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Publicado em 16/12/2019

Acesso aberto ao conhecimento: Fiocruz lança a terceira série da formação modular em ciência aberta

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

Quanto mais acesso ao conhecimento, mais educação e inclusão. Dando continuidade às suas políticas institucionais com este objetivo, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lança a terceira série de sua Formação Modular em Ciência Aberta, que trata da pesquisa aberta. O primeiro curso da série 3 é sobre Acesso aberto. Em 10 horas-aula, os participantes vão aprender sobre a história deste movimento, conhecendo os principais conceitos e formas de aplicação, marcos e experiências internacionais.

Quem está à frente do novo curso é Ana Beatriz Aguiar, da Coordenação de Informação e Comunicação da Fiocruz. Ela explica que esse módulo é fundamental para a compreensão das mudanças que vêm ocorrendo no campo da informação e da comunicação científica. "A comunicação em ciência avança cada vez mais rapidamente. Há uma pressão por mais transparência. Tudo isso se traduz em novas práticas, como a aceleração dos processos editoriais de publicação", comenta.

Para que os alunos conheçam melhor estas experiências, o curso reúne uma série de práticas bem-sucedidas na América Latina e no mundo. "Algumas delas são da própria Fiocruz, como a Política de Acesso Aberto, o Repositório Institucional Arca, o Portal de Periódicos Fiocruz, dentre outras iniciativas", diz.

Saiba mais sobre o novo curso e inscreva-se aqui!

  • Aula 1: O que é Acesso Aberto (Ana Maranhão e Viviane Veiga)
  • Aula 2: Panorama Internacional do Acesso Aberto (Eloy Rodrigues)
  • Aula 3: Acesso Aberto em perspectiva nacional e regional (Bianca Amaro) 
  • Aula 4: Acesso Aberto na Fiocruz: relatos de experiência (Ana Maranhão, Ana Cristina da Matta Furniel, Ana Paula Bernardo Mendonça,Claudete Fernandes, Flavia Lobato, João Canossa, Luciana Danielli, Roberta Cerqueira, Sarita Albagli,Vanessa Arruda e Viviane Veiga)
  • Aula 5: Implicações da Comunicação Científica (Abel Parker, Adeilton Brandão e Solange Santos)

Conheça a Formação Modular em Ciência Aberta

A Formação Modular em Ciência Aberta é uma realização da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) por meio do Campus Virtual Fiocruz. É composta por quatro séries e oito microcursos. A iniciativa é uma parceria entre a Coordenação de Informação e Comunicação da Fiocruz, a Escola Corporativa Fiocruz, a Universidade do Minho (Portugal) e o Campus Virtual Fiocruz.

Todos os microcursos são oferecidos na modalidade de educação à distância (EAD). Os inscritos podem acessar as aulas online, quando e de onde quiserem, gratuitamente. Os cursos são independentes entre si. Ou seja: não é preciso cursar um para se inscrever em outro. Mas, na Fiocruz entendemos que quanto mais completa a formação, melhor.A cada curso realizado, os alunos passam por uma avaliação online e recebem certificados de conclusão de acordo com critérios de aprovação. 

Conheça as séries e cursos já lançados:

Série 1
O que é ciência aberta?
Panorama histórico da ciência aberta

Série 2
Propriedade intelectual aplicada à ciência aberta
Direito de acesso à informação e proteção de dados pessoais

Publicado em 13/12/2019

UNA-SUS inscreve para cursos sobre Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz | Foto: Unsplash

Até o dia 20 de dezembro é possível se inscrever em cursos de qualificação em Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa, oferecidos pela Escola de Governo Fiocruz, por meio da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). Todas as qualificações estão disponíveis na modalidade à distância (EAD). Saiba mais sobre os cursos abaixo, e clique nos links para se inscrever.

Abordagem familiar e manejo das fragilidades e da rede de apoio
O curso aborda a participação da família e a mobilização da rede de apoio para a melhoria da qualidade de vida de idosos em situação de fragilidade. Os alunos vão compreender a complexidade da atuação das equipes de Atenção Básica, seu trabalho em rede e sua atuação em contexto domiciliar e comunitário.

