Uma parceria entre a Fiocruz e a Organização Mundial da Saúde (OMS), que começou a se desenhar em março deste ano, foi a um passo além na última sexta-feira (29/7). Se quatro meses atrás o diretor-geral assistente da Divisão de Inteligência e Sistemas de Vigilância de Emergências da Saúde da OMS, Chikwe Ihekweazu, trouxe a proposta de a Fiocruz participar do Hub de Inteligência Epidêmica e Pandêmica que a Organização está montando em Berlim, desta vez o diretor do Departamento de Informação de Emergência em Saúde e Avaliação de Risco, Oliver Morgan, esteve na Fundação para discutir como essa atuação conjunta seria. A ideia é que a Fundação possa compartilhar sua experiência e servir de ligação com outros países da região e de língua portuguesa na África.
Acompanhado por Julie Fontaine, coordenadora de Epidemiologia, e Raquel Medialdea, coordenadora de treinamento, ambas da Inteligência Epidêmica de Fontes Abertas (EIOS, na sigla em inglês), Morgan conversou com integrantes da Fundação em quais campos e de que forma essa parceria pode ser construída. A EIOS é uma iniciativa liderada pela OMS que reúne diversos setores e por meio da qual o Hub pretende oferecer soluções integradas e uma abordagem unificada a ameaças à saúde sob a perspectiva da One Health.
“Com a pandemia de Covid-19 aprendemos que todos os países enfrentam desafios semelhantes quando se trata de vigilância em saúde pública. A Fiocruz tem muita expertise nessa área. Acredito que trabalhar como parceira no Hub será uma grande oportunidade para a Fundação compartilhar essa experiência com países tanto nesta região quanto em outras partes do mundo”, disse Morgan.
Possíveis áreas de trabalho
Oliver Morgan está à frente do Hub, que responde à Divisão de Vigilância comandada por Chikwe Ihekweazu. Na visita à Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ), Morgan conheceu o Castelo Mourisco, o Museu da Vida e o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). No entanto, foi na sala de reuniões do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris) que a parceria começou a ser discutida.
O Hub busca construir parcerias com países e instituições em todo o mundo de forma a compartilhar dados, desenvolver ferramentas analíticas e modelos de previsão de análise de riscos. A ideia é que estes dados possam ajudar especialistas em saúde e autoridades a detectar ameaças e a tomar decisões mais rapidamente diante de emergências.
Na reunião, o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mario Santos Moreira, demonstrou o interesse de a Fiocruz participar não apenas como um centro colaborador, mas também como um ator global, levando a experiência construída em seus vários campos de atuação em 122 anos. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, destacou as várias áreas em que a Fiocruz poderia atuar, da educação à geração de dados. “Um debate é como integrar a vigilância e a saúde pública”, pontuou Cristiani, ressaltando a necessidade de que informações se traduzam na adoção de estratégias.
A chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, Marilda Siqueira, contou como a Fiocruz responde hoje por boa parte do sequenciamento genético do Sars-CoV-2 no país. Ela alertou para as dificuldades no compartilhamento de informações, em que posturas colaborativas esbarram em outras mais competitivas, enquanto o pesquisador do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia), Manoel Barral, relatou alguns dos estudos desenvolvidos, como os que correlacionam dados sociais e saúde. Para Morgan, o Hub funcionará também como uma plataforma que servirá de diálogo para esses compartilhamentos. “O compartilhamento é um grande desafio. Os países têm diferentes políticas”, observou o líder do Hub.
Pesquisador sênior do Cris/Fiocruz, Luiz Augusto Galvão destacou os trabalhos conjuntos da Fundação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Ele ressaltou a possibilidade de trabalhar para aumentar a capacidade de pesquisa de outros países, lembrando a necessidade de mecanismos legais para isso.
A reunião teve ainda as participações do pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc) Daniel Villela, que trouxe a experiência do InfoGripe; do representante do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Hugo Boechat, que falou sobre a experiência do INI diante da pandemia de Covid-19; além do coordenador adjunto do Cris, Pedro Burger; do assessor do Gabinete da Presidência, Valber Frutuoso; e da assessora da Presidência, Luana Bermudez.
