Foi prorrogado, até 18 de março, o prazo para submissão de resumos da 13º edição do Ciclo Carlos Chagas de Palestras (CCCP) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Interessados devem acessar as informações no Campus Virtual Fiocruz. Já as inscrições para o evento podem ser realizadas até o dia 10 de abril, também pela plataforma.
Sob a temática ‘100+16 anos da descoberta da doença de Chagas: o tempo não para’, a edição de 2025 abordará os dois anos de notificação da doença de Chagas crônica no Brasil, questionando o que já se sabe e o que ainda é preciso avançar.
O evento ocorrerá nos dias 10 e 11 de abril, com atividades presenciais e virtuais.
A programação do primeiro dia (10) será no formato virtual, com transmissão ao vivo pelo Canal IOC no YouTube.
Já no dia 11, as atividades acontecerão no auditório Emmanuel Dias – Pav. Arthur Neiva (campus da Fiocruz, em Manguinhos/RJ), incluindo as apresentações de trabalhos e a tradicional atividade associada ao Centro de Estudos do IOC.
Durante os dois dias de programação, palestras e discussões com a comunidade científica serão realizadas, sempre buscando trazer o que há de mais inovador para o combate ao agravo e a melhoria de saúde da população. Todo o evento é integrado ao Jubileu Secular de Prata dos 125 anos do IOC.
O Ciclo Carlos Chagas de Palestras é organizado pelos pesquisadores André Roque, do Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos; e Rubem Menna-Barreto, do Laboratório de Biologia Celular, ambos do Instituto.
Para mais informações, clique aqui.
Nesta sexta-feira, 14 de março, a Fiocruz Bahia traz para debate o tema "Desafios da Ciência na Atualidade", ministrada pelo pesquisador da Fiocruz Bahia e presidente da Academia de Ciências da Bahia, Manoel Barral-Netto. A palestra, gratuita, acontece no auditório Sonia Andrade, na Fiocruz Bahia, e será transmitido pelo YouTube, a partir das 9h.
Participe!
A aula de abertura dos cursos de Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde e da Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência, oferecidos pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), tratará de um tema de crescente importância: a divulgação científica e o meio ambiente. O evento será realizado presencialmente na Tenda da Ciência Virginia Schall, no campus da Fiocruz em Manguinhos, no dia 17 de março, a partir das 9h. Aberto ao público, não é necessário se inscrever previamente para participar. Haverá intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras).
“A ideia da mesa-redonda é abordar o tema pela pesquisa e pela prática da divulgação cientifica, passando pela necessidade de fomentar o diálogo e a participação popular e discutir, ainda, a injustiça climática”, pontua Luís Amorim, pesquisador do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica e um dos organizadores do evento.
Pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Simone Evangelista; representante da Comunidade Caiçara de Ubatumirim, Ana Carolina Santana Barbosa; e um ex-aluno da Especialização e ativista na área socioambiental na Baixada Fluminense, Cayo Matheus de Amorim Scot, que acaba de lançar uma cartilha sobre saneamento básico, participarão da mesa-redonda.
Confira a programação:
Divulgação científica e meio ambiente: diálogos entre pesquisa e prática
9h | Café da manhã
9h30 | Mesa de abertura
Magali Romero Sá, vice-diretora de Pesquisa e Educação da Casa de Oswaldo Cruz
Ana Carolina de Souza Gonzalez, chefe do Museu da Vida Fiocruz
Marina Ramalho, coordenadora do Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde
Marcus Soares, coordenador da Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência
10h | Mesa-redonda
Divulgação científica e meio ambiente
Entre a divulgação científica e o mercado: dilemas éticos de influenciadores e a maquiagem verde: Simone Evangelista, professora adjunta do departamento de Teoria de Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Informação e diálogo fortalecendo o movimento social por territórios sustentáveis e saudáveis: Ana Carolina Santana Barbosa, representante da Comunidade Caiçara de Ubatumirim (Ubatuba-SP) e integrante do Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra, Paraty e Ubatuba
Divulgação científica partindo d’O Básico: Cayo Matheus de Amorim Scot, especialista em Divulgação e Popularização da Ciência pela Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, mestrando em Sustentabilidade pela Universidade de São Paulo, educador e comunicador socioambiental
Coordenação: Luís Amorim, pesquisador do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica do Museu da Vida Fiocruz
12h | Encerramento
Serviço
Divulgação científica e meio ambiente
Evento gratuito, presencial, aberto ao público em geral, sem necessidade de inscrição prévia e contará com intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras)
Local: Tenda da Ciência Virginia Schall, Campus Fiocruz Manguinhos
Horário: 9h às 12h
Organização: Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde, Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência e Núcleo de Estudos da Divulgação Científica e NEDC
Na segunda-feira, dia 17 de março, às 10h, você está convidado para a abertura do ano letivo 2025 da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venância (EPSJV/Fiocruz)! Para falar sobre “A escala 6x1 e as lutas pela redução da jornada de trabalho”, vamos receber o vereador do Rio de Janeiro, Rick Azevedo (Psol-RJ).
Rick Azevedo é criador do Movimento Vida Além do Trabalho e autor de uma petição pública online, com o objetivo de acabar com a escala 6x1.
Vai ser uma ótima oportunidade para alunos e trabalhadores ficarem ainda mais por dentro deste tema, que tem mobilizado discussões políticas e até mesmo as mídias sociais.
Quando? Segunda-feira, 17/3, às 10h
Onde? Na Tenda da Poli
Assista ao vivo no canal da Poli no Youtube!
A sessão do Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desta sexta-feira, 14 de março, abordará o tema 'Dignidade menstrual e o jogo Ciclo do Poder: pré-lançamento público pelo Dia Internacional da Mulher', com as pesquisadoras Rafaela Bruno (Laboratório de Biologia Molecular de Insetos do IOC), Renata Maia (Laboratório de Biologia Molecular de Insetos do IOC), Tânia Zaverucha do Valle (Laboratório de Protozoologia do IOC) e Carolina Nascimento Spiegel (Laboratório da Ciência e Educação Lúdica da Universidade Federal Fluminense – UFF).
Na ocasião, Klena Sarges Marruaz da Silva, pesquisadora em saúde pública e assessora da Vice-Diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (VDPDTI/IOC) para Divulgação Científica, atuará como mediadora.
A atividade será transmitida pelo Canal IOC no Youtube a partir das 10h. No horário previsto, acompanhe por aqui:
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz):
O Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher (PPGSCM) e o Mestrado Profissional em Saúde da Criança e da Mulher (MPSCM), convidam a todos para o evento: As Redes de Atenção à Saúde e o lugar estratégico da Rede Alyne para a saúde das mulheres e crianças, com a convidada Aline Costa, Diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência da SAES/Ministério da Saúde.
Data: 13 de março de 2025
Horário: 13h
Local: Colégio Brasileiro de Altos Estudos – UFRJ (Salão Nobre)
Endereço: Av. Rui Barbosa, 762, Flamengo
No dia 17 de março, das 9h às 12h, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) vai realizar a aula inaugural do seu ano acadêmico com o tema "A importância da inovação e das parcerias internacionais na área da saúde". O palestrante será o vice-reitor da Universidade de Coimbra, Nuno Mendonça.
O evento acontece no Auditório do Contêiner de Farmanguinhos, localizado na rua Sizenando Nabuco, 100, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, e será transmitido pelo canal de Farmanguinhos no Youtube.
Acompanhe ao vivo:
O Programa de Pós-Graduação em Vigilância Sanitária (PPGVS) do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) terá sua aula inaugural nesta quarta-feira, 12 de março, às 14h, no auditório Sérgio Arouca do instituto. O tema é 'A importância dos laboratórios de referência da Fiocruz na vigilância epidemiológica'. A aula será ministrada por Tânia Maria Peixoto Fonseca, coordenadora de Vigilância e Laboratórios de Referência da Fiocruz.