Ações estratégicas para saúde da pessoa idosa
Mapeia a população idosa sob a responsabilidade das equipes de Atenção Básica, visando o planejamento das ações de promoção da saúde, prevenção de agravos e atenção à saúde. São estudados quatro temas: mapeamento da população idosa, capacidade funcional da pessoa idosa, planos de ação e cuidado, rede de atendimento e suporte.

Avaliação multidimensional da pessoa idosa
O curso aborda quatro temas: avaliação multidimensional, avaliação clínica, avaliação psicossocial e avaliação funcional.

Caderneta de saúde da pessoa idosa
Qualifica o participante no cuidado à saúde da população idosa na Atenção Básica, abordando temas como: promoção da saúde, trabalho em equipe, acolhimento, avaliação da capacidade funcional e visitas domiciliares.

Condições clínicas e agravos à saúde frequentes em pessoas idosas
Aborda integralmente a saúde da pessoa idosa, conhecendo as peculiaridades de certas condições e agravos. Para isso, trata dos seguintes temas: visão geral da abordagem clínica de pessoas idosas, peculiaridades das manifestações clínicas em pessoas idosas, os gigantes da geriatria, gerenciando o cuidado.

Envelhecimento da população brasileira
Identifica os fatores que influenciam o contexto do envelhecimento da população brasileira. Os alunos vão aprender sobre: envelhecimento da população em números, conceitos relacionados ao envelhecimento, funcionalidade global da saúde, políticas voltadas à população idosa.

Publicado em 12/12/2019

Fórum debate futuro da saúde e compromisso social da ciência

Autor(a): 
Gustavo Mendelsohn de Carvalho (AFN/Fiocruz)

Encerrando a agenda científica que antecede a celebração dos 120 anos da Fiocruz no próximo ano, o Fórum Oswaldo Cruz reuniu na sexta-feira (6/12), na Tenda da Ciência, especialistas de universidades, associações científicas e da própria Fiocruz no seminário O futuro da saúde no Brasil, compromisso social da ciência. A palestra principal foi do neurocientista e diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Sidarta Ribeiro.

Além da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, compuseram a mesa solene o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro; a presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Gulnar Azevedo; a vice-reitora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Teresa Atvars; e a reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Pires de Carvalho.

A presidente Nísia afirmou que a agenda comemorativa dos 120 anos foi definida “para nos unirmos, em um momento de dificuldades no país, lembrando juntos a nossa história e, ao mesmo tempo, refletindo sobre os desafios do futuro”. Para Nísia, a Fiocruz e outras instituições científicas e universitárias “podem reforçar um projeto democrático e inclusivo para o Brasil, em que a ciência seja uma base para isso”.

Sidarta Ribeiro iniciou dizendo que o convite falar sobre o futuro da saúde conduz a uma reflexão muito dura, “vivemos um momento muito perigoso não só para o Brasil, mas para o planeta, mas é também muito auspicioso, muita coisa boa pode acontecer nas próximas décadas em função do acúmulo do conhecimento”. Usando a imagem do copo meio cheio e meio vazio, ele discorreu sobre esses dois aspectos. Entre os aspectos negativos da atualidade, Sidarta relacionou e analisou questões como a Emenda Constitucional 95, as ameaças retirar recursos da saúde e educação para o financiamento público das campanhas eleitorais, a liberação de agrotóxicos, desastres nas barragens da Vale, o derrame de petróleo no litoral, violência e mortes nas comunidades. Essa situação, segundo ele, “afeta todo mundo, as pessoas começam a viver em pânico e isso vai gerando efeitos nas gerações subsequentes, o estresse excessivo de um indivíduo adulto pode levar a modificações em células germinativas que podem gerar uma nova geração também em sofrimento psíquico”.

A segunda metade da palestra de Sidarta foi dedicada à “esperança a partir das novidades científicas, que podem ser boas para a saúde e que têm um impacto social importante”. Pesquisador dos efeitos da cannabis e de outras drogas psicoativas, ele é um crítico da abordagem oficial sobre o uso dessas substâncias. “Tem muita hipocrisia dos governos e da indústria, que falam de combater as drogas, mas, ao mesmo tempo, continuam vendendo produtos ainda mais perigosos nas drogarias e nos bares”, afirmou.

