da qualidade de vida de idosos em situação de fragilidade. Os alunos vão compreender a complexidade da atuação das equipes de Atenção Básica, seu trabalho em rede e sua atuação em contexto domiciliar e comunitário.

Ações estratégicas para saúde da pessoa idosa
Mapeia a população idosa sob a responsabilidade das equipes de Atenção Básica, visando o planejamento das ações de promoção da saúde, prevenção de agravos e atenção à saúde. São estudados quatro temas: mapeamento da população idosa, capacidade funcional da pessoa idosa, planos de ação e cuidado, rede de atendimento e suporte.

Avaliação multidimensional da pessoa idosa
O curso aborda quatro temas: avaliação multidimensional, avaliação clínica, avaliação psicossocial e avaliação funcional.

Caderneta de saúde da pessoa idosa
Qualifica o participante no cuidado à saúde da população idosa na Atenção Básica, abordando temas como: promoção da saúde, trabalho em equipe, acolhimento, avaliação da capacidade funcional e visitas domiciliares.

Condições clínicas e agravos à saúde frequentes em pessoas idosas
Aborda integralmente a saúde da pessoa idosa, conhecendo as peculiaridades de certas condições e agravos. Para isso, trata dos seguintes temas: visão geral da abordagem clínica de pessoas idosas, peculiaridades das manifestações clínicas em pessoas idosas, os gigantes da geriatria, gerenciando o cuidado.

Envelhecimento da população brasileira
Identifica os fatores que influenciam o contexto do envelhecimento da população brasileira. Os alunos vão aprender sobre: envelhecimento da população em números, conceitos relacionados ao envelhecimento, funcionalidade global da saúde, políticas voltadas à população idosa.

Publicado em 02/12/2019

Formação para o SUS: Fiocruz realiza seu 1º Seminário de Residências em Saúde nos dias 5/12 e 6/12

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Mudanças no perfil da população. Novas doenças. A reemergência de antigos agravos. Como formar, qualificar e atualizar estudantes e profissionais de saúde para que atendam a estas necessidades? Pensando nisso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realiza seu o 1º Seminário de Residências em Saúde da Fiocruz: desafios atuais e perspectivas da formação para o SUS. O evento acontece nos dias 5 e 6 de dezembro, das 13h30 às 16h30, na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), no Rio de Janeiro. Estarão reunidos residentes, docentes, preceptores, supervisores, gestores e profissionais dos Programas de Residência da Fiocruz.

Realizado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), o seminário contará com a participação da presidente Nísia Trindade Lima, na mesa de abertura, e representantes dos ministérios da Educação, da Saúde e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). Acesse a programação completa aqui. Haverá transmissão online, para que todos possam acompanhar à distância.

Residências: conhecimento teórico aliado à vivência em serviços de saúde

As residências em saúde são espaços de aprendizado, nos quais estudantes e profissionais de saúde têm a oportunidade de se especializar e de serem treinados, na prática, contando com a orientação de profissionais qualificados e de instituições reconhecidas na área. Atualmente, a Fiocruz tem 23 programas em curso e 1 já credenciado e aguardando a liberação de bolsas. Para 2020, a instituição aguarda o resultado de 5 novas submissões e de mais 2 novos programas em cooperação. (Conheça os cursos de residência médica e residência multiprofissional oferecidos pela Fiocruz).

Diante desta perspectiva, os participantes vão discutir como a Fiocruz pode ampliar sua contribuição com as políticas de formação para o SUS, em cenários cada vez mais desafiadores tanto do ponto de vista epidemiológico quanto político, econômico e social no Brasil. Para isso, além dos debates do primeiro dia, serão realizadas oficinas de trabalho, no dia 6, como explica a coordenadora das Residências em Saúde da Fiocruz e de seu respectivo Fórum, Adriana Coser. “Vamos abordar temas relacionados à atualização dos processos de qualificação dos programas, como: o novo perfil de competências de preceptores, a gestão dos programas e as diretrizes políticos- pedagógicas das residências da Fundação”.

