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Publicado em 09/01/2019

Fake news e saúde: prorrogado prazo de submissão de trabalhos para seminário internacional

De 18 a 21 de março, a Fiocruz Brasília promoverá o II Seminário Internacional e VI Seminário Nacional As relações da saúde pública com a imprensa: fake news e saúde. Pela primeira vez, o evento contará com sessão científica sobre o tema. O prazo para envio de relatos de experiências e pesquisas sobre o tema Fake news e saúde foi prorrogado até 15 de janeiro. Serão aceitos estudos e relatos de experiências sobre o tema “Fake news e saúde” na modalidade de Comunicação oral.

Estudantes, trabalhadores, pesquisadores, professores e gestores das áreas de comunicação, saúde ou áreas afins poderão submeter em algum dos seguintes eixos: Jornalismo e saúde, Publicidade e saúde, Redes sociais virtuais e saúde, Relações Públicas e saúde e Comunicação Organizacional e Saúde. A submissão é gratuita, assim como a participação no evento.

A comissão científica do evento é formada por membros da Fiocruz, do Ministério da Saúde, além de professores e pesquisadores de diferentes universidades do DF. Os critérios de avaliação estão disponíveis no edital, assim como o formato exigido para a submissão.

Programação

Com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o evento vai debater e analisar como as notícias falsas podem ser prejudiciais à saúde das pessoas e afetar a execução plena da política de saúde no país.

Um curso livre sobre Fake news e Saúde também integra a programação dos seminários, que será divulgada em breve, assim como o link para a inscrição.

10 anos debatendo temas importantes para a saúde pública

Esta é a segunda edição internacional do evento. Nos últimos dez anos, a Fiocruz Brasília promoveu o seminário para debater temas de relevância para a saúde pública brasileira. Febre amarela, H1N1, a imagem do SUS na mídia, ebola, chikungunya, dengue, zika e o Aedes aegypti foram os temas abordados nas outras cinco edições do evento.

Acesse aqui o edital de sessão científica prorrogado e participe!

Por Mariella de Oliveira-Costa (Fiocruz Brasília)

Publicado em 08/01/2019

Burnout médico ou dano moral? Artigo aborda rotina de médicos e o esgotamento profissional

O Observatório da Medicina, site do portal da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), publicou artigo sobre burnout médico. “O acúmulo de trabalhos e a carga horária excessiva podem ter repercussões sobre a saúde do médico e dificultar ou mesmo impossibilitar as atividades de formação continuada”, diz o relatório Demografia Médica no Brasil. O artigo O cansaço - Burnout médico ou dano moral?, publicado pelo médico Luiz Vianna, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva da Ensp, no Observatório da Medicina, está abaixo.

O cansaço - Burnout médico ou dano moral?

Em interessante artigo, Simon G. Talbot, professor de cirurgia da Harvard Medical School, e Wendy Dean, psiquiatra da Henry M. Jackson Foundation for the Advancement of Military Medicine, discutem a questão do burnout na área médica. A argumentação dos autores coloca uma questão que vai além dos frequentes comentários sobre as exigências impostas aos médicos no mercado de trabalho atual que estariam levando esses profissionais ao esgotamento psíquico. Citam pesquisas já conhecidas, como a realizada pela Physicians Foundation, nos EUA, com 13 mil médicos. Nesse estudo, dois terços deles manifestaram sentimentos negativos sobre a profissão. O excesso de burocracia e de regulação e o oneroso modelo de "medicina defensiva" estariam levando à deterioração da relação médico-paciente e à redução da autonomia tão característica da prática médica.
 
Há vários outros levantamentos conhecidos, como o da autora do livro What Doctors Feel: How Emotions Affect the Practice of Medicine, Danielle Ofri, que relata que os médicos desiludidos, em situação de burnout, estão mais propensos ao erro e ao abuso de ansiolíticos e antidepressivos. Esses profissionais demonstram mais dificuldade em manter uma relação de empatia com seus pacientes. Ela considera que o uso dos recursos da informatização para o registro em prontuários eletrônicos pode aliviar essa tensão, se feita de forma adequada; mas que isso tem sido mais fácil à nova geração, com menos de 40 anos. Já comentamos aqui a dificuldade que os médicos estão tendo para a transição ao modelo de registro de informação do mundo digital, retratada no artigo do prof. Atul Gawande.