Citando avanços obtidos em pesquisas recentes, Sidarta reafirmou o potencial dos canabinóides no tratamento de diversas patologias, “essa planta uma farmacopeia inteira”. Ao mesmo tempo, apontou os problemas associados ao aumento indiscriminado do uso de antidepressivos, “as pessoas estão recebendo um monte de coisas ruins para ter um benefício que é extremamente reduzido, baseado em estudos que, geralmente, duram poucas semanas, quando o médico receita um antidepressivo ao longo de anos ele está fazendo experimento com os pacientes”. Veja aqui a palestra de Sidarta e a cobertura completa do Fórum.

Parcerias com a UFRJ e Unicamp

Ao final do Seminário foram assinados os documentos relativos às parcerias da Fiocruz com a UFRJ e a Unicamp, para realização de ações em ciência, tecnologia e inovação, com a articulação de uma estratégia nacional para o desenvolvimento e bem-estar social. Responsável pela relatoria geral, o oordenador das Ações de Prospecção da Presidência da Fiocruz, Carlos Grabois Gadelha, fez um resumo dos objetivos das parcerias celebradas no evento.

No caso da UFRJ, a colaboração se dará a partir dos seguintes eixos norteadores: ações integradas no Parque Tecnológico da UFRJ para incrementar a inovação no Complexo Econômico e Industrial da Saúde (Ceis); pesquisa, eesenvolvimento, inovação e educação para o bem-estar social; desenvolvimento de atividades de educação, saúde e direitos em lugares de favela e periferia e sua relação com a cidade;  prospecção estratégica em torno de CT&I, o bem-estar e a sustentabilidade ambiental.

Com a Unicamp, as ações serão norteadas por temas como: mercado de trabalho no Ceis; dinâmica econômica, CT&I e Ceis; economia política, desenvolvimento, política econômica e saúde no Brasil; federalismo e o Ceis; padrões de desenvolvimento, meio ambiente e saúde no Brasil; e financeirização, trabalho e saúde no Brasil. Na Fiocruz as atividades serão desenvolvidas pela Coordenação das Ações de Prospecção e na Unicamp pelo Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) do Instituto de Economia.

Publicado em 12/12/2019

Fiocruz Pernambuco inscreve para doutorado profissional em saúde pública

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

Estão abertas, até o dia 23 de dezembro, as inscrições para o doutorado profissional em saúde pública da Fiocruz Pernambuco. Há 15 vagas, sendo cinco para servidores do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz) e as dez restantes para as demais unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Podem se candidatar servidores da Fiocruz com nível superior em qualquer área de formação, desde que o diploma seja reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). O profissional deve estar atuando em atividades de gestão, tecnologia e inovação e contar com o apoio institucional para participação no doutorado, a partir de suas contribuições para a instituição e para o Sistema Único de Saúde (SUS). 

As linhas de pesquisa são: I. Política de Saúde, Gestão, Planejamento, Governança e Avaliação dos Serviços de Saúde Pública; II. Trabalho, Educação e Organização das Profissões em Saúde; e III. Gestão de Ciências e Tecnologia em Saúde.

Acesse o edital e inscreva-se, aqui pelo Campus Virtual Fiocruz.

Publicado em 11/12/2019

Congresso Brasileiro de Epidemiologia aceita propostas de atividades até o dia 28/12

Autor(a): 
Abrasco

A comissão científica do 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia está com chamada pública aberta para a contribuição de grupos de pesquisa, grupos temáticos da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e programas de pós-graduação. Serão aceitas propostas enviadas até 28 de dezembro.

Esta iniciativa visa ampliar o leque de atores envolvidos nas proposições de temas de interesse para a epidemiologia brasileira, bem como ampliar as fontes de recursos financeiros que assegurem a sustentabilidade do evento, mantendo a excelência que vem sendo uma de suas marcas desde a primeira edição. O tema da 11ª edição é Epidemiologia, Democracia e Saúde: conhecimentos e ações para equidade.