Ela lembra que a iniciativa é um dos desdobramentos do trabalho que vem sendo realizado pelo Fórum de Residências em Saúde da Fiocruz. Criado em junho de 2017, o coletivo agrega coordenadores e membros das diversas unidades, possibilitando que compartilhem experiências e proponham iniciativas de qualificação dos programas. O encontro é aberto convidados de programas de outras instituições.

1º Seminário de Residências em Saúde da Fiocruz: desafios atuais e perspectivas da formação para o SUS

Data: 5/12 e 6/12 (não é necessário se inscrever para o primeiro dia do evento).
Local: Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca
Saiba mais, acessando a programação completa aqui.
Para mais informações sobre o seminário, envie um e-mail para: egf@fiocruz.br

  • Seminário_de_Resid_em_Saude_da_Fiocruz_dez2019.pdf

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Publicado em 19/11/2019

Curso técnico em biotecnologia está com inscrições abertas até 30/11

Autor(a): 
Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)

Análises Clínicas, Biologia Celular, Bacteriologia, Animais de Laboratório e Tecnologias de Desenvolvimento de Imunobiológicos. Estes são alguns dos temas que serão abordados no Curso Técnico em Biotecnologia, oferecido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). As inscrições podem ser realizadas até o dia 30 de novembro.

O curso tem por objetivo formar profissionais técnicos que possam atuar nas áreas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde e áreas afins, no controle de parasitos e vetores e auxiliarem na prestação de serviços de diagnóstico.

A capacitação oferece 20 vagas para candidatos com ensino médio completo ou que estejam cursando a última série no momento da inscrição. Serão oferecidas pelo menos 20 bolsas-auxílio (despesas de transporte e alimentação), de acordo com a ordem de classificação dos candidatos.

O curso será realizado em tempo integral, das 8h às 17h, com início em 2 de março e término em 22 de dezembro de 2020. Ao final, após todas as aprovações necessárias, o aluno receberá o diploma de Técnico em Biotecnologia.

Os interessados devem preencher o formulário online e enviar a documentação para o endereço eletrônico: ctb@ioc.fiocruz.br.

Inscreva-se já e acesse a chamada aqui pelo Campus Virtual Fiocruz!

Publicado em 01/11/2019

Processo seletivo aberto para residência médica em Medicina da Família e Comunidade

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

A Fiocruz Mato Grosso do Sul e a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) oferecem 30 vagas para a residência médica em medicina da família e comunidade. O objetivo é ampliar a assistência à saúde, através da atenção primária em saúde. As inscrições vão até o dia 15 de novembro.

A medida foi anunciada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, em julho deste ano. Na ocasião, o Ministério e a Fundação anunciaram uma parceria para criar um laboratório de residência médica, a fim de qualificar os serviços na atenção primária, bem como para ampliar e qualificar o monitoramento dos indicadores na APS.

O público principal da residência são preceptores especialistas em medicina da família e comunidade. A bolsa prevista na seleção é de R$ 11.865,60. Clique aqui e inscreva-se já!

 

Publicado em 29/10/2019

Fiocruz faz pesquisa online para acompanhar a trajetória de seus ex-alunos

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Ei, você já fez pós-graduação na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)? Então, diga por onde tem andado! Afinal, nossa história se completa... Para acompanhar a trajetória de seus ex-alunos, a Fiocruz está fazendo uma pesquisa com quem estudou em seus cursos de mestrado, doutorado, especializações e residências em saúde no período de 2013 a 2019. Alunos com este perfil recebem um link para o questionário, por e-mail, e têm até o dia 30/11 para responder à pesquisa online — o que só leva cerca de 10 minutos.

