No Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, o Campus Virtual Fiocruz reitera que a educação está no centro do enfrentamento das desigualdades. Ela é o quarto Objetivo do Desenvolvimento Sustentável proposto pelas Nações Unidas, com o propósito de atingir a Agenda 2030 no Brasil. O CVF trabalha permanentemente para fortalecer a formação em saúde para o SUS e para o sistema de CT&I do país, assim como para ampliar o acesso à informação para toda a sociedade. Durante a pandemia de Covid-19, lançamos diversos cursos de iniciativa própria, online e gratuitos, em parceria com outras unidades e instituições. Confira o rol de cursos disponíveis no Campus Virtual Fiocruz que tratam das questões relacionadas ao coronavírus.
Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas
Cada vez mais impactada pela Covid-19, a população indígena – que tradicionalmente é mais suscetível a novas doenças em função de suas condições socioculturais, econômicas e de saúde – precisa de múltiplos esforços para o enfrentamento desta pandemia. Ciente dessas especificidades e suas necessidades, o Campus Virtual Fiocruz, acaba de lançar o curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas. Ele é online, gratuito, aberto a todos os interessados no tema, mas visa capacitar, técnica e operacionalmente, gestores e equipes multidisciplinares de saúde indígena para a prevenção, vigilância e assistência à Covid-19, respeitando os aspectos socioculturais dessa população. A iniciativa vai ao encontro de dois eixos de atuação da Fiocruz para o enfrentamento da pandemia: educação e apoio a populações vulnerabilizadas.
Covid-19 e saúde no sistema prisional
Para atualizar profissionais e capacitá-los quanto às ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus entre a população privada de liberdade, o Campus Virtual Fiocruz e a Fiocruz Mato Grosso do Sul lançaram o curso autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional. A formação é oferecida na modalidade à distância e voltada a gestores, profissionais de saúde, policiais penais, trabalhadores dos estabelecimentos prisionais, membros dos conselhos penitenciários e demais interessados na área.
Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus
Para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, o conteúdo foi produzido e publicado em caráter de urgência, ratificando o aspecto inovador, dinâmico e responsável da formação. Ele é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD), permitindo que qualquer pessoa interessada se inscreva. A qualificação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, mas pode ser cursado por todos os interessados. Ele é composto de três módulos, que são independentes e podem ser cursados conforme necessidade do aluno, conferindo autonomia ao processo de formação.
Confira outras iniciativas lançadas no contexto da pandemia de coronavírus
Mosquitos - Bases da Vigilância e Controle
Em tempos de coronavírus e suas milhares de mortes diárias, é difícil pensar em outras doenças. No entanto, o Brasil sofre, continuamente, com a incidência de arboviroses urbanas transmitidas pelo Aedes Aegypti: dengue, zika e chikungunya. Além disso, o quadro clínico dessas doenças é muito parecido com o da Covid-19. Portanto, os profissionais precisam estar preparados. O curso de aperfeiçoamento Mosquitos - Bases da Vigilância e Controle – online e gratuito – é voltado a agentes municipais de endemias, gestores e outros profissionais que trabalham com o controle de vetores.
Planejamento escolar local na transpandemia
A pandemia de Covid-19 vem impactando a vida e a rotina das populações de todo o mundo, e a área da educação é uma das grandes afetadas. Para tanto, a Fiocruz, juntamente com outros parceiros, lançou o curso “Planejamento escolar local na transpandemia”. A formação busca apoiar gestores e comunidades escolares a realizar o enfrentamento dessa situação e construir um planejamento local para tomadas de decisão, bem como para a reorganização do planejamento das escolas no período trans e pós-pandemia, fortalecendo o debate sobre os princípios norteadores dessa tarefa e qualificando seu protagonismo nas necessárias transformações da escola no contexto atual. Essa é uma formação online e gratuita voltada a gestores de redes e escolas.
Doenças ocasionadas por vírus respiratórios emergentes, incluindo a Covid-19
Os coronavírus são uma grande família de vírus que causam doenças que variam desde o resfriado comum até doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). Um novo coronavírus (Covid-19) foi identificado em 2019 em Wuhan, China. O objetivo deste curso é apresentar uma introdução geral sobre a Covid-19 e outros vírus respiratórios emergentes.
Educação remota para docentes e profissionais da educação
"Caminhos e conexões no ensino remoto" é o tema de um novo curso da Fiocruz voltado a docentes e profissionais da área de educação. O objetivo do curso é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. A formação, que é autoinstrucional, online e gratuita, está aberta a todos os interessados. Ela é uma iniciativa da Vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação e está alinhada às ações de apoio aos professores para a continuidade do ensino frente à necessidade de isolamento social causado pela pandemia de Covid-19.
Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos
Diálogo, produção colaborativa, conhecimento compartilhado, engajamento e diminuição de barreiras de acesso são alguns dos termos que permeiam os conceitos de Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos (REA). Tais práticas, cada vez mais urgentes e necessárias, especialmente neste momento de emergência sanitária global e imposição de isolamento social, são temas da última série que compõe a Formação Modular sobre Ciência Aberta. Ao todo, são oito cursos independentes entre si. Concebida como uma das estratégias para apresentar o movimento da Ciência Aberta, a Formação Modular aborda práticas, expectativas e controvérsias da área. A Fiocruz é signatária do Plano de Acesso Aberto desde o ano de 2014, mostrando a importância da difusão da ciência e da produção científica no Brasil e no mundo.
Nunca na história da humanidade se produziu tanta informação científica ao mesmo tempo sobre um único tema: o coronavírus Sars-CoV-2 e a doença Covid-19. São centenas de milhares de documentos oriundos de múltiplas fontes e países, numa produção que não para. Agora, uma nova ferramenta de busca lançada pela Fiocruz, o sistema scanCOVID-19, chegou para ajudar pesquisadores, especialistas, gestores e profissionais de saúde pública – além de estudantes e interessados de outras áreas de estudo e pesquisa. O scanCovid-19 foi desenvolvido pelo aluno do Programa de Pós-Graduação de Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), Gustavo Barbosa, como parte de seu projeto de doutorado, em parceria com o Laboratório de Informação Científica e Tecnológica em Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (LICTS/Icict/Fiocruz). Leia mais sobre o projeto!
Manter-se atualizado sobre tudo que vem a público, diariamente, tornou-se um grande desafio. No scanCOVID-19 – um sistema automatizado que monitora o que é publicado em fontes de dados públicas, credenciadas –, qualquer pessoa pode encontrar, rapidamente, a informação mais recente que foi publicada sobre os mais variados temas relacionados ao novo coronavírus e à Covid-19. O scanCOVID-19 é uma ferramenta de coleta de informação científica que entrou no ar em novembro, permitindo acesso a mais de 125 mil registros científicos, nacionais e internacionais, sobre a Covid-19, desde janeiro de 2020.
São artigos científicos nos diversos campos disciplinares, ensaios clínicos, vacinas em produção, entre outros assuntos relacionados, em texto completo, sempre que liberados por suas fontes de origem. O conceito-chave do scanCOVID-19 é monitoramento da informação científica, a partir de diferentes bases de dados referenciais, organizados em um mesmo espaço de busca. Seu objetivo é fornecer um grande cenário da produção de conhecimento sobre Covid-19. Além de permitir uma busca direcionada e ágil – com foco nas necessidades da comunidade científica – o sistema é atualizado diariamente, de modo a permitir um acompanhamento quase em tempo real da produção de conhecimento científico sobre o novo coronavírus.
O novo sistema de busca da Fiocruz monitora diferentes fontes de informação: artigos em formato preprints ( que compreendem produção científica depositada online e de livre acesso em repositórios temáticos, que ainda não foi submetida à revisão por pares); ensaios clínicos em curso e já finalizados; artigos revisados por pares; e o portfólio de vacinas em desenvolvimento. Acompanha também as retratações feitas a artigos científicos. É possível ainda acompanhar os protocolos de pesquisas com seres humanos aprovados pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) desde o início de 2020.
“O scanCOVID-19 realiza um monitoramento constante do ambiente de produção científica em escala mundial, com foco em fontes especializadas, por meio de um poderoso conjunto de algoritmos, um verdadeiro ‘robozinho’ de pesquisa. Inclusive tivemos que fazer um grande trabalho com algumas fontes de informação, que não estavam disponíveis a qualquer sistema de captação e raspagem automática de dados, para que aceitassem a pesquisa do scanCOVID-19”, conta Gustavo Barbosa, aluno do PPGICS, que desenvolveu o sistema como parte de seu projeto de doutorado.
“O LICTS tem por vocação trabalhar com informação científica e tecnológica e sempre se dedicou a desenvolver estratégias de monitoramento de informação em saúde. Já tivemos algumas experiências anteriores na linha do scanCOVID-19. Há 15 anos, criamos um primeiro ‘robozinho’ para monitorar informação sobre gripe aviária, o e-Monitor. Também fizemos um sistema similar para a dengue. Agora, desenvolvemos o scanCOVID-19 incorporando novas fontes de informação, e a tecnologia nos permitiu chegar a um conjunto de algoritmos que, no futuro, pode ser adaptado para uso no monitoramento de informação de outras temáticas ou interesses de pesquisa”, relata a professora Cristina Guimarães, orientadora de Gustavo.
Sob a coordenação geral da chefe do LICTS, Rosane Abdala Lins, o sistema monitora os seguintes repositórios temáticos de produção preprint: medrxiv.org; biorxiv.org; arxiv.org; ssrn.com; e Scielo Prepint. Para a produção revisada por pares, são monitorados o PubMed, o Scopus e a Scielo. E para os ensaios clínicos, o monitoramento abrange Clinical Trials, ICTRP e REBEC. O portfólio de vacinas em desenvolvimento é aquele sumarizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela London School of Hygiene & Tropical Medicine.
