Está no ar a nova edição do boletim informativo do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família (Profsaúde). A publicação, juntamente com o site do Programa, é um dos instrumentos de divulgação das ações realizadas pela Rede Profsaúde. O boletim é voltado a todo público interessado na temática da pós-graduação, especialmente docentes, discentes da rede e profissionais da saúde que atuam na Atenção Primária à Saúde. A edição de setembro de 2021 traz como destaque os detalhes da chamada pública para a próxima turma do Profsaúde, definida para o mês de outubro. A previsão é que sejam ofertadas mais de 200 vagas, distribuídas entre as instituições associadas à Rede.
Segundo a assessora da coordenação executiva nacional do Profsaúde, Danielle Cristine Pereira, que também é editora do informativo digital, o primeiro boletim foi publicado em 2019, e nasceu da necessidade de democratizar a informação e trazer transparência às ações da Rede, que surgiam a cada nova oferta do curso. "O boletim é uma forma de darmos visibilidade ao que estamos realizando e capilarizar tais informações, visto que nosso programa é desenvolvido em rede e atualmente engloba 31 instituições públicas de ensino superior, distribuídas em 17 estados da federação, e presente nas 5 regiões do país", detalhou ela.
Espaço de divulgação e conhecimento
Além das principais ações realizadas pela Rede Profsaúde, o boletim traz informações sobre novas iniciativas que envolvam a temática da saúde da família no país, informações sobre defesas e qualificações das turmas do mestrado, e ainda a divulgação de eventos científicos locais e nacionais relevantes para a área.
O Profsaúde
O Profsaúde é um programa de pós-graduação stricto sensu em Saúde da Família, apresentado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e aprovado em 2016. O mestrado profissional é oferecido por uma rede nacional constituída de 31 instituições públicas de ensino superior lideradas pela Fiocruz. O programa conta com a retaguarda do Sistema Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), e tem o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação como instituições demandantes e financiadoras.
O Mestrado Profissional em Saúde da Família é uma estratégia de formação que visa à fortalecer a expansão da graduação e pós-graduação no país, bem como a educação permanente de profissionais de saúde com base na consolidação de conhecimentos relacionados à Atenção Primária em Saúde, à Gestão em Saúde e à Educação. Seu público-alvo são profissionais de saúde, em especial aqueles ligados à Atenção Primária e Saúde da Família, com atuação e/ou interesse em docência/preceptoria. O curso é oferecido na modalidade semipresencial, com momentos presenciais e atividades desenvolvidas à distância.
O objetivo do Profsaúde é formar profissionais de saúde para exercerem atividades de atenção à saúde, docência e preceptoria, produção de conhecimento e gestão em Saúde da Família; fortalecer as atividades educacionais de atenção à saúde, produção do conhecimento e de gestão em Saúde da Famíliá nas diversas regiões do país; além de articular elementos da educação, atenção, gestão e investigação no aprimoramento da Estratégia de Saúde da Família; e ainda estabelecer uma relação integradora entre o serviço, os trabalhadores, os estudantes da área de saúde e os usuários.
Para mais informações, acesse o site do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família (Profsaúde).
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vem manifestar preocupação com as notícias recentes relativas à governança e condução dos processos de avaliação da pós-graduação no país. Segundo carta divulgada por coordenadores de área membros do Conselho Técnico Científico do Ensino Superior (CTC-ES), as decisões e manifestações recentes da Direção da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) podem prejudicar a Avaliação Quadrienal 2021 e colocar em risco o modelo de avaliação construído ao longo de décadas, trazendo insegurança à comunidade científica.
A Fiocruz, instituição de ciência e tecnologia em saúde criada há 121 anos, compreende mais de 40 programas de mestrado e doutorado em diferentes áreas de conhecimento, ofertados em todas as regiões do país, que produzem conhecimento científico e formam profissionais de alta qualificação para a docência, a pesquisa e o Sistema Único de Saúde. Além disso, a Fiocruz é responsável pela editoria de oito periódicos científicos, que publicam anualmente milhares de artigos, da área biomédica às ciências humanas e sociais em saúde. A pandemia de Covid-19, cujo enfrentamento tem mobilizado os esforços institucionais desde o início de 2020, evidenciou a importância da ciência e da pós-graduação para o desenvolvimento nacional e a capacidade de dar resposta às necessidades da sociedade brasileira.