Ao fim, foram exploradas três possíveis áreas de atuação. A primeira compreenderia a cooperação com os diferentes campos de atuação e projetos da Fundação. Uma segunda incluindo o desenvolvimento de metodologias, campo em que a Fiocruz tem forte experiência. E uma terceira abrangendo capacitação de países latino-americanos e africanos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Morgan deve dar um retorno a Chikwe Ihekweazu sobre a visita para que novas conversas sigam adiante.
Estão abertas até 2 de agosto as inscrições para o Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) – Vulnerabilidade Social e Direitos Humanos. O objetivo do programa é estimular e apoiar projetos de formação de recursos humanos de alto nível com foco em investigação acadêmico-científica voltada para o desenvolvimento de políticas e projetos de prevenção, mitigação e resposta a situações de vulnerabilidade social decorrentes de emergências climáticas, ou analisar o impacto social, econômico e familiar do evento ambiental extremo que ocasionou estado de calamidade pública, tal como enchentes, deslizamentos, incêndios e seca, no Brasil, entre 2020 e 2022, responsável pela situação de vulnerabilidade e risco da população local. Devem ser apresentados, pelo Sistema de Inscrições da Capes (Sicapes), projetos com abordagens voltadas aos direitos humanos para melhorar as condições de vida de pessoas que passaram por eventos extremos.
Trata-se da segunda seleção do Programa Emergencial de Prevenção e Enfrentamento de Desastres Relacionados a Emergências Climáticas, Eventos Extremos e Acidentes Ambientais. A divulgação do resultado ocorrerá a partir de 18 de novembro e o início dos projetos em dezembro. Serão concedidas até 60 bolsas, sendo 36 de pós-doutorado e 24 de doutorado, em um investimento que pode chegar a R$4,3 milhões em um máximo de 12 projetos.
Sobre o Programa Emergencial de Prevenção e Enfrentamento de Desastres Relacionados a Emergências Climáticas, Eventos Extremos e Acidentes Ambientais
O Programa Emergencial de Prevenção e Enfrentamento de Desastres Relacionados a Emergências Climáticas, Eventos Extremos e Acidentes Ambientais é uma ação permanente na qual a Capes pretende promover a troca de conhecimento entre a academia e o poder público, de modo que os resultados dos estudos possam ser aplicados à realidade das regiões atingidas.
A Fundação também quer estimular o desenvolvimento de produtos, serviços, tecnologias, materiais didáticos e mecanismos que ajudem a encontrar soluções para os problemas relacionados a desastres dessa natureza.
Emergências em saúde pública
O Campus Virtual Fiocruz lembra ainda que oferece o curso Gestão de risco de emergências em saúde pública no contexto da Covid-19 - online e gratuito -, cujo objetivo é contribuir para fortalecer as capacidades de preparação e resposta e ir além, produzindo uma mudança qualitativa na forma de enfrentar as emergências em saúde pública, trazendo uma visão prospectiva. Ele é dirigido aos interessados na temática da gestão de risco de emergências em saúde pública para Covid-19 no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), mas aberto a todos os interessados.
A formação foi desenvolvido pelo CVF e o Observatório Covid-19 - Informação para Ação, com o apoio do programa Vigiar SUS do Ministério da Saúde. Ela é composta de três módulos, divididos em uma carga horária de 70h. O curso tem base e apoio no programa Vigiar SUS – lançado pelo Ministério da Saúde para estimular as capacidades de vigilância e respostas às emergências em saúde pública – e a participação do Observatório Covid-19 da Fiocruz, que durante toda a pandemia vem realizando análises e proposições para o enfrentamento da mesma.
Legenda das imagens: Banner e imagem de dentro da matéria: Imagem ilustrativa (Foto: iStock/SAKDAWUT14) - Capes
Visando atualizar conhecimentos de profissionais de nível técnico da área da saúde, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) promove a edição 2022 do curso de especialização de nível técnico em Biologia Parasitária e Biotecnologia. O objetivo do curso é proporcionar especialização a candidatos com diploma ou certificado de curso técnico das áreas de Saúde, Biologia Parasitária e Biotecnologia, tornando estes profissionais capazes de desenvolver atividades técnicas nessas áreas. A formação, de caráter teórico-prático, será realizada entre 26 de agosto e 20 de dezembro no formato híbrido, das 8h às 17h. com atividades online e presenciais. Serão disponibilizadas 15 vagas, os interessados em participar podem efetuar a inscrição até o dia 11 de agosto. O resultado das inscrições será divulgado no dia 12 de agosto, às 16h.