O scanCOVID-19 é de uso livre pelo grande público e é totalmente gratuito. Sempre que permitido e aberto pelas fontes originais, é possível ter acesso ao texto completo dos registros. Igualmente, algumas opções de busca estão disponíveis. O monitoramento das fontes cobre todo o período, desde janeiro de 2020.
“Não temos notícia de outro sistema similar em funcionamento, no Brasil ou em outros países, que cubra a diversidade de fontes que organizamos. Esperamos que, rapidamente, o scanCOVID-19 possa se tornar uma referência para pesquisadores, como um espaço organizado de registros de conhecimento a partir de onde se possa ter acesso a um quadro síntese sobre as publicações mais recentes”, complementa Gustavo.
Você pode ter acesso ao scanCOVID-19 pelo link: https://scancovid19.icict.fiocruz.br/
Nos dias 10 e 11 de dezembro, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) vai realizar inscrições para o curso de Residência Multiprofissional em Saúde 2020/2021, do Programa de Pós-Graduação em Vigilância Sanitária. O objetivo do curso é formar recursos humanos altamente qualificados, com competências primordialmente nas questões da Vigilância Sanitária e atuação em laboratórios de controle de qualidade de produtos, ambientes e serviços. Acesse aqui o edital, confira os detalhes e acompanhe as datas!
Inscreva-se nos dias 10 e 11/12!
Ao todo, serão oferecidas 12 vagas para os alunos, distribuídas nos departamentos de Química, Microbiologia, Imunologia e Farmacologia/Toxicologia nos laboratórios referentes ao controle da qualidade físico-químico, microbiológico, toxicológico ou farmacológico de alimentos; medicamentos; imunobiológicos; artigos e insumos para saúde, sangue e hemoderivados; e conjuntos, reagentes e insumos para diagnósticos.
Segundo o coordenador do Programa, Fausto Klabund Ferraris, esse é um curso voltado para profissionais recém-formados, com graduação em farmácia, biologia, biomedicina, medicina veterinária e nutrição, cuja duração é de dois anos. O curso tem como característica um aspecto mais profissional, um pouco diferente do que o aluno encontra ao buscar um mestrado acadêmico, por exemplo. Ademais, sua formação é dividia em conteúdos teórico e prático. Com isso, o estudante tem a oportunidade de desenvolver suas atividades na rotina de um dos diversos laboratórios presentes no INCQS, atuando na análise de controle de qualidade de insumos de importância para a saúde humana – medicamentos, vacinas, alimentos, cosméticos, bolsas de sangue, kits de imunodiagnóstico, saneantes, dentre outros.
“Além da experiência laboratorial, os residentes passarão dois meses em campo de prática, na Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio de Janeiro, em estágio supervisionado. Nosso programa tem como objetivo formar profissionais capacitados na identificação de possíveis perigos relativos à qualidade dos produtos e serviços oferecidos à população para minimizar ou eliminar riscos”, detalhou Ferraris.
Vale destacar que as vagas são voltadas somente para candidatos tenham concluído o ensino superior há, no máximo, dois anos (a partir de 1° de junho de 2018 até o 2° semestre do período letivo de 2020).
Transmissão, vigilância, controle e prevenção da febre amarela. Esse é o primeiro curso da Fiocruz traduzido para o inglês e adaptado para a audiência da plataforma The Global Health Network (TGHN) - um espaço internacional da Fundação destinado a promover a ciência por meio da divulgação de suas ações, pesquisas, eventos e cursos. Esse ambiente digital é fruto de um acordo firmado, em 2019, entre a Fiocruz e a Universidade de Oxford para a criação de um hub da instituição na plataforma. A formação, online e gratuita, foi desenvolvida pelo Campus Virtual Fiocruz e segue com inscrições abertas. O Curso também está disponível, em português e inglês, na TGHN. Acesse!
+ Em breve, novas formações oferecidas pelo CVF serão disponibilizadas na plataforma. A previsão é que em 2021 o curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus, traduzido para o inglês, também integre a TGHN. Acompanhe nossas notícias!
A formação é oferecida em formato de microcurso e dirigida a profissionais de saúde que atuam em serviços de atenção básica ou similares de todo o mundo. A ideia é que, ao final do curso, o aluno seja capaz de reconhecer áreas de risco de transmissão da doença; identificar ciclos urbanos e silvestres; rever procedimentos de vigilância; definir os diferentes tipos de caso de febre amarela nos diferentes cenários epidemiológicos; encontrar informações atualizadas sobre a situação epidemiológica da doença; e rever as medidas gerais de controle da febre amarela e formas de prevenção adicionais à vacina.
