A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) abriu a terceira chamada para cursos internacionais de curta duração. As propostas são recebidas até o dia 23 de maio.
A iniciativa, que faz parte do Programa de Excelência no Ensino, conta com apoio da Presidência da Fiocruz. O objetivo é incentivar e consolidar a cooperação e o intercâmbio entre os Programas de Pós-Graduação da instituição e também com instituições estrangeiras.
Serão selecionadas até dez propostas por chamada. Os projetos escolhidos vão ser financiados - no total ou em parte - com até R$ 15 mil reais. Os coordenadores devem observar critérios, como: o caráter internacional do curso, com a vinda de docentes estrangeiros; a relevância do tema; e a garantia de validação dos créditos obtidos no curso pelos respectivos programas de pós-graduação da Fiocruz.
Acesse o edital completo aqui e inscreva sua proposta!
Ficou com dúvidas? Envie um e-mail para: edu.internacional@fiocruz.br.
O Brasil é um dos países que mais cometem feminicídio no mundo. Desde o início do ano, foram registrados 126 casos de mulheres que perderam suas vidas em razão de seu gênero, de acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). É por isso que hoje, no Dia Internacional das Mulher (8/3), destacamos a importância de políticas públicas e da formação de profissionais que protejam e ampliem os direitos das mulheres, priorizando a atenção integral a todas.
Pensando nisso, a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) está com matrículas abertas para o curso online de Capacitação em Atenção Integral à Saúde das Mulheres. Desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o objetivo do curso é formar profissionais de saúde na atenção integral às diferentes mulheres do Brasil.
Com um total de 120 horas de estudo, o curso da UNA-SUS é voltado para profissionais de nível superior da Atenção Básica em Saúde. Também são bem-vindos gestores de coordenações estaduais e municipais de saúde das mulheres e de políticas intersetoriais, e áreas afins para o atendimento integral da mulher no sistema de saúde.
Os conteúdos abordam a atenção à saúde das mulheres nas diferentes fases: jovens, adultas, gestantes, no climatério, idosas e as especificidades desta atenção para as mulheres negras, indígenas, do campo, da floresta e das águas. “O desafio que propomos é um olhar ampliado no atendimento, na escuta qualificada, no respeito e na busca pela garantia de direitos das mulheres, em suma, a uma vida com saúde”, afirma a coordenadora do curso, Elza Berger.
As matrículas podem ser realizadas até o dia 30 de abril, pelo link. Inscreva-se já!
Quer saber mais sobre rede de regulação gênica? Então conheça o curso Identifying Gene Regulatory Networks from Gene Expression Data, oferecido na modalidade presencial e em EAD pelo Instituto René Rachou (Fiocruz Minas). É possível se inscrever até o dia 3 de março.
Na modalidade presencial, será realizado em parceria com o Departamento de Engenharia de Estruturas, no campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já os estudantes das instituições parceiras poderão participar em suas unidades, à distância, por meio de videoconferência.
Ao todo, o curso integra oito unidades de ensino e pesquisa. Além da Fiocruz Minas e da UFMG, são elas: o Instituto Oswaldo Cruz (PGBCS/IOC/Fiocruz); a Fiocruz Paraná (ICC); a Fiocruz Pernambuco (CPqAM); a Fiocruz Rondônia; a Fiocruz Ceará; e a Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Uma Rede de Regulação Gênica (ou GRN, do inglês Gene Regulatory Network) é uma coleção de reguladores moleculares que interagem uns com os outros e com outras substâncias na célula para regular os níveis de expressão gênica de mRNA e proteínas. Elas desempenham um papel central na morfogênese - a criação de estruturas do corpo - o que as torna fundamentais para o controle genômico do desenvolvimento em animais e plantas.
Essas interações regulatórias entre genes podem ser estudadas em grande escala, permitindo, por exemplo, entender as cascatas de regulação gênica, ou elucidar a conexão entre regulação gênica e fenótipo. Dessa forma, o estudo de GRNs requer contribuições de vários campos de pesquisa, incluindo Biologia de Sistemas, Biologia Evolutiva do Desenvolvimento e Genômica Funcional, e fornece uma abordagem integrativa para questões fundamentais de pesquisa em Biologia. Aí está a importância do curso.
As inscrições são feitas aqui pelo Campus Virtual Fiocruz.
