O primeiro curso trilíngue do Campus Virtual Fiocruz Atenção à Saúde em Fonoaudiologia: uma abordagem sobre alterações sensório motoras orais no campo da neonatologia agora integra também a The Global Health Network (TGHN). Interessados no tema podem cursar a formação de 40h por meio da plataforma Global Health Training Centre em português, inglês e espanhol. A iniciativa acontece no âmbito do acordo de cooperação entre a Fiocruz e a TGHN. Essa é a segunda formação do Campus Virtual Fiocruz que figura na plataforma e a primeira em três idiomas.
O espaço colaborativo e de acesso aberto da Fiocruz na plataforma TGHN visa fortalecer redes e melhorar as capacidades de pesquisa em saúde pública regional e globalmente, propiciando um potente ambiente virtual no qual profissionais, estudantes e pesquisadores podem compartilhar experiências, conhecimentos, recursos e ferramentas de pesquisa.
O curso busca desenvolver capacidades de modo a contribuir com a compreensão dos alunos quanto aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos por meio da avaliação estrutural e funcional da dinâmica da alimentação, tanto de forma natural (no peito materno) como de forma alternativa (no copinho, mamadeira) em recém-nascidos e lactentes com alterações no desenvolvimento sensório-motor oral, visando à qualidade da assistência prestada e a promoção do olhar ampliado sobre o tema, atuando de forma precoce e preventiva.
Ele foi elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), no âmbito do Programa Fiocruz de Fomento à Inovação (Inova Fiocruz), na modalidade “Geração de Conhecimento - Novos Talentos” (2019); e está sob a coordenação da fonoaudióloga Mariangela Bartha, que tem cerca de 35 anos de experiência na área é responsável pela iniciativa.
Os módulos do curso foram distribuídos por temas com a participação e discussão da equipe multiprofissional, retratando o trabalho interdisciplinar realizado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal, visando promover a assistência e incentivo ao uso do leite humano para o recém-nascido e lactente, com condições complexas de saúde, que apresentam disfagia.
A formação está estruturada em 8 módulos sequenciais, com 5 horas cada, totalizando 40h.
Mariangela Bartha lembrou seus anos de experiência e destacou que o curso será um legado: “Gostaria de deixar uma formação para os profissionais da saúde pública a respeito da disfagia'', afirmou ela.
The Global Health Network
The Global Health Network e sua comunidade de profissionais de saúde e pesquisadores trabalham para encontrar maneiras melhores e inovadoras de obter resultados e recomendações de suas pesquisas implementadas em novas práticas e políticas. Para tanto, reúne diversos parceiros em áreas de doenças, como desnutrição, saúde materna, infecção por zika, entre outros, buscando encontrar recursos e ferramentas que podem ser desenvolvidos e compartilhados para ajudar equipes de pesquisa.
Cerca de 400 mil alunos de diferentes países na África, Europa e nas Américas concluíram dois milhões de módulos desde o lançamento da Global Health Training Centre, em 2011. Lançado em dezembro de 2020, o primeiro curso da Fiocruz adaptado e traduzido, Transmissão, vigilância, controle e prevenção da Febre Amarela, ultrapassou a marca de 1500 acessos. Portanto, a TGHN também é ensino, treinamento e desenvolvimento de carreira para equipes de pesquisa e profissionais de saúde, disponibilizando cursos online, recursos de ensino e um grande número de kits de ferramentas e materiais de aprendizagem.
A iniciativa de fortalecimento da presença da Fiocruz nessa plataforma de ensino remoto faz parte de um projeto mais amplo, coordenado pelo Hub da Fiocruz. A previsão é que, ainda em 2021, outros quatro cursos sejam adaptados, traduzidos e disponibilizados na Plataforma, reforçando o papel da Fiocruz como uma instituição de pesquisa na área da saúde pública com vocação para cooperar e compartilhar seu conhecimento com pesquisadores de todo o mundo.
Nela, você pode se beneficiar da expertise da Fiocruz em educação para acessar cursos online que já qualificaram quase dois milhão de profissionais de saúde brasileiros. A plataforma também disponibiliza publicações com os resultados das pesquisas mais recentes, além de informações e novidades sobre a Fiocruz.
