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Publicado em 05/06/2019

Aspectos Teóricos e Práticos do Processo de Estimativa da Carga de Doença é tema de curso na Fiocruz Amazônia

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz), com informações de Eduardo Gomes (Fiocruz Amazônia)*

Anos de vida perdidos. Este é um dos indicadores que fazem parte do trabalho de quem atua na área da saúde e que será tema do curso de atualização em Aspectos Teóricos e Práticos do Processo de Estimativa da Carga de Doença. A iniciativa é da Fiocruz Amazônia, que está oferecendo 20 vagas para profissionais de saúde, alunos de mestrado, doutorado e pesquisadores com atuação na área de saúde pública. Os interessados podem se inscrever até o dia 12 de junho.

E você, já ouviu falar no estudo da carga global de doenças?

A metodologia do estudo da carga global de doença é um esforço científico sistemático, que visa quantificar a magnitude da perda de saúde devido a doenças, lesões e fatores de risco por idade, sexo, localidades geográficas. Envolvendo pesquisadores e especialistas em todo o mundo, essa cooperação permite a geração de dados comparáveis, padronizados e atualizados anualmente desde 1990. São informações fundamentais para a adoção de medidas para o planejamento em saúde.

Entre as métricas, destacamos aqui o cálculo do DALY (Disability adjusted life year, ou anos de vida perdidos ajustados por incapacidade), que será abordado no curso da Fiocruz Amazônia. O DALY é um indicador composto pelo YLL (years of life lost to premature death, anos de vida perdidos por morte prematura), que diz respeito à mortalidade, e pelo YLD (years of life lost to disability, anos vividos com incapacidade), que se refere à morbidade. Assim, os participantes terão condições para estimar a carga de doença. 

Se interessou em atualizar e recarregar seus conhecimentos em saúde?

Processo seletivo

Para participar da seleção, os candidatos devem preencher o formulário de inscrição disponível aqui no Campus Virtual Fiocruz. É necessário inserir o link do Currículo Lattes atualizado, no local indicado, já que que o mesmo será importante no processo de avaliação.

As aulas acontecerão no período de 24 a 28 de junho, em horário integral, totalizando a carga horária de 40h, na sede da Fiocruz Amazônia, situada à Rua Teresinha, 476, Bairro Adrianópolis.


*Colaborou Ana Carla Longo (estágiária supervisionada do Campus Virtual Fiocruz)

Publicado em 04/06/2019

Castelo Mourisco ganha tour virtual

Autor(a): 
Icict/Fiocruz

O Pavilhão Mourisco, mais conhecido pela população como "Castelo Fiocruz", é uma referência para quem passa pela Avenida Brasil, chegando ou saindo da cidade, indo ou voltando do trabalho. “Um castelo no meio da floresta”, dizem alguns. "Uma lembrança da infância", destacam outros. Ícone no imaginário carioca, o edifício é, também, um símbolo da ciência brasileira.

Nem todo mundo sabe, porém, que esse castelo guarda muitos tesouros. Mosaicos inspirados em tapeçaria árabe. Livros, fotos, documentos e objetos históricos. Coleções entomológicas que expõem insetos de várias regiões do Brasil. Detalhes arquitetônicos que, além de raros, testemunharam o nascimento e o desenvolvimento da saúde pública brasileira. Pois já é possível, mesmo a quem nunca pisou no Rio de Janeiro, fazer uma visita completa ao Castelo Mourisco. Tudo graças ao Tour 360, um passeio virtual desenvolvido pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com outras áreas da Fiocruz, como a Presidência, a Coordenação-Geral de Administração (Cogead), Bio-Manguinhos e Casa de Oswaldo Cruz (COC). O lançamento desse tour virtual ocorreu na sexta (31/5), durante as comemorações dos 119 anos da Fiocruz.

Acesse já o passeio virtual pelo Castelo Fiocruz.

Produto web que pode ser acessado em computadores, tablets e celulares, a visita virtual ao Castelo Mourisco é repleta de surpresas. À medida que avança pelas escadarias e corredores da edificação, os internautas encontram ícones que abrem janelas com informações históricas, curiosidades e a descrição de detalhes arquitetônicos. Além disso, podem acessar as exposições, de forma similar ao que já é feito em ambientes virtuais de museus ao redor do mundo.