Por aqui, no relatório Demografia Médica no Brasil – 2015, desenvolvido sob a coordenação de Mario Scheffer, lemos que: “São características marcantes da profissão médica no Brasil a multiplicidade de vínculos de trabalho (quase metade dos médicos tem três ou mais empregos), as longas jornadas (dois terços trabalham mais de 40 horas semanais), a realização de plantões (45% atuam em pelo menos um por semana) e os rendimentos mais elevados, se comparados a outras profissões (um terço dos médicos ganha acima de R$ 16 mil mensais, somando todos os vínculos). Especificamente o acúmulo de trabalhos e a carga horária excessiva podem ter repercussões sobre a saúde do médico, a exemplo da síndrome da estafa profissional (burnout) assim como podem dificultar ou mesmo impossibilitar as atividades de formação continuada. Na percepção sobre carga de trabalho, um terço dos médicos afirma que se sente sobrecarregado”.
 
Esse modelo de "standartização" do atendimento, de produção de serviços médicos aos moldes do Fordismo ou Toyotismo, está fortemente ligado à desumanização do relacionamento humano com o paciente, levando à fadiga, esgotamento e, por fim, à inércia. O conceito de mcdonaldização da medicina, de E.Ray Dorsey, é bem ilustrativo. Curiosamente, como já publicamos aqui, a maior rede varejista do mundo, a Amazon, se prepara para vender serviços médicos e mudar o modelo de atenção à saúde no sistema de mercado norte-americano. Para encabeçar esse projeto, contratou o prof. Atul Gawande, que havia pregado a necessidade de melhoria desse sistema, em artigo para o semanário The New Yorker, justamente comparando-o a… uma cadeia de restaurantes!
 
Isso está mais próximo do texto de Talbot & Dean. Estes autores chamam a atenção para que se diferencie a constelação de sintomas que caracterizam o burnout de outra situação mais crítica – o dano moral. Para eles, o cerne da lesão moral é a resultante de deixar de atender continua e consistentemente às necessidades do paciente. Isso teria um profundo impacto sobre o bem-estar do médico – esse é o ponto chave do consequente dano moral. O esgotamento não se daria somente pelo lado das questões físicas do profissional; mas de sua fadiga frente ao fracasso contínuo de sua atuação nas condições do outro sujeito, o paciente.
 
Diz o texto:
 
“Em um ambiente de cuidados de saúde cada vez mais voltado para os negócios e voltado para o lucro, os médicos devem considerar uma infinidade de fatores além dos interesses de seus pacientes quando decidem sobre o tratamento. Considerações financeiras – de hospitais, sistemas de saúde, seguradoras, pacientes e, às vezes, do próprio médico – levam a conflitos de interesse. Os registros eletrônicos de saúde, que distraem dos encontros com os pacientes e fragmentam os cuidados, mas que são extraordinariamente eficazes no rastreamento da produtividade e de outras métricas de negócios, sobrecarregam os médicos ocupados com tarefas não relacionadas a proporcionar excelentes interações face a face”.
 
Não precisa dizer muito além disso.
 
É o que percebemos na fala de Felipe Monte Cardoso, do Departamento de Medicina de Família e Comunidade da UFRJ, quando se refere ao burnout. Descrevendo sua experiência na difícil vida urbana de uma periferia metropolitana brasileira, longe de tecnologias de gestão, o dano parece mesmo estar relacionado à incapacidade de transformar uma situação que se cronifica: “Este caldo formou condições materiais de vida muito difíceis de suportar. Isso se desdobra no processo de saúde-adoecimento com que nos deparamos”.

Um pensamento contemporâneo inquietante para a crítica desta fadiga e desgaste psíquico de que tratamos está na obra do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han. Em A sociedade do cansaço, Byung-Chul vai além da ‘sociedade disciplinar’, de que nos falava Foucault. Para ele, não somos mais a sociedade de controle e estruturas coercitivas para ‘sujeitos de obediência’; agora, reforçamos a positividade para "sujeitos de rendimentos". E estes sujeitos são os empreendedores de si mesmos. Embora haja conexões com outros pensadores que tratem do hiperconsumismo, aqui a grande sacada é a ideia de contraposição à sociedade disciplinar e sua negatividade, que gerava loucos e criminosos; na sociedade do rendimento produzimos deprimidos e fracassados. Esse sujeito, exposto ao excesso de positividade perde toda a sua autonomia frente ao “cansaço de poder tudo criar e poder tudo fazer”. É uma sociedade onde o sujeito de rendimento tem a liberdade obrigada, ou obrigação livre, de maximizar esse rendimento. Como um paradoxo da liberdade. O cansaço profundo vem a partir do excesso de estímulo, do excesso de informação, do excesso de impulsos. A atenção para o mundo se fragmenta numa hiperatenção para múltiplas tarefas, que ao mesmo tempo é uma atenção superficial e esvaziada de tempo para reflexão.
 