A partir desta segunda-feira, 14 de junho, candidatos podem concorrem a vagas no mestrado profissional do Programa de Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores (PPG-VCV), ofertado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). As inscrições devem ser feitas até 24 de junho e a formação é oferecida nas seguintes áreas de concentração: “Vigilância de Vetores” e “Controle ou Manejo Integrado de Vetores”. Ao todo, são oferecidas 25 vagas. Leia os detalhes do edital e inscreva-se.
O público-alvo da seleção são profissionais graduados (nível superior), especialmente os profissionais do serviço público de saúde (federal, estadual ou municipal). O mestrado profissional do PPG-VCV tem duração prevista de 24 meses e carga horária de 400h, referente a nove disciplinas obrigatórias.
O PPG-VCV tem como principal objetivo a formação de profissionais qualificados para o exercício das atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico nas áreas de Vigilância de Vetores e Controle ou Manejo Integrado de Vetores.
Vale destacar que todas as etapas da seleção serão realizadas de maneira remota. Portanto, o candidato é responsável por providenciar o meio de comunicação para a realização e acompanhamento do processo, como a prova de conhecimentos gerais (eliminatória e classificatória) e a entrevista (classificatória).
Dúvidas poderão ser encaminhadas para o endereço de e-mail posgvcv@ioc.fiocruz.br
* imagem: vídeo do PPG-VCV/IOC/Fiocruz no Youtube
Nesta quarta-feira, 9 de junho, é comemorado o Dia Nacional da Imunização. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem um dos maiores programas públicos de vacinação de todo o mundo, responsável pela erradicação de doenças de grande impacto para a população e a saúde pública, como a varíola e a poliomielite. Neste ano, com a vacinação contra a Covid-19, o país reforça a força e expertise do SUS em realizar grandes campanhas. Já são mais de 105 milhões de doses distribuídas no país. Em meio à maior crise sanitária do século, o Campus Virtual Fiocruz desenvolveu e publicou o curso, online, gratuito e autoinstrucional, Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos. A formação segue com inscrições abertas e já conta com cerca de 35 mil participantes. Faça parte você também dessa rede de formação!
O curso é composto de 19 aulas, distribuídas em 5 módulos, com 50h de carga horária. Além das aulas, o aluno terá acesso à bibliografia utilizada no curso, materiais complementares e a um conjunto de perguntas e respostas frequentes (FAQ).
Sgundo dados do MonitoraCovid19, da Fiocruz, até o início do mês de junho, mais de 50 milhões de pessoas receberam a vacina e quase 23 milhões já tomaram a segunda dose. Também neste mês, a Fiocruz alcançou a marca de 50,9 milhões de vacinas entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), com a liberação de mais 3,3 milhões de doses do imunizante. O total abrange as 46,9 milhões de doses produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e as 4 milhões de vacinas importadas prontas do Instituto Serum, da Índia.
O curso foi desenvolvido em parceria com o Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon/UFMG) e contou com o apoio do Programa Nacional de Imunização do Ministério da saúde (PNI).
Ao final da formação, espera-se que o participante seja capaz de contextualizar a importância das vacinas; conheça a cadeia de desenvolvimento, produção e distribuição e seus conceitos básicos; entenda as necessidades específicas de cadeia de frio para transporte, armazenamento e conservação; tenha conhecimento das especificidades da organização e dos procedimentos da sala de vacinação para Covid-19; e ainda possa orientar a implantação de uma sala de vacina para Covid-19 no contexto dos povos indígenas, população privada de liberdade, residentes em Instituições de Longa Permanência e população de rua.
Conheça a estrutura do curso e inscreva-se!
Módulo 1 - Introdução às vacinas: conceitos, desafios e desenvolvimento
Módulo 2- Vacinas Covid‑19: produção, transporte, conservação e armazenamento
Módulo 3 - Sala de Vacina Covid‑19: organização e procedimentos
Módulo 4 - Sala de Vacina Covid‑19: organização e procedimentos para populações vulnerabilizadas
Módulo 5 - Vacinas e vigilância
*com informações do Ministério da Saúde
Estão abertas as inscrições para o curso de especialização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, ofertado pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). Ao todos, estão disponíveis 25 vagas, sendo 20 de ampla concorrência e 5 para ações afirmativas. As inscrição vão até 1° de julho, às 16h.