O responsável técnico pela criação do Tour 360 é Leonardo Oliveira, analista de sistemas do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação em Saúde (CTIC), do Icict. Aficcionado por tecnologia, ele conta que sempre caminhou pelo campus de Manguinhos imaginando como poderia reproduzir, para o público online, as surpresas dessa caminhada. Queria fazer algo parecido aos tours virtuais de museus como o Louvre, na França, o de História Natural, nos Estados Unidos, o de Oscar Niemeyer, em Curitiba, o Museu Casa de Portinari, em São Paulo. O Castelo Mourisco já é aberto à visitação pública, e integra o roteiro de visitas guiadas que a Fiocruz oferece à população, de forma gratuita. O passeio virtual, porém, leva a um público ainda maior as belezas e histórias da construção. “O tour é um convite para que pessoas do Brasil e até do exterior conheçam melhor a história da Fiocruz. E uma forma, também, de aproximar ainda mais a população", afirma o analista.

Construção real

Além do CTIC, outros setores do Icict integram o projeto do passeio virtual: a Biblioteca de Manguinhos, a Seção de Obras Raras, o Multimeios e a VideoSaúde. Da Casa de Oswaldo Cruz (COC), participam o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) e o Museu da Vida. Leonardo destaca o envolvimento de tantas equipes como o grande trunfo da empreitada: “O envolvimento de tantas áreas diferentes, da Fiocruz, foi essencial para a criação do tour”.

Diversidade e trabalho em equipe, afinal, são palavras-chave na trajetória do próprio castelo, que teve o esboço feito por Oswaldo Cruz, mas foi projetado pelo arquiteto Luiz Moraes Junior. Sua construção começou em 1905, e foi concluída em 1918. A inspiração neomourisca veio do Palácio de Alhambra, em Granada (Espanha), mas seu estilo é considerado eclético. Desde 1981, o conjunto arquitetônico do Castelo Mourisco é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico e, atualmente, é candidato a Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Para fazer jus a esse ícone que é o Castelo Fiocruz, Leonardo relata que foi preciso não apenas muito trabalho, mas também uma ajudinha da meteorologia. Usando um equipamento de última geração, a equipe precisou fazer inúmeras fotos não só do castelo, mas do campus. O que só teria o efeito desejado se a iluminação natural fosse a melhor possível. “Foram várias reuniões para definir o roteiro, os locais em que faríamos as fotos, o filtro de informações, a nossa adaptação à câmera de 360 graus. Fizemos muitos testes de iluminação, para que todos os detalhes ficassem nítidos o bastante. E tivemos que identificar os melhores horários do dia para os registros. Foram feitas mais de mil fotos", conta o analista. Parte dessas fotografias passou a integrar o Fiocruz Imagens, banco gratuito de registros visuais que é gerido pelo Multimeios, também do Icict. A recém-lançada galeria Castelo Mourisco oferece mais de 400 fotos.

O trabalho de costura de tantas informações foi meticuloso. A produção do Passeio Virtual em 360 graus do Castelo Fiocruz começou em outubro de 2018, e consumiu muitas horas de testes para que fosse acertada a viabilidade e a aplicabilidade do site. “O Tour Virtual (VT) em 360 graus do Castelo Fiocruz ficará ligado ao Portal Fiocruz”, explica Leonardo, acrescentando que a visita virtual é, também, uma forma de preservação histórica do Castelo.

Além do analista, integram diretamente o projeto a jornalista Daniele Souza, o webdesigner Bruno Oliveira, o fotógrafo Rodrigo Méxas. O projeto contou também com a colaboração da webdesigner Paloma Lima, no Multimeios/Icict, Marcelo Garcia, coordenador do Portal Fiocruz, e do desenvolvedor web Pedro Teixeira (CTIC/Icict). "Tivemos muito prazer em fazer esse trabalho, porque acabamos conhecendo, também nós, um pouco mais sobre a Fiocruz e o castelo”, festeja Leonardo.

Do mundo lá fora

Como as pessoas veem o Castelo da Fiocruz? O site do Icict colheu algumas impressões daqueles que passam pelo campus Manguinhos da Fiocruz e veem o castelo – seja da Avenida Brasil, seja de dentro da Fundação. Nessas impressões, o que se destaca é uma memória afetiva, tendo o castelo como referência. A essas impressões unimos fotos da nova galeria do Fiocruz Imagens, pondo em foco parte dos belos tesouros que integram a construção.