As propostas podem ser para a realização de mesas-redondas, palestras ou cursos. As mesas-redondas devem contar com dois a três expositores e um moderador. Terão duração de duas horas, com apresentação e debate. Já as palestras terão duração de uma hora e contarão com apenas um expositor. Os cursos serão oferecidos no pré-congresso, com duração de 8h, 12h ou 16h.

Cada proponente poderá sugerir até duas atividades. O envio das propostas deve ser feito exclusivamente por meio de formulário eletrônico. O resultado da avaliação será comunicado a todos os autores proponentes até 28 de fevereiro de 2020.

Acesse aqui a chamada pública. Para saber mais, visite o site da Abrasco.

Publicado em 11/12/2019

Hackathon Fiocruz anuncia vencedores da edição 2019

Autor(a): 
Icict/Fiocruz

Uma rede digital que envolva a população no combate às arboviroses. Um aplicativo para ajudar no tratamento de pessoas com tuberculose. A criação de um “chatbot” — robozinho virtual capaz de passar informações à semelhança de um humano — para atuar em canais de comunicação da Fiocruz. Uma plataforma para ampliar a vigilância de focos de carrapatos transmissores da febre maculosa. Estes foram os protótipos criados após dois dias de maratona tecnológica: o Hackathon Fiocruz 2019, promovido pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), com o apoio do Escritório de Captação de Recursos da Fiocruz.

Trinta e dois competidores, divididos em oito times, passaram o sábado (30/11) e o domingo (1º/12) no campus da Fundação, em Manguinhos, empenhados em criar soluções inovadoras para o Sistema Único de Saúde (SUS). Hackadoidos, P21, View Model Robusta e Dexllab foram os times vencedores. Agora, terão seis meses para desenvolver seus protótipos, criando aplicativos que possam melhorar serviços e políticas públicas. Para isso, vão contar com apoio financeiro, um laboratório-móvel que servirá como incubadora de ideias e a mentoria de uma empresa de tecnologia. E ainda serão contemplados com a ida a algum evento de tecnologia. 

“Estamos muito felizes de ter participado e feito um bom trabalho. Agora é hora de se empenhar para desenvolver uma solução [aplicativo] de ainda mais qualidade”, resumiu Henrique Matheus, da equipe Dexllab, que criou o protótipo de uma plataforma por meio da qual qualquer cidadão poderá enviar foto de carrapatos encontrados Brasil afora, e então ser alertado se é um tipo não nocivo ou se pode ocasionar alguma doença, como febre maculosa. “Buscamos desenvolver uma aplicação que fosse de fato trazer impacto à vida das pessoas. Para isso, a mentoria foi muito importante. O meu grupo trabalhou com um grande número de dados, mas não sabíamos, por exemplo, que havia tantas classificações para carrapatos. Chegamos aqui muito crus no assunto, mas o apoio e as informações dos mentores tornaram possível chegar ao nosso modelo.” 

Desafios 

Os participantes da maratona foram selecionados por meio de chamada pública, divulgada em outubro e novembro, e aberta a profissionais e estudantes que atuem em design, programação e desenvolvimento de soluções digitais. Antes disso, profissionais da Fiocruz também participaram de uma chamada pública, que os convidava a sugerirem “desafios” do cotidiano do SUS ou da Fundação que pudessem ser resolvidos por algum aplicativo.

Esses desafios só foram divulgados e sorteados entre os hackathonzeiros na manhã de sábado, quando as equipes foram formadas. A partir daí, os grupos contaram com o apoio de mentores para cada um dos temas, que puderam orientá-los quanto aos objetivos e as características de cada desafio. Os protótipos ganhadores foram selecionados por um júri de especialistas.

“Foi uma experiência muito boa, mas também um desafio muito grande, porque é preciso correr contra o tempo”, definiu Luciana Bitaraes, do time P21, que criou um chatbot para atender ao público que busca informações sobre o ensino na Fiocruz. “Mesmo que eu não estivesse entre os vencedores, já estaria ganhando, porque aprendi muito durante a maratona.”