Desta forma, a Fiocruz registra seu apoio aos coordenadores de área membros do CTC-ES e endossa a apreensão da comunidade acadêmica quanto ao respeito às pactuações nas instâncias colegiadas, à credibilidade e à sustentabilidade do Sistema Nacional de Pós-Graduação, bem como à própria trajetória da Capes, patrimônio da educação e da ciência no país.
Na próxima semana será realizada a Primavera Paulo Freire, encontro pensado em homenagem ao centenário do patrono da educação brasileira. Além de debates, paineis e rodas de conversa inspirados no legado de Freire, a programação é recheada de cultura e arte, com a apresentação de orquestra de câmara, literatura de cordel, peça teatral, trio musical e outros. O evento acontecerá nos dias 22, 23 e 24 de setembro e as inscrições seguem abertas até 21 de setembro. O encontro será transmitido pelo canal da VideoSaúde Distribuidora no Youtube, mas certificará apenas participantes inscritos. Acesse a página do evento, faça a sua inscrições e confira a programação completa.
Confira a programação com os respectivos links de transmissão:
22 de setembro, quarta-feira
9h30 - Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí
Abertura:
Cristiani Vieira Machado – Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz
Maria Cristina Guilam – Coordenadora-Geral de Educação da Fiocruz Anita Freire – viúva de Paulo Freire (em vídeo) Cordel Zefa Quebra-coco
Leitura de carta a Paulo Freire
10h - Painel Obra, pensamento e vida de Paulo Freire – Carlos Rodrigues Brandão (Instituto Paulo Freire e Marcos Arruda – Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (Pacs)
11h30 – Debate com mediação: Katia Reis – Ensp
Transmissão: https://youtu.be/dkr0f5vtSKM
14h – Live: peça teatral "Paulo Freire, o Andarilho da Utopia"
15h – Roda de conversa com interação da plateia virtual
Transmissão: https://bit.ly/pecapaulofreire
23 de setembro, quinta-feira
9h30 – Coral do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco)
9h35 – Poesia
9h40 – Ciranda de apresentação de trabalhos
11h40 – Debate com mediação – Mariana Souza (Farmanguinhos)
Transmissão: https://youtu.be/3iBQU7d1MK4
14h – Trio Musical
14h05 – Leitura: Pedagogia do Oprimido: Sonhando uma nova forma – de livro à narrativa poética performática
14h10 – Ciranda de apresentação de trabalhos
16h – Debate com mediação: Etinete Gonçalves (CAD/Vpeic) e Osvaldo Bonetti (Fiocruz)
Transmissão: https://youtu.be/gkmElpaSd9I
24 de setembro, sexta-feira
9h - Coral Fiocruz
9h10 – Leitura de Carta a Paulo Freire “Cartografia”
9h15 – Apresentação mesas
9h20 – Roda de conversa temática
➢ Educação Popular em Saúde e as ideias de Victor Valla – Marize Bastos (Ensp);
➢ Ensino em saúde na perspectiva freiriana – Helena Davi (Uerj);
➢ Formação, trabalho e movimento sindical – a experiência do fórum intersindical - Luiz Carlos Fadel (Dihs/Ensp/Fiocruz)
10h50 – Debate com mediação: Lucia Dupret – ENSP
11h20 – Sarau COC/Museu da Vida
Transmissão: https://youtu.be/T5Q7lJTUBPA
Freire: mais do que um educador, um grande humanista
Assim como a trajetória de Paulo Freire, a programação do encontro tratará de conceitos, teorias e aportes da educação, mas transitará também pelas práticas, vivências, artes e outras expressões, como pode ser visto na programação disponível acima.
Mais do que um educador, pedagogo e filósofo, Freire foi um grande humanista, que lançou mão de uma metodologia dialógica para fomentar a emancipação política, social e cultural, valorizando saberes e experiências dos sujeitos. Segundo ele, para ensinar é preciso partir da realidade do aluno e do que ele conhece: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”, Paulo Freire.
O evento será realizado no âmbito da Coordenação-Geral de Educação, ligada à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (CGE/Vpeic) e foi organizado pou um Grupo de Trabalho composto de representantes de diferentes unidades da Fiocruz.