Publicado em 03/06/2019

Semana de Ação Mundial recebe inscrições de iniciativas em educação até o dia 9/6

Autor(a): 
Semana de Ação Mundial

Precisamos mobilizar e reforçar o direito à educação. A Semana de Ação Mundial (SAM) é uma iniciativa realizada em mais de 100 países, desde 2003, com o objetivo de informar e engajar a população pelo direito à educação. Este ano, o tema será Educação: já tenho um Plano! Precisamos falar do PNE.

Qualquer pessoa, grupo ou organização pode participar da SAM, discutindo o tema e realizando atividades em creches, escolas, universidades, sindicatos, praças, bibliotecas, conselhos e secretarias, envolvendo todas e todos os que se interessam pela defesa da educação pública, gratuita e de qualidade no Brasil. 

Coordenada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação há 16 anos, a SAM 2019 precede o 5º aniversário da Lei nº 13.005/2014, do Plano Nacional de Educação (PNE), dia 25 de junho. Assim, a SAM brasileira está dedicada ao monitoramento da implementação do PNE, que é nosso principal caminho para que toda a população brasileira possa ter acesso à uma educação de qualidade da creche à universidade. 

Para participar, acesse o site aqui e inscreva-se até o dia 9 de junho.

Vai participar da SAM?

Para receber um certificado de participação, faça sua inscrição neste formulário, indicando as atividades que pretende realizar entre os dias 2 e 9 de junho com auxílio dos materiais de apoio. Logo após a Semana de Ação Mundial, escreva um breve relatório das atividades realizadas, informando também o número de pessoas mobilizadas - anexe fotos e vídeos, autorizando ou negando sua divulgação.

Envie o relatório para o e-mail sam@campanhaeducacao.org.br e aguarde o seu certificado.

Participe, veja os materiais, é tudo #REA. Inscreva a sua atividade! Saiba mais aqui.

Publicado em 29/05/2019

Inscrições para o Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas vão até 3 de junho

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz, com informações de Antonio Fuchs (INI/Fiocruz)

Estão abertas, até 3 de junho, as inscrições para o curso de doutorado do Programa em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz). A formação tem o objetivo de desenvolver nos alunos uma visão integral da pesquisa clínica, através do estudo multidisciplinar das doenças virais, bacterianas, parasitárias e fúngicas — em especial, HIV/AIDS, HTLV e suas manifestações clínicas, micobacterioses, doença de Chagas, leishmanioses e micoses.

O programa do curso é abrangente, interdisciplinar e multiprofissional na pesquisa clínica em doenças infecciosas, buscando a excelência em ciência, tecnologia e inovação. Os candidatos devem ter graduação completa e, preferencialmente, o título de mestre. É necessário que o projeto de doutorado seja na área de pesquisa clínica em doenças infecciosas nas linhas de pesquisa do programa.

O regime do curso é de tempo integral, com duração máxima de 48 meses. O número de vagas poderá variar de acordo com o número de bolsas para esta chamada semestral, além da disponibilidade dos orientadores para o doutorado. Do total de vagas, 90% serão de livre concorrência e 10% são destinadas a candidatos que se declararem pessoa com deficiência ou se autodeclarem negros (pretos e pardos) ou indígenas, desde que aprovados no processo seletivo.

Acesse o edital e inscreva-se através do Campus Virtual Fiocruz.

Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail cpg@ini.fiocruz.br.

Publicado em 28/05/2019

Austrália e Fiocruz debatem genética e mulheres na ciência

Autor(a): 
Julia Dias (Agência Fiocruz de Notícias)

Representantes da Embaixada da Austrália no Brasil estiveram na Fiocruz, na quinta-feira (23/5), juntamente com a Comissária do país para Discriminação Sexual, Kate Jankins, e a geneticista da Universidade de La Trobe, Jenny Graves, para debater com pesquisadores da instituição pesquisas na área de genética e incentivo às meninas e mulheres nas ciências. As reuniões têm por objetivo fortalecer os laços entre os dois países e buscar pontos para futuras parcerias. No início do mês, o embaixador australiano esteve na Fiocruz para iniciar as conversas sobre esse tema.

A primeira reunião, entre Jenny Graves e pesquisadores da área de genética, aconteceu na Residência Oficial do campus de Manguinhos. Graves, que é membro da Academia Australiana de Ciências e trabalha com genética há mais de 30 anos, apresentou sua trajetória de pesquisa e alguns dos principais projetos em andamento na Austrália e no mundo sobre o tema.