Neste momento de conquista junto à TGHN, a coordenadora do CVF, Ana Furniel, lembra que o curso foi desenvolvido com muita celeridade, no ano de 2018, em meio ao surto de febre amarela ocorrido no Brasil. “Precisávamos capacitar os profissionais em plena crise sanitária e elaboramos a formação em poucos meses. Além disso, ele foi pensado em formato de Cards, uma estratégia para ampliar o alcance e facilitar a divulgação do seu conteúdo”, comentou ela.
O curso foi produzido pelo Campus Virtual Fiocruz e a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), sob a responsabilidade de Ana Furniel e Vinicius de Oliveira, respectivamente, e teve o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Já o conteúdo foi elaborado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), sob a coordenação acadêmica da pesquisadora Marília Santini.
O centro de treinamento da TGHN alcançou números bastante expressivos até o final de outubro de 2020, o que potencializa o alcance dos cursos da Fiocruz. Mais de 300 mil pessoas de cerca de 200 países realizaram os cursos disponibilizados no site. Como já dito anteriormente, a previsão é que em 2021, uma seleção de novos cursos da Fiocruz seja disponibilizada na TGHN.
Febre Amarela é tema de dois microcursos online do Campus Virtual Fiocruz
Além de Transmissão, vigilância, controle e prevenção, o microcurso Vacinação também integra o Programa de Formação em Febre Amarela elaborado pelo CVF e a UNA-SUS. Ambas são formações modulares e trazem conteúdos que reforçam conhecimentos, conceitos e condutas para qualificar o atendimento.
O microcurso Vacinação contra a Febre Amarela, que também segue com inscrições abertas - apresenta situações diversas sobre vacinação para febre amarela, trazendo orientações e reflexões para qualificar a recomendação de vacina e outras condutas associadas. É indicado para profissionais de saúde que atuam na atenção básica e em postos de vacinação. Porém qualquer pessoa pode se matricular. Ao final desse minicurso, o participante deve ser capaz de identificar as pessoas para as quais a vacina é recomendada; orientar os usuários nos casos controversos; orientar sobre eventos adversos; e identificar casos de eventos adversos.
*Matéria publicada pela Agência Fiocruz de Notícias, com informações de Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)
“Em meio a uma pandemia que parece interminável, a instituição se mobilizou rapidamente para responder à nova crise sanitária, tal como fez em outras ocasiões do passado quando exigida”. Assim tem início a série “Fiocruz – 120 anos”, publicada na Revista Pesquisa Fapesp, edição 298, de novembro de 2020. A publicação traz três reportagens especiais sobre a Fiocruz e aborda a atuação de diversas unidades, entre elas as iniciativas de educação, lideradas pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic). Confira as reportagens!
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, na reportagem “Aniversário sem descanso”, que abre a sequência de matérias, afirmou que “todas as unidades movimentaram-se para combater a pandemia, incluindo os dois hospitais da instituição no Rio de Janeiro, os institutos Fernandes Figueira (IFF) e o Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) (...) A Fiocruz tem um papel central histórico no enfrentamento de epidemias no Brasil. Essa experiência está sendo completamente mobilizada contra o novo coronavírus”.
Já a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), Cristiani Vieira Machado, enfatizou o fato de a Fiocruz ser hoje a principal instituição não universitária de formação para o SUS. Ela destacou os cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), lato sensu e os incontáveis cursos de qualificação profissional (atualização, aperfeiçoamento e formação continuada), nas modalidades presencial e a distância. Cristiani frisou ainda que todas as 16 unidades da Fundação contam com atividades educacionais, mesmo as de produção, como Farmanguinhos e Bio-Manguinhos.
A matéria subsequente "Desafio contínuos – Da peste bubônica à febre zika, os problemas – e as soluções – se renovam" lembrou a criação do Instituto Soroterápico Federal, cuja direção técnica ficou a cargo do cientista de 28 anos, especializado em sorologia e microbiologia pelo Instituto Pasteur de Paris, Oswaldo Gonçalves Cruz - em uma fazenda abandonada em Manguinhos, em 1900, para responder a emergência sanitária causada pela peste bubônica.
Encerrando o especial, a reportagem “Além de Manguinhos – Egressos da Fiocruz conquistam espaços em instituições públicas e privadas no Brasil e no exterior” evidenciou importantes contribuições de ex-alunos da Fundação em outras instituições. O texto fala sobre os programas de cooperação estruturante realizados pela Fiocruz na África e América do Sul, além da avaliação do impacto da formação proporcionada pela Fundação na trajetória acadêmica e profissional de seus ex-alunos.
Leia, na íntegra, as reportagens:
Confira a edição impressa na íntegra.
A revista Pesquisa Fapesp é editada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e tem como objetivo difundir e valorizar os resultados da produção científica e tecnológica brasileira, da qual a Fapesp é uma das mais importantes agências de fomento.
