Estão abertas, até o dia 23 de setembro, as inscrições para os cursos de mestrado acadêmico e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), oferecido pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Ao todo, estão disponíveis 24 vagas, sendo 14 para o mestrado e 10 para o doutorado.
O PPGICS conta atualmente com duas linhas de pesquisa: "Produção, Organização e Uso da Informação em Saúde" e "Informação, Comunicação e Mediações em Saúde".
No mestrado acadêmico, das 14 vagas, 20% estão reservadas para candidatos cotistas, sendo 2 para pessoas indígenas ou negras e 1 para pessoas com deficiência. Já no doutorado, das 10 vagas, 20% estão reservadas para candidatos cotistas, sendo 1 (uma) para pessoas indígenas ou negras e 1 (uma) para pessoa com deficiência. As demais vagas serão de livre concorrência. As vagas também estão abertas para candidatos estrangeiros.
Confira as chamadas públicas da seleção:
doutorado em Informação e Comunicação em Saúde
mestrado acadêmico em Informação e Comunicação em Saúde
Nos links ou no site do PPGICS, os interessados também encontram informações para a chamada de candidatos estrangeiros para o mestrado e o doutorado.
O longo relacionamento entre a Fiocruz e o Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais da Organização Mundial da Saúde (TDR/OMS) ganhou um caráter mais formal com a assinatura do memorando de entendimento na quarta-feira, 11 de agosto. O documento, que estabelece os termos da cooperação técnica para o enfrentamento das doenças tropicais e negligenciadas, foi firmado durante um encontro virtual entre a presidente Nísia Trindade Lima e John Reeder, diretor do TDR. O evento comemorou ainda a eleição da Fundação para o Conselho de Coordenação Conjunto do programa, ocorrida em junho.
Ciência, saúde e educação
Para Nísia, a assinatura do memorando vai ao encontro do tripé em que a Fiocruz se baseia: ciência, saúde e educação. Ela acredita que as ações em pesquisa e educação com o Campus Virtual Fiocruz devem ser ampliadas com a parceria, e ressaltou a sua importância para os novos pesquisadores. “O aprendizado em pesquisa não se esgota nos nossos cursos de formação”.
Nísia destacou também o equilíbrio na colaboração com o TDR, em que os dois lados saem ganhando. “Esses dois fatos [a escolha para o conselho e o memorando] trazem responsabilidade, mas, sobretudo, criam condições para uma visão mais integradora e global de nossos campos de atuação, levando em conta as necessidades das populações negligenciadas”, disse ela, apontanfo ainda que "este evento significa o encontro entre a boa tradição da ciência, da saúde e do engajamento das populações nesse processo”.
Plano de cinco anos
Pesquisadora do CDTS/Fiocruz, Claudia Chamas destacou os principais pontos do plano de trabalho estabelecido no memorando para os próximos cinco anos. Entre eles está a adaptação para português do Implementation Research Tollkit (uma padronização de processos para que resultados sejam comparados entre países) e do Massive Open Online Courses (cursos abertos na Internet). Está prevista também a organização de uma rede TDR, Fiocruz e ministérios da Saúde de países de Língua Portuguesa; a colaboração em pesquisa sobre picadas de cobra; e a promoção da cooperação técnica na América Latina com foco na iniciativa Essence on Health Research. “Essa é uma grande vitória institucional que permitirá à Fundação ampliar o diálogo na busca de soluções científicas e de saúde para as doenças negligenciadas e populações", disse Claudia.
Paulo Buss, coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), por sua vez, lembrou que a Fundação agrega importantes ativos nessa parceria. Um deles é a Rede de Institutos Nacionais de Saúde Pública da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, cuja secretaria técnica está na Fiocruz. Somam-se a ela a Rede de Institutos Nacionais de Saúde Pública da América Latina e Caribe e a Rede Ibero-Americana de Institutos Nacionais de Saúde Pública, incluindo Portugal e Espanha.
A relação entre doenças negligenciadas e desigualdades sociais foi destacada. "Por isso, na Fiocruz, cada vez mais falamos de populações negligenciadas do que de doenças negligenciadas”, disse Nísia. Isso enquanto Reeder recitava um de seus "mantras”: “não há pesquisa sem haver desenvolvimento, e não há desenvolvimento sem haver pesquisa”.