A cientista pesquisa a evolução do cromossomo sexual. Para isso, Graves trabalhou com o mapeamento genético de diferentes espécies que evolutivamente estão mais distantes dos humanos. Seu trabalho inclui o mapeamento do genoma de elefantes, pássaros, lagartos e mamíferos típicos da Austrália, como os coalas, ornitorrincos e marsupiais, como o canguru e o demônio da tasmânia.

As evoluções das pesquisas e da tecnologia no campo da genética permitiram o sequenciamento inclusive de animais já extintos, como o Tigre da Tasmânia, que foi sequenciado em 2019 apesar de estar extinto desde 1936, e pesquisas sobre a saúde da vida selvagem. Um câncer facial transmissível foi descoberto em demônios da tasmânia graças a estudos genéticos. A descoberta permitiu salvar a espécie da extinção, através do isolamento de indivíduos saudáveis.

Outros projetos de projeção internacional apresentados pela acadêmica australiana incluem o Arc Center of Excellence for Kangaroo Genomics (KanGO), projeto de diversas instituições australianas sobre o genoma dos cangurus; Genome Alliance in Australasia (Gaia), um consórcio que deve ser lançado em julho de 2019, The Genome 10k project, consórcio internacional de cientistas que busca sequenciar o genoma de dez mil vertebrados; e The Earth BioGenome Project, que tem como objetivo sequenciar e catalogar cerca 1,5 milhão de espécies eucariontes em 10 anos.

Os pesquisadores brasileiros presente apresentaram suas pesquisas em genética associadas a campos como doenças raras, povos indígenas, diabetes, doenças neurodegenerativas, vigilância sanitária molecular de mosquitos e doença de Chagas.

Estiveram presentes os cientistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Verônica Zembrzuski, Mário Campos Junior, Márcio Pavan, Ana Maria Jansen e Fernando Monteiro; a pesquisadora Sayonara González do Instituto de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz); o pesquisador Marcelo Weksler, do Museu Nacional (MN/UFRJ) e a doutoranda Cintia Povill, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A cientista australiana demonstrou grande interesse por todas as pesquisas apresentadas. “Existem grupos na Austrália que seriam parceiros naturais para todas essas pesquisas que ouvi aqui”, afirmou Graves, que se dispôs a buscar meios junto à embaixada e outros organismos para que essa ponte seja concretizada. Um dos possíveis caminhos de financiamento levantados foi o Medical Research Future Fund (MRFF), que financia pesquisas e inovação em saúde.

Reunião Mulheres na Ciência

Em seguida, ainda na Residência Oficial, um grupo de pesquisadoras e gestoras da Fiocruz reuniu-se com a Comissária da Austrália para Discriminação Sexual. Kate Henkins explicou um pouco sobre seu mandato, que tem o papel de supervisionar e coordenar projetos sobre o tema em âmbito federal, tendo os direitos humanos como foco principal. Henkins veio à Fundação conhecer melhor a atuação das mulheres em pesquisa e na gestão e as ações que instituição tem tomado para reduzir as desigualdades de gênero.

“Na Austrália, existe uma grande dificuldade em ver mulheres ingressando na ciência”, afirmou Henkins, que se disse feliz ao ver tantas mulheres nos laboratórios da Fiocruz. Mais cedo, ela havia visitado o Laboratório de DST e Aids do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), chefiado pela pesquisadora Beatriz Grinsztejn.

A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado, apresentou um panorama da presença de mulheres na Fundação. Elas são hoje 57,5% do total de trabalhadores da Fiocruz e 58,5% dos pesquisadores. No entanto, essa proporção cai um pouco quando se tratam de cargos de chefia. Na presidência, as mulheres ocupam 49.3% dos cargos e, apesar da atual presidente ser uma mulher, quatro das cinco vices são ocupadas por homens, assim como a chefia de gabinete e quatro coordenações estratégicas.

Cristiani Machado destacou como marcos em busca da equidade a criação do Comitê de Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, em 2009, a eleição de Nísia Trindade Lima como a primeira mulher a ocupar a presidência da Fundação, em 2017, e o estabelecimento do combate a discriminação de raça e gênero como objetivo estratégico no Congresso Interno da Fiocruz, no mesmo ano.