“Mulheres: construindo redes de cuidado e luta por direitos” é o tema da aula inaugural do curso livre de aperfeiçoamento em Promoção e Vigilância em Saúde, Ambiente e Trabalho com Ênfase na Saúde Integral das Mulheres, que segue com inscrições abertas até 17 de setembro pelo Campus Virtual Fiocruz. A formação, online e gratuita, é voltada a mulheres, trabalhadoras rurais, quilombolas, pescadoras artesanais, marisqueiras, trabalhadoras urbanas e/ou em situação de vulnerabilidade dos estados de Alagoas, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Tocantins e Distrito Federal, com ênfase na saúde integral das mulheres, por meio de reflexões e práticas participativas no fortalecimento de territórios saudáveis e sustentáveis. A aula inaugural acontecerá no dia 17 de setembro, às 17h30, com transmissão ao vivo pelo canal da Fiocruz Brasília no Youtube.
A formação foi pensada pela Coordenação Político-Pedagógica do Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT) da Fiocruz Brasília e busca contribuir na formação de multiplicadoras em promoção e vigilância em saúde, ambiente e trabalho.
O Curso é desenvolvido em parceria com a Secretaria de Mulheres da Câmara dos Deputados, em especial com as deputadas Professora Dorinha Seabra (DEM-TO), Luizianne Lins (PT-CE), Érica Kokay (PT-DF), Marília Arraes (PT-PE), Soraya Santos (PMDB-RJ) e Tereza Nelma (PSDB-AL). O objetivo é disseminar e compartilhar conhecimentos e tecnologias em saúde, ambiente e trabalho, promovendo qualidade de vida e redução das desigualdades sociais.
A formação é composta de três ciclos com aulas virtuais e um último ciclo presencial, caso a pandemia esteja controlada e seja possível esse encontro em segurança. Os ciclos serão divididos em: saúde e direitos humanos para as mulheres; autogestão, geração de renda e economia para as mulheres; promoção e vigilância da saúde da mulher; e apresentação dos projetos de ação local realizados pelas educandas. Além de espaços de diálogo, formação e estudo, o Curso também contará com oficinas de cuidados com o corpo, com a mente e com o outro, alimentação saudável, manejo de hortas caseiras e plantas medicinais, entre outros temas, conforme a demanda local.
Leia mais sobre a formação, a estrutura do curso e seu cronograma em Campus Virtual Fiocruz
Pesquisas desenvolvidas em cinco programas de pós-graduação do IOC foram reconhecidas na sessão virtual de entrega do Prêmio Alexandre Peixoto. Com trabalhos concluídos em 2020, os estudantes premiados foram afetados pela pandemia de Covid-19 na fase final de suas pesquisas. Além de redigir as teses no contexto da emergência de saúde pública, alguns também precisaram se dividir para atuar em pesquisas ligadas ao novo coronavírus nesse período. As cerimônias de defesa foram realizadas virtualmente, sem a possibilidade de reunir familiares e amigos para celebrar o momento tão aguardado na formação científica.
A presença majoritária de novas cientistas mulheres entre os autores das teses selecionadas foi destacada pelo vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Paulo D’Andrea, que também frisou a qualidades das pesquisas conduzidas no Instituto. “Nunca é uma tarefa fácil para os Programas de Pós-graduação escolherem os melhores trabalhos. Nós temos ciência de que o conjunto de teses do IOC prima pela qualidade e pelo rigor científico. Imagino a sensação de integrar esse seleto grupo de alunos, entre tantas teses com alta qualidade que temos no Instituto. Espero que vocês continuem com essa dedicação ao longo de suas carreiras, e tenho certeza de que terão muito sucesso. Esse é apenas o começo”, afirmou Paulo.
Abaixo, os estudos condecorados nesta edição do Prêmio Alexandre Peixoto
Obesidade e ação hormonal
Pessoas obesas apresentam perda da sensibilidade cerebral ao hormônio da saciedade, chamado de leptina. Produzida pelos adipócitos, células que acumulam gordura no organismo, essa substância atua no cérebro, regulando o apetite e o peso corporal. Na obesidade, altos níveis de leptina circulam na corrente sanguínea, mas não há sensação de saciedade. A tese de Lohanna Palhinha do Amaral investigou uma questão importante: que efeitos a leptina pode causar fora do sistema nervoso central em animais obesos? E quais os efeitos da leptina em suas células produtoras, os adipócitos?