Mas em psicopolítica, o texto se refere diretamente ao burnout e depressão, que Byung-Chul atribui à crise da liberdade: “O regime neoliberal introduz a época do esgotamento. Agora se explora direto a psiquê. Então, enfermidades como a depressão e a síndrome de burnout acompanhem esta nova época[…]. Hoje a pessoa explora a si mesma achando que está se realizando; é a lógica traiçoeira do neoliberalismo”.
 
Talbot & Dean concluem seu texto conclamando que se dê aos médicos um ambiente de respeito à autonomia profissional, para que possam tomar suas decisões baseadas em boas evidências científicas e com responsabilidade financeira. Que o comando do sistema não venha de cima para baixo, priorizando os interesses empresariais em detrimento da boa assistência. Mas a quem eles estão pedindo isso? Parece apenas um desejo.
 
Na mesma conclusão, o desejo se expressa num comentário idílico para o seu país: “Um mercado verdadeiramente livre de seguradoras e provedores, sem obrigações financeiras sendo transferidas para os provedores, permitiria a auto-regulação e o cuidado com o paciente. Esses objetivos devem ser destinados a criar uma win-win onde o bem-estar dos pacientes se correlaciona com o bem-estar dos provedores. Desta forma, podemos evitar o dano moral associado ao negócio de cuidados de saúde”.

Por Informe Ensp

 

Publicado em 07/01/2019

Fiocruz Brasília firma parceria com a UnB, a Secretaria de Saúde do DF e a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde

A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, assinou novo acordo de cooperação da instituição com a Universidade de Brasília (UnB), a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF)e a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), no dia 27 de dezembro. O plano de trabalho envolve atividades de cooperação técnico-científica entre as instituições, para o compartilhamento de dados e a troca de informações para o desenvolvimento, a institucionalização e o fortalecimento da Sala de Situação da SES-DF. Espera-se que o compartilhamento de dados, estudos, ensino, pesquisas e projetos de interesse comum na área de ciência, tecnologia e inovação, aprimore as políticas públicas associadas ao desenvolvimento saudável e sustentável no âmbito do DF e da Região integrada de Desenvolvimento Econômico do DF e entorno.

O acordo também busca a implementação da Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) associada aos determinantes sociais da saúde no território, além da implementação e desenvolvimento tecnológico das salas de cooperação social como radares de territórios saudáveis e sustentáveis.

Primeiro acordo do novo marco de ciência e tecnologia

Na cerimônia, no auditório da Fiocruz Brasília, Fabiana ressaltou que este é o primeiro acordo firmado conforme o novo marco de ciência e tecnologia, e é o resultado de um trabalho que vem sendo construído ao longo dos últimos dois anos, com a instalação da Sala de Situação do DF. Segundo ela, o acordo reforça as ações colaborativas entre as instituições e fortalece a ciência cidadã.

O secretário de saúde do DF, Humberto Fonseca, agradeceu ao ex-ministro da Saúde, Agenor Alvares e ao ex-diretor da Fiocruz Brasília Gerson Penna, em cuja gestão o projeto foi iniciado. Segundo ele, mensalmente são inseridos no ambiente virtual os dados relacionados ao Samu, à atenção psicossocial, os óbitos e também a força de trabalho da secretaria. Semanalmente também são apresentadas online as informações sobre os casos de aids, sífilis, os indicadores dos ODS, além do acompanhamento da saúde e bem-estar na Cidade Estrutural, após a desativação do seu lixão. No portal, diariamente também é atualizada a lista de espera por leitos de UTI e a execução orçamentária da saúde.

O próximo passo é a divulgação de todos os dados de regulação sanitária, para democratizar o acesso da população e organizar os serviços assistenciais. O portal da Sala de Situação traz informações estratégicas sobre a saúde pública do DF em diversos formatos, possibilitando maior transparência das ações em saúde, o que conferiu à SES um prêmio da Controladoria Geral do DF.