As aulas acontecem entre os dias 11 e 15 de março. Inscreva-se já!
Apesar de serem cerca de metade da população, as mulheres ainda são minoria na ciência. Elas são apenas 30% das cientistas do mundo e receberam somente 3% das indicações do Nobel nas áreas científicas. No Brasil, apenas 14% dos membros da Academia Brasileira de Ciências são mulheres. Pensando nisso, a Organização das Nações Unidas estabeleceu, em 2015, o dia 11 de fevereiro como o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, em consonância com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
O dia foi celebrado pela primeira vez na Fiocruz, com uma roda de conversa com pesquisadoras da Fundação sobre suas trajetórias científicas, no auditório do Museu da Vida. Eventos paralelos em outras unidades também foram realizados para marcar a data. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade de Lima, primeira mulher a ocupar a posição, contou sobre sua emoção. “Esse dia me deu um sentimento de 8 de março, mas com o foco na atividade científica”, disse, lembrando de outras mulheres que foram pioneiras na instituição, como Maria Deane e Sylvia Hasselmann. Nísia pediu que as convidadas falassem não só sobre suas conquistas nas carreiras, mas também das dificuldades e desafios que enfrentaram.
Márcia Chame, Maria do Carmo Leal, Maria Elisabeth Lopes Moreira, Patrícia Brasil e Yara Traub-Cseko são hoje cientistas premiadas e referências em suas áreas de atuação. Mas percorreram um longo caminho para serem reconhecidas na carreira. A importância de exemplos, de bolsas de iniciação científica e do encontro com pessoas que acreditem e apoiem suas carreiras foram alguns dos componentes citados pelas cientistas como determinantes em seu sucesso profissional.
As dificuldades, no entanto, estão ainda presentes. A doutoranda e representante da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz Helena d'Anunciação de Oliveira lembrou alguns comentários que ouviu em seu ambiente profissional como enfermeira. Por ser uma área majoritariamente feminina e relacionada ao cuidado, a profissão é muitas vezes estigmatizada. “Já ouvi de um colega que, por ser enfermeira, já tinha fantasia pronta para o Carnaval. Diariamente somos diminuídas em nosso espaço de trabalho e em nossa capacidade tecnocientíficas”, contou Helena.
A relação da carreira acadêmica com a maternidade foi um ponto tocado em diversas falas. A exigência por produtividade muitas vezes ignora fases e processos naturais da vida, como a gestação e o tempo para o cuidado dos filhos, que ainda recai desproporcionalmente sobre as mulheres. Iniciativas recentes da Fiocruz buscam reduzir essa desigualdade. Uma delas é a inclusão de uma cláusula no Edital de Geração do Conhecimento do Inova Fiocruz que considera o tempo de gestação e os filhos no currículo lattes das mulheres cientistas e a criação do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fundação.
Para as pesquisadoras também é necessária uma mudança cultural. “Os homens precisam participar e desempenhar mais ativamente a paternidade”, destacou a pesquisadora sênior do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Yara Traub-Cseko. “Essa é uma discussão de toda a sociedade, não apenas de mulheres e meninas”, concordou a presidente da Fiocruz. “Eu venho de um feminismo que defendia uma sociedade mais feminina, no sentido de que as características tidas como femininas, como o diálogo e o cuidado, sejam mais valorizadas pela sociedade como um todo. A ciência também precisa se adaptar a isso”.
O racismo e a questão de classe também foram levantados como temas importantes e que afetam a trajetória de muitas mulheres. Ser a primeira da família a ter uma graduação ou uma pós-graduação é uma conquista celebrada por algumas das componentes da mesa, que tiveram que abrir caminhos. “Precisamos falar de racismo. Na minha infância, eu não tinha muitas referências negras com graduação. Hoje eu quero poder ser esta referência para outras meninas”, afirmou a pesquisadora do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) Mychelle Alves, que integra o Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fundação.