Por meio de experimentos em camundongos, considerados como modelo para estudo da obesidade, o trabalho mostra que a leptina atua sobre o sistema imune, mesmo em animais obesos, que apresentam resistência cerebral ao hormônio. Entre os efeitos periféricos da substância estão a atração e a ativação de células de defesa e o estímulo para a produção de substâncias inflamatórias. Além disso, o trabalho aponta uma ação da leptina in vitro até então não estudada: em culturas de células, o hormônio induz a formação de novos adipócitos (adipogênese). O trabalho foi orientado por Clarissa Menezes Maya Monteiro, pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia, e co-orientado por Patrícia Torres Bozza, chefe do mesmo Laboratório. A estudante recebeu bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Medicina personalizada
A medicina personalizada para o tratamento do câncer, que busca desenvolver um remédio específico para cada paciente, foi o foco da tese de Alessandra Jordano Conforte, defendida na Pós-Graduação em Biologia Computacional e Sistemas. Orientado por Nicolas Carels, pesquisador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), e co-orientado por Fabrício Alves Barbosa da Silva, pesquisador do Programa de Computação Científica (PROCC/Fiocruz), o trabalho utilizou métodos de bioinformática para analisar dados genéticos de pacientes com câncer e identificar alvos moleculares potencialmente mais eficientes para combater a doença em cada caso.
Intitulada Caracterização de alvos terapêuticos e modelagem da rede de sinalização no contexto da medicina personalizada do câncer, a pesquisa partiu de informações disponíveis no banco de dados online conhecido como Atlas do Genoma do Câncer( TGCA, na sigla em inglês). O estudo foi realizado em duas etapas. Na primeira, foram considerados dados referentes a 475 pacientes acometidos por nove tipos de tumor. Já na segunda, foram analisadas informações de 70 casos de câncer de mama. Com análises individualizadas, os pesquisadores identificaram, em cada caso, os genes que se encontravam mais ativados nas células tumorais do que nas células não tumorais.
Rotas dos vírus das hepatites B e C
Os trajetos traçados pelos vírus da hepatite B (HBV) e hepatite C (HCV) nas sociedades podem esconder respostas importantes sobre como controlar possíveis dispersões no futuro. Com foco no Brasil e no continente americano, a tese de Natália Spitz Toledo Dias investigou a origem e disseminação do HBV e do HCV por meio da evolução molecular e filogeografia, e avaliou a diversidade genética e mutações de relevância clínica de genomas do HBV.
A reconstrução da dinâmica espacial e temporal dos vírus das hepatites B e C permitiu observar que a introdução de subgenótipos do HBV nas Américas ocorreu por meio de rotas migratórias dos séculos XVIII e XIX; bem como sugerir que a introdução de um subtipo de HCV no Brasil ocorreu nos anos 80. Já as investigações nos diferentes genótipos e subgenótipos do HBV observaram mutações associadas ao escape imune, resistência aos antivirais e desenvolvimento do carcinoma hepatocelular. O trabalho Diversidade genética e filogeografia dos vírus das hepatites B e C nas Américas foi realizado no Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária sob orientação de Natalia Motta de Araujo, do Laboratório de Virologia Molecular.
Acessibilidade para estudantes com deficiência físico-motora
Em uma pesquisa qualitativa desenvolvida no Brasil e em Portugal, por meio de um doutorado sanduíche na Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, na cidade do Porto, Aimi Tanikawa de Oliveira buscou responder a seguinte pergunta: como formar professores para atuar no ensino de ciências com alunos com deficiência físico-motora da educação básica utilizando a tecnologia assistiva?.
Na etapa inicial, o estudo focou em conhecer o trabalho desenvolvido por docentes com estudantes com deficiência físico-motora e analisou as dificuldades que esses alunos apresentaram durante a participação em propostas pedagógicas. Ao todo, foram acompanhados 16 estudantes e 21 professores nos dois países. A partir da avaliação, foram produzidos recursos de tecnologia assistiva que tiveram eficácia verificada na prática pelos próprios alunos. O trabalho "O ensino de ciências e a deficiência físico-motora: discutindo a formação docente com enfoque na tecnologia assistiva" foi orientado por Rosane Moreira Silva de Meirelles, do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos e desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde.
Um sistema de vigilância do sarampo mais eficiente
Ao identificar pontos que poderiam ser aprimorados no monitoramento do sarampo no Brasil, o recém-doutor Fabiano Marques Rosa desenvolveu um trabalho analítico sobre o desempenho do sistema de vigilância epidemiológica na interrupção da circulação do vírus autóctone do sarampo no Brasil entre os anos de 2001 e 2018. Intitulada "Análise crítica do sistema de vigilância do sarampo no Brasil", 2001 a 2018, a tese foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, sob orientação da pesquisadora Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, e pelo pesquisador Luiz Antonio Bastos Camacho, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).