Em 2019, a celebração, pela primeira vez, do Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências em diversas unidades da instituição e a presença da Diretora Executiva do Fundo de Populações da ONU (UNFPA), Natalia Kanem, na aula inaugural da Fiocruz são outros exemplos da importância que a temática tem tido na Fundação. “As perspectivas de gênero e raça são prioridades para os 120 anos da Fiocruz, que serão celebrados no próximo ano”, afirmou a vice-presidente, que também coordena o Programa Mulheres e Meninas na Ciência.

Participaram da reunião as pesquisadoras Beatriz Grinsztejn (INI/Fiocruz), Marília Sá Carvalho (Esnp/Fiocruz), Maria do Carmo Leal (Esnp/Fiocruz), a assessora da presidência Inês Fernandes, a representante da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz, Mayara de Mattos, as representantes do Comitê Mychelle Alves (INCQS/Fiocruz), Andrea da Luz (Cogepe/Fiocruz) e Simone Ribeiro (EPSJV/Fiocruz).

Em suas falas, as pesquisadoras destacaram alguns estudos que têm como foco a saúde das mulheres, como o Nascer no Brasil e o Nascer nas Prisões, conduzidos por Maria do Carmo Leal, e ações afirmativas que tem sido tomadas por unidades e laboratórios, como o incentivo às mães cientistas para levarem seus filhos pequenos a reuniões no Laboratório de DST e Aids.

Mychelle Alves reforçou a importância de considerar a dimensão da raça neste debate. “Por nossa herança escravocrata, ainda temos muita desigualdade racial. O negro ainda está pouco inserido nas ciências e em diversos espaços da sociedade brasileira”, lembrou Mychelle, que também é vice-presidente do Sindicato da Fiocruz (Asfoc-SN). Ela destacou a política de cotas adotada pelo Brasil nos últimos anos como um avanço e ressaltou o papel de liderança que a Fiocruz tem desempenhado em políticas de inclusão. “Apesar de termos muitas mulheres na Fiocruz, essa não é uma realidade na ciência brasileira, que tem apenas 30% de mulheres”, advertiu.

“Existem muitas similaridades entre os dois países, é claro, mas é muito bom conhecer as diferenças e ver como vocês estão lidando com esse tópico”, afirmou a comissária australiana após ouvir os relatos. Henkins defendeu uma aproximação entre a Fundação e a Austrália. “Nossos países têm mais em comum do que pensamos geralmente”, garantiu.

 

Publicado em 29/05/2019

Estão abertas as inscrições para o doutorado profissional em gestão, pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica

Autor(a): 
Cogepe/Fiocruz

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) está com inscrições abertas, até 9 de junho, para o seu primeiro doutorado profissional em gestão, pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica. O curso — o primeiro desta modalidade no Brasil voltado para a área farmacêutica — contempla toda a cadeia produtiva de um medicamento, desde a pesquisa básica até o produto final.

São oferecidas seis vagas, exclusivamente para servidores da Fiocruz com título de mestre reconhecido pelo Ministério da Educação e cuja atuação profissional seja em áreas relacionadas às linhas de pesquisa do curso. O cronograma completo, com todas as etapas da seleção, pode ser consultado no item 6 do edital, disponível aqui no Campus Virtual Fiocruz.

Parceria com a Escola Corporativa da Fiocruz

A Escola Corporativa Fiocruz apoia a iniciativa e auxiliará a unidade oferecendo consultoria executiva ao curso no que se refere à gestão. O objetivo da parceria é intensificar o alinhamento e aplicabilidade dos projetos junto às demandas institucionais. A Escola atuará, ainda, ajudando a identificar lideranças profissionais na área da gestão que possam contribuir com a formação dos doutorandos.

O coordenador do Programa de Pós-graduação Profissional em Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica, Jorge Magalhães, comenta a cooperação com a Escola Corporativa. “Entre os grandes desafios com que nos deparamos está a necessidade de aproximarmos nossos alunos de questões estratégicas de gestão, imprescindíveis na era do conhecimento em que vivemos”. Para Magalhães, a Escola Corporativa pode ajudar a estimular o aprendizado de temas como empreendedorismo, gestão estratégica e processos de tomada de decisão.

Já Mariana Souza, responsável pelo Departamento de Educação de Farmanguinhos, acredita que a parceria agrega na qualificação do curso de pós-graduação e incentivo os profissionais da Fundação. “É uma grande vitória podermos atender a demanda da Fiocruz por formação de doutores na área de gestão, pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica. Ter a Escola Corporativa como parceira nesse caminho é a valorizar nossos servidores”, afirma.