São 5.045 estudantes, de acordo com um levantamento preliminar junto às unidades. Isabella Delgado, coordenadora do Lato sensu e responsável pela pesquisa na Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), comenta a importância da iniciativa. “A pesquisa de egressos é um reconhecimento do ensino, do que agregamos aos alunos ao longo de sua trajetória. Por isso, quanto mais estudantes que passaram pela instituição nos retornarem, mais fiel será esse ‘retrato da nossa identidade’”, diz.


Sistema e política de acompanhamento de egressos

A iniciativa foi apresentada durante a Câmara Técnica de Educação, no dia 17 de outubro, por Isabella e pela pesquisadora Suely Deslandes (do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira - IFF/Fiocruz) – que também coordena o trabalho. Na ocasião, estavam reunidos gestores da área, coordenadores de cursos de pós-graduação, profissionais das Secretarias Acadêmicas, entre outros participantes.

Isabella e Suely destacaram que a pesquisa contribui tanto para atender às demandas de avaliação do Ministério de Educação (MEC) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) quanto para a gestão interna. Elas explicaram, ainda, os diferenciais deste estudo. “Algumas unidades já têm iniciativas próprias, que são louváveis e nos ajudaram bastante. Mas nosso objetivo é constituir um sistema de acompanhamento de egressos com uma metodologia comum: esta é a entrega que queremos deixar. Mais do que isso, estamos provendo a Fiocruz de um instrumento que será parte das ações para a formulação de uma política institucional”.

A coordenadora geral da Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, disse que está muito satisfeita com a entrega, referindo-se tanto à dedicação dos envolvidos quanto ao levantamento em si, que prevê uma base de dados que poderá ser utilizada pelas unidades. E afirmou: “É visível como a área de educação tem se estruturado nos últimos anos, e expressado a própria complexificação institucional”. Em seguida, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, lembrou que “além da importância para a autoavaliação, nossa pesquisa pode ser utilizada como modelo de referência para outras instituições”.

Faça parte da turma: em apenas 10 minutos, você deixa uma grande contribuição para a Fiocruz!

O questionário traz perguntas simples de responder. São informações sobre o perfil dos ex-alunos, seu percurso acadêmico, os principais benefícios proporcionados pela instituição e também dificuldades enfrentadas ao longo da formação.

Se você é ex-aluno, acesse a pesquisa e responda já! E lembre-se de compartilhar com seus colegas. Assim, será possível acompanhar essa grande turma que carrega a marca da Fiocruz em sua trajetória.

Quem se formou entre 2013 e 2019, mas ainda não recebeu o e-mail com o link para o questionário, deve entrar em contato através do e-mail: egressos.fiocruz@fiocruz.br

Publicado em 24/10/2019

Livro amplia conhecimento sobre a Aprendizagem Baseada em Problemas

Autor(a): 
Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)

O médico responsável pelo departamento de cardiologia de um grande hospital conduz um caso de difícil solução. Ele apresenta a um grupo de internos o histórico do paciente, seus sintomas e pede sugestões de diagnóstico. Para chegar a uma conclusão, os estudantes precisam pesquisar doenças relacionadas, propor exames, interpretar os resultados e os possíveis tratamentos para solucionar o caso. Poderia ser mais um episódio de uma série de TV, mas é apenas um exemplo de aplicação da Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), uma estratégia de ensino e organização curricular que estimula a aquisição de novos conhecimentos a partir da resolução de problemas reais ou simulados.

A metodologia é tema central do livro Aprendizagem Baseada em Problemas: fundamentos para a aplicação no ensino médio e na formação de professores. A publicação foi organizada pelos pesquisadores Renato Matos Lopes, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Neila Guimarães Alves, da Universidade Federal Fluminense (UFF), e Moacelio Veranio Silva Filho (in memoriam), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). A obra pode ser acessada gratuitamente no Portal eduCapes.