A diretora da Fepecs, Maria Dilma Teodoro, lembrou iniciativas exitosas da instituição em parceria com a Fiocruz, como o Programa de Residência Multiprofissional. Já a reitora da UnB, Márcia Abraão reforçou que a universidade deve avançar nesta colaboração e demarcou o interesse da UnB em pesquisar a realidade do Distrito Federal, vide a quantidade de pesquisadores da instituição presentes no evento.

Clique aqui para acessar a sala de situação, desenvolvida em parceria com a Fiocruz Brasília.

Por Mariella de Oliveira-Costa (Fiocruz Brasília)

 

Publicado em 14/12/2018

Ciência Aberta: Fiocruz lança formação modular com oito cursos online*

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz e Comunicação GTCA/Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está lançando o primeiro microcurso de Formação em Ciência Aberta, que será oferecido através do Campus Virtual Fiocruz. A iniciativa integra as estratégias da Fundação para apresentar à comunidade o movimento da Ciência Aberta, suas diversas práticas, expectativas e controvérsias, especialmente para os alunos da pós-graduação. Os cursos são gratuitos e podem ser feitos por outras pessoas interessadas na temática, mesmo que não façam parte da comunidade Fiocruz.

Conheça a Formação Modular

A nova formação está estruturada em quatro séries, totalizando oito cursos, que são oferecidos na modalidade à distância. Os interessados já podem se inscrever no primeiro curso O que é ciência aberta?.

A cada curso realizado, os alunos passam por uma avaliação online e recebem certificados de conclusão de acordo com critérios de aprovação.

A Formação Modular em Ciência Aberta é uma realização da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), através do Campus Virtual Fiocruz — plataforma educacional que integra os cursos, recursos educacionais, vídeos e ambientes de aprendizagem da instituição. Os novos microcursos são resultados de uma parceria entre a Coordenação de Informação e Comunicação (VPEIC), a Escola Corporativa Fiocruz e a Universidade do Minho (Portugal).

O primeiro curso da série já está no ar: acesse!

CURSO 1: O que é Ciência Aberta?
A Série 1 trata dos Fundamentos da Ciência Aberta, e é composta por três cursos. O primeiro, O que é Ciência Aberta?, apresenta conceitos e práticas da área. Os participantes vão aprender sobre pesquisa, dados abertos, marcos legais, educação aberta e recursos educacionais abertos. O conteúdo deste curso introdutório foi elaborado por especialistas da Universidade do Minho (Portugal), responsáveis pelo desenvolvimento do Programa Foster - Fostering the practical implementation of Open Science in Horizon 2020 and beyond, da União Europeia, e da Fiocruz.

Estrutura: Aula 1: Introdução à Ciência Aberta | Aula 2: Acesso aberto | Aula 3: Dados de pesquisa abertos | Aula 4: Workflows abertos | Aula 5: Ciência cidadã | Aula 6: Inovação aberta | Aula 7: Educação aberta | Aula 8: Boas práticas e ferramentas de ciência aberta

Conteudistas: Eloy Rodrigues (Universidade do Minho) | José Manuel Carona Carvalho (Universidade do Minho) | Maria Antónia Pebre Madeira Correia Sousa (Universidade do Minho) | Pedro Miguel Oliveira Bento Príncipe (Universidade do Minho) | Ana Cristina da Matta Furniel (Campus Virtual Fiocruz) | Ana Paula Bernardo Mendonça (Campus Virtual Fiocruz) | Rosane Mendes (Campus Virtual Fiocruz)

Carga horária: 10h

Inscrições abertas aqui!


Confira o que vai rolar na primeira série da temporada

CURSO 2: Panorama histórico da Ciência Aberta
Apresenta o contexto internacional do movimento da Ciência Aberta, sua relação com iniciativas do Governo Aberto e a perspectiva do uso de dados administrativos para a produção de novos conhecimentos e políticas públicas em saúde. Os participantes também vão poder contrastar as principais expectativas depositadas na Ciência Aberta por diversos atores e antigas problemáticas (como as assimetrias do fazer científico entre países), refletindo criticamente sobre as oportunidades e riscos para a sociedade brasileira. Este curso foi elaborado por membros do Grupo de Trabalho em Ciência Aberta da Fiocruz (GTCA) com pesquisas relevantes na área.