Tradição e inovação

A importância de explorar a criatividade e a inovação tecnológica em prol de soluções para o campo da saúde foi destacada inúmeras vezes durante as apresentações. Logo na mesa de abertura, no sábado, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, agradeceu aos participantes: “Vocês vão permitir que a Fiocruz, em seus 120 anos, possa estar desenvolvendo produtos de tecnologia digital que venham a reforçar nosso Sistema Único de Saúde. A Fundação, uma das raras instituições já com mais de 100 anos no Brasil, está atenta para se renovar ante os novos desafios para a saúde, para o país e para a cidade.

“Este hackathon traz um avanço em relação à maratona que fizemos em 2016, que é a previsão de que os protótipos sejam de fato desenvolvidos por vocês, na incubadora de ideias montada ao lado da Biblioteca de Manguinhos”, descreveu Rodrigo Murtinho, diretor do Icict, dirigindo-se aos competidores. “Vale lembrar que, em 2020, a Fiocruz comemora 120 anos de vida. E, justamente neste momento, vocês estarão aqui conosco, desenvolvendo aplicativos muito importantes para a área da saúde.” 

“Um dos gargalos de qualquer hackathon é o dia seguinte. O que fazer com as ideias que surgem durante a maratona? Por isso, o Hackathon Fiocruz foi todo planejado para ir muito além de uma maratona”, afirmou Luis Fernando Donadio, coordenador do Escritório de Captação da Fiocruz. “Este hackathon não se encerra na prototipagem. Vai, sim, abrir caminho para uma incubadora de ideias, produzindo aplicativos para a sociedade.” 
Festival de inovação

Mas o Hackathon Fiocruz 2019 não foi só trabalho. Participantes e público puderam assistir a palestras de temas como inteligência artificial, inovação em saúde pública e ciência de dados. Além disso, tiveram à disposição atividades de entretenimento, como jogos e imersão em ambientes de realidade virtual. A maratona ocorreu numa tenda ao lado do Parque da Ciência, no campus Manguinhos, e no auditório do Museu da Vida. 

O hackathon integra a programação do Festival de Inovação da Fundação Oswaldo Cruz, promovido pela Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional. O Festival de Inovação é apresentado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS.

Publicado em 09/12/2019

Editora Fiocruz lança livro sobre agentes indígenas de saúde

Autor(a): 
Marcella Vieira (Editora Fiocruz)

Uma experiência pioneira de trabalho e formação de saúde indígena. Com essa premissa, o livro Atenção Diferenciada: a formação técnica de agentes indígenas de saúde do Alto Rio Negro apresenta o processo de construção, implementação e execução do Curso Técnico de Agentes Comunitários Indígenas de Saúde (CTACIS). Concluído em 2015 e voltado para os agentes indígenas de saúde (AIS) que atuam no Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Negro (DSEI-RN), no Amazonas, o curso titulou dezenas de alunos como técnicos em agentes indígenas em AIS, por meio de uma parceria estabelecida entre diversas instituições, incluindo o Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz).

Os pesquisadores Luiza Garnelo e Sully Sampaio, da Fiocruz Amazônia, e Ana Lúcia Pontes, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), relatam a experiência – iniciada em 2007 – no livro, que faz parte da coleção Fazer Saúde da Editora Fiocruz.

Com a proposta de melhorar os serviços de saúde nas comunidades indígenas, o curso foi desenhado como uma estratégia multidisciplinar por diversos atores e implementado de acordo com as realidades locais. A obra tem como eixos centrais a dinâmica da implementação curricular e as reflexões sobre a construção de um perfil profissional para os Técnicos em Agente Comunitário Indígena de Saúde. 

As estimativas apontam cerca de seis mil AIS em todo o país, atendendo aproximadamente 700 mil pessoas no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (Sasi) do Sistema Único de Saúde (SUS). Os autores reforçam a importância da iniciativa em um contexto no qual esses agentes permanecem isolados e invisíveis para o restante do SUS. “Existe um senso comum de que é impossível elevar escolaridade e dar formação técnica para indígenas. O livro questiona essa perspectiva”, defende Ana Lúcia Pontes.