“Além da aprendizagem de conceitos, a ABP desenvolve habilidades e competências que englobam, dentre outros aspectos, o trabalho em equipe, a cooperação, a aprendizagem autodirigida, a capacidade para síntese e apresentação de resultados, a liderança de grupos e a própria competência para resolução de problemas. Os alunos são desafiados a tomar decisões e selecionar as informações realmente relevantes para o objetivo de cada etapa da aprendizagem”, destacou Renato, que atua no Laboratório de Comunicação Celular do IOC.

Com linguagem simples e voltada diretamente para professores, o livro apresenta elementos fundamentais da Aprendizagem Baseada em Problemas, como a formulação do problema, os ciclos tutoriais, o estudo autodirigido e a organização de grupos para a resolução da situação apresentada. “O ensino que busque trabalhar com os fundamentos da ABP na formação de professores, em outros cursos do ensino superior, na educação básica e na educação profissional poderá contribuir significativamente para superar os problemas de modelos tradicionais no que diz respeito ao processo de formação dos alunos”, acrescenta. Entre os autores da obra, dividida em seis capítulos, estão especialistas de diversas áreas do conhecimento que atuam no desenvolvimento de estudos no contexto de estratégias de ensino e aprendizagem.

O primeiro capítulo reúne modelos de organização curricular e possibilidades de aplicação da Aprendizagem Baseada em Problemas. O conteúdo é uma tradução do capítulo Teaching and Learning Today (Ensinando e Aprendendo Hoje), do livro New Curriculum for New Times – A Guide to Student-Centered Problem-Based Learning (Um guia para a aprendizagem baseada em problemas centrada no aluno, em tradução livre), de Neal A. Glasgow, publicado em 1996.

A seguir, são apresentados materiais de apoio, em especial aos docentes da educação básica, para o conhecimento da ABP como estratégia instrucional. O texto inclui um panorama histórico da utilização da metodologia e tópicos relacionados como o ciclo de aprendizagem, papeis desempenhados por professores e alunos e as diferenças básicas do método em relação ao ensino tradicional.

O passo a passo para a construção dos problemas utilizados nos ciclos de aprendizagem pode ser encontrado no terceiro capítulo, que apresenta, de forma detalhada, a proposta de um modelo para elaboração de problemas. De forma complementar, o capítulo seguinte destaca a importância do papel do professor na formulação de metas e objetivos de aprendizagem que estejam alinhados aos componentes curriculares do curso. O texto ressalta, ainda, outros aspectos importantes da Aprendizagem Baseada em Problemas, como o estímulo à participação ativa dos estudantes e a avaliação do desempenho dos alunos.

A aplicação prática da ABP é retratada no quinto capítulo, que tem o objetivo de mostrar o potencial real de utilização do método em salas de aula, tanto na educação básica como no ensino superior. Já no capítulo de encerramento, o leitor encontra um referencial pedagógico, com ideias centrais de educadores e pensadores que dão suporte ao uso da ABP, como John Dewey, Jerome Bruner, Paulo Freire, Jean Piaget, Lev Vygotsky, Carl Rogers e David Paul Ausubel.

Acesse o livro, gratuitamente, no Portal eduCapes.

Publicado em 22/10/2019

Casa de Oswaldo Cruz inscreve para curso sobre bases das ciências biomédicas

Autor(a): 
COC/Fiocruz

Debater sobre os diferentes sistemas de evidência na medicina dos séculos 19 e 20, enfatizando a emergência do pensamento estatístico como parte da produção de conhecimento e da tomada de decisões na biomedicina e na saúde pública. Este é o objetivo do curso As Bases das Ciências Biomédicas. Como sabemos se sabemos? Validando conhecimentos em medicina, que será promovido pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). É possível se inscrever até o dia 28 de outubro.

Voltado para profissionais de saúde, pesquisadores, estudantes de pós-graduação, a capacitação vai discutir a emergência da estatística na medicina, o desenvolvimento da epidemiologia, além de ensaios clínicos randomizados e a medicina baseada em evidências e o surgimento da medicina personalizada. 