Sobre o Programa

O Programa de Pós-graduação Profissional em Gestão, P&D na Indústria Farmacêutica tem o objetivo de formar recursos humanos em ciência e tecnologia, com reconhecida excelência e competência nas áreas envolvidas no processo industrial farmacêutico, da concepção à produção de medicamentos, passando pelas diversas áreas de gestão.

Publicado em 22/05/2019

Programa de Vocação Científica (Provoc) tem vagas para pesquisadores-orientadores

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz, com informações da EPSJV/Fiocruz

O Programa de Vocação Científica (Provoc) está com inscrições abertas para pesquisadores interessados em orientar alunos. O processo seletivo diz respeito à etapa de Iniciação 2019/2020, nas unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro. É possível se inscrever até o dia 4 de junho.

Para participar, é necessário possuir titulação mínima de mestre, além de vínculo ativo com a Fiocruz por um período de três anos. Confira mais critérios relativos ao processo de participação no site da Poli

Conheça o Programa

O Provoc é uma proposta educacional de Iniciação Científica (IC) na área da saúde para jovens que cursam o nível médio de ensino. Um dos principais objetivos da iniciação científica realizada pelo Provoc é estimular a aprendizagem dos conhecimentos técnicos e científicos a partir da experimentação de práticas de pesquisa. A inciativa é acontece através da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz).

Pesquisadores interessados, inscrevam-se já pelo link!

Publicado em 17/05/2019

Participe do I Encontro da Rede Sudeste de Repositórios, no Rio de Janeiro

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

De 28 a 30 de maio, acontece o I Encontro da Rede Sudeste de Repositórios (RIAA/Sudeste), no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão. O evento é promovido e realizado pela RIAA/Sudeste, organizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz) e da UFRJ. Nos três dias do encontro, haverá palestras técnicas sobre temas relacionados aos repositórios institucionais, além de questões relevantes como: preservação digital e curadoria digital, direitos autorais, ciência aberta, dados de pesquisas e novas tecnologias. Conheça a programação aqui.

Saiba mais sobre a Rede

Em 2017, foi criada a Rede Sudeste de Repositórios Digitais (RIAA/Sudeste), que visa superar desafios relacionados a criação, otimização, sustentabilidade dos repositórios digitais, institucionais e temáticos, promovendo a cooperação entre seus participantes. Composta atualmente por 42 instituições de ensino e pesquisa, a RIAA estimula o compartilhamento de informações e experiências por meio de encontros e atua no alinhamento das políticas de acesso aberto em âmbito nacional e internacional.

A Rede Sudeste faz parte da Rede Nacional de Repositórios coordenada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), fortalecendo a colaboração entre profissionais da área de informação em instituições de ensino e pesquisa. Assim, promove parcerias, trabalhos em equipe e uma maior percepção sobre a qualidade e a quantidade da produção científica produzida pelas instituições da Região Sudeste.

Inscreva-se aqui!

Serviço

Evento
: I Encontro da Rede Sudeste de Repositórios (RIAA/Sudeste)
Data: 28 a 30 de maio
Horário: 9h às 16h
Local: Av. Athos da Silveira Ramos, 274 - Auditório Roxinho (Prédio do CCMN) - Cidade Universitária - Rio de Janeiro (RJ)

Publicado em 16/05/2019

Estudantes e trabalhadores da Fiocruz se mobilizam em ato unificado pela educação

Autor(a): 
Valentina Leite* (Campus Virtual Fiocruz)

O dia 15 de maio de 2019 já entrou para a história da Educação. E a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), claro, faz parte desta mobilização por direitos: estudantes do ensino técnico, pós-graduandos, servidores e profissionais da instituição se mobilizaram em defesa da educação pública e contra o contingenciamento orçamentário anunciado recentemente pelo Ministério da Educação (Governo Federal). As ações coletivas foram organizadas pela Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG-Fiocruz) e amplamente divulgadas para toda a comunidade. O primeiro ato foi dos alunos da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). Depois, estudantes, trabalhadores e gestores da Fiocruz se reuniram em frente ao Castelo Mourisco num ato unificado.