Confira os detalhes da chamada e inscreva-se!
Com a especialização, espera-se que o aluno possa identificar necessidades territoriais, planejar, organizar e executar ações terapêuticas e projetos de atenção psicossocial a partir dos paradigmas propostos pelo SUS e a Reforma Psiquiátrica.
O curso está sob a coordenação de Ana Paula Guljor e coordenação adjunta de Paulo Amarante e Leandra da Cruz, e é destinado a profissionais graduados que atuem direta, indiretamente ou que tenham interesse no campo da saúde, saúde mental e atenção psicossocial.
As inovações no campo da Saúde Mental trazem novas exigências para o profissional referentes ao cuidado dos usuários, aos serviços e à organização dos mesmos. Nesse sentido, é indispensável uma formação que traga um mínimo de recorte do campo da Saúde Pública/Saúde Coletiva, que possa formar profissionais dessa área, bem como uma formação teórica, prática e ética mais consistente e articulada no campo da Saúde Mental.
Dentro dessa perspectiva, a especialização visa proporcionar informações ao aluno que o possibilite a efetuar uma análise histórica e crítica da constituição dos saberes e práticas psiquiátricas; oferecer elementos para que possa analisar e contextualizar a Saúde Mental e a Saúde Coletiva no Brasil; possibilitar que o participante possa operar com os diferentes conceitos na reflexão e na análise de distintas instituições no contexto atual da sociedade brasileira; além de proporcionar ao aluno informações e elementos para que possa analisar e refletir a Saúde Mental; identificar necessidades territoriais, planejar, organizar e executar ações e projetos de Saúde Mental no âmbito da Saúde Coletiva; e identificar necessidades dos usuários, planejar, organizar e executar ações terapêuticas e projetos de reabilitação e ressocialização, sempre a partir dos paradigmas propostos pela Reforma Psiquiátrica.
A formação não utiliza-se apenas de aulas expositivas, mas também de discussões, seminários, debates sobre filmes e vídeos da área da saúde mental, entre outros que trazem para o campo importantes contribuições. O curso procura ainda oferecer um espaço mais dinâmico de trocas de experiências que favoreçam e estimulem um pensar crítico no âmbito da Saúde Pública e, sobretudo, da Saúde Mental.
Acesse aqui o edital do curso de especialização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial.
Imagem: Freepik
Lançados os editais dos processos seletivos para os Programas de Pós-graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher e Saúde da Criança e da Mulher para os cursos de mestrado e doutorado 2021, ambos oferecidos pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). As inscrições terão início em 14 de junho e vão até o dia 20 do mesmo mês. Acesse os editais e conheça as normas e detalhes de participação na seleção.
Programa de Pós-graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher
Ao todo, estão sendo oferecidas 39 vagas, sendo 18 para o mestrado e 21 para o doutorado.
O público-alvo do programa são profissionais de nível superior interessados em realizar pesquisas na área de Medicina, nas seguintes linhas: saúde perinatal; genética médica aplicada à saúde da criança e adolescente; aspectos ambientais, epidemiológicos, clínicos na promoção da saúde e prevenção da morbimortalidade da criança e do adolescente; fisiopatologia de doenças de crianças em maior risco; e pesquisa clínica aplicada à saúde da mulher. O Programa de Pós-graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher é avaliado com nota quatro pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Dúvidas podem ser sanadas por meio do e-mail: processoseletivopgpascm@iff.fiocruz.br.
Pós-graduação em Saúde da Criança e da Mulher
Ao todo, estão sendo oferecidas 33 vagas, sendo 18 para o mestrado e 15 para o doutorado.
O público-alvo do programa são profissionais de nível superior interessados em realizar pesquisas na área de Saúde Coletiva, nas seguintes linhas: Situações de saúde marcadas pela cronicidade e deficiências; Saúde materna e perinatal; Gênero, sexualidade, reprodução e saúde; e Violência e Saúde. O Programa de Pós-graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher é avaliado com nota cinco pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Dúvidas podem ser sanadas por meio do e-mail: processoseletivopgscm@iff.fiocruz.br.