O evento é aberto ao público geral, gratuito e não requer inscrição prévia. Haverá tradução com intérprete de libras.
Sobre a palestrante:
Médica, com formação em Clínica Médica e Saúde Pública, Mestrado em Pesquisa Clínica e Doutorado em Ciências da Saúde, com longa experiência no campo de planejamento e gestão de sistemas e serviços de saúde e vigilância em saúde. Possui atuação na gestão municipal e estadual na Coordenação de Programas de Saúde (Doenças Transmissíveis e Agravos crônicos e seus fatores de risco) e Avaliação e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Tem interesse também no papel dos órgãos do Sistema de Justiça na saúde em especial o Ministério Público. Atualmente está na Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz.
Nesta quarta-feira, 12 de março, às 14h, o Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) discutirá o tema ‘Projeto Orion e o futuro da CT&I no Brasil’. A sessão receberá como palestrante o diretor geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e coordenador do projeto Orion, Antonio José Roque da Silva.
Com pedra fundamental lançada em julho de 2024, o Orion prevê a construção de um complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. O projeto inclui o primeiro laboratório da América Latina com nível máximo contenção biológica (nível de biossegurança 4, chamado de NB4), que será o primeiro do mundo conectado a um acelerador de partículas.
O evento, que integra as comemorações pelos 125 anos do IOC, será transmitido pelo canal do IOC no Youtube. A atividade contará com seis debatedores. São eles:
O Núcleo de Estudos é uma iniciativa da diretoria do IOC, que visa promover debates acadêmicos sobre temas interdisciplinares no campo da ciência, da política e da filosofia, envolvendo a comunidade científica intra e extramuros. A atividade é coordenada pelo pesquisador emérito da Fiocruz, Renato Cordeiro.
Edição:
Vinicius Ferreira
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
Em sua despedida, Nísia Trindade falou sobre seus 25 meses à frente do Ministério da Saúde, após anos de destruição. Enalteceu o trabalho conjunto e a participação social. E criticou aqueles que a atacaram sistematicamente. O discurso foi feito durante cerimônia de posse do novo ministro da saúde, Alexandre Padilha, no dia 10 de março. Confira na íntegra:
"As tarefas de reconstrução do SUS e de desenvolver políticas inclusivas são inadiáveis. Trata-se de um projeto para o Brasil, seu presente e seu futuro, um país desafiado por crises ambientais, conflitos armados no plano mundial e ameaças à democracia.
O mundo olha para o Brasil em busca de soluções e a saúde faz parte dessas respostas, como ficou evidente nas resoluções do G-20. Presidente Lula, como é de seu conhecimento, encontrei o Ministério da Saúde desmontado e desacreditado.
Ele perdeu a sua autoridade de coordenar o SUS após a terrível experiência das 700 mil mortes por covid-19 no governo passado. Durante o nosso trabalho de reconstrução, encontramos mais de 4.500 unidades básicas de saúde instaladas que aguardavam credenciamento havia quatro anos, mais de 4 mil obras paralisadas, inúmeros leitos de UTI não cadastrados, a Rede de Atenção Psicossocial, diante de uma saúde mental tão fragilizada, também desmontada. O Farmácia Popular com risco de paralisação, a crise por desassistência do povo Yanomami, entre tantas outras situações alarmantes. Enfrentamos esse grave quadro, contando com ampliação dos recursos financeiros para o Ministério da Saúde após a chamada Emenda Constitucional da Transição.
Não apenas o piso constitucional da saúde foi restabelecido, como houve aumento significativo dos recursos federais alocados. A tarefa de reconstrução envolveu avanços na retomada e ampliação de programas de grande impacto social, como o Mais Médicos, que dobrou o número de profissionais, o Farmácia Popular, agora com 100% da lista de 41 medicamentos e fraldas geriátricas de graça, a Estratégia da Saúde da Família fortalecida, o SAMU com a frota renovada e em breve em todo o país. Saúde mental, saúde indígena e Brasil Sorridente devidamente valorizados. Merecem destaque, a meu ver, as inovações do Complexo Econômico e Industrial da Saúde, a missão 2 da Nova Indústria Brasil, ministro [do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo] Alckmin, que impulsionam os serviços prestados à população, ao mesmo tempo em que são cruciais para a autonomia do país nas áreas de produção de vacinas, medicamentos, equipamentos e de soluções de tecnologias de informação, integração de dados e telessaúde.
É preciso destacar a recuperação da cobertura vacinal após os anos de negacionismo. O Brasil saiu da vergonhosa lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas no mundo. Em 2021, ocupava o sétimo lugar. Nesse período, também foi possível recuperar o certificado de país livre do sarampo, perdido em 2019. Ou seja, são nossas crianças, é nossa sociedade protegida de doenças evitáveis, preveníveis com a vacinação. E essa luta precisa continuar.
Gostaria de destacar também o retorno à normalidade da Comissão Intergestores Tripartite, que reúne representantes do Governo Federal de estados e municípios. Retomamos a prática das decisões com base em consensos, a cooperação e a corresponsabilização como método e como resultado.
Da mesma forma, vimos de perto a situação dos municípios brasileiros e atuamos para, de forma colaborativa, atender às suas necessidades de saúde. Em 2024, enfrentamos a maior epidemia de dengue da história. A dengue tornou-se um problema de saúde global, dado o aumento da temperatura, como sabemos, decorrente da mudança climática. Em um país onde convivemos com epidemias dessa doença há 40 anos, lidamos com um cenário diferente, mas sabemos que as respostas não cabem apenas ao setor saúde.
[Demandam] ações de saneamento ambientais, de mobilização de prefeituras e da sociedade, e também a utilização em escala nacional de tecnologias cientificamente comprovadas e ambientalmente sustentáveis, como vínhamos fazendo até então.
O Ministério da Saúde não se furtou a realizar nenhuma ação em apoio a estados e municípios. Na última terça-feira, dia 25, assinei ao lado o presidente Lula, a portaria que estabelece parceria entre o governo federal e o Instituto Butantan para a primeira vacina 100% nacional destinada à proteção frente a dengue.
Desafios históricos em quase 40 anos de criação do SUS foram enfrentados em ações efetivas em benefício da nossa população, a exemplo do programa de reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro.
Em todas as ações, os princípios da universalidade e integralidade do SUS estiveram presentes, e o de equidade, com a busca da reparação de injustiças históricas no nosso país — o que me levou a intensificar ações de saúde dirigidas a grupos sociais em situação de vulnerabilidade, povos indígenas, população negra, populações quilombolas e ribeirinhas, grupos com demandas específicas, como a população LGBTQIA+, mulheres, vítimas que somos também de injustiças históricas, pessoas com deficiências, população dos territórios de favelas e periferias, ao lado do combate intenso ao racismo estrutural, infelizmente, ainda presente na nossa sociedade.
Presidente Lula, obrigada por toda a sua atuação como líder do nosso país, e meu muito obrigada pela oportunidade de realizar um trabalho em que acredito. Reconstruímos no Ministério da Saúde — falo no plural porque foi um trabalho de equipe, ao lado também de todo o ministério que compõe o seu governo, por isso uso o plural agora –, reconstruímos programas que foram marcas fortes nas suas gestões anteriores e nas da presidenta Dilma.
Além disso, inovamos. Pela primeira vez na história do SUS foi aprovada a política para atenção de média e alta complexidade. Desde o início do governo, em 2023, realizamos o programa de redução de filas de cirurgia. No ano passado o Ministério da Saúde registrou o maior número de procedimentos cirúrgicos realizados na história do SUS, 14 milhões de procedimentos.
Apoiamos a reestruturação do setor filantrópico, responsável por 70% das internações hospitalares no país. Ao lado do MEC [Ministério da Educação], fortalecemos os hospitais universitários e a Ebserh [Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares]. Mantivemos colaboração virtuosa com o setor privado, tanto na área da produção industrial como na área assistencial.
Essas experiências foram básicas para a iniciativa do programa Mais Acesso a Especialistas, uma prioridade sempre lembrada pelo senhor. Uma necessidade também muito identificada pela população e pelo campo da saúde coletiva, do qual faço parte, e agravada pelo impacto da pandemia de covid-19.
O programa visa a integração entre consultas e exames, visa às pessoas, evitando atrasos de diagnósticos e tratamento. Em poucas palavras, trata-se de menos tempo e mais qualidade. Esse conjunto de ações tem por princípio a organização em rede, marca do SUS. Somente por esse motivo e por esse caminho acredito ser possível aprimorar o sistema e garantir a saúde como direito, tal como estabelece nossa Constituição.
Creio que seja esse o legado que deixo: reconstruir o SUS e a capacidade de gestão do Ministério da Saúde. O SUS tornou-se, na percepção pública, uma grande marca durante a pandemia de covid-19. Tenho orgulho de afirmar que fui ministra do SUS. Um trabalho de tamanha envergadura só poderia ser realizado com sua liderança, presidente Lula, e o apoio do conjunto de seu gabinete ministerial e da sociedade organizada.
Não faltaram também diálogo e colaboração com o poder legislativo aqui representado pelos dois presidentes das Casas, com o poder judiciário, com a comunidade científica, com os gestores e trabalhadores do SUS, com os artistas e a imprensa, tão importantes em nossas campanhas e na divulgação junto à sociedade, com o setor privado e com os movimentos sociais a que faço uma referência especial.
Muito obrigada pelo trabalho conjunto. O Conselho Nacional de Saúde, Fernanda [Magano, presidenta do CNS], retomou seu histórico protagonismo no SUS. Lembro com muita emoção, ainda que não pude estar presente porque estava apoiando todas as ações do Governo Federal no Rio Grande do Sul, mas em 2024, liderei junto à Assembleia Mundial de Saúde a proposta de resolução que estabelece a participação social como necessidade e premissa de todos os sistemas de saúde do mundo.
Socióloga com muito orgulho e sanitarista também com muito orgulho, fui a primeira mulher a ocupar a presidência da Fiocruz e o cargo de ministra da Saúde do Brasil. O fiz com o apoio de uma equipe fantástica.
Aproveito este momento para, em nome do secretário Berger [Swedenberger do Nascimento Barbosa, secretário-executivo da gestão de Nísia] e da secretária [de Informação e Saúde Digital do Brasil] Ana Estela Haddad, agradecer a todas e todos que caminharam ao meu lado. Muito, muito obrigada.
Ainda que o sentimento predominante em mim seja a satisfação por ter feito parte da equipe do presidente Lula e ter servido ao meu país, não posso esquecer que durante os 25 meses em que fui ministra, ocorreu uma campanha sistemática e misógina de desvalorização do meu trabalho, da minha capacidade e da minha idoneidade. Não é possível e não aceito, acho que não devemos aceitar como natural o comportamento político dessa natureza.
Podemos e devemos construir uma nova política baseada efetivamente no respeito e destaco o respeito a nós mulheres e no diálogo em torno de propostas para melhorar a vida de nossa população.
Ministro Alexandre Padilha, neste momento lhe desejo sucesso na nova missão e lhe agradeço pela parceria neste tempo em que estive no governo. E ainda quero também desejar sucesso a todo o governo, isso é muito importante, com vistas à efetivação do programa eleito pela maioria da sociedade brasileira e pela construção da democracia em nosso país.
Como falei aos trabalhadores do Ministério da Saúde, temos que ter maturidade política e compreensão do que o país demanda de nós. No meu caso, é hora de seguir em frente atuando em outros espaços, seguindo comprometida com a defesa do projeto de um país mais justo e soberano. No meu ponto de vista, é isso que se faz necessário e é o que eu coloco para mim neste momento.
É este o caminho para efetivamente incluirmos o Brasil que falta.
Muito obrigada."