A assessora especial do Ministério da Saúde para Assuntos Internacionais, Cristina Alexandre, relacionou o combate às doenças negligenciadas à Agenda 2030 com a necessidade de promover a saúde e o bem-estar, “sem deixar ninguém para trás”.
Ciência sob holofotes
Para Reeder, a assinatura do memorando dará “um novo impulso” à relação e fará diferença durante os próximos anos. Ele defendeu ainda a necessidade da pesquisa de implementação (o estudo sistemático de métodos que apoiam a aplicação de resultados de pesquisas e outros conhecimentos) e destacou os obstáculos no caminho para alcançar uma cobertura universal de saúde e implementar ações “que sabemos que podem funcionar, mas não funcionam”.
O diretor do TDR ressaltou a necessidade de fortalecer a capacidade de pesquisa, de treinamento e também de engajamento global. “O aprendizado sólido e a construção de capacidades nos países é a melhor garantia de que serão capazes de responder [às emergências] que surgirem amanhã”, disse. E lembrou que, com a pandemia de Covid-19, a ciência se encontra sob os holofotes. “Quando no passado o cientista chefe do governo britânico apareceu na primeira página dos jornais? As pessoas estão prestando atenção nos dados e na ciência. Não podemos deixar isso se perder”, pontuou.
Décadas de esforços com o TRD
Criado em 1975, o Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TRD) apoia esforços para combater as doenças relacionadas à pobreza. A Fiocruz tem uma longa história de trabalho conjunto com o TDR por meio de seus cinco Centros Colaboradores da OMS: Saúde Global e Cooperação Sul-Sul, Saúde Pública e Ambiental, Cegueira Infantil, Leptospirose, Política de Medicamentos e Formação de Técnicos em Saúde, além de outras atividades.
No encontro, a estreita parceria com o TDR foi lembrada, com menções a integrantes que passaram pelo programa, como Carlos Morel — coordenador-geral do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) e que foi diretor do programa de 1998 a 2003 — e Rodrigo Correa, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fundação e ex-membro do Conselho Coordenador Conjunto, de 2001 a 2006.
Imagem: Rede Favela Sustentável
O Sextas de Poesia desta semana faz uma homenagem a baianidade de dois gênios da cultura popular brasileira - que são também dois aniversariantes de agostoe -, que, com suas escritas poéticas, encantam várias gerações, fazem da resistência um legado e emocionam com o resgate de um Brasil inclusivo e para todos.
A musica "Milagres do povo" foi feita por Caetano Veloso em homenagem a Jorge Amado. A ideia surgiu a partir de uma entrevista que Amado concedeu ao jornal O Pasquim, nos anos 1970, na qual ele dizia, em uma das perguntas, que gostaria de ser místico como Dorival Caymmi, mas que era materialista e não tinha crença no candomblé. E completou: "Mas que já vi o candomblé fazer milagres, já vi, e são milagres do povo". Assim nasceu a canção que é uma defesa da igualdade de direitos.
Deputado do Partido Comunista pelo estado de São Paulo, Jorge Amado foi autor da Emenda 3.218, que inseriu no texto da Constituição de 1946 o §7° do art. 141 que declarava e reconhecia a liberdade de crença. E Caetano eternizou em versos essa luta.
Visando estimular a atuação colaborativa em redes e aproximar especialistas da Fiocruz, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) vai realizar o workshop Bacteriologia Molecular, de forma virtual, de 24 a 26 de agosto. O evento contará com apresentações em áreas estratégicas e prioritárias, como genômica, epidemiologia molecular, resistência a antimicrobianos, biodiversidade, interação patógeno-hospedeiro e diagnóstico, entre outras. As inscrições estão abertas e podem ser feitas na plataforma do Campus Virtual Fiocruz.
A Fundação conta com diversos grupos de pesquisa em bacteriologia que, muitas vezes, atuam de forma individual ou focal. Diante da importância de pesquisas nessa área e de fomentar novas interações e colaborações para a instituição e para o avanço do conhecimento, o encontro busca estimular a atuação e redes e, assim, alavancar a qualidade da pesquisa em todas as áreas, fortalecendo os grupos e a Fiocruz como um todo.
O workshop conta com a participação de pesquisadores dos Laboratórios do IOC, do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz), da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos /Fiocruz), Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz), do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná), do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) e do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas).
O evento será realizado pela plataforma Zoom Meeting. O link será enviado para o e-mail do participante inscrito.