Saiba mais em www.iff.fiocruz.br > Cursos e Processos Seletivos
Extraordinariamente, por conta da pandemia de Covid-19, todas as etapas previstas em ambas as chamada serão realizadas remotamente, por meio de e-mail e de acesso à plataforma Zoom, não havendo cobrança de taxa de inscrição para este processo seletivo.
A previsão é que as aulas do mestrado e doutorado tenham início em agosto de 2021, de forma remota, enquanto durarem as precauções relativas à convivência devido à pandemia de coronavírus. Posteriormente, serão disponibilizadas informações sobre atividades presenciais do curso, respeitando todas as normas sanitárias vigentes.
Imagem: Freepik
A partir desta segunda-feira, 31 de maio, estão abertas as inscrições para o Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva (PPGBIOS) - realizado em associação ampla entre a Fiocruz, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e a Universidade Federal Fluminense (UFF) - para os cursos de mestrado e doutorado. Ao todo, são oferecidas 54 vagas, sendo 27 destinadas ao doutorado e 27 ao mestrado. As inscrições poderão realizadas até 1° de julho de 2021. Inscreva-se já!
Acesse os editais em:
O PPGBIOS teve início em 2010, como o terceiro programa de pós-graduação em bioética a se constituir no Brasil, o segundo com doutorado, tendo como objetivo o desenvolvimento do campo, que inclui a formação de professores/pesquisadores, a pesquisa científica e a inserção social e profissional dos seus egressos.
De acordo com o pesquisador Pablo Dias Fortes, professor e coordenador do PPGBIOS, o programa reúne um conjunto de atividades e disciplinas marcados pela pluralidade de abordagens teóricas e perspectivas metodológicas, além de acolher diversas preocupações morais que se inscrevem nos mais diferentes âmbitos de produção da vida, desde questões relativas ao cuidado individual e à justiça social até problemas ligados às políticas e intervenções ambientais. "Trata-se, portanto, de um programa ideal para aqueles que desejam desenvolver competências específicas para um exercício crítico e reflexivo da ética bem como para a própria qualificação do debate público", afirmou o coordenador.
As inscrições devem ser feitas exclusivamente por meio do site oficial do programa. O início das aulas está previsto para outubro de 2021, nas duas modalidades. Dúvidas e outras informações podem ser sanadas por meio do endereço eletrônico: selecaoppgbios@gmail.com
*Com informações de Informe Ensp/Fiocruz / crédito imagem koo_mikko
A epidemiologia é parte do planejamento, da execução e da avaliação de políticas públicas de saúde, trazendo como foco as inovações científicas e tecnológicas que impactam cuidados, serviços e, em última instância, a saúde dos grupos humanos. Partindo desse princípio, a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco) vai realizar, em formato totalmente virtual, nos dias 18 e 19 de novembro (cursos pré-congresso) e de 22 a 26 de novembro de 2021 (congresso), o 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia - Epidemiologia, Democracia & Saúde: Conhecimentos e Ações para equidade (EPI 2021). Inscreva-se já!
Segundo seus organizadores, participar deste evento constitui uma oportunidade ímpar para atualizar e rever as contribuições da área para os distintos temas que interessam a toda sociedade brasileira, considerando o seu desenvolvimento teórico, conceitual e metodológico diante do atual cenário epidemiológico nacional.
Os congressos brasileiros de epidemiologia têm contribuído de forma importante para o avanço científico nas últimas décadas, estimulando a troca de conhecimento e a discussão entre pesquisadores, gestores, profissionais, estudantes e outros atores do Sistema Único de Saúde com vistas à qualificação de pesquisas e de políticas públicas. Além disso, trata-se de um espaço formador de profissionais de saúde na área de vigilância, de pesquisadores e de educadores no campo.
A Comissão de Epidemiologia da Abrasco reconhece a complexa situação de saúde da população brasileira, que conjuga doenças emergentes, reemergentes, envelhecimento, violência e condições crônicas associadas a uma ampliada desigualdade social. Também compreende que a superação desses problemas passa pela produção, disseminação e aplicação de conhecimento científico qualificado. Para tanto, convida a todos para contribuir com o avanço da ciência, da epidemiologia e em busca de um país com melhor qualidade de vida, mais justo e equânime.