O curso possui duas disciplinas comuns obrigatórias: ‘Fundamentos de Biossegurança, Qualidade em Laboratório e Bioética’ e ‘Fundamentos de Metodologia Científica e Pesquisa Bibliográfica’. Após a finalização das aulas, os alunos são encaminhados aos Laboratórios do IOC e de outras unidades da Fiocruz para desenvolverem atividades técnicas em saúde pública.
Nesta edição, o curso fomenta o aperfeiçoamento em 12 áreas de concentração: biologia molecular; biologia molecular e ritmos biológicos de mosquitos vetores de patógenos; biotecnologia aplicada à produção de fármacos; cultivo celular; diagnóstico de doenças zoonóticas bacterianas e virais; expressão de proteínas recombinante; farmacodinâmica; histotecnologia aplicada em uma plataforma institucional; helmintologia básica e aplicada; isolamento, crescimento e caracterização de protozoários; micologia; e protozoologia.
Confira aqui o edital para mais informações.
*Imagem: vídeo institucional IOC/Fiocruz
A Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) informa que estão abertas as inscrições para a segunda edição do evento internacional Zebrafish as Experimental Model for Research. O objetivo é apresentar as atualizações e avanços em diferentes campos experimentais utilizando o zebrafish. O webinar é direcionado a estudantes de graduação e pós-graduação que trabalham com o zebrafish. O evento será realizado de 3 a 7 de outubro. Faça a inscrição no site do evento.
O webinar é uma iniciativa do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, com a participação da Fiocruz por meio do Laboratório de Fisiologia e do Biotério Zebrafish do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). O encontro contará com pesquisadores de destaque representando a América Latina, Europa, América do Norte, Ásia e Oceania para uma discussão do uso do zebrafish em diferentes áreas do conhecimento
Os estudantes interessados em apresentar seu trabalho no webinar podem gravar um vídeo de dois minutos descrevendo seu trabalho. Os melhores serão selecionados para uma apresentação de 40 minutos.
O Sextas de Poesia traz esta semana "Dois corpos", do poeta mexicano Octavio Paz, no qual seu lirismo nos toca: "dois corpos frente a frente às vezes são ondas, e a noite é oceano."
O poeta e pensador mexicano ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1990. Ele foi também ensaísta, tradutor e diplomata. Octavio Paz foi durante muitos anos uma das personalidades mais influentes na vida cultural da América Latina. Em 1950, escreveu "O Labirinto da Solidão", uma investigação histórico-antropológica sobre seu país, que se tornou uma obra clássica e de referência. Ele nasceu em 1914 e faleceu em 1998.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) anunciou sua adesão ao primeiro edital da Iniciativa Amazônia+10, um programa de desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) na Amazônia Legal criado pela Fapesp, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de C,T&I (Consecti) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). A Iniciativa Amazônia+10 foi anunciada durante o último Fórum Nacional Consecti & Confap 2022, realizado em Manaus, capital amazonense. O objetivo da chamada é apoiar a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico sobre os problemas atuais da Amazônia que tenham como foco o estreitamento das interações natureza-sociedade para o desenvolvimento sustentável e inclusivo da região. O período de submissões estará aberto no SisFaperj até o dia 10 de agosto.
Nesta edição, participam até agora, pelo menos 18 FAPs e outros órgãos de fomento, totalizando um investimento de mais de R$ 50 milhões. As propostas devem ter a participação de pesquisadores responsáveis de pelo menos três Estados das FAPs que aderiram à chamada, um deles sendo obrigatoriamente vinculado a ICTs situadas nos Estados da região amazônica. Os projetos deverão ter duração de 36 meses e deverão propor soluções voltadas para a comunidade e produzidas junto à população local.