Ministradas pelos pesquisadores da COC, Ilana Löwy, Luiz Antonio Teixeira e Luiz Alves Araújo Neto, a capacitação contárá com a exibição de vídeos para a discussão sobre os temas propostos. Com carga horária de 20 horas, as aulas acontecerão nos dias 4, 11, 18 e 25 de novembro e 2 de dezembro, de 13h às 17h, na sala 304 do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS). O CDHS fica no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro.

Inscreva-se já aqui pelo Campus Virtual Fiocruz.

Publicado em 16/10/2019

Fundo de População das Nações Unidas e Fiocruz realizam oficina para concretizar ações em parceria

Autor(a): 
Julia Dias (Agência Fiocruz de Notícias)

Representantes da Fiocruz, do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e de ministérios e institutos de saúde de países africanos se reuniram na Fundação, entre os dias 9 e 11 de outubro. Neste segundo encontro, trataram de definir as prioridades de temas e estratégias para os próximos cinco anos da cooperação internacional, iniciada com a assinatura de um Memorando de Entendimento (MdE), em julho.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, abriu a segunda oficina de planejamento, que visa concretizar as ações em parceria. “Gostaria de reforçar meu compromisso institucional com essa agenda da Unfpa, que é pensar os direitos na perspectiva das populações. No caso específico dessa oficina, os direitos da mulher, para a qual temos um instituto dedicado”, disse, referindo-se ao Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueiras (IFF/Fiocruz). Além de integrantes da unidade, participaram do encontro representantes da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) e do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) — responsáveis por conduzir a iniciativa —,  da Escola Nacional da Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e do Campus Virtual Fiocruz.

Redução das mortes maternas

Na primeira oficina, em agosto, a redução das mortes maternas evitáveis a zero até 2030 nos países participantes foi definida como prioridade. Para isso, a estratégia dos parceiros é criar um Centro de Referência em Saúde Materna, no âmbito da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento das Nações Unidas (CPID). O propósito do Centro é fazer análises aumentar a capacidade dos países, através da troca de experiências proporcionada pela cooperação triangular entre a Fiocruz, países de América Latina e Caribe e africanos e o Unfpa.

Bobby Olarte, assessor sênior para cooperação entre países do Unfpa, afirmou: "Nenhuma mulher deveria morrer simplesmente por dar à luz”. Ele explicou que o CPID apoiará os países, reconhecendo a expertise da Fiocruz, como as iniciativas bem-sucedidas do IFF. A proposta do Fundo passa por identificar centros de excelência no mundo e oferecer apoio técnico para criação de redes.

A escolha pelo desafio da redução da mortalidade materna vem tanto da necessidade dos países, como da observação das competências da Fiocruz. Além disso, esse resultado está de acordo com a estratégia dos três zeros para aceleração da implementação do programa de ação da CIPD: zero necessidade insatisfeitas de contracepção, zero mortes maternas evitáveis e zero situações de violência contra mulheres e meninas. 

Contextos particulares

Na reunião, representantes de Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Senegal apresentaram seus contextos nacionais e desafios para redução das mortes maternas. Os países têm contextos muito distintos. Enquanto Cabo Verde, por exemplo, é uma referência na área de saúde da mulher, Guiné-Bissau apresenta dificuldades relacionadas à infraestrutura de saúde e uma altíssima mortalidade materna, com 746 mortes por 100 mil mulheres. 

A representante escritório do Brasil do Unfpa, Junia Quiroga, apresentou os dados da América Latina e Caribe. Entre os principais desafios da região estão: o alto número de cesáreas, a gravidez na adolescência e a alta medicalização da atenção à saúde materna. “A média de idade para a primeira relação é muito baixa em toda a a América Latina e Caribe, e somos a segunda região do mundo com a taxa de fecundidade adolescente mais alta”, disse, reforçando a necessidade de priorizar populações jovens.