Em sete capítulos, a obra analisa etapas como o trabalho e a formação dos agentes comunitários e indígenas de saúde; as concepções político-pedagógicas e a organização curricular do CTACIS; os cuidados da saúde de crianças e mulheres indígenas; questões de vigilância alimentar e nutricional em terra indígena, além dos desafios e potencialidades observados ao longo do curso. São abordados também temas transversais, como território, cultura e política.   

Luiza Garnelo e Ana Lúcia Pontes têm formação em Medicina e são docentes no Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (PPGVIDA/Fiocruz Amazônia). Garnelo é bacharel em Filosofia e doutora em Ciências Sociais pela Unicamp. Ana Lúcia é mestre e doutora em Saúde Coletiva pela Ensp/Fiocruz. Já o cientista social Sully Sampaio é pesquisador e bolsista vinculado ao Laboratório de Situação de Saúde e Gestão do Cuidado de Populações Indígenas e outros grupos vulneráveis (Sagespi) do ILMD/Fiocruz Amazônia. Luiza Garnelo é chefe e pesquisadora titular do Laboratório e Pontes é uma das pesquisadoras colaboradoras. Os três autores participaram da coordenação e da implementação do CTACIS do Alto Rio Negro.  

Segundo a médica-cirurgiã Myrna Cunningham Kain, pertencente ao povo miskitu (Nicarágua) e defensora dos povos indígenas, o livro é "uma contribuição significativa para a implementação efetiva de sistemas de saúde com enfoque intercultural e que permitam a plena realização dos direitos dos povos indígenas". Para ela, Atenção Diferenciada “aporta esforços na construção de modelos de saúde intercultural que articulem as medicinas indígena e ocidental de forma complementar e que tenham como premissa básica o respeito mútuo e o reconhecimento da diversidade de conhecimento”.

Livro e coleção Fazer Saúde

Com oito títulos já lançados, a coleção Fazer Saúde pretende contribuir para a qualificação de profissionais, pesquisadores e gestores do SUS, estimulando o diálogo entre conhecimentos científicos, educação, inovações tecnológicas, saberes e práticas em saúde. 

Atenção Diferenciada apresenta uma importante iniciativa de demanda e articulação por parte dos movimentos indígenas: a formação técnica em saúde. “O curso permitiu propor a reorganização do trabalho do agente indígena na comunidade e na equipe”, explica Ana Lúcia, que espera que a publicação subsidie experiências que pensem a importância da profissionalização como formação técnica. 

Além do evento na Fiocruz Amazônia, a obra fará parte também do lançamento coletivo da Editora Fiocruz, no dia 11 de dezembro, na Cinemateca do MAM, no Rio de Janeiro. O volume é um dos 14 títulos publicados pela Editora em 2019.

Revista Poli

O livro também é destaque na edição novembro/dezembro da Revista Poli – Saúde, Educação e Trabalho, publicação da EPSJV/Fiocruz. Assinada por André Antunes, a matéria de capa aborda a saúde indígena e questões relacionadas ao trabalho e à formação de profissionais do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. Clique aqui para ler a reportagem na íntegra.

Publicado em 05/12/2019

Seminário do PrInt: Fiocruz expande sua rede de educação e lança hub em plataforma internacional de e-learning

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

Uma rede internacional forte, que avança e inova, na educação em saúde. Para debater suas ações de internacionalização do ensino, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promoveu o Seminário Internacional do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes). Realizado nos dias 3 e 4 de dezembro, o evento reuniu a comunidade acadêmica e convidados estrangeiros para trocar experiências neste campo.

Na abertura, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, cumprimentou todos que atuam para o desenvolvimento do PrInt Fiocruz-Capes. “Este programa é fruto de um trabalho coletivo, e também de um acúmulo de conquistas que a área da educação alcançou em nossa instituição”, afirmou. “É importante ter uma agenda positiva em meio a um cenário de tantas dificuldades", pontuou. Ela aproveitou para convidar a todos para o Fórum Oswaldo Cruz, que acontece no dia 6/12 na Fundação. Na ocasião, líderes de universidades, associações científicas e especialistas vão debater o tema O futuro da saúde no Brasil, compromisso social da ciência.