O presidente da Faperj, Jerson Lima, destacou a importância da Iniciativa Amazônia+10. "A Iniciativa deverá mobilizar os pesquisadores fluminenses a se juntarem aos pesquisadores da Amazônia legal e ainda de outros estados da Federação, de forma a estudarem e proporem soluções concretas baseadas no conhecimento científico e na experimentação, atendendo assim aos diferentes desafios da região, sempre priorizando o desenvolvimento sustentável das populações locais", disse.
A Faperj, portanto, aportará um total inicial de R$ 5 milhões, destinados a apoiar até 17 projetos de pesquisa nos moldes do Auxílio à Pesquisa (APQ 1). As propostas envolvendo equipes fluminenses devem ser compostas por pelo menos três pesquisadores vinculados a pelo menos duas instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) do Rio de Janeiro. O período de submissões estará aberto no SisFaperj até o dia 10 de agosto.
Dúvidas e esclarecimentos deverão ser enviados através do email oficial da chamada: amazonia10@faperj.br
Confira, a seguir, as orientações aos proponentes das FAPs participantes, publicadas no site do Confap. Os interessados devem se atentar às regras de elegibilidade e submissão, pois a não aderência às regras descritas tornará a proposta não elegível para prosseguimento às demais etapas de análise: https://confap.org.br/pt/editais/59/chamada-de-propostas-n-003-2022-iniciativa-amazonia-10
Veja, igualmente, as diretrizes para submissão de propostas pela Faperj: CHAMADA DE COOPERAÇÃO CONJUNTA - INICIATIVA AMAZÔNIA +10 – CONFAP 2022 – DIRETRIZES FAPERJ
A pesquisa TIC Educação 2021, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGIbr), revela que a maioria dos professores realizou atividades pedagógicas de forma remota ou híbrida no segundo ano de pandemia. A pesquisa mostra, também, que a conectividade e a formação docente ainda são entraves para a realização de atividades de ensino e de aprendizagem com o uso de tecnologias digitais.
Confira todos os indicadores em https://cetic.br/pt/pesquisa/educacao/indicadores/
Objetivos da pesquisa
Realizada desde 2010, a pesquisa entrevista a comunidade escolar (alunos, professores, coordenadores pedagógicos e diretores) para mapear o acesso, o uso e a apropriação das tecnologias de informação e comunicação (TIC) em escolas públicas e privadas de educação básica.
Áreas de investigação
Os indicadores desenvolvidos pela pesquisa TIC Educação contemplam as seguintes unidades de análise: escolas, alunos, professores, coordenadores pedagógicos e diretores. Para cada público que participa da pesquisa, informações sobre acesso e uso de TIC são investigados, tais como:
Em escolas:
Para alunos:
Para professores, coordenadores pedagógicos e diretores:
Apoio institucional
A pesquisa conta com o apoio institucional do Ministério da Educação (MEC), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e de especialistas vinculados a organizações não governamentais e a importantes centros acadêmicos.
Referências internacionais
A pesquisa foi desenvolvida inicialmente com base no referencial metodológico proposto nos relatórios InfoDev, do Banco Mundial, e no estudo Sites 2006 (Second Infomation Technology in Education Study), da International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA). Atualmente a pesquisa se alinha aos manuais produzidos pelo Unesco Institute for Statistics (UIS/Unesco).
Metodologia
A pesquisa tem abrangência nacional e considera as escolas públicas (municipais e estaduais) e privadas (a partir de 2011). Para a seleção da amostra é utilizado o cadastro construído anualmente pelo Censo Escolar conduzido pelo Inep. Em áreas rurais (a partir de 2017), são selecionadas escolas públicas e privadas também cadastradas no Censo Escolar.
As entrevistas são realizadas presencialmente (Computer-assisted personal interviewing - CAPI) para alguns públicos e por telefone (Computer-assisted telephone interviewing - CATI) para outros respondentes.
As diferentes trajetórias da vida acadêmica envolvem perspectivas de contribuição para a sociedade, mas apresentam desafios. O sentimento de “desorientação” pode surgir para estudantes de mestrado ou doutorado diante de novos conceitos, autores e autoras. Dessa maneira, de 10 a 12 de agosto, a 4ª Jornada Discente do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) contempla o tema Vida acadêmica e o ofício da pesquisa: desafios, perspectivas e perrengues. Das rodas de conversa à visita guiada, a programação foi construída para e por alunos e alunas do PPGCIS. As inscrições devem ser realizadas através do e-mail ppgics@icict.fiocruz.br – Assunto: INSCRIÇÃO JORNADA 2022.