Confira aqui a programação completa do evento.
Imagem: Freepik
O mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) promove uma série de seminários virtuais sobre pesquisa nesse campo do conhecimento. A iniciativa faz parte da disciplina de Introdução à Divulgação Científica e integra a programação de 2021 da série Conexão #emCasa, faixa de eventos online promovidos pela COC/Fiocruz, sempre realizadas com transmissão ao vivo pelo Facebook.
No dia 9 de agosto, o Conexão #emCasa recebeu o professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e coordenador do INCT.DD., Wilson Gomes para debater o tema Dimensões epistêmicas das fake news. O próximo encontro está marcado para segunda-feira, 16 de agosto. Ambos são promovidos pela disciplina "Tópicos Especiais - Seminários de Metodologia" do Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da COC/Fiocruz.
Assita aqui a aula: Dimensões epistêmicas das fake news
#emCasa
A série Conexão #emCasa foi lançada pela COC/Fiocruz em julho de 2020, sempre com transmissão ao vivo pela página da unidade no Facebook. A iniciativa tem o objetivo de promover palestras, debates e discussões virtuais, diante da restrição a atividades presenciais impostas pela pandemia de Covid-19.
Com assuntos variados, o Conexão #emCasa busca reunir pesquisadores, estudantes e interessados nas temáticas relacionadas às áreas de atuação da Casa de Oswaldo Cruz, que poderão interagir com os debatedores enviando comentários e perguntas.
Assista aqui todos os encontro promovido no âmbito da série Conexão #emCasa
Começa hoje, 9 de agosto, às 14h, a XXVII Reunião da Rede Universidade Aberta do SUS. O Objetivo do encontro anual é reunir instituições que integram a UNA-SUS para troca de experiências e apresentação de novas iniciativas. O evento, que é online, será transmitido pelo canal do Núcleo de Tecnologias e Educação a Distância em Saúde (Nuteds) da Universidade Federal do Ceará no Youtube e vai até 12 de agosto com a apresentação de trabalhos que seguem os diversos eixos temáticos ligados ao tema central de 2021: Educação em Saúde Digital.
O 27º encontro contará com conferências, painéis, mesas interativas e oficinas de compartilhamento de tecnologias. O Campus Virtual Fiocruz participará do encontro no fim da tarde desta segunda-feira, 9/8, às 17h55. A coordenadora de produção de cursos do CVF, Adelia Araújo, vai apresentar o tema: "Disciplinas transversais e Moocs: Um diálogo possível".
O evento está sob a organização da Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade Federal de Goiás (UFG) e busca promover ampla discussão em prol da melhoria e transformação da saúde por meio da utilização adequada das tecnologias da informação e comunicação; e divulgar os resultados de pesquisas relacionadas à informação e informática em saúde, desenvolvidas no âmbito regional e nacional;além de trazer a Mostra de Experiências Exitosas da Rede UNA-SUS.
Confira aqui a programação completa. As inscrições são gratuitas e ainda podem ser feitas pela plataforma Sympla.
Acompanhe aqui a transmissão no canal Núcleo de Tecnologias e Educação a Distância em Saúde (Nuteds):
Em votação simbólica em 4 de agosto, o Plenário do Senado aprovou o Projeto de Lei (PL) 2.077/2019, que cria o título de Patrimônio Nacional da Saúde Pública e o concede à Fiocruz e ao Instituto Butantan. O título passará a ser concedido a instituições públicas e privadas de saúde, sem fins lucrativos, que prestem relevantes e notórios serviços. Como o relatório da senadora Leila Barros (PSB-DF), aprovado em Plenário, não implicou em mudança de conteúdo, o projeto será enviado à sanção do presidente Jair Bolsonaro. A aprovação ocorreu na véspera do Dia Nacional da Saúde (5/8), escolhido por ser a data de nascimento do médico sanitarista Oswaldo Cruz, patrono da Fiocruz.
Originalmente proposto pelo deputado Odorico Monteiro (PSB-CE), na legislatura passada, o projeto também é de autoria dos deputados Jorge Solla (PT-BA), Alexandre Padilha (PT-SP), Alice Portugal (PCdoB-BA) e Totonho Lopes (PDT-CE). Logo após a aprovação pelo Plenário do Senado, o deputado Odorico Monteiro afirmou que “é um projeto que passa a estruturar e fortalecer essas centenárias instituições, que são patrimônios do Brasil e estão à frente da saúde pública nacional, liderando várias intervenções importantes. A Fiocruz comemorou 121 anos e é uma instituição nacional, está presente em dez estados, em defesa da vida, da ciência e do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta aprovação e este reconhecimento são uma grande conquista e têm fundamental importância neste momento de pandemia e negacionismo”, ressaltou.