*com informações da Revista Pesquisa Fapesp
Debater possibilidades e desafios do uso de tecnologias digitais no âmbito da educação permanente em saúde: este é o objetivo do webinário Educação, Saúde e Tecnologia em Mar Aberto, evento que chega à sua terceira edição nos dias 10 e 11 de dezembro, pela primeira vez em formato totalmente online, com transmissão ao vivo pelo canal da Fiocruz Brasília no Youtube. Ele será realizado junto com o 26º Encontro Nacional da Rede UNA-SUS, marcado para os dias 7 e 11 de dezembro com várias oportunidades de diálogo e reflexão entre pesquisadores e representantes da Rede. Dirigido a docentes, discentes e toda a comunidade acadêmica, o webinário Mar Aberto é uma iniciativa do Laboratório de Educação, Mediações Tecnológicas e Transdisciplinaridade em Saúde (Lemtes) da Fiocruz Brasília e integra o projeto Avaliação e prospecção de tecnologias web para a educação permanente em saúde, em parceria com o Ministério da Saúde.
Muito antes da pandemia, a equipe do projeto já se dedicava ao estudo e ao compartilhamento de experiências em educação em saúde, com uso de tecnologias digitais, realizadas em processos a distância ou semipresenciais, o que foi bastante intensificado devido à Covid-19 e estará em pauta no webinário. Além de discutir os impactos da pandemia, o encontro também fechará um ciclo do projeto, apresentando seus principais resultados em três frentes de atuação: trilhas de aprendizagem; avaliação em educação a distância; gamificação e aprendizagem colaborativa.
Mar Aberto
O primeiro seminário do ciclo Educação, Saúde e Tecnologias em Mar Aberto foi realizado em 2017 e o segundo, em 2019, sempre motivados pelo reconhecimento de que o mundo contemporâneo desafia as instituições educacionais a uma profunda revisão de seus princípios e métodos de trabalho. As críticas já bastante consolidadas e difundidas sobre a lógica da transmissão de conhecimentos; a ampla utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs); o crescimento de importância da chamada Educação a Distância (EAD); a crescente autonomia das pessoas na construção de seus processos de aprendizagem; a frustração, especialmente dos jovens, com a dinâmica tradicional dos cursos e a busca na web por alternativas de autodesenvolvimento; as pressões para reduzir a educação a uma formação meramente tecnicista de mão de obra para omercado de trabalho: todas essas questões impõem desafios às agendas das instituições e de todos os que atuam nos campos da educação e da saúde.
A expressão Mar Aberto, que aparece no nome da série de eventos, é justamente uma referência a todos esses desafios e transformações que incidem diretamente na educação em saúde.
+ Leia mais: Webinário apresentará resultados de projeto sobre tecnologias web para a educação permanente em saúde
Confira a programação:
10 de dezembro
11 de dezembro
Nesta quinta-feira, 3 de dezembro, é celebrado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) para fortalecer a defesa pelos direitos das pessoas com deficiência globalmente. A celebração ocorre em um dos momentos mais difíceis da humanidade no século XXI, em meio à pandemia do novo coronavírus. No entanto, a Fiocruz segue trabalhando em prol da acessibilidade e refletindo sobre a inclusão de forma a assegurar os direitos de todos. Com foco na educação, o Campus Virtual Fiocruz destaca o curso online Acessibilidade e os Princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde. Disponível em nossa plataforma, a formação é oferecida pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e está com as inscrições abertas.
O curso é voltado, prioritariamente, a profissionais da área de saúde, para que ofereçam um atendimento mais inclusivo e acessível a pessoas com deficiência (PCD) — em especial a pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Apesar do foco nos profissionais da área, o curso é aberto a qualquer interessado em conhecer mais sobre práticas inclusivas.
Este é mais um projeto financiado pelo Edital de Recursos Educacionais Abertos (REA), iniciativa da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). O curso Acessibilidade e os Princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde é fruto de uma parceria do Icict/Fiocruz com a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), a Cooperação Social/Fiocruz e o Centro de Vida Independente (CVI), o Núcleo de Acessibilidade e Usabilidade da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e o Núcleo de Estudos em Diversidade Inclusão de Surdos da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O curso é aberto, gratuito e autoinstrucional, oferecido na modalidade a distância (EAD). Assim, apesar de ter foco nos trabalhadores de saúde, qualquer pessoa interessada em saber mais sobre acessibilidade e práticas inclusivas pode participar.
Com carga horária total de 72 horas/aula, os módulos estão organizados em sequência para facilitar a compreensão dos assuntos, mas são independentes entre si. Dessa forma, os participantes podem conduzir seu processo de aprendizagem com autonomia, da forma que julgarem mais conveniente. Terminando cada módulo, há exercícios para o aluno consolidar o aprendizado. E uma avaliação final para que o aluno receba o certificado de conclusão, emitido em até cinco dias úteis.
Leia mais sobre iniciativas de acessibilidade e inclusão realizadas pela Fiocruz durante a pandemia
Em uma pandemia, as informações precisam ser atualizadas a cada momento, com novas descobertas da ciência em prol da manutenção da vida. Neste contexto, o direito à informação e comunicação se torna ainda mais essencial. Para ampliar a divulgação, a Fiocruz implementou recursos de acessibilidade em seus vídeos sobre a Covid-19, a partir de uma articulação do Comitê Fiocruz pela Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência, que tem traduzido todas as produções para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Já são mais de 160 vídeos disponíveis na área especial sobre o novo coronavírus do Portal Fiocruz e na Biblioteca Virtual de Saúde da instituição (BVS Fiocruz), com as traduções realizadas pelos intérpretes de Libras do projeto Empregabilidade da Pessoa Surda, coordenado pela Cooperação Social da Fiocruz; e do Programa Fiocruz Saudável, da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe/Fiocruz).
Outro desdobramento importante dessas traduções foi o lançamento do AFN Acessibilidade, com as principais notícias publicadas na Agência Fiocruz de Notícias em Libras e com áudio e legenda em português. Os vídeos semanais estão disponíveis no canal da Fiocruz no YouTube e nas redes sociais da instituição no Facebook, Instagram e Twitter.
O livro Diálogos sobre acessibilidade, inclusão e distanciamento social: territórios existenciais na pandemia, lançado em junho, apresenta reflexões sobre as vulnerabilidades das pessoas com deficiência em meio à pandemia, a partir de artigos de integrantes do Comitê Fiocruz pela Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência e representantes da sociedade civil. A publicação é uma iniciativa da plataforma IdeiaSUS/Fiocruz, em parceria com o Comitê, o Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Dihs/Ensp/Fiocruz) e a Universidade Federal de Goiás.
Em comemoração ao Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Deficiência, a Fiocruz realizou em setembro um evento virtual com o tema Deficiência, desigualdade e (IN)visibilidade: desafios para a comunicação e informação no contexto da pandemia, em parceria com o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (Unifase/FMP). O encontro discutiu as desigualdades e invisibilidades vivenciadas pelas pessoas com deficiência, em especial nos processos de comunicação e no acesso à informação sobre a Covid-19, e contou com diferentes recursos de acessibilidade. O objetivo foi fortalecer a agenda interinstitucional pela defesa dos direitos das pessoas com deficiência, pelo enfrentamento à discriminação e por políticas públicas de saúde que reconheçam e valorizem a diversidade.
*Com informações de Leonardo Azevedo (CCS/Fiocruz), Marina Maria (Icict/Fiocruz) e Flavia Lobato
Cada vez mais impactada pela Covid-19, a população indígena – que tradicionalmente é mais suscetível a novas doenças em função de suas condições socioculturais, econômicas e de saúde – precisa de múltiplos esforços para o enfrentamento desta pandemia. Ciente dessas especificidades e suas necessidades, o Campus Virtual Fiocruz, acaba de lançar o curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas. Ele é online, gratuito, aberto a todos os interessados no tema, mas visa capacitar, técnica e operacionalmente, gestores e equipes multidisciplinares de saúde indígena para a prevenção, vigilância e assistência à Covid-19, respeitando os aspectos socioculturais dessa população. A iniciativa vai ao encontro de dois eixos de atuação da Fiocruz para o enfrentamento da pandemia: educação e apoio a populações vulnerabilizadas.
O curso foi desenvolvido pelo Campus Virtual Fiocruz e teve a participação de pesquisadores da Fiocruz, de outras universidades e instituições parceiras. Esta é uma formação livre, composta de quatro módulos, com carga horária total de 30h.
A nova formação está alinhada aos esforços e iniciativas de formação em larga escala de profissionais de saúde na temática da Covid-19. Confira outras iniciativas: Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus, Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional, Doenças ocasionadas por vírus respiratórios emergentes, incluindo a Covid-19, Planejamento escolar local na transpandemia, e Caminhos e conexões no ensino remoto.
Dados do último Censo Demográfico que envolveu os povos indígenas, realizado em 2010 pelo IBGE, mostram que quase 900 mil pessoas se autodeclararam indígenas, ou seja, 0,4% da população, presentes em todos os estados brasileiros. Esse contingente é representado por 305 etnias, falantes de 274 línguas distintas, o que confere ainda mais complexidade no cuidado, pois a diversidade sociocultural dos povos indígenas também se expressa em termos de saúde.
A coordenadora acadêmica e uma das conteudistas do curso, Ana Lúcia Pontes, que é pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e doutora em saúde pública, ressaltou que o curso é resultado de um trabalho coletivo de pesquisadores com larga experiência com a saúde dos povos indígenas no Brasil. “Ele nasceu do compromisso de construir uma ferramenta, um subsídio a mais para apoiar profissionais, gestores e integrantes do controle social da saúde indígena. O curso busca retratar as grandes diretrizes de enfrentamento da doença causada pelo novo coronavírus no que se refere à prevenção, assistência e vigilância adequadas à diversidade de contexto dos povos indígenas, assim como à realidade e cotidiano do subsistema de atenção à saúde indígena”, detalhou ela sobre a construção do material.
Ana Lúcia apontou ainda que, durante seu desenvolvimento, procurou-se desdobrar esses conteúdos de forma que eles suscitem a reflexão e a qualificação ampla sobre o que é o desafio da atuação em saúde no contexto dos povos indígenas. “Discutimos cenários gerais com vistas a apoiar os profissionais de saúde no atual contexto de enfrentamento da Covid-19, mas, sobretudo, que permitam, em um cotidiano futuro de trabalho, reflexões que possam ser úteis”, ressaltou Ana Lúcia.
A Covid-19 se mostra altamente letal entre os povos indígenas. No entanto, com sua história de grande vulnerabilidade, torna-se cada vez mais relevante que os profissionais estejam sensíveis ao enfrentamento da pandemia entre esses povos.
Para a coordenadora-geral da iniciativa e responsável pelo Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, a produção deste curso foi um enorme desafio. De acordo com ela, não tem sido fácil enfrentar a pandemia de Covid-19 em todo o mundo, mas as especificidades aumentam de maneira significativa quando falamos da pandemia entre os povos indígenas.
“É necessário lidar com um perfil epidemiológico diferenciado, hábitos culturais distintos e, muitas vezes, com uma situação totalmente diversa, como a dos povos isolados. A situação de vulnerabilidade é ainda maior entre essa população e precisamos entender suas formas de comunicação, de aprendizado e como se apresenta o subsistema de atenção à saúde indígena”, explicou Ana. Ela apontou ainda que, com o curso, “espera-se auxiliar os diferentes profissionais das equipes de saúde que enfrentam diariamente um contexto muito difícil e que, infelizmente, vem piorando com o passar dos meses”.
Curso será oficialmente lançado durante Painel da Abrasco: 20 anos do GT Saúde dos Povos Indígenas - Gênese, trajetórias e perspectivas
O curso será oficialmente lançado nesta tarde, às 16h, durante evento de comemoração aos 20 anos do GT Saúde dos Povos Indígenas, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). O Painel "Gênese, trajetórias e perspectivas" terá a participação de Ana Lúcia, Carlos Coimbra Júnior (Ensp/Fiocruz), Eliana Elisabeth Diehl (UFSC), Esther Jean Langdon (UFSC), Ricardo Ventura Santos (Ensp/Fiocruz e Museu Nacional da UFRJ) e Inara do Nascimento Tavares (UFRR), além da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, que integra o Conselho Deliberativo Abrasco. O encontro será transmitido pela TV Abrasco.
Cristiani lembrou que os povos indígenas já são grupos em situação de muita vulnerabilidade social, que sofrem com a luta pela terra, com as diversas formas de violência e desrespeito aos seus direitos. Segundo ela, "diante da pandemia, a atenção à saúde desses povos requer a compreensão do contexto, das especificidades do subsistema de saúde indígena e das necessidades dessa população. O curso aborda algumas dessas questões, visando qualificar os profissionais que atuam nessa área para o enfrentamento da Covid-19 nesse cenário complexo".
Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas: conheça a estrutura do curso
Módulo 1: Povos indígenas no Brasil
Módulo 2: Vulnerabilidade dos povos indígenas
Módulo 3: Organização do trabalho e da assistência no subsistema de saúde
Módulo 4: Vigilância da Covid-19 em comunidades indígenas
“O que se espera em um futuro próximo são muitos desafios, com a sobreposição de crises sanitárias e humanitárias – de ordem econômica, política e social –, e uma grande dificuldade em fazermos projeções, pois os modelos existentes atualmente já estão superados”, afirmou o pesquisador do Instituto René Rachou (IRR-Fiocruz Minas), Rômulo Paes Souza, durante a aula aberta “Iniquidades sociais, direitos humanos e atenção primária à saúde”, promovida pelo mestrado profissional em Atenção Primária à Saúde com ênfase na Estratégia de Saúde da Família. O encontro, que também teve a participação da especialista em direitos humanos e integrante da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), Joana Zylbersztajn, está disponível na íntegra no canal do Campus Virtual Fiocruz no Youtube.
“Como eu posso contribuir com os profissionais que estão fazendo esse trabalho da linha de frente, que é o mais importante, especialmente neste momento de enfrentamento da pandemia?”, perguntou Joana Zylbersztajn no início de sua exposição, afirmando que esse é sempre um questionamento norteador do seu trabalho e foi determinante para a construção da apresentação neste debate.
Ela citou a definição de direito à saúde elaborada pelo Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU - "é um direito inclusivo que se estende não apenas aos cuidados de saúde oportunos e apropriados, mas também aos determinantes subjacentes de saúde, como acesso à água e saneamento adequados, nutrição e habitação seguros, condições ocupacionais e ambientais saudáveis, o acesso à educação e informações relacionadas à saúde..." – e lamentou esse ser um conceito tão distante da nossa realidade. Ela afirmou estarmos muito no início da compreensão do direito integral à saúde, mas ressaltou o fato de, ao menos, já termos a ideia sistêmica do que ele é: “Isso nos dá outros parâmetros e referências sobre o que temos que buscar no sentido de um acesso completo à garantia do direito à saúde”.
Rômulo apresentou uma ampla discussão sobre os aspectos que envolvem as desigualdades e iniquidades em saúde, trazendo isso para a relação com os serviços de saúde, mas também com o que precede esse fenômeno. Ou seja, segundo ele, "para que a desigualdade em saúde se realize, é preciso que um conjunto de fatores que antecedem essa condição de saúde que os indivíduos vivenciam se dê", detalhou.
O palestrante falou sobre a importância de se ter clareza sobre os aspectos contemporâneos da discussão sobre desigualdades e iniquidades em saúde, e apresentou alguns fatores que potencializam uma condição desfavorável, como a soma de diversas desigualdades em um grupo, indivíduo ou território; o aspecto geográfico e a capacidade que os países tem de identificar quem são os membros mais vulneráveis e apresentar uma alternativa de superação para aquele contexto específicos, entre outros.
Rômulo encerrou falando sobre os desafios de um futuro próximo, como a sobreposição de crises sanitárias e humanitárias. As debatedoras da mesa, as alunas do mestrado Brenda Freitas da Costa e Marcélia Martins, abriram as discussões trazendo questões do cotidiano do trabalho, a partir do que foi apresentado pelos convidados. Assista ao encontro na íntegra:
“Uma resposta positiva à urgência de comunicação no âmbito da pandemia”. Foi assim que a coordenadora-geral de Pós-Graduação da Fiocruz, Cristina Guilam, descreveu o projeto Saber Comum, em entrevista ao Canal Saúde, no Programa Bate Papo na Saúde. O encontro também teve a participação da professora da UFRJ e coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade, Tatiana Roque, e foi ao ar em 16 de novembro. Veja, na íntegra, o programa.
A iniciativa Saber Comum tem o objetivo de disponibilizar, com largo alcance e maior acessibilidade, um leque de disciplinas remotas e interdisciplinares de formação geral sobre temas que adquiriram grande relevância durante a pandemia e que continuarão pautando os debates públicos após o seu término. O projeto é voltado para estudantes de todas as áreas do conhecimento e vale crédito nos programas de pós-graduação. Duas disciplinas já estão sendo ofertadas para cerca de mil alunos cada uma: “Democracia, desigualdades e direitos” e “Saúde e ciência em tempos de pandemia”.
Segundo Cristina, o projeto “nasceu como uma resposta urgente de instituições públicas do Rio de Janeiro em relação a uma necessidade de conexão no âmbito da pandemia. Foi um momento de grande aflição para gestores da educação de todo o Brasil e esse programa veio atender essa questão. Com isso, superamos desafios, nos atualizamos e fortalecemos a integração entre as instituições”, disse ela, destacando ainda que o projeto revigorou também a relação da academia com a sociedade, na medica em que é um curso para alunos de pós-graduação, mas também aberto para a população em geral pela internet, pela TV aberta com o Canal Saúde e a TV Alerj, entre outros: “Estamos fazendo pontes entre o saber acadêmico e o saber comum”.
Participam desse acordo, a Fiocruz, a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que coordena a iniciativa.
Os episódios inéditos de videoaulas são exibidos na grade do Canal Saúde de terça a sexta-feira, das 7h30 às 8h e reprisados nos mesmos dias, das 21h às 21h30. No sábado (das 15h às 16h) e domingo (das 11h às 12h) as reprises são de uma hora de duração, para a exibição seguida dos dois episódios da semana de cada disciplina. É possível também assistir a todo esse conteúdo, a qualquer momento, no site do Canal Saúde.
Veja como assistir:
Televisão: canal 2.4, no Rio de Janeiro e em Brasília e 1.4, em São Paulo, na multiprogramação da TV Brasil, no Sistema Brasileiro de TV Digital (também é acessível para celulares com TV); em todo o Brasil por antena parabólica digital (frequência 4085). Internet: acesse o site do Canal Saúde e clique em Assista Agora na página principal (acessível por computadores e dispositivos móveis). Aplicativo: baixe o app do Canal Saúde em um dispositivo móvel e assista aos programas em tempo real.