Confira a programação completa do Congresso
Confira a programação dos cursos e oficinas
Primeiro vencimento para inscrições com desconto termina em 30 de junho
A edição de maio da revista Radis traz como matéria de capa uma entrevista com a ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, que aponta erros de comunicação e planejamento que podem comprometer a credibilidade das vacinas no Brasil. Ela lamenta que o governo venha “abrindo mão da prerrogativa de coordenar o processo de vacinação com política única no país e delegando aos estados e municípios que cada um organize sua vacinação”.
A edição 224 também aborda temas como a grandiosidade e as desigualdades da Região Norte do país, parte desconhecida do Brasil, que só ilustra as páginas de jornais e programas de TV pelos conflitos e tragédias que lá acontecem; uma entrevista com o autor de um dos romances brasileiros mais comentados dos últimos tempos, "Torto Arado", Itamar Vieira Júnior; além de seções curtas sobre o aumento da fome no Brasil, embasado pelos dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no contexto da Pandemia da Covid-19; queimadas na Amazônia e problemas respiratórios; dicas de livros e outros.
Confira um pouco da entrevista de Carla Domiingues à Revista Radis de maio de 2021:
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) elencou, em setembro de 2020, grupos prioritários para receber doses da vacina contra a covid-19. Entre eles, idosos e pessoas com deficiência institucionalizados, povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, maiores de 60 anos, pessoas com comorbidades e com deficiência permanente. Diante da falta de comando nacional na imunização, porém, estados e municípios organizaram suas filas sem necessariamente respeitar a ordem do plano.
Em muitos lugares, jovens de determinadas categorias profissionais passaram à frente de idosos e pessoas com comorbidades, por exemplo. Caso do estado do Rio de Janeiro: em 3 de maio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski suspendeu mudança na ordem de
vacinação que privilegiava profissionais de segurança e da educação antes da imunização integral do grupo prioritário.
Até o fechamento desta edição, o Congresso ainda discutia projeto para incluir como prioridade categorias não previstas pelo PNI, como profissionais que trabalham em farmácias e oficiais de Justiça. O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados em 31 de março.
Epidemiologista e doutora em saúde pública, Carla Domingues, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (entre 2011 e 2019), lamenta que o governo venha “abrindo mão da prerrogativa de coordenar o processo de vacinação com política única no país e delegando para estados e municípios para que cada um organize sua vacinação”.
O PNI foi criado em 1973 com o objetivo de coordenar as ações de imunizações que se caracterizavam pela descontinuidade, pelo caráter episódico e pela reduzida área de cobertura. Ao longo dos anos, conseguiu eliminar a poliomielite (em 1994) e o sarampo (em 2016, certificado que o país perdeu em 2019) e controlar outras doenças imunopreveníveis como difteria, coqueluche e tétano acidental, hepatite B, meningites, formas graves da tuberculose e rubéola. Por isso foi considerado referência mundial pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Representado pelo personagem Zé Gotinha desde 1986, o programa registrou queda nas taxas de cobertura nos últimos anos. Em 2019, nenhuma das nove vacinas indicadas para bebês atingiu a meta prevista pelo governo — sete delas tiveram os piores índices de cobertura pelo menos desde 2013. Segundo dados oficiais do PNI tabulados pelo jornal O Estado de S.Paulo, em alguns casos, como os de tuberculose (BCG) e poliomielite, o percentual de crianças vacinadas em
2019 foi o menor em mais de 20 anos.
Em entrevista à Radis, por chamada de vídeo, em 28 de abril, Carla afirma que o país tem muito a perder com um PNI fraco: “Graças à vacinação no SUS, mudamos completamente o perfil epidemiológico e de vida da população brasileira, a ponto de termos um programa reconhecido mundialmente por levar vacina a todos os cidadãos independentemente de onde moram, sua condição de vida, sua remuneração”.
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), em parceria com o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI/SVS), do Ministério da Saúde, e o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas Brasil), promoverá, nos dias 28, 29 e 31 de maio, o I Simpósio de prevenção do HIV com o tema Vacinas e profilaxia pré-exposição. O ciclo de debates ocorrerá de forma virtual, com conteúdos diversificados, e contará com as participações de Valdiléa Veloso, diretora do INI, e Beatriz Grinsztejn, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids do INI.