Estrutura: Aula 1: Cenário internacional | Aula 2: Cenário brasileiro | Aula 3: Ciência aberta e saúde: abertura dos dados governamentais | Aula 4: Os obstáculos que a Ciência Aberta pretende mitigar | Aula 5: Uma ciência aberta, várias expectativas | Aula 6: Visões críticas da Ciência Aberta | Aula 7: Qual Ciência Aberta precisamos?

Conteudistas: Anne Clinio (Coordenação de Informação e Comunicação/Fiocruz) | Paula Xavier (Coordenação de Informação e Comunicação/Fiocruz) | Flavia Tavares Silva Elias (Gerência Regional de Brasília/Fiocruz) | Gabriela Oliveira (Gerência Regional de Brasília/Fiocruz) | Marcia Luz da Motta (Gerência Regional de Brasília/Fiocruz) | Bethania Almeida (Cidacs/Fiocruz Bahia)

Carga horária: 10h

Inscrições: Janeiro/2019


Fique ligado e prepare-se para as novas séries!

Entre abril e outubro de 2019 está previsto o lançamento de três novas séries sobre Ciência Aberta, que podem ser cursadas por todos os interessados e não precisam ser cursadas linearmente. A Série 2, Marcos Legais, aborda temas como propriedade intelectual e proteção de dados. Já a Série 3, Educação Aberta, trata de acesso aberto e dados abertos. Por fim, a Série 4, Educação Aberta, traça um panorama histórico sobre a temática, apresentando debates relevantes sobre os recursos educacionais abertos (REA).

 

*Atualizada em 29/4/2019.

Publicado em 06/12/2018

Pesquisa mostra impactos sociais do vírus zika em famílias do Brasil

Tão vulneráveis quanto as crianças nascidas com microcefalia em decorrência da zika nos últimos três anos, são suas mães e outras mulheres envolvidas em seus cuidados diários. Numa rotina sistemática de consultas médicas, atividades de estímulo e de recuperação de suas crianças, elas tiveram que largar o trabalho - o que impacta na renda da família -, abandonar projetos pessoais e enfrentar as dificuldades de um sistema de saúde despreparado para atender seus filhos. Esses dados são parte dos resultados da pesquisa Impactos Sociais e Econômicos da Infecção pelo Vírus Zika, que foram apresentados no dia 30 de novembro, na Fiocruz Pernambuco. O estudo foi desenvolvido em conjunto pela Fiocruz PE, pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e também contou com a cooperação da London School of Hygiene and Tropical Medicine.

Como a doença afeta as famílias

Para a realização da pesquisa foram entrevistadas mães e outros cuidadores de crianças com SCZ, mulheres grávidas, homens e mulheres em idade fértil e profissionais de saúde, totalizando 487 pessoas. Foram coletados dados de maio de 2017 a janeiro de 2018, nas cidades do Recife (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Rio de Janeiro (RJ).

Os resultados mostram que avós, tias e irmãs adolescentes também são figuras importantes na rotina de atendimentos terapêuticos e nas atividades domésticas. Os pais, quando presentes na vida cotidiana dessas crianças, são responsáveis por manter o sustento da família e ajudar em atividades domésticas que visam tornar mais leves os cuidados centrados nas mães. A pesquisa, além de descrever o impacto da Síndrome Congênita da Zika (SCZ) nas famílias, estimou o custo da assistência à saúde das crianças com SCZ para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para suas famílias – 50% tinham renda entre um e três salários mínimos. Além disso, identificou os impactos nas ações e serviços de saúde e na saúde reprodutiva.

Em relação às despesas, verificou-se que o custo médio com consultas em um ano foi 657% maior entre as crianças com microcefalia ou com atraso de desenvolvimento grave causado pela síndrome (grupo 1) do que com crianças sem nenhum comprometimento (grupo 3 ou controle). A quantidade de consultas médicas e com outros profissionais de saúde foram superiores em 422% e 1.212%, respectivamente. Já os gastos das famílias com medicamentos, hospitalizações e óculos, entre outras coisas, ficaram entre 30% e 230% mais elevados quando comparados com as crianças sem microcefalia, mas com manifestações da SCZ e com atraso de desenvolvimento (grupo 2) e com as do grupo 3, respectivamente.

Entre as dificuldades do dia a dia, essas famílias também esbarraram numa assistência de saúde insuficiente e fragmentada, com problemas no cuidado, ausência de comunicação entre os diversos serviços especializados, assim como entre níveis de complexidade.