Após o relato das pesquisadoras convidadas, o microfone ficou aberto para perguntas e intervenções. Uma das participações mais marcantes foi a de Ariela Couto Correia, ex-aluna do Programa de Vocação Científica (Provocc), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). “Quando resolvi que queria ser cientista, meu exemplo era a química Marie Curie. Mas com o tempo descobri que há pesquisadoras próximas a mim que são inspiradoras, como essas que estão aqui hoje”, disse. A menina contou a história de como encontrou a sua orientadora, mulher que a ajudou a crescer como cientista. “Agradeço muito à Fiocruz por me ensinar tudo o que sei hoje. A instituição nos prepara para o mundo, entramos aqui estudantes e ela fala: ‘vai, agora é a sua vez de brilhar’”, finalizou ao som de palmas calorosas da plateia.
Outra fala inspiradora foi a de Priscila Moura, aluna de doutorando da Fiocruz. “Quando passei no mestrado, um professor me disse que a Fiocruz não era o meu lugar. Naquele mesmo dia, passei caminhando pelo Castelo Mourisco e me prometi que só sairia daqui com o meu diploma”, contou. Ela lembrou, ainda, da importância de ser solidária com as estudantes mais jovens, que estão no início da jornada: “Eu pego na mão e levanto várias meninas, alunas, diariamente. Até porque eu entrei aqui uma menina... E hoje saio uma mulher negra cientista”, concluiu.
O debate sobre acesso à educação e maternidade também voltou à cena com a participação das moradoras da comunidade de Manguinhos, Simone Quintela e Norma de Souza. Simone, que se especializou em promoção da saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), disse que é preciso levar este debate para dentro das favelas. “Onde eu moro são muitas as mulheres sem oportunidade de estudo, por diversos motivos, dentre eles a maternidade”, apontou. Já Norma enfatizou, em sua fala, a importância da atenção básica e da orientação em saúde às meninas moradoras da comunidade.
A Escola Corporativa Fiocruz e a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) estão selecionando alunos para a nova turma do Mestrado Profissional em Política e Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. As inscrições vão até o dia 12 de março* e podem ser feitas aqui pelo Campus Virtual Fiocruz.
A formação é voltada aos servidores públicos da Fiocruz, com diploma de graduação concedido por instituição de ensino superior, reconhecido pelo Conselho Nacional de Educação. Os candidatos devem atuar em atividades de gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação, que contem com apoio institucional, e cujas propostas contribuam para inovações na instituição. O curso é coordenado pelos pesquisadores da Ensp Carlos Gadelha e José Maldonado. (Assista aqui ao vídeo gravado por Carlos Gadelha, estimulando os servidores a participarem da seleção).
São oferecidas até 30 vagas, sendo 10% destinadas a ações afirmativas (cotas para pessoas com deficiências, negros ou índios).
Para se inscrever é necessário preencher o formulário eletrônico, na plataforma SIGA, e enviar a documentação por e-mail, conforme orientações do edital.
A seleção será composta por: prova de inglês; prova escrita; entrevista; análise de currículo e análise de proposta inicial de projeto. O resultado da seleção será divulgado no dia 24 de abril, a partir das 15h.
O curso exige dedicação parcial. Os alunos dividirão os estudos com a atuação profissional. O início das aulas está previsto para 10 de maio e o mestrado profissional tem duração total de 24 meses.
O mestrado visa atender à demanda por qualificação de profissionais das instituições públicas de referência do Sistema Nacional de Inovação em Saúde frente às mudanças necessárias no padrão de gestão nestas organizações.
O principal objetivo é capacitar gestores para a formular e implementar novas políticas e mecanismos de gestão, estimulando a geração de conhecimentos e de inovações e sua aplicação no desenvolvimento econômico e social. A diretora da Escola Corporativa Fiocruz, Carla Kaufmann, diz que a parceria com a Ensp visa alinhar as necessidades de formação aos projetos selecionados com os objetivos e metas da instituição.
Dentre os objetivos específicos do mestrado destacam-se:
Inscrições: até 18/2/2019
Acesse o edital completo aqui no Campus Virtual Fiocruz.
Contato: mestradoprofissionalensp@ensp.fiocruz.br
Assista também ao vídeo gravado por Carlos Gadelha, um dos coordenadores do curso, convocando os servidores da Fiocruz a conhecerem a iniciativa e participarem da seleção.
*Atualizada em 18/02/2019.
Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que avaliou os impactos imediatos do desastre da mineradora Vale em Brumadinho, alerta para a possibilidade de surtos de doenças infecciosas - dengue, febre amarela e esquistossomose - mudanças no bioma e agravamento de problemas crônicos de saúde, como hipertensão, diabetes e doenças mentais. Mapas construídos pela Instituição permitiram identificar residências e unidades de saúde afetadas, comunidades potencialmente isoladas e as áreas soterradas pela lama. Os resultados serão apresentados durante um evento na instituição, na terça-feira (5/2).
A análise foi realizada pelo Observatório Nacional de Clima e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Emergência de Desastres em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Agência Nacional das Águas (ANA) e do Datasus. O estudo tem como referência o Marco de Sendai da ONU (2015-2030), Miyagi, no Japão, conferência que adota novo marco para reduzir riscos de desastres naturais no mundo.
Os resultados apontam para os riscos sistêmicos das barragens no Brasil: são mais de 24 mil barragens, sendo que mais de 600 relacionadas às de mineração e cavas exauridas. E também para as vulnerabilidades organizacionais e institucionais diante de marcos legais, operação e monitoramento para a prevenção dos desastres.
A partir da sistematização de estudos internacionais sobre causas e consequências de desastres com barragens de mineração e da experiência sobre os impactos do desastre da Samarco sobre a saúde das populações, a Fiocruz apresentará nesta terca-feira (5/2), os desafios e propostas para prevenção de desastres futuros; o enfrentamento dos riscos atuais existentes; as políticas e estratégias de planos de preparação e respostas, incluindo sistemas de alerta e alarme, bem como de recuperação e reconstrução das condições de vida e saúde no médio e longo prazos.
A pesquisa chama a atenção para a perda de condições de acesso a serviços de saúde, que pode agravar doenças crônicas já existentes na população afetada, assim como provocar novas situações de saúde deletérias, como doenças mentais (depressão e ansiedade), crises hipertensivas, doenças respiratórias e acidentes domésticos, além de surtos de doenças infecciosas.
Christovam Barcellos, pesquisador titular do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Lis/Icict) da Fiocruz, integra a equipe que realizou o estudo. Ele cita o aumento de casos de acidentes vascular-cerebrais observado após as enchentes de Santa Catarina em 2008 e do acidente de Fukujima, Japão, mesmo depois de meses dos eventos disparadores. "Estes casos podem ser consequência tanto de situações de estresse e transtornos pós-traumáticos, quanto da perda de vínculo com os sistemas de atenção básica de saúde. Neste sentido, as doenças mentais decorrentes de grandes desastres ambientais podem ser sentidas alguns anos após o evento traumático, como relatado em Mariana".
Segundo ele, a contaminação do rio pelos rejeitos da mina pode ser percebida facilmente pelo aumento da turbidez das águas. "A presença de uma grande quantidade de material em suspensão nas águas dos rios afetados causou a imediata mortandade de peixes e inviabiliza a captação e tratamento da água para consumo humano", diz o especialista. No entanto, afirmou o pesquisador, outros componentes químicos da água podem estar presentes na lama do rejeito e serem transportados a longas distâncias pelo rio Paraopeba e, posteriormente, pelo rio São Francisco. "Por isso, é necessário o exame da presença de metais pesados nos rejeitos e seu monitoramento ao longo destes rios para evitar o consumo e uso de águas contaminadas nos próximos anos. O sedimento enriquecido por metais pesados pode ser remobilizado para os rios com as chuvas intensas, ações de dragagem e operação de barragens hidrelétricas ao longo dos próximos anos", alerta.
Além disso, o pesquisador destaca as alterações ecológicas provocadas pelo desastre podem promover a transmissão de esquistossomose, principalmente considerando que grande parte do município de Brumadinho e municípios ao longo do rio Paraopeba não é coberta por sistemas de coleta e tratamento de esgotos. "A transmissão de esquistossomose é facilitada pelo contato com rios contaminados por esgotos domésticos e com presença de caramujos infectados".
Barcellos observa, ainda, que a degradação do leito do rio Paraopeba e de seu entorno vai produzir alterações significativas na fauna, flora e qualidade da água, como perda de biodiversidade, mortandade de peixes e répteis. “A bacia do rio Paraopeba é uma área de transmissão de febre amarela e um novo surto da doença não pode ser descartado. É urgente a vacinação da população”, ressalta.