Para a senadora Leila Barros, a iniciativa é louvável e muito bem-vinda ao reconhecer os bons préstimos de entidades que prestam relevantes e notórios serviços à saúde. Ela concordou, ainda, que tanto a Fiocruz, quanto o Butantan "de fato representam um Patrimônio Nacional da Saúde Pública". Ao comentar a atuação das duas instituições na área, a relatora exaltou os serviços prestados por ambas na produção de vacinas para combater o novo coronavírus. “A Fiocruz é a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina. Ela tem uma atuação pautada pela promoção da saúde e pelo desenvolvimento social, pela geração e difusão de conhecimento científico e tecnológico e pela defesa da cidadania. Com mais de 100 anos de História, sua trajetória se confunde com o desenvolvimento da saúde pública no Brasil. É uma grande produtora de vacinas e medicamentos e, desde o início da pandemia no país, é um dos pilares da estratégia de combate ao coronavírus. A instituição faz parte de várias frentes nacionais e internacionais de busca por vacinas e é difícil pensar nos avanços da saúde pública brasileira sem pensar em Fiocruz e em seus muitos cientistas e trabalhadores que se esforçaram para obter essas conquistas”.
Projeto de futura condecoração a outras instituições de "indiscutível e notório" reconhecimento público e social
De acordo com o texto, o Congresso Nacional poderá fazer este reconhecimento a entidades que atuem, no mínimo, há 70 anos, em áreas voltadas ao trabalho científico, educacional, assistencial, de participação social ou promoção, proteção e recuperação da saúde nas esferas pública e comunitária. Sua trajetória também deverá contar com "indiscutível e notório" reconhecimento público e social.
O projeto ainda assegura às entidades homenageadas a preferência, em igualdade de condições, na seleção para aquisição de bens e serviços e concessão de fomento social na área em que atue. Essa preferência seria aplicada também, sempre em igualdade de condições, à contratação de financiamento público e à liberação de emendas parlamentares a elas dirigidas.
Em maio, a Câmara dos Deputados já havia aprovado o PL 2.077/2019. Na ocasião, a relatora do projeto na Casa, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), acatou emenda da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), expandindo a homenagem, além da Fiocruz, ao Instituto Butantan. Para Jandira, “as duas instituições contribuem fortemente para a promoção da saúde e da qualidade de vida da população brasileira, a redução das desigualdades sociais e a dinâmica social”. O deputado Alexandre Padilha ressaltou então que o projeto tem “um valor simbólico e institucional muito forte. Nunca a população brasileira percebeu tanto a importância do nosso sistema de saúde”, afirmou.
Assita o vídeo da sessão plenária do Senado Federal que aprova projeto que concede à Fiocruz o título de Patrimônio Nacional de Saúde Pública - 4/8/2021
Leia aqui a matéria na íntegra publicada na Agência Fiocruz de Notícias
*Com informações da Agência Senado.
Para celebrar o dia dos Dia dos Pais, que em 2021 acontecerá em 8 de agosto, o Sextas de Poesia traz Vinícius de Moraes com o poema "Meu pai, dá-me os teus velhos sapatos manchados de terra", que é permeado de lembranças, nostalgia e saudades.
Diálogo representa a conversação entre duas ou mais pessoas; a troca de ideias e opiniões que tem por finalidade a solução de problemas, a comunicação. Diálogo é também a base da metodologia e a marca da trajetória de Paulo Freire, o patrono da educação brasileira. Para comemorar seu centenário, a Fiocruz vai realizar, nos dias 22, 23 e 24 de setembro, a Primavera Paulo Freire. O evento virtual, que será transmitido pelo canal da VideoSaúde Distribuidora Fiocruz no Youtube, é aberto ao público, mas certificará apenas participantes inscritos. Além disso, a Primavera Paulo Freire está com chamada pública aberta para o recebimento de trabalhos acadêmicos e artísticos, que foi prorrogada até o dia 30 de agosto. Acesse a página do encontro, faça a sua inscrições e leia todos os detalhes sobre o envio de trabalhos.