Neste sentido, a vice-presidente de Educação Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, destacou que — mesmo diante de uma conjuntura desfavorável — a Fundação tem sido protagonista em internacionalização. Ela comentou que, apesar de o seminário ser dedicado ao PrInt, há uma série de iniciativas em curso na instituição, como editais de mobilidade acadêmica e parcerias de excelência. “Este foi um ano desafiador para a pesquisa e para o ensino. Mas temos discutido as dificuldades estrategicamente, para fortalecer cada vez mais a articulação e a cooperação internacional”, destacou.

A mesa de abertura também contou com a participação de Luiz Eduardo Fonseca, representante do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz). A coordenadora Geral de Educação e coordenadora do PrInt, Cristina Guilam, parabenizou toda a equipe, os coordenadores e o Comitê Gestor do Programa pelo trabalho que vem sendo desenvolvido (saiba mais nesta entrevista).

The Global Health Network: mais uma conquista internacional

No primeiro dia de seminário, um dos destaques foi o lançamento de um hub da Fiocruz na plataforma The Global Health Network (TGHN), que já pode ser acessado aqui. A iniciativa é fruto de uma parceria firmada este ano com a Universidade de Oxford, responsável pela rede. Bonny Baker, da TGHN, explicou que a proposta é "unir pesquisadores e oferecer recursos e ferramentas para que possam desenvolver pesquisas em rede na área da saúde".

À frente do projeto, Gustavo Matta (da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - Ensp/Fiocruz), celebrou o lançamento do hub. "Hoje temos este novo espaço, que poderá contribuir para ampliar a colaboração e estimular o e-learning", disse. Ele lembrou que a parceria surgiu da necessidade de respostas rápidas à epidemia de zika no Brasil, em 2016.

No hub da Fiocruz na plataforma TGHN, estarão disponíveis cursos online desenvolvidos pelo Campus Virtual Fiocruz. O primeiro deles será sobre febre amarela. É cooperação em rede para levar mais saúde pelo mundo!

*Atualizada em 6/1/2020.

Publicado em 04/12/2019

Fórum Oswaldo Cruz (6/12): líderes em ciência, tecnologia e inovação vão debater o futuro da saúde no Brasil

Autor(a): 
CCS/Fiocruz

Com o tema O futuro da saúde no Brasil, compromisso social da ciência, Fórum Oswaldo Cruz se reúne no dia 6 de dezembro. O encontro vai reunir líderes de universidades, associações científicas e especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para debater a centralidade da CT&I na concepção nacional de desenvolvimento e bem-estar social. Realizado pela Fundação, o evento é aberto ao público e gratuito, não sendo necessária inscrição prévia. Haverá transmissão online pela Rede Fiocruz, permitindo participação à distância.

Um dos temas em destaque será o papel das universidades públicas como eixo de uma estratégia nacional baseada no conhecimento e nas necessidades da população, de forma sustentável, e não apenas orientada pela extração de recursos naturais. O futuro da saúde no Brasil será discutido em uma perspectiva abrangente, que envolve desde a 4ª Revolução Tecnológica até o seu impacto no bem-estar e na dinâmica de inovação e do desenvolvimento. Será um momento importante para refletir, formular e propor estratégias para os próximos anos, com o objetivo de fortalecer a saúde no contexto da CT&I.

Neurocientista Sidarta Ribeiro abordará o compromisso social da ciência

O evento de prospecção O futuro da saúde no Brasil, compromisso social da ciência terá como palestrante o neurocientista Sidarta Ribeiro, que é diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Em torno do tema central de sua fala, ele vai abordar questões contemporâneas com enfoque transdisciplinar.

Em seguida, líderes de instituições de ciência, tecnologia e inovação participarão da mesa, que será coordenada pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. Os convidados são: Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); Gulnar Azevedo e Silva, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco); Teresa Dib Zambon Atvars, vice-reitora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Denise Pires de Carvalho, Reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O relator do Fórum será Carlos Grabois Gadelha, coordenador das Ações de Prospecção da Presidência da Fiocruz.