A pesquisa observou ações favoráveis que contribuíram para a conquista do certificado de erradicação do sarampo em 2016, emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), como também as imprecisões que permitiram novamente a transmissão sustentada da doença no Brasil a partir de 2018 – levando à perda do certificado.
O site da 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2021) na Fiocruz já está no ar. Na página é possível conferir informações importantes sobre o evento e uma breve retrospectiva das edições anteriores. A programação está em fase de consolidação, mas já estão confirmadas atividades ao vivo durante os dias 4 e 8 de outubro. Nas demais semanas de outubro, serão lançadas programações previamente gravadas, todas pautadas pelo tema "A transversalidade da ciência, tecnologia e inovações para o planeta".
Estão abertas as inscrições para seleção interna de doutorandos para a realização do teste de proficiência de língua inglesa TOEFL® ITP. Os interessados devem estar matriculados em cursos de doutorado de Programas de Pós-Graduação vinculados à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Acesse a chamada. A iniciativa oferecerá 29 testes de conhecimento no âmbito da Política de Internacionalização do Ensino. Os testes serão aplicados remotamente pela empresa Mastertest. Os alunos podem se inscrever até 1° de outubro, enviando a documentação em PDF, em um e-mail único (endereço: edu.internacional@fiocruz.br), intitulado “Inscrição Chamada TOEFL”, com tamanho inferior a cinco megabytes, conforme detalhado no cronograma.
Os concorrentes devem estar com as informações atualizadas na Plataforma Siga, além de atender aos seguintes requisitos:
Dúvidas e solicitações de informação sobre a chamada devem ser encaminhadas para o endereço eletrônico edu.internacional@fiocruz.br com o assunto “Dúvida Chamada TOEFL® 2020”.
Acesse aqui a chamada, formulário de inscrição e requisitos para aplicação do teste.
No poema escolhido para o Sextas de Poesia desta semana, o escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro Ferreira Gullar, reflete a certeza quase matemática de que " dois e dois são quatro", afirmando que a vida vale pena. O poema se faz com expressões cotidianas, exaltando a liberdade e a vida apesar do terror: O dia adentra a noite e o oceano é azul.
Hoje, 10 de setembro, seria aniversário de Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira, que nasceu em 1930 e faleceu em 2016. Gullar, que foi um dos fundadores do neoconcretismo, procurou sempre apontar em sua obra a problemática da vida política e social do homem brasileiro.
Um viva para o poeta Ferreira Gullar!
Mulheres ocupam menos cargos de liderança. Mulheres são a maioria entre os profissionais de saúde. Mulheres ganham menos. Mulheres assumem majoritariamente os cuidados não remunerados e domésticos. Mulheres sofrem mais violências físicas, psicológicas, econômicas e sexuais. Há séculos a desigualdade de gênero é uma realidade global, que foi agravada pela pandemia de Covid-19. Para discutir essa temática, o Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz (Cris) vai realizar, na próxima quarta-feira, 15 de setembro, a partir das 10h, o webinário “Mulheres na saúde global”. O encontro, que acontece no âmbito da série “Seminários Avançados Cris em Saúde Global e Diplomacia da Saúde” é aberto ao público e será transmitido pelo canal da VideoSaúde Distribuidora no Youtube – com tradução simultânea para o inglês.
A mesa de debate é formada por representantes emblemáticas e engajadas na luta pela igualdade e defesa dos direitos das mulheres: Socorro Gross, representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) no Brasil; Roopa Dhatt, cofundadora e diretora-executiva da ONG Women in Global Health; Stéphanie Seydoux, embaixadora da França para a Saúde Global; Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz; além de mediação da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado e comentários de Zélia Maria Profeta da Luz, pesquisadora do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas) e integrante do Conselho da OMS sobre Economia da Saúde para Todos.
Cristiani lembrou que em muitas sociedades, como, por exemplo, as latino-americanas, essas desigualdades estão entrelaçadas com outras – de classe, renda, raça, territoriais – em uma dinâmica complexa, observando que “embora as mulheres tenham expandido sua participação no mercado de trabalho nas últimas décadas, persistem injustiças, como disparidades salariais e assimetrias na divisão de responsabilidades entre homens e mulheres no trabalho doméstico, cuidado com crianças e idosos, ocasionando sobrecarga importante para as mulheres e constrangimentos a sua trajetória profissional. Acrescente-se ainda o machismo estrutural, e as situações de assédio e de violência contra as mulheres”.