Na pauta do evento, os desafios da pós-graduação Stricto Sensu, as leituras e o trabalho para delimitar boas perguntas de pesquisa, a escolha de métodos para ajudar a respondê-las, os resultados e o necessário trabalho para comunicá-los. Por isso, a Jornada Discente 2022 propõe um mergulho na vida acadêmica a partir do fazer científico e das trajetórias profissional e pessoal de mestres, doutores e doutoras, mestrandos(as) e doutorandos(as). Assim, os seis encontros temáticos, com atividades pela manhã e à tarde, foram pensados para abarcar a diversidade de experiências, necessidades e propostas do ofício de quem pesquisa e contemplam painéis, mesas-redondas, rodas de conversa e visita guiada.
Todos os debates e todas as atividades estão imersas no trabalho desenvolvido pelo PPGICS, único programa de pós-graduação do país construído com base na interseção entre o campo da comunicação, da informação e da saúde pública por profissionais e pesquisadores que têm ao menos uma premissa em comum: o direito à comunicação e à informação é inerente ao direito à saúde.
No dia 10, quarta-feira, a primeira atividade será o painel Integridade em pesquisa, que propõe um debate sobre os principais desafios que envolvem a integridade e a credibilidade em pesquisa no campo interdisciplinar da informação e comunicação em saúde, principalmente em momentos de crise, como o da emergência sanitária da Covid-19. À tarde, a mesa-redonda terá como tema a Internacionalização em pesquisa: caminhos e possibilidades. Como o PPGICS um dos programas de pós-graduação integrantes da Política de Internacionalização da Fiocruz (Print), o debate tratará sobre desafios, aprendizados e perspectivas para aumentar as possibilidades de parcerias e produção de conhecimento.
O segundo dia se propõe a conversar sobre a experiência da pesquisa e a formação profissional. Existe vida após a Pós? Trajetórias profissionais após a titulação traz, pela manhã, ex-alunos do Programa e profissionais que trabalham com informação e comunicação em saúde para compartilhar como têm sido seus percursos nas áreas pública, privada e acadêmica, o que as levou até esses caminhos e quais contribuições têm deixado no mundo. Depois do almoço, a roda de conversa As trajetórias por trás da pesquisa: conversa sobre as vivências acadêmicas se propõe a, permeada pela arte e pelo humor, se debruçar sobre os desafios e as demandas do percurso da pesquisa científica na vida pessoal de estudantes e pesquisadores.
No dia 12, os percursos do mestrado e doutorado e suas exigências, complexidades e graus de ineditismo, quando o pesquisador e a pesquisadora em formação precisam apresentar contribuição relevante e original, serão debatidos na roda de conversa intitulada Construindo o método: os bastidores do percurso, que tem como premissa, as seguintes perguntas: Quais as trajetórias metodológicas percorridas para melhor responder às perguntas de pesquisa em perspectiva interdisciplinar? Quais são os bastidores da ciência?
Para fechar a Jornada, haverá a visita guiada Conhecendo o Espaço Fiocruz. Em função da pandemia de covid-19, a comissão organizadora, composta por alunos e alunas do Programa, convida os(as) demais discentes do Programa para conhecerem de perto, vivenciarem com o corpo, a mente e o coração, o patrimônio social que a Fiocruz acolhe, compartilha e representa.
Programe-se!
4ª Jornada Discente PPGICS 2022 – Vida acadêmica e o ofício da pesquisa: desafios, perspectivas e perrengues
Quando: 10, 11 e 12 de agosto – Veja a programação completa.
Horário: das 9h às 16h30h
Local: Campus Maré – Fiocruz
Inscreva-se: ppgics@icict.fiocruz.br – Assunto: INSCRIÇÃO JORNADA 2022
Para saber um pouco mais sobre o desenvolvimento da 4ª Jornada, clique aqui.
Com alegria, difundimos a notícia de que o Google Scholar divulgou a lista top 100 de revistas publicadas em português. Nesta atualização do índice H, História, Ciências, Saúde – Manguinhos é a única revista de história na lista, encabeçada por publicações das áreas de saúde, educação, psicologia e por periódicos vinculados à Fiocruz.
O índice H – considerado importante, mas nunca suficiente para avaliar o impacto de um periódico – combina num único número a produtividade e a relevância do trabalho científico. Para ter um índice-H significativo, é preciso publicar artigos que repercutam na comunidade científica. O índice é calculado pela relação do número de trabalhos publicados e suas citações. Por exemplo, um índice H de 17 indica que, no conjunto de dados, 17 artigos foram citados pelo menos 17 vezes cada um.
Mais informações:
Veja a lista completa dos top 100 em português do Google Scholar
5 de agosto de 1872. Região do Vale do Paraíba, estado de São Paulo. Nascia Oswaldo Gonçalves Cruz, aquele que, anos mais tarde, se tornaria médico e um dos maiores nomes da Ciência brasileira. Cento e cinquenta anos depois, na mesma data, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) – instituição liderada pelo ícone da saúde pública nacional no início do século XX – e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) celebram o sesquicentenário do nascimento do seu patrono, ilustrando o legado do grande cientista e projetando seus ideais e visões históricas para o futuro.
O encontro, marcado para 5 de agosto, a partir das 9h, será realizado em formato híbrido e transmitido ao vivo pelo Canal do IOC no YouTube. As atividades presenciais acontecerão no auditório Emmanuel Dias, no Pavilhão Arthur Neiva, no campus da Fiocruz, em Manguinhos (Av. Brasil, 4.365 – Rio de Janeiro – RJ). As vagas para assistir ao evento no formato presencial estarão limitadas à lotação do auditório, que está com a capacidade reduzida pela metade.
Dia Nacional da Saúde
Como parte das comemorações pelos 150 anos de Oswaldo Cruz e ainda pelo Dia Nacional da Saúde – que também é celebrado em 5 de agosto –, a Fiocruz exibirá o filme Saúde tem Cura, de Silvio Tendler, no Auditório de Bio-Manguinhos, na próxima quinta-feira, 4/8, às 13h30.
Após a sessão, haverá debate com o cineasta, a diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, e o presidente do Instituto de Direito Sanitário Aplicado (Idisa), Nelson Rodrigues dos Santos. A moderação está a cargo do diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Marco Menezes. Para quem está fora do Rio, o evento também será transmitido pelo canal da Fiocruz no Youtube.
Confira a programação do sesquicentenário do nascimento de Oswaldo Cruz
Na mesa de abertura do encontro, a diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, darão as boas-vindas ao público. Em seguida, a plataforma de acessibilidade do Pavilhão Arthur Neiva será inaugurada pelo ex-diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite e o ex-vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Marcelo Alves Pinto, juntamente com Ademir Martins, atual vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação, e Norma Brandão, assessora da Vice-diretoria de Ensino e chefe da Secretaria Acadêmica do Instituto.
A conclusão do projeto “Cartas para Oswaldo”, lançado no aniversário de 122 anos do IOC, será apresentada com a primeira exibição do filme curta-metragem construído a partir de contribuições da comunidade do Instituto.
A obra audiovisual foi desenvolvida a partir de cartas simbólicas enviadas para Oswaldo Cruz por trabalhadores e estudantes da Unidade. A apresentação da iniciativa será realizada pelo vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Paulo Sergio D’Andrea.
O bloco seguinte, “Oswaldo Vive e inspira o futuro do IOC”, a ser apresentado pela reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Pires de Carvalho, focará nos próximos passos do Instituto. Os ex-diretores do IOC, Carlos Morel, Claudio Ribeiro, José Paulo Gagliardi Leite, Renato Cordeiro, Sergio Coutinho e Wilson Savino, irão se juntar à atual gestão na palestra “O futuro aos olhos de Oswaldo: como o patrono pensaria as próximas décadas do Instituto?”.
O encontro será mediado pelo vice-diretor Ademir Martins. Esta seção do evento é preparatória para as atividades do 7º Encontro do IOC, que será realizado em setembro. O fórum de planejamento estratégico do Instituto discutirá a visão de futuro do IOC, bem como o plano quadrienal para os próximos anos.
Na reta final da celebração, o vínculo entre os cientistas Oswaldo Cruz e Carlos Chagas será realçado no bloco “Oswaldo e Chagas: o legado permanente da parceria e da colaboração”, que será conduzido por Joseli Lannes, chefe do Laboratório de Biologia das Interações do IOC.
Na sessão, serão lançados dois projetos temáticos em doença de Chagas: o “Escape Room: O Enigma de Lassance”, experiência interativa idealizada pelo Laboratório de Bioquímica de Tripanossomatídeos do IOC; e a exposição “A doença de Chagas da pré-história aos dias atuais”, parceria entre a Universidad Mayor de San Simon (Bolívia), a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP) e o IOC.
A Coleção Entomológica do Instituto, sob responsabilidade do curador Marcio Félix (Laboratório de Biodiversidade Entomológica), também integra a atividade – com destaque para a exibição de exemplares de triatomíneos, popularmente conhecidos como “barbeiros”, que atuam como vetores na transmissão da doença de Chagas.
Outros destaques são a oficina “Expresso Chagas” e o lançamento do curso on-line “Expresso Chagas 21: formação de agentes populares de saúde para áreas endêmicas”, que fazem uso de tecnologia social para disseminar conhecimentos sobre o agravo. Os produtos, desenvolvidos no Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC, serão apresentados por Tania Araujo-Jorge.
Todas as atividades da sessão “Oswaldo e Chagas” permanecerão expostas e abertas ao público entre 8 e 12 de agosto, das 9h às 16h, no hall do Pavilhão Leônidas Deane, também no campus da Fiocruz, em Manguinhos. A experiência “Escape Room: O Enigma de Lassance” prevê inscrição antecipada via formulário eletrônico.
Encerrando as atividades do IOC para a data comemorativa, será lançado o projeto do ‘Memorial Covid-19’, monumento que reafirma a solidariedade do IOC às vítimas da pandemia.
Filme Saúde tem Cura
Em virtude das comemorações dos 150 anos de nascimento de Oswaldo Cruz e ao Dia Nacional da Saúde, ambos celebrados no dia 5 de agosto, a Fiocruz exibe o filme Saúde tem Cura, de Silvio Tendler, no dia 4 de agosto, às 13h30, no auditório da Bio-Manguinhos.
Após a sessão, haverá um debate com a participação do cineasta, a diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, e o presidente do Instituto de Direito Sanitário Aplicado (Idisa), Nelson Rodrigues dos Santos, moderado pelo diretor da Ensp, Marco Menezes.
Para quem está fora do Rio, o evento também será transmitido pelo canal da Fiocruz no YouTube.
O Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro é o protagonista do documentário Saúde tem Cura, lançado em junho de 2022, com direção do cineasta Silvio Tendler e disponível para acesso gratuito no canal do Youtube de sua produtora, Caliban. Em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), o longa-metragem foi produzido durante a pandemia de Covid-19, quando a importância das políticas públicas de saúde, e do SUS em especial, ganhou espaço e reconhecimento.
O filme Saúde tem Cura aborda a força e as fragilidades do SUS, destacado como o único sistema de saúde do mundo que atende a mais de 190 milhões de pessoas gratuitamente. Entrevistas com usuários, profissionais da área da Saúde, representantes da sociedade civil e sanitaristas que lideraram o movimento da Reforma Sanitária Brasileira, desde os anos 1970, são entremeadas com a apresentação de fatos históricos e dados estatísticos, para apresentar o cenário da saúde no país antes da criação do SUS e compor o processo de criação do sistema, sua construção e as bases que o fundaram.
O documentário enfatiza a luta para que a proposta do SUS integrasse a Constituição de 1988 e aponta que, hoje, 80% dos brasileiros usam exclusivamente o sistema público de saúde. Nos depoimentos e dados que reúne, o filme deixa claro seu posicionamento em defesa do SUS e denuncia tanto seu subfinanciamento crônico quanto seu desfinanciamento, que impedem sua plena concretização nos moldes constitucionais.