Para enfrentar essas questões, a parceria identificou como áreas de cooperação: a formação de pessoal; a construção e fortalecimento sistemas de informação, vigilância e monitoramento; a pesquisa; e a promoção da participação comunitária. Apesar dos desafios, para a representante do Unfpa, a parceria tem se mostrado muito promissora, com o empenho de especialistas e instituições envolvidas. “Velocidade, agilidade e engajamento têm sido características importantes dessa cooperação”, disse Junia.

25 anos da Conferência sobre População e Desenvolvimento

A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento das Nações Unidas (CPID), realizada no Cairo em 1994, resultou na elaboração de uma agenda. O compromisso comum está em alcançar o desenvolvimento sustentável com equidade para todas e todos por meio da promoção dos direitos humanos e da dignidade, apoiar o planejamento familiar, a saúde sexual e reprodutiva e direitos, promover a igualdade de gênero e a igualdade de acesso à educação para as meninas, e eliminar a violência contra as mulheres, entre outras iniciativas.

Como marco dos 25 anos desta agenda, uma cúpula será realizada em Nairobi, Quênia, de 12 a 14 de novembro. A presidente da Fiocruz participará do evento e levará os resultados e compromissos das duas oficinas já realizadas entre o Unfpa e a Fiocruz.

Publicado em 06/09/2019

Profsaúde: primeira turma do Mestrado Profissional em Saúde da Família forma 180 alunos

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz), com informações de Vilma Reis (Abrasco) | Fotos: Peter Ilicciev

Para além da medicina como profissão, a saúde como missão social. Foi o que se celebrou na formatura da primeira turma do Mestrado Profissional em Saúde da Família (Profsaúde), na sexta-feira (30/8). O que se viu e ouviu no Museu da Vida/Fiocruz foi uma afirmação da diversidade: 180 mestres, oriundos de mais de 20 instituições de todas as regiões do Brasil, acompanhados por suas próprias famílias, e trazendo suas bagagens cheias de experiências e aprendizados compartilhados.

Nada mais natural, considerando que o programa de pós-graduação Sricto sensu foi concebido coletivamente, junto a diversas instituições dos campos da saúde e da educação. Lançado em 2015 para ampliar a formação de médicos para a Atenção Primária em Saúde, o Profsaúde é reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC). A coordenação nacional é composta por Luiz Augusto Facchini, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), e por Maria Cristina Guilam e Carla Pacheco Teixeira, ambas da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz.

Planos ousados e uma turma realizada

Os gestores e participantes da rede Profsaúde comemoraram muito os frutos dos planos que ousaram realizar. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, lembrou que a iniciativa teve origem no programa Mais Médicos, com o objetivo de aproximar a medicina da família e da comunidade ao campo da saúde coletiva. Ela ressaltou que é preciso ousar na formulação e implementação de políticas públicas. “Atualmente falamos muito em dificuldades. Mas eu quero falar em potência. Celebrar nossos mestres, instituições e a força das nossas ideias — que só podem se realizar plenamente nestes espaços de diálogo espaços que honram a continuidade do SUS [Sistema Único de Saúde] com toda sua complexidade e toda sua beleza que hoje vejo representadas aqui”, afirmou Nísia.

Junto dela, na mesa de abertura do evento, estavam mais cinco mulheres: a vice-presidente de Educação Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado e a presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Gulnar Azevedo. E também Adriana Fortaleza da Silva, Coordenadora-Geral Substituta de Ações Estratégicas, Inovação e Avaliação da Educação em Saúde/Ministério da Saúde (MS); Aldira Samantha Teixeira, Diretora Substituta de Desenvolvimento da Educação em Saúde/MEC; e Maria Célia Vasconcellos, representando o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Em falas que precederam a de Nísia, todas celebraram a formação de uma rede que visa, em primeiro lugar, o fortalecimento do SUS, seus princípios e a missão de fazer com que a saúde seja um direito assegurado a toda a população brasileira.