A programação terá apresentações de especialistas convidados abordando vacinas, HIV e PrEP: no dia 28 serão abordadas as pesquisas de vacinas e outras profilaxias para prevenção do HIV; no dia 29 as pesquisas de vacinas e prevenção ao HIV: sociedade civil e envolvimento comunitário; e no dia 31 os desafios no desenvolvimento de estudos, regulação e acesso a vacinas e produtos de prevenção em contextos de saúde pública.
A palestra de Beatriz Grinsztejn está programada para o dia 28 de maio, com o tema Profilaxia Pré-Exposição: onde estamos e para onde vamos?. Já Valdiléa Veloso abrirá os três dias do ciclo de debates, acompanhada de Gerson Fernando M. Pereira, diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, além de mediar o painel do dia 31 de maio.
Confira a programação completa abaixo ou nas imagens ao lado. Para participar acesse www.tinyurl.com/seminarioprevencaoHIV.
Hoje, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) completa 121 anos de história e luta pela ciência e a saúde pública brasileira. Entre os seus pilares também está a educação em saúde, que se dá por meio da oferta de centenas de cursos de especialização, mestrado, doutorado, residência, cursos técnicos, além de cursos livres, de atualização e capacitação. Com a pandemia, a área do ensino superou obstáculos, se adaptou e trabalhou muito para a continuidade das ações educacionais. Como resposta à crise sanitária, diferentes unidades da Fiocruz desenvolveram mais de 20 cursos, online e gratuitos, sobre a temática da Covid-19 e alcançou cerca de 370 mil alunos em todo o país e até fora dele. O Campus Virtual Fiocruz desenvolveu sete deles. Tais iniciativas reafirmam o compromisso da Fundação com a qualificação de profissionais de saúde para o SUS e o papel da educação na redução das desigualdades.
+Acesse aqui cursos do Campus Virtual Fiocruz com inscrições abertas!
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, em vídeo da série "Fiocruz na pandemia", destacou que a área da educação é uma das mais transversais da instituição, pois em todas suas 20 unidades técnico-científicas e escritórios, nos 11 estados em que está presente, desenvolve atividades educacionais.
“Com as restrições das atividades presenciais impostas pela Covid-19, lançamos mão da educação remota emergencial e também desenvolvemos diversos cursos específicos para o enfrentamento da pandemia. Destaco o curso do CVF Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus, composto de três grandes módulos, e que alcançou cerca de 60 mil inscritos. O Campus Virtual é uma grande plataforma educacional que abarca informações de todos os cursos e programas instituição. A Fiocruz foi pioneira na educação a distância desde os anos de 1990 e essa experiência foi um diferencial neste momento de emergência sanitária”, detalhou Cristiani.
Fiocruz homenageia seus trabalhadores no aniversário de 121 anos
Na data em que comemora 121 anos de história, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) homenageia o conjunto de seus trabalhadores que não mediram esforços no combate à pandemia de covid-19, e reafirmaram o compromisso com a instituição, com a saúde pública e a ciência do país. No evento, marcado para 26 de maio, também serão lembradas as milhares de vítimas do novo coronavírus.
Confira aqui a programação completa
Cursos do CVF sobre a Covid-19 com inscrições abertas
Ao longo do último ano, o Campus Virtual Fiocruz elaborou e publicou sete cursos online e gratuitos específicos sobre a Covid-19, ratificando, de maneira urgente e responsável, seu compromisso com a qualificação de profissionais de saúde para o SUS e o Sistema de CT&I. Todos eles seguem com inscrições abertas. Em breve, novas formações sobre a Covid-19 serão lançadas! Conheça os cursos do Campus Virtual Fiocruz, inscreva-se e faça parte dessa rede de formação!
Além dos cursos, o CVF também disponibiliza inúmeros Recursos Educacionais Abertos (REA), cadastrados na Plataforma Educare, como aulas, cursos completos, animações em 3D, FAQs, vídeos, podcasts, apresentações, jogos e outros recursos, cujo objetivo também é, neste momento, apoiar o ensino remoto emergencial, tais como curso para docentes, uso de plataformas de vídeo conferência, disciplinas transversais e muito mais. Um destaque é o curso Caminhos e conexões no ensino remoto, voltado a docentes e profissionais da área de educação com o objetivo de compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial.