O Observatório do SUS da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), lançado há pouco mais de um mês, iniciará um novo ciclo de atividades. O primeiro seminário integrante das diversas iniciativas que serão promovidas por esse novo espaço de mobilização, análises, proposições e reflexões em prol da defesa do Sistema Único de Saúde vai acontecer no dia 1 º de setembro, com o tema Financiamento do SUS: Equidade, Acesso e Qualidade. A atividade estreia uma série de três seminários, fruto da parceria entre a Ensp e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que vai abordar os desafios estruturais para o SUS. O encontro, que será a primeira atividade do mês de comemoração do aniversário da Ensp, vai ocorrer de 8h30 às 16h, no auditório térreo da Escola, e será transmitido pelo canal da Abrasco no Youtube. Não será necessária inscrição.
O objetivo do seminário é formular novos argumentos, proposições e alternativas técnico-políticas para a viabilização de um financiamento público adequado e efetivo do SUS, assim como debater propostas voltadas para a promoção da equidade do financiamento e da alocação de recursos públicos para a saúde. A atividade visa, ainda, discutir as implicações do ‘novo arcabouço fiscal’ para o gasto público social e da saúde no Brasil, além de mobilizar atores-chave da sociedade civil e dos espaços institucionais.
O diretor da Ensp, Marco Menezes, conta que o seminário é fruto de uma parceria estratégica com a Abrasco: “Escolhemos o financiamento do SUS como tema central do evento, pois, além de ser uma pauta de extrema importância, está entre as prioridades deliberadas na 17ª Conferência Nacional de Saúde. Esse encontro será uma oportunidade de contribuirmos com a construção, avaliação e implementação das políticas públicas para os avanços que precisam ser implementados no SUS, por meio do compartilhamento de ideias e reflexões entre a sociedade civil, movimentos sociais, academia e gestão do Sistema Único de Saúde”.
A presidente da Abrasco, Rosana Onocko, destaca que a parceria com o Observatório do SUS da Ensp é um momento de entrecruzamento da expertise de dois espaços muito importantes para a saúde brasileira. Ela explica que o objetivo dos seminários é refletir sobre temas estratégicos para o futuro do SUS, mas sem a pressão imediata da conjuntura: "Queremos construir um espaço de inovação, criação, reflexão. Um espaço no qual não tenhamos constrangimentos que, muitas vezes, os gestores têm ou a academia tem de só ficar discutindo o que é possível. Queremos colocar a bola para frente para produzir novidades".
“Buscaremos responder à questão central, como é possível garantir direitos e promover uma sociedade menos desigual e mais justa, por meio do financiamento público da saúde?. A questão será desdobrada em dois eixos temáticos: Dilemas e perspectivas para viabilizar receitas e ampliar a despesa com ações e serviços públicos de saúde; e Alocação de recursos como estratégia indutora da reorientação do modelo assistencial do SUS”, explica o vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da Ensp, Eduardo Melo.
No período da manhã do evento, cada um dos eixos será discutido em mesas temáticas, entre os especialistas presentes. Será aberto ao público e vai contar com transmissão no canal da Abrasco no Youtube. Já a parte da tarde será voltada estritamente ao trabalho em grupos de convidados, compostos por pesquisadores, especialistas, gestores do SUS, parlamentares e representantes do controle social.
Para a vice-diretora de Pesquisa e Inovação da Ensp, Luciana Dias de Lima, a garantia de um financiamento público da saúde adequado, equitativo e sustentável é um desafio estratégico que atravessa a história do SUS. Ela ressalta a importância do evento: “No seminário, teremos a oportunidade de refletir sobre esse tema de forma ampla, explorando as contradições existentes e ousando na proposição de alternativas futuras.”
Melo destaca que o financiamento adequado, em termos de arrecadação e alocação, é algo vital para o SUS viabilizar o acesso às ações e serviços de que a população necessita. “Infelizmente, o gasto privado em saúde no Brasil, relativo e absoluto, é superior ao gasto público, o que mostra a nossa desigualdade, pois o SUS cobre potencialmente toda a população, ao passo que o setor privado suplementar cobre em torno de 25% da população. O seminário abordará a necessidade de mais investimentos em saúde e a qualidade do gasto”, explica o vice-diretor.
Ele alerta que o SUS, que já era subfinanciado, foi fortemente desfinanciado com a Emenda do Teto de Gastos. Segundo Melo, a recomposição do orçamento federal da saúde é imperiosa, tendo em vista fatores como o envelhecimento populacional, a importância da preparação do SUS para novas emergências sanitárias, o impacto dos gastos das pessoas e famílias com sua saúde, e a necessidade de reduzir tempos de espera e preencher os vazios sanitários e assistenciais, existentes inclusive na Atenção Básica. Além disso, segundo o vice-diretor, boa parte dos municípios, que em tese devem investir ao menos 15% das receitas próprias em saúde, tem arcado com muito mais do que isso, alguns chegando a investir mais de 30 % da sua arrecadação na área.
Luciana também enfatiza alguns dos problemas existentes no financiamento da saúde no Brasil: “Sabemos, por exemplo, que uma parte significativa dos recursos públicos são destinados para o financiamento do setor privado na saúde, o que tende a camuflar o conflito distributivo em nossa sociedade, em um cenário de escassez de recursos para o SUS. Além disso, temos um modelo de alocação de recursos federais que, apesar de induzir a adoção de parâmetros nacionais para as políticas de saúde, não foi capaz de promover a equidade no acesso, a integralidade do cuidado e a melhoria da qualidade dos serviços prestados à população.”
“O SUS pode ter um grande papel na garantia de direitos, no enfrentamento das desigualdades e no desenvolvimento social e sustentável do Brasil, razão pela qual a saúde deve ser vista como investimento e não simplesmente como gasto. Reunindo diferentes atores com inserções destacadas na pauta do financiamento, o seminário será um espaço privilegiado de aprofundamento, formulação e articulação. Esperamos, com isso, produzir uma contribuição para o enfrentamento dos aspectos críticos do financiamento e o avanço do SUS “, conclui Melo.
Os materiais produzidos ao longo do seminário serão amplamente divulgados após o evento.
O Observatório do SUS da Ensp
Iniciativa da Ensp, coordenada pela Vice-Direção de Escola de Governo em Saúde (Vdegs), o Observatório do SUS é um espaço de debate, análise e proposição sobre aspectos estratégicos do sistema público de saúde brasileiro, reunindo diferentes atores e acompanhando políticas de saúde e experiências do SUS.
O Observatório reúne figuras da sociedade civil e de instituições acadêmicas e integrantes do SUS em debates que apontem caminhos estratégicos para o enfrentamento dos desafios crônicos do sistema público de saúde, com base em estudos na área de Saúde Coletiva e iniciativas exitosas nacionais e internacionais.
As atividades do Observatório do SUS incluem a realização de seminários e oficinas, a elaboração de publicações, entre diversas outras ações.
Confira a programação:
#ParaTodosVerem Banner com fundo na cor verde-água, no topo 4 fotos, uma ao lado da outra, a primeira é dos fundos de uma casa, é possível ver prédios atrás da casa, a segunda foto é de uma mulher negra alimentando um bebê no colo, a terceira é de um homem sentado na cadeira de costas e a quarta é uma mulher encostada em uma porta, ao seu lado está escrito SUS. No centro do banner o tema do seminário: Financiamento do SUS - Equidade, acesso e qualidade, como garantir direitos e promover uma sociedade menos desigual e mais justa por meio do financiamento público da saúde? No lado inferior do banner o dia, horário e local do evento.
A revista Radis preparou uma edição especial com reportagens que mostram como a retomada do controle social e a ampliação da diversidade estiveram em pauta durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde (CNS). Se uma palavra pode descrever o encontro é diversidade. Mais bandeiras, mais cores, mais sotaques, mais lutas e mais histórias de vida em busca da tão sonhada equidade. Amanhã Vai Ser Outro Dia foi o tema escolhido, ainda em 2022, em uma conjuntura de retirada de direitos e ameaça à democracia. De 2 a 5 de julho, contudo, o amanhã era hoje, e os dias raiaram sem pedir licença, tal qual diz a canção de Chico Buarque.
A edição de agosto (251) enfoca os debates relevantes nos 48 grupos de trabalho (GTs) e na Plenária Final da conferência. A publicação ouviu depoimentos e análises de delegados experientes e estreantes, ativistas, trabalhadores, gestores, pesquisadores, cidadãos que usam e defendem o SUS em todo o país. Questões como direitos das pessoas com deficiência e da população LGBTQIAPN+ também foram pautadas. Além disso, pela primeira vez, a defesa do direito à comunicação como essencial à promoção de saúde esteve presente em um debate central no evento.
Todas essas abordagens você confere na edição especial, que já está disponível para leitura.
A 17 ª CNS marcou história, registrando participação recorde, trinta e sete anos após abrir suas portas à participação popular pela primeira vez, na emblemática 8ª, em 1986. Segundo o Conselho Nacional de Saúde (CNS), responsável pela organização, mais de 6,7 mil pessoas estiveram no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília, durante os quatro dias da etapa nacional da conferência, tomadas pelo “esperançar” por dias melhores. Radis esteve lá.
#ParaTodosVerem Foto de diversas pessoas caminhando, ao fundo uma bandeira preta desfocada, é possível ler “mulher” na bandeira, em destaque na foto uma mulher negra com o braço levantado e o punho para o alto, ela veste roupas coloridas e um turbante. Na parte inferior da foto está escrito: Um novo dia para a participação, retomada do controle social e ampliação da diversidade marcam a 17ª conferência de saúde.
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca promove, nos dias 23 e 24 de agosto, centros de estudos e sessões científicas. Os eventos vão abordar temas como saúde digital na saúde pública, desafios para os cuidados de pessoas com deficiências e crenças e ciência. As atividades contarão com transmissão ao vivo pelo Youtube. Confira!
Centro de Estudos da Ensp debaterá Saúde Digital na saúde pública
A Saúde Digital tem sido uma importante inovação na área da saúde. Durante a pandemia de Covid-19, a utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (Tics) foi intensificada em todo o mundo. Para discutir o tema, o próximo Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcelos da Ensp abordará os aspectos conceituais, metodológicos e práticos da utilização da Saúde Digital na saúde pública. A atividade acontecerá no dia 23 de agosto, às 14h, na sala 412 da Ensp, com transmissão ao vivo pelo canal da Ensp no Youtube. Haverá tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Participe!
A coordenação do Ceensp é do pesquisador do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGCS/Ensp), Joaquim Teixeira Netto, que também será palestrante. Participam ainda, o pesquisador do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da ENSP, Marcelo Fornazin, e a pesquisadora da Universidade Nova de Lisboa e professora do Politécnico de Leiria, Cláudia Pernencar. A pesquisadora da Ensp, Zulmira Hartz, será a debatedora da atividade. Acompanhe ao vivo:
Proqualis/Ensp debate 'Desafios para o cuidado de pessoas com deficiência'
Que dificuldades uma pessoa com deficiência enfrenta quando vai a uma unidade de saúde? Além das barreiras de acesso, existem muitos outros desafios a serem vencidos no cuidado desse grupo, que sofre com a desatenção dos serviços de saúde e educação. O próximo Webinar do Centro Colaborador para Qualidade e Segurança do Paciente (Proqualis/Ensp/Fiocruz) vai debater o tema. A transmissão da atividade será pelo canal do Proqualis no Youtube nesta quarta-feira, 23 de agosto, às 15h. Interessados em receber o certificado de participação devem inscrever até 23/8, data do evento, às 15h30.