Acesse as informações do evento na agenda e participe: Desastre da Vale em Brumadinho – Impactos sobre a saúde e desafios para a gestão de riscos
Carlos Machado: é graduado em História pela Universidade Federal Fluminense (1989), com mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), doutorado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (1996) e pós-doutorado pelo Programa de Ciências Ambientais da Universidade de São Paulo (2007-2008). Pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), desenvolve atividades de pesquisa e ensino sobre temas relacionados à saúde ambiental e aos desastres. Atualmente, coordena o Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde. Integrante do Comitê Técnico Assessor de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública (CTA-ESP), Secretaria de Vigilância em Saúde (Ministério da Saúde) e do Grupo de Aconselhamento Técnico e Científico da Estratégia Internacional de Redução de Riscos de Desastres da Organização das Nações Unidas (STAG-UNISDR/ONU). É também editor científico da Editora Fiocruz.
Christovam Barcellos: é graduado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Ciências Biológicas pela UFRJ e doutor em Geociências pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atualmente é pesquisador titular do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Lis/Icict). Trabalhou como sanitarista das secretarias estaduais de saúde do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Atua na pesquisa e ensino de Geografia da Saúde, com ênfase em Vigilância em Saúde, principalmente nos seguintes temas: geoprocessamento, análise espacial, indicadores de saúde e sistemas de informações geográficas.
O curso de Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência, oferecido pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), em parceria com o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), a Fundação Cecierj, a Casa da Ciência e o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, recebe inscrições até o dia 1 de fevereiro de 2019. Os interessados podem se candidatar aqui pelo Campus Virtual Fiocruz.
Com 390 horas presenciais, o objetivo é formar especialistas que possam atuar na presente e crescente demanda de mediação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade, incorporando a reflexão crítica sobre os processos e produtos da divulgação e popularização da ciência. O curso é gratuito e serão oferecidas 20 vagas.
Desenvolvido por uma equipe multiprofissional, o programa é destinado a museólogos e outros profissionais ligados a museus e centros de ciência, cultura e arte; comunicadores; jornalistas; cientistas; educadores; sociólogos; cenógrafos; produtores culturais; professores de ciências licenciados (nível superior) e demais profissionais que atuam na área da divulgação da ciência, da tecnologia e da saúde, da comunicação pública da ciência e da popularização da ciência.
As aulas terão início em 18 de março de 2019 e serão ministradas no Centro de Documentação e História da Saúde da COC, no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro, às segundas e quartas-feiras, das 9h às 17h. Algumas atividades externas, no entanto, poderão acontecer nas dependências das instituições parceiras.
Para mais informações, escreva para o e-mail secadcoc@fiocruz.br. Venha!
Está buscando novas disciplinas? Chega mais que a gente te ajuda: os programas de pós-graduação Stricto sensu do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) estão recebendo inscrições em disciplinas para o primeiro semestre de 2019. Os estudantes regularmente matriculados podem solicitar até o dia 24 de janeiro, por meio da Plataforma SIGA (o sistema deve ser acessado pelo navegador Internet Explorer). Já os alunos externos poderão se inscrever nos dias 28 e 29 de janeiro.
São considerados externos, alunos do IOC cuja disciplina não é oferecida no seu programa, ou estudantes dos demais programas de pós-graduação Stricto sensu da Fiocruz e de outras instituições de ensino. Para os alunos regularmente matriculados em programas do IOC, não é necessário enviar documentação - é só preencher o formulário de inscrição em disciplinas (disponível aqui).
Alunos de outras instituições precisam preencher o formulário de matrícula para alunos externos (disponível aqui) e enviá-lo, junto com a documentação exigida, para o email: disciplina@ioc.fiocruz.br.
Não perca tempo e organize a sua grade do semestre.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) abrirá em 2019 a primeira turma da pós-graduação Lato sensu em Métodos Alternativos ao Uso de Animais de Laboratório. A especialização será oferecida pelo Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz), no campus Manguinhos, Rio de Janeiro, e é voltada para profissionais graduados nas áreas das ciências da saúde e agrárias. O curso terá carga horária total de 480 horas, duração de 12 meses, com aulas durante uma semana a cada mês. As inscrições acontecem de 6 a 31 de maio e as aulas estão previstas para iniciarem em agosto deste ano.