Zika, síndromes congênitas e o medo de engravidar

Para os profissionais de saúde, a epidemia deu visibilidade às dificuldades de acesso de outras crianças com problemas semelhantes, determinados por outras patologias/síndromes congênitas. Revelou, ainda, que as ações governamentais continuam centradas no mosquito transmissor e na prevenção individual, sem atuação sobre os determinantes sociais.

Nas entrevistas, a maioria das mulheres em idade reprodutiva expressou sentimento de pânico em referência à gravidez durante a epidemia de zika. Elas temiam, principalmente, o impacto sobre a criança, embora não compreendessem totalmente o termo Síndrome Congênita da Zika. Por isso, utilizavam frequentemente o termo microcefalia. Incertezas sobre como elas ou os bebês podiam ser infectados foram comuns. Assim como preocupações e expressões de sofrimento em relação à deficiência e ao impacto disso sobre suas vidas.

Outro medo delas era uma gravidez não planejada, pois estavam insatisfeitas com a oferta de métodos contraceptivos disponíveis nos serviços de saúde. A maioria usava contraceptivos hormonais injetáveis no momento das entrevistas e relataram falta de informação e falhas nos métodos utilizados. O DIU não apareceu como opção e os homens mostraram-se ausentes do planejamento reprodutivo. Quase todos os entrevistados desconheciam a possibilidade de transmissão sexual do vírus zika e alguns ouviram informações sobre isso na televisão, mas não deram importância porque não era um assunto recorrente na mídia.

Também foram registradas incertezas sobre as possibilidades de transmissão e poucos receberam informações de profissionais de saúde. A pesquisadora da Fiocruz Pernambuco Camila Pimentel, que participou do estudo, lembra que os epidemiologistas já alertaram: uma nova epidemia de zika pode ocorrer. Sendo assim, é cada vez mais importante ampliar a reflexão e a ação sobre os efeitos da doença. "Há outras questões ligadas à zika que continuam sem serem trabalhadas, como aquelas relacionadas aos direitos reprodutivos. A falta de informações e de acesso aos métodos contraceptivos gera um questionamento sobre como a mulher vai exercer sua autonomia reprodutiva, escolher se ou quando engravidar". Além disso, ela destaca que é fundamental pensar no apoio psicológico e na geração de renda para as mães desses bebês.


Por Fabíola Tavares (Fiocruz Pernambuco)

Publicação : 13/11/2018

Apresentação - Câmara Técnica de Educação (out/2018) - Ricardo - Acompanhamento da pós-graduação da Fiocruz (Estudo de egressos)

Apresentação realizada na Câmara Técnica de Educação, no dia 17 de outubro, sobre estudos para análise da atuação profissional de egressos de residências médica e multiprofissional em saúde e com egressos de programas de pós-graduação Strictu sensu. O estudo utiliza métodos de pareamento com bases oficiais do governo para identificar a trajetória de egressos de programas de residência da Fiocruz. Além de obter informações sobre atividades profissionais, a busca permite em alguns casos atualizar as informações de contato, possibilitando convidar os profissionais a participarem de pesquisas ou de novos serviços para egressos oferecidos pela Fiocruz.

 

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Publicado em 06/11/2018

Instituto Nacional de Infectologia celebra 100 anos com simpósio

INI 100 anos: Integrando saberes na construção do conhecimento em doenças infecciosas é o tema do simpósio comemorativo do centenário do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), que acontecerá de 6 a 9 de novembro nos auditórios do Museu da Vida e do Pavilhão de Ensino do INI. A programação é composta por conferências, mesas redondas, exposições, homenagens e atividades culturais. Todas as atividades são abertas ao público e não necessitam de inscrição.

A mesa de abertura, coordenada pela diretora do INI, Valdiléa Veloso, contará com a participação da presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade Lima; do diretor da Casa de Oswaldo Cruz, Paulo Roberto Elian; e da presidente da Comissão Organizadora do Simpósio do Centenário do INI/Fiocruz, Keyla Marzochi. Em seguida, serão realizadas uma mesa redonda sobre a história do INI, uma conferência com o vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral, sobre a formação de recursos humanos na Fundação, além de um debate sobre ensino e ética em pesquisa no Instituto.

A semana prossegue com amplos debates que colocarão em pauta temas como: a Agenda 2030 e sua importância para a Saúde e o combate à desigualdade; o papel da pesquisa clínica no desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação na área da saúde; a interação entre o INI e a comunidade na construção compartilhada do conhecimento, entre outros.