Eles manifestaram com cartazes em que se lia: “30% não é esmola”, “País sem educação é país sem futuro”, "Pela educação e contra o retrocesso", entre outros. Ao mesmo tempo, se manifestavam em coro, organizando-se para participar, no fim da tarde, da paralisação nacional na Candelária, no Centro do Rio de Janeiro. A Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Cristiani Machado — que conduzia os trabalhos da Câmara Técnica de Educação — integrou a mobilização.

Educação: uma luta de toda a sociedade

O coordenador geral da APG-Fiocruz, Richarlls Martins, comentou a importância do ato. “Neste 15 de maio, a gente vai conseguir colocar nas ruas o conjunto da sociedade brasileira que é contrário aos cortes e às restrições anunciadas. A educação não é apenas uma pauta do movimento estudantil, é uma pauta que agrega diferentes setores, partidos, camadas da população do país e suas demandas. Estamos muito empenhados e reconhecemos a grandiosidade do dia de hoje”, afirmou. Na última Assembleia Discente (10/5), a APG-Fiocruz aprovou, por unanimidade, a paralisação das atividades no dia 15. Além disso, os estudantes conseguiram ônibus para transportar os interessados em participar do ato no Centro do Rio.

Os alunos do Poli foram voz ativa no movimento: após ato em frente à escola, se juntaram aos pós-graduandos no Castelo Mourisco. A estudante Eliza Paulino, do curso técnico em análises clínicas, disse que muitas escolas já vêm sendo afetadas por medidas restritivas. Para ela, é importante ampliar a dicussão. "Precisamos informar a população. Somos uma instituição de peso que pode e deve informar todo mundo!”, disse.

Mais adesão na Fiocruz

Além dos estudantes, o ato unificado contou com o apoio de trabalhadores da instituição. A servidora Cátia Guimarães (EPSJV/Fiocruz) pediu solidariedade ao movimento: “Queremos garantir a qualidade da educação pública no Brasil, da educação democrática e do desenvolvimento científico. Para isso, precisamos que toda a rede de produção científica e de educação pública esteja fortalecida – precisamos ser todos solidários”. Uma funcionária da limpeza, que não quis se identificar, completou: “Estou aqui porque os alunos merecem coisas boas”.

A Asfoc-SN, sindicato dos trabalhadores da Fiocruz, também fez parte do ato. “A Asfoc não só apoia, mas também participa ativamente do movimento pela ciência, tecnologia e educação. Estamos vivendo o maior ataque que o país já teve desde 1988. O que está em jogo é um novo padrão de sociedade, precisamos nos posicionar”, afirmou Carlos Fidelis Ponte, do sindicato.

Confira mais fotos do ato em nossa galeria.

 

* Colaborou Ana Carla Longo (estagiária supervisionada)

Publicado em 16/05/2019

Prêmio Unesco para a Educação de Mulheres e Meninas recebe inscrições até o dia 27 de maio

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz (com informações da ONU Brasil)

O mundo é delas! As inscrições para o Prêmio Unesco para a Educação de Mulheres e Meninas estão abertas até o dia 27 de maio, às 19h. A premiação reconhece projetos de promoção da igualdade gênero na educação e por meio do ensino. Serão escolhidas duas iniciativas vencedoras, que receberão 50 mil dólares cada.

Podem participar governos dos Estados-membros da Unesco e organizações não governamentais (ONGs) que sejam parceiras oficiais da Unesco. Os interessados podem indicar até três pessoas, instituições ou organizações que trabalhem com educação de meninas e mulheres. Os candidatos devem entrar em contato com a Comissão Nacional da Unesco em seu país (ou com uma ONG parceira).

Os projetos indicados devem ter pelo menos dois anos de criação e funcionamento, mostrar o potencial de ser replicado em escala e contribuir para uma ou mais áreas prioritárias do prêmio. Em 2019, o concurso tem cinco áreas prioritárias:

  • Participação: apoiar meninas a realizar a passagem do Ensino Fundamental I para o Ensino Fundamental II e a completar a educação básica;
  • Alfabetização: apoiar meninas adolescentes e jovens mulheres a adquirir habilidades de alfabetização;
  • Ambiente: apoiar a criação de um ambiente de ensino e aprendizado seguro e sensível a questões de gênero;
  • Professores: engajar professores a serem agentes da mudança, com atitudes e práticas sensíveis a questões de gênero;
  • Habilidades: apoiar meninas e mulheres a adquirir conhecimentos/habilidades para a sua vida e seu trabalho.

Clique aqui e saiba mais sobre o Prêmio. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail gweprize@unesco.org.

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