Curso pioneiro
A especialização, criada pela Fiocruz em parceria com o Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos (BraCVAM), tem o objetivo de formar profissionais capacitados a desenvolver, divulgar e aplicar novos procedimentos em pesquisa e ensino que substituam ou reduzam o uso de animais na ciência. “Até hoje, a maior parte da formação nessa área acontece por meio de cursos avulsos ou limita-se a disciplinas específicas de cursos de pós-graduação. Essa especialização vai focar exclusivamente no tema dos métodos alternativos, visando fortalecer a pesquisa e mostrar o potencial do Brasil nesta área”, ressalta o pesquisador Octavio Presgrave, coordenador do BracVAM e da nova pós-graduação.
Etinete Gonçalves, coordenadora de ensino do ICTB, também coordena a nova pós-graduação. “É um curso pioneiro no Brasil, e ainda desconhecemos a existência de uma especialização como essa em outros países. Também haverá foco na área educacional, visando a substituir o uso de animais em graduações de medicina veterinária, biologia e zootecnia”, destaca Etinete.
Nas últimas duas décadas, a Fundação vem centrando esforços na busca por métodos que reduzam ou substituam o uso de animais em pesquisas. Com a criação do mestrado profissional em ciência em animais de laboratório, em 2016 — também oferecido pelo ICTB —, a instituição deu ainda mais ênfase a uma formação acadêmica baseada no princípio internacional dos 3R’s (sigla em inglês para “redução”, “refinamento” e “substituição” de animais na pesquisa), preconizando o bem-estar animal, a criação e adoção de métodos alternativos.
“O novo curso será de grande importância estratégica para toda a Fiocruz, pois estaremos na vanguarda dessa modalidade, proporcionando pesquisas que utilizem essas novas metodologias e que têm se mostrado extremamente promissoras na substituição de animais de laboratório, colaborando para o fundamento dos 3R’s”, avalia a vice-diretora de ensino e pesquisa do ICTB, Fátima Fandinho.
A pós-graduação contará com disciplinas de ciência em animais de laboratório, métodos alternativos na experimentação e na educação, boas práticas em laboratório, biossegurança e cultivo celular, metodologia de pesquisa, legislação e bioética, entre outras.
O edital para inscrição será divulgado nos próximos meses em www.ictb.fiocruz.br. Em caso de dúvidas ou esclarecimentos adicionais, contate a coordenação de ensino pelo e-mail ensino.ictb@fiocruz.br ou telefone (21) 3194-8452.
De 18 a 21 de março, a Fiocruz Brasília promoverá o II Seminário Internacional e VI Seminário Nacional As relações da saúde pública com a imprensa: fake news e saúde. Pela primeira vez, o evento contará com sessão científica sobre o tema. O prazo para envio de relatos de experiências e pesquisas sobre o tema Fake news e saúde foi prorrogado até 15 de janeiro. Serão aceitos estudos e relatos de experiências sobre o tema “Fake news e saúde” na modalidade de Comunicação oral.
Estudantes, trabalhadores, pesquisadores, professores e gestores das áreas de comunicação, saúde ou áreas afins poderão submeter em algum dos seguintes eixos: Jornalismo e saúde, Publicidade e saúde, Redes sociais virtuais e saúde, Relações Públicas e saúde e Comunicação Organizacional e Saúde. A submissão é gratuita, assim como a participação no evento.
A comissão científica do evento é formada por membros da Fiocruz, do Ministério da Saúde, além de professores e pesquisadores de diferentes universidades do DF. Os critérios de avaliação estão disponíveis no edital, assim como o formato exigido para a submissão.
Com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o evento vai debater e analisar como as notícias falsas podem ser prejudiciais à saúde das pessoas e afetar a execução plena da política de saúde no país.
Um curso livre sobre Fake news e Saúde também integra a programação dos seminários, que será divulgada em breve, assim como o link para a inscrição.
Esta é a segunda edição internacional do evento. Nos últimos dez anos, a Fiocruz Brasília promoveu o seminário para debater temas de relevância para a saúde pública brasileira. Febre amarela, H1N1, a imagem do SUS na mídia, ebola, chikungunya, dengue, zika e o Aedes aegypti foram os temas abordados nas outras cinco edições do evento.
Acesse aqui o edital de sessão científica prorrogado e participe!
Por Mariella de Oliveira-Costa (Fiocruz Brasília)