Dois convidados internacionais participarão do Simpósio ministrando conferências: Jean W. Pape, diretor executivo do Groupe Haitien d'Etudes du Sarcome de Kaposi et des Infections Opportunistes (GHESKIO/Haiti) e Wieland Meyer, da Universidade de Sidney (Austrália).

O evento contará ainda com o lançamento do vídeo INI 100 anos, além de exposições, homenagens e atrações musicais. Confira a programação aqui no Campus Virtual Fiocruz.

Por Antonio Fuchs e Mayara Marins (INI/Fiocruz)

Publicado em 15/10/2018

Confira a lista dos selecionados no Programa de Mobilidade Acadêmica

Já está disponível o resultado do 2º período do Programa de Mobilidade Acadêmica, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

O Programa de Mobilidade Acadêmica dá apoio financeiro para até 20 alunos, por ano, em nível de pós-graduação Stricto sensu. O objetivo é selecionar alunos de programas de mestrado acadêmico, mestrado profissional ou doutorado da Fundação, que estejam regularmente matriculados e que tenham interesse em desenvolver projetos de pesquisa em suas unidades ou escritórios. Com isso, amplia-se a possibilidade de capacitação técnico-cientifica dos pós-graduandos, induzindo uma formação mais ampla e diversificada de profissionais da saúde. 

Acesse a lista completa dos selecionados, aqui pelo Campus Virtual Fiocruz!

Publicação : 15/10/2018

Resultado - Edital - Programa de Mobilidade Acadêmica - 2018

Resultado do 2º período do Programa de Mobilidade Acadêmica, que dá apoio financeiro para até 20 alunos, por ano, em nível de pós-graduação Stricto sensu. O objetivo é selecionar alunos de programas de mestrado acadêmico, mestrado profissional ou doutorado da Fundação, que estejam regularmente matriculados e que tenham interesse em desenvolver projetos de pesquisa em suas unidades ou escritórios. Com isso, amplia-se a possibilidade de capacitação técnico-cientifica dos pós-graduandos, induzindo uma formação mais ampla e diversificada de profissionais da saúde. Para participar, além de estar regularmente matriculado num programa de mestrado acadêmico, mestrado profissional ou doutorado, é preciso apresentar seu currículo e o de seu orientador atualizados na Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

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Publicado em 10/09/2018

Setembro Amarelo: confira atividades na Fiocruz que tratam da prevenção ao suicídio

Precisamos falar sobre suicídio: a cada 40 segundos no mundo uma pessoa se mata, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Já no Brasil, a taxa é de um suicídio a cada 45 minutos. Jovens e adolescentes estão entre os mais afetados. Para lembrar à população a importância de valorizar a vida, o Ministério da Saúde estabeleceu a data de hoje (10/9) como Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, iniciativa que faz parte do Setembro Amarelo. Para alertar a respeito do tema, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promove diversas atividades ao longo da semana. Confira, na íntegra:

Sala de Convidados (Canal Saúde)
Tema: Suicídio. Com a voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV), Patrícia Fanteza; a  psicóloga clínica, coordenadora da Residência Multiprofissional em Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Ana Cristina Felisberto; o psiquiatra e psicanalista, coordenador do Grupo de Pesquisa em Prevenção ao Suicídio (PesqueSUI), professor e pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Carlos Estellita-Lins; e a socióloga e coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Gepesp/Uerj), Dayse Miranda.
Terça-feira, 11/9, às 11h. 

Ciclo de palestras Setembro Amarelo
Tema: O trabalho do Centro de Valorização da Vida (CVV) na prevenção do suicídio. Com Patrícia Fanteza (CVV).
Terça-feira, 11/9, às 14h, no Auditório do Pavilhão de Ensino do INI (Av. Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 21040-360)

Roda de conversa
Tema: Suicídio e prevenção. Com Laura Quadros e Eleonora Prestrelo, professoras do Instituto de Psicologia (Uerj).
Sexta-feira, 14/9, às 9h, na Coordenação de Saúde do Trabalhador (Pavilhão Carlos Augusto da Silva, sala 210).


Conheça também a iniciativa Meio-dia de prosa, um espaço de escuta promovido pelo Centro de Apoio ao Discente (CAD). O grupo é voltado para estudantes e se encontra toda quarta-feira, entre 12h e 13h30, no prédio da Expansão da Fiocruz (Av. Brasil, 4036/Sala 910 - Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ). E lembre-se: você não está sozinho!

 

Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

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