Além dos debates, o público do evento será informado sobre os acordos e cooperações entre a Fiocruz e instituições de CT&I para fomentar a inovação, a geração de empregos e o desenvolvimento da saúde no país. Na ocasião, serão anunciadas parcerias institucionais com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de Campinas (Unicamp).

Para saber mais, acesse a programação completa na agenda do Campus Virtual Fiocruz.

Fórum Oswaldo Cruz - Ciência, tecnologia e inovação para o acesso universal: desafios para o SUS
Palestra: O futuro da saúde no Brasil, compromisso social da ciência (com o neurocientista Sidarta Ribeiro)
Data: 6/12/2019
Horário: das 9h às 12h30
Local: Fiocruz Rio de Janeiro – Tenda da Ciência (Av. Brasil, 4.365 - Manguinhos)

Publicado em 02/12/2019

Formação para o SUS: Fiocruz realiza seu 1º Seminário de Residências em Saúde nos dias 5/12 e 6/12

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Mudanças no perfil da população. Novas doenças. A reemergência de antigos agravos. Como formar, qualificar e atualizar estudantes e profissionais de saúde para que atendam a estas necessidades? Pensando nisso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realiza seu o 1º Seminário de Residências em Saúde da Fiocruz: desafios atuais e perspectivas da formação para o SUS. O evento acontece nos dias 5 e 6 de dezembro, das 13h30 às 16h30, na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), no Rio de Janeiro. Estarão reunidos residentes, docentes, preceptores, supervisores, gestores e profissionais dos Programas de Residência da Fiocruz.

Realizado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), o seminário contará com a participação da presidente Nísia Trindade Lima, na mesa de abertura, e representantes dos ministérios da Educação, da Saúde e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). Acesse a programação completa aqui. Haverá transmissão online, para que todos possam acompanhar à distância.

Residências: conhecimento teórico aliado à vivência em serviços de saúde

As residências em saúde são espaços de aprendizado, nos quais estudantes e profissionais de saúde têm a oportunidade de se especializar e de serem treinados, na prática, contando com a orientação de profissionais qualificados e de instituições reconhecidas na área. Atualmente, a Fiocruz tem 23 programas em curso e 1 já credenciado e aguardando a liberação de bolsas. Para 2020, a instituição aguarda o resultado de 5 novas submissões e de mais 2 novos programas em cooperação. (Conheça os cursos de residência médica e residência multiprofissional oferecidos pela Fiocruz).

Diante desta perspectiva, os participantes vão discutir como a Fiocruz pode ampliar sua contribuição com as políticas de formação para o SUS, em cenários cada vez mais desafiadores tanto do ponto de vista epidemiológico quanto político, econômico e social no Brasil. Para isso, além dos debates do primeiro dia, serão realizadas oficinas de trabalho, no dia 6, como explica a coordenadora das Residências em Saúde da Fiocruz e de seu respectivo Fórum, Adriana Coser. “Vamos abordar temas relacionados à atualização dos processos de qualificação dos programas, como: o novo perfil de competências de preceptores, a gestão dos programas e as diretrizes políticos- pedagógicas das residências da Fundação”.

Ela lembra que a iniciativa é um dos desdobramentos do trabalho que vem sendo realizado pelo Fórum de Residências em Saúde da Fiocruz. Criado em junho de 2017, o coletivo agrega coordenadores e membros das diversas unidades, possibilitando que compartilhem experiências e proponham iniciativas de qualificação dos programas. O encontro é aberto convidados de programas de outras instituições.

1º Seminário de Residências em Saúde da Fiocruz: desafios atuais e perspectivas da formação para o SUS

Data: 5/12 e 6/12 (não é necessário se inscrever para o primeiro dia do evento).
Local: Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca
Saiba mais, acessando a programação completa aqui.
Para mais informações sobre o seminário, envie um e-mail para: egf@fiocruz.br

  • Seminário_de_Resid_em_Saude_da_Fiocruz_dez2019.pdf

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