No tocante à pandemia, a vice-presidente ressaltou que a Covid-19 exacerbou as desigualdades de gênero de diferentes formas, entre as de maior destaque estão a sobrecarga importante de trabalho, e exposição ao risco de adoecimento e morte, visto que as mulheres representam a maior parte da força de trabalho no setor saúde na maioria dos países; a significativa redução do emprego, principalmente dos postos informais, de acordo com dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal); bem como o aumento do trabalho doméstico e cuidado com crianças e idosos, principalmente devido à suspensão de aulas e à necessidade de cuidar de familiares acometidos pela Covid-19; e ainda a maior exposição de meninas e mulheres a situações de violência doméstica.
A Fiocruz tem o compromisso com a redução das desigualdades e promoção da equidade social entre suas diretrizes institucionais, incluindo a dimensão de gênero. Muitas são as iniciativas, como a implantação do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça e o Programa Mulheres e Meninas na Ciência na Fiocruz. Para além disso, em 2017, a comunidade institucional elegeu pela primeira vez, em 117 anos, uma mulher como presidente, que foi reeleita para uma nova gestão em 2021.
Nesse sentido, Cristiani apontou como fundamental ouvir e debater esse tema com representantes envolvidas na luta pela igualdade e defesa dos direitos das mulheres. “Precisamos, sobretudo, desencadear agendas de transformação desse cenário, o que requer políticas públicas, iniciativas institucionais e compromissos coletivos. Avançamos em algumas frentes, mas ainda há muitas injustiças e muito a fazer, e isso é o que deve nos mover”, defendeu ela.
Acompanhe a transmissão do Seminário em português:
Acompanhe a transmissão do Seminário em inglês:
O projeto "Saber Comum - Educação a Distância e Divulgação Científica" está com inscrições abertas para duas novas disciplinas: Democracia, Desigualdades e Direitos e Mudanças Climáticas. Interessados podem se inscrever até 16 de setembro. As disciplinas serão realizadas em dois momentos: videoaulas semanais - exibidas na TV Alerj, na NET e no YouTube do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ - e no Ambiente Virtual de Aprendizagem - onde há material de aprofundamento, atividades, debates e interações entre os estudantes. Confira a ementa dos cursos e inscreva-se!
Estudantes da UFRJ, UFRRJ, Uerj, Fiocruz, assim como alunos de outras instituições não participantes da cooperação devem realizar a inscrição por meio de formulário disponível aqui: "Democracia, Desigualdades e Direitos" e "Mudanças Climáticas"
O projeto “Saber Comum - Educação a Distância e Divulgação Científica” é coordenado pelo Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em cooperação com instituições públicas de ensino e pesquisa do Rio de Janeiro: Uerj, UFRRJ, UFF, Unirio e a Fiocruz. Diferentemente de outras iniciativas de educação a distância, o Saber Comum foi idealizado para alunos de pós-graduação, com disciplinas de formação geral, que contam crédito de eletiva para cursos de diversas áreas do conhecimento, e para quem não é estudante e se interessa por saberes que dizem respeito à vida coletiva. Para incluir todos os públicos, além das disciplinas estarem disponíveis em ambiente virtual de aprendizagem, são exibidas como programas de televisão pelo Canal Saúde e pela TV Alerj. Elas também ficam disponíveis no site do Canal Saúde. Assista!
Ele busca, de modo interdisciplinar, oferecer a estudantes de pós-graduação de todas as áreas do conhecimento disciplinas de formação geral, que auxiliem na reflexão sobre a esfera do comum, saberes e políticas que dizem respeito à vida coletiva, à divisão de poderes na democracia e aos laços sociais. Tudo isso de forma totalmente remota e transmitido pela TV aberta! Por isso, também é uma ação de divulgação científica, com acesso a toda a população.
No dia 13 de setembro começam as disciplinas, que irão até o dia 24 de dezembro. Já no dia 21 de setembro, ambas começam a ser transmitidas na TV Alerj: Democracia, Desigualdades e Direitos, em reprise e nova reoferta aos estudantes; e a estreia de Mudanças Climáticas. Confira os horários e dias de cada uma das disciplinas na TV Alerj, que também ficam disponíveis no canal do Youtube do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ.
Democracia, Desigualdades e Direitos
Conheça a ementa completa aqui.
Horário dos programas na TV Alerj: quartas e sextas-feiras, 8h30 a 9h.
Mudanças Climáticas
Conheça a ementa completa aqui.
Horário dos programas na TV Alerj: terças e quintas-feiras, 8h30 a 9h.
*com informações do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)