Uma rede de educação, prática e saberes para fortalecer o SUS

A vice-presidente da Fiocruz e médica sanitarista, Cristiani Machado, falou sobre o processo de debates entre os diversos atores envolvidos (governos, universidades, entidades médicas, entre outros) para a formulação do mestrado profissional. “É preciso lembrar que esta foi uma proposta inovadora”. Ela também destacou a ousadia de formar uma rede voltada à atenção básica e de forma integral. “Não se trata apenas do cuidado individual oferecido pelos médicos de saúde da família. Estamos falando da visão de determinação social da saúde, de seu caráter multidisciplinar, tudo isso é fundamental para a atenção integral”. O desafio, segundo a vice-presidente, é dar continuidade à iniciativa com base nesses princípios. As inscrições para uma nova turma estão previstas para serem abertas no dia 2 de outubro.

A presidente da Abrasco, Gulnar Azevedo e Silva, afirmou que é papel da Abrasco facilitar as cooperações para melhorar a saúde da população. Tratando do caráter multiprofissional da formação, ela comentou a importância de valorizar o trabalho do agente comunitário de saúde, do professor nas escolas da rede pública, de enfermeiros, psicólogos, dentistas, nutricionistas. “Não podemos trocar esse modelo pelo que está sendo imposto hoje: que só fala no médico e de uma carteira de cuidados médicos. Cada um que sair daqui voltará para sua cidade entendendo e mostrando aos colegas que é possível se formar valorizando a saúde coletiva”.

Coordenação integrada

A cerimônia continuou com uma mesa de agradecimentos formada por Maria Cristina Rodrigues Guilam, Coordenadora Acadêmica Nacional; por Carla Pacheco Teixeira, Coordenadora Executiva Nacional, e pelo professor Luiz Augusto Facchini, presidente Abrasco na gestão 2009-2012, e atualmente Pró-Reitor do Profsaúde.

Carla fez agradecimentos a cada envolvido no programa: alunos, professores, autores, coordenação, gestão, Presidência. Ela destacou a integração no processo. “Como amadurecemos! As oficinas eram quentes, e nós construímos e desconstruímos ideias”, disse. A coordenadora executiva parabenizou os mestres que não desistiram “mesmo diante de uma conjuntura tão desfavorável para o militante da atenção primária e do SUS”.

Facchini comentou a importância do programa no Brasil, um dos países mais desiguais do mundo, e da Estratégia de Saúde da Família neste contexto. “Mesmo com dificuldades de subfinanciamento conseguimos estender nossa ESF para mais de 40 mil equipes para mais de 130 milhões de pessoas no Brasil. Tivemos a capacidade de propor um projeto pedagógico inovador em rede com mais de 20 instituições. Estamos em pleno andamento da segunda turma e já a caminho de uma terceira que será multiprofissional numa verdadeira integração da academia e do serviço”. O professor fechou sua fala com uma novidade: “Temos condições de sonhar para breve, muito breve, propor um doutorado profissional em saúde da família”.

A coordenadora acadêmica, Cristina Guilam, comemorou a diversidade e a força do grupo, mencionando o vídeo em homenagem a todos os participantes da rede Profsaúde. Cristina deu seu recado cantando:

'"Isto aqui, ô ô
É um pouquinho de Brasil iá iá
Deste Brasil que canta e é feliz
Feliz, feliz...
É também um pouco de uma raça

Que não tem medo de fumaça ai, ai
E não se entrega não”

Durante a formatura, foi lançado o novo site do Profsaúde, desenvolvido pela equipe do Campus Virtual Fiocruz. O espaço valoriza a integração dos membros da rede e conta com funcionalidades para acesso a editais, notícias, biblioteca, documentos e ambientes virtuais de aprendizagem, entre outras. Acesse!

Leia mais na matéria publicada no site da Abrasco.

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