Mais do que um educador, pedagogo e filósofo, Freire foi um grande humanista, que lançou mão de uma metodologia dialógica para fomentar a emancipação política, social e cultural, valorizando saberes e experiências dos sujeitos. Segundo ele, para ensinar é preciso partir da realidade do aluno e do que ele conhece: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”, Paulo Freire.
Saúde coletiva e o aporte Freiriano
Para a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) Kátia Reis, que é uma das integrantes da Comissão organizadora da Primavera, mais do que uma figura acadêmica importante no campo da pedagogia, sobretudo da educação popular, Paulo Freire é um ícone histórico da educação brasileira e internacional. “Para muito além disso, Freire foi um grande ativista social e político. Seu método de alfabetização supunha, antes de tudo, uma alfabetização política, fazendo dele um grande personagem da historia do Brasil”, lembrou ela, detalhando ainda que o evento, “é uma oportunidade de trazer para nós essa discussão. A ideia de comemorar as 100 primaveras de Paulo Freire na Fiocruz é dar visibilidade aos estudos da área da saúde coletiva que utilizam aporte Freiriano. Esse é o nosso foco!”.
Teoria, cultura e arte em experiências dialogadas
Assim como a trajetória de Paulo Freire, a programação do encontro tratará de conceitos, teorias e aportes da educação, mas transitará também pelas práticas, vivências, artes e outras expressões. Kátia ressaltou que o evento aceitará trabalhos de cunho acadêmico e também de caráter cultural, como por exemplo, cordéis, roteiros, produção de vídeos e outros. Todos os trabalhos selecionados serão apresentados no segundo dia do encontro, 23/9, na seção “Cirandas de diálogo”.
Chamada de trabalhos acadêmicos e artísticos
A Comissão Organizadora do evento convida toda a comunidade Fiocruz, bem como universidades e movimentos sociais de todo o Brasil para o envio de trabalhos acadêmicos e artísticos, que serão apresentados durante o encontro online. Serão avaliados trabalhos que, de preferência, estejam relacionados aos os seguintes temas: Educação popular em saúde; Experiências educacionais na perspectiva freiriana; e Ciência e cultura.
Serão aceitas submissões de estudantes (individual ou em parceria), grupos de pesquisa e docentes; assim como de membros de comunidades e movimentos sociais que tiveram ou têm vivências a compartilhar a partir do contato ou aplicação da obra de Paulo Freire.
O evento será realizado no âmbito da Coordenação-Geral de Educação, ligada à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (CGE/Vpeic) e sua organização está a cargo de um Grupo de Trabalho composto de representantes de diferentes unidades da Fiocruz.
* matéria publicada em 5 de agosto e atualizada em 23 de agosto com prorrogação do prazo de envio de trabalhos
*imagem: reprodução web
A Coordenação-Geral de Educação, ligada à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (CGE/Vpeic) informa que estão suspensas, por tempo indeterminado, as chamadas referentes à mobilidade acadêmica internacional (PrInt Fiocruz-Capes), como doutorado sanduiche, professor visitante sênior e júnior no exterior, do ano de 2021.
A suspensão se dá em virtude do Ofício nº27/2021-DRI/CAPES que altera o Cronograma de Renovação das Propostas Aprovadas no âmbito do Programa Capes/PrInt. De acordo com a orientação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a reabertura das Chamadas dependerá da renovação do projeto e da posterior liberação do calendário de implementação de bolsas, cujo prazo previsto é o primeiro semestre de 2022 (Ofício nº27/2021-DRI/CAPES).
A Vpeic ressalta que a suspensão não se aplica no caso das bolsas implementadas em 2020, com viagens previstas até dezembro de 2021. Estes bolsistas devem manter o contato com seus técnicos da Capes para viabilizarem suas viagens ao exterior. A coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, ressaltou que "estamos diante de uma situação alheia à nossa vontade e agradecemos a compreensão de todos diante desse cenário desafiador".
Novas comunicações serão feita na medida em que a CGE/Vpeic tiver atualizações da Capes.
Confira as chamadas suspensas:
Chamada 04/2021 – Seleção de Professor(a) Visitante no Exterior Júnior/Sênior:
Chamada 03/2021 – Seleção de Bolsas de Doutorado Sanduíche no Exterior: