Descrição: Em janeiro de 2020 a Organização Mundial da Saúde declarou a Covid-19 como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, a sexta vez desde a aprovação do Novo Regulamento Sanitário Internacional (RSI). Este é o mais alto nível de alerta global, que indica grande probabilidade de expansão internacional de uma doença ou agravo. Essas emergências destacam a necessidade de preparação local e internacional robusta com respostas rápidas para salvar vidas. Quando um surto não é detectado ou se a resposta não é desencadeada de forma rápida e eficaz, o custo humano é alto.
Observa-se que as tragédias enfrentadas por populações vulnerabilizadas não têm sido ignoradas por organizações da sociedade civil, que têm demonstrado sua potência na resposta a essas situações. Assim, buscamos reunir informações e instrumentos que possam inspirar e apoiar a sociedade civil e os movimentos sociais na América Latina na resposta às emergências de saúde pública que afetam suas populações.
Neste curso você irá conhecer como opera a governança global, formas de atuação da sociedade civil e instrumentos para auxiliar a sociedade civil na atuação como mediadores e produtores de conhecimento por meio do fortalecimento da vigilância popular e do ativismo digital.
Bom curso!
Financiamento
Este curso é fruto da parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz e a The Global Health Network (Universidade de Oxford) e foi financiado pelo projeto "COVID-19: Strengthening Global Research Collaboration and Impact by Sharing Methods, Tools and Knowledge Between Countries, Networks and Organisations" Grant Ref: MC_PC_19073 (Medical Research Council and NIHR/UK.
Objetivo Geral: - Conhecer a estrutura de governança da OMS para emergências.
- Conhecer a definição e como são declaradas: emergência em saúde pública, sindemia, pandemia, epidemia e surto.
- Conhecer a maneira como opera a governança global nas emergências de saúde pública.
- Reconhecer do ponto de vista acadêmico e a partir dos movimentos sociais como se apresentam as formas de atuação desses movimentos sociais na agenda global.
- Cotejar os entendimentos da academia e dos movimentos sociais acerca das formas de atuação e organização da sociedade civil em resposta às emergências de saúde pública.
- Conhecer a origem, a transmissão e a prevenção da Covid-19 a partir do ciclo evolutivo.
- Conhecer o que são as vacinas, como são desenvolvidas e qual a sua importância em termos da saúde dos indivíduos e das populações.
- Conhecer os possíveis fatores associados à queda da cobertura vacinal, identificando desafios e estratégias de enfrentamento, em diferentes grupos da população.
- Conhecer os desafios de obtenção de dados, as fontes de dados e os indicadores de saúde em populações vulnerabilizadas.
- Identificar as múltiplas vulnerabilidades no contexto de emergências de saúde pública.
- Analisar a importância e os desafios da vigilância popular em saúde no contexto das populações vulnerabilizadas.
- Operacionalizar a vigilância popular e auxiliar na consolidação dos dados e produção de informações em saúde.
- Conhecer as ações de educação e comunicação em saúde para o enfrentamento de emergências de saúde pública no contexto de populações vulnerabilizadas.
- Identificar os cenários potenciais e utilizar ferramentas de ativismo digital para auxiliar as populações vulnerabilizadas no enfrentamento de emergências de saúde pública e no combate a fake news.
Justificativa: Em janeiro de 2020 a Organização Mundial da Saúde declarou a Covid-19 como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de alerta. Doenças que atingem em grande escala, como a pandemia da Covid-19, destacam a necessidade de preparação local e internacional robusta com respostas rápidas para salvar vidas. Quando um surto não é detectado e uma resposta não é desencadeada de forma rápida e eficaz, o custo humano é alto.
O impacto da Covid-19, tanto social, econômico, político, cultural e histórico, também devastou sistemas de saúde frágeis e afetou comunidades, desfazendo décadas de desenvolvimento social. Esse aumento das desigualdades econômicas e sociais impactam diretamente no acesso à saúde da população (CARNEIRO, PESSOA, 2020).
O que se observa é que as tragédias enfrentadas por populações vulnerabilizadas não têm sido ignoradas por organizações da sociedade civil, mas que a ausência ou um diálogo limitado entre os movimentos e a gestão pública torna fundamental apoiar e proporcionar instrumentos que auxiliem a sociedade civil e os movimentos sociais na resposta às emergências de saúde pública (CARNEIRO, PESSOA, 2020).
No processo ensino-aprendizagem, a vida e o mundo configuram-se como elementos decisivos, pois redimensionam a forma como o sujeito se reconhece, bem como a forma como reflete sobre si mesmo. Dadas essas considerações, tomamos o estar no mundo como um processo educativo de grande importância, visto que é essa condição ontológica que faz de nós sujeitos de conhecimento. Ao aprender com a experiência, o indivíduo tem a possibilidade de reorientar seus cursos não apenas de ordem cotidiana ou técnica, mas na ordem da existência. Assim, oportunizar que movimentos sociais da América Latina compartilhem suas experiências, e conheçam outras tem o potencial de fortalecer iniciativas e parcerias (CAETANO, SOUZA, MOTA, 2015).