O webinar ‘Desafios para o cuidado de pessoas com deficiência’, contará com apresentações de Flávia Teixeira, diretora de programa com foco nas populações vulnerabilizadas da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde; Laís Silveira Costa, pesquisadora do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz; e Wiliam César Alves Machado, professor e orientador acadêmico no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Biociências da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
A moderação será feita por Maria de Lourdes Moura, da Superintendência de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e do Proqualis/Ensp/Fiocruz.
Acesse o canal do Proqualis no Youtube e não perca!
Ensp debaterá 'Crenças e Ciência'
O Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Demqs/Ensp) promoverá, no dia 24 de agosto, às 10 horas, a sessão científica 'Crenças e Ciência', com apresentação da professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pesquisadora da Universidade de Columbia, Natália Pasternak. A sessão contará com a mediação do pesquisador do Demqs, Paulo Nadanosky e será transmitida, ao vivo, no canal da Ensp no Youtube. Participe!
Pesquisadora sênior no Centro para Ciência e Sociedade da Universidade de Columbia, Pasternak desenvolve pesquisa com ênfase em comunicação científica e combate ao negacionismo e desinformação, trazendo o pensamento científico para o centro do debate público, e ajudando a criar uma colaboração internacional para políticas globais baseadas em ciência. Acompanhe ao vivo:
#ParaTodosVerem Foto tirada de cima de um laptop, duas pranchetas e um porta-lápis, há três mãos femininas, duas estão escrevendo nos papéis presos nas pranchetas e uma aponta para a tela preta do laptop. No canto superior esquerdo está escrito: Fiocruz promove centros de estudos online sobre saúde e ciência - Saúde Digital na Saúde Pública; Desafios para o cuidado de pessoas com deficiência; Crenças e Ciência. Abaixo, os dias em que será realizado o evento.
*Com informações da Ensp/Fiocruz.
O Curso de Especialização em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) está com inscrições abertas para a turma de 2024. O prazo para os interessados se candidatarem é 29 de setembro pelo Campus Virtual Fiocruz. No total, estão disponíveis 33 vagas, sendo duas destinadas a candidatos estrangeiros. Além disso, 30% das vagas estão reservadas para ações afirmativas, sendo sete para negros e pardos, duas para pessoas com deficiência e uma para indígena. Acesse o edital e confira os requisitos para inscrição.
Com o objetivo de promover olhar crítico, reflexivo e abrangente sobre a situação de saúde e o contexto político-social, comprometido com a defesa do direito universal à saúde e do sistema público, o curso se destina a profissionais graduados ligados à área da saúde ou áreas afins. Sob a coordenação geral de Lenir Nascimento da Silva, com os coordenadores adjuntos Karla Meneses Rodrigues Peres da Costa, Letícia Pessoa Masson e Felipe Rangel de Souza Machado, a Especialização em Saúde Pública tem carga horária total de 690 horas, sendo 576 horas para participação nas Unidades de Aprendizagem que compõem o curso e 114 horas para elaboração do TCC.
As aulas serão às segundas e terças-feiras, em horário integral, das 8h às 17h. O início está previsto para 11 de março de 2024 e o término das aulas em 10 de dezembro de 2024. O curso se encerrará oficialmente em 30 de abril de 2025. Para se inscrever, é necessário preencher o formulário eletrônico disponível na página de inscrição e, em seguida, enviar toda a documentação exigida. A lista de documentos está disponível no edital de seleção.
Para tirar dúvidas, envie um e-mail para pseletivo.ensp@fiocruz.br.
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, por meio da Vice Direção de Ensino, está com vagas abertas para o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família 2024/2026, na modalidade presencial - ensino em serviço. O prazo final para candidatos se inscreverem é até 1º de setembro.
Destinada a profissionais da área da saúde e caracterizada por formação em serviço, em regime de tempo integral, o programa, que é uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS/RJ) e o Ministério da Saúde (MS), é uma modalidade de ensino de pós-graduação lato sensu, sob a forma de curso de especialização, com 60 horas semanais, uma folga semanal, sob dedicação exclusiva, totalizando 5.760 horas.
O curso tem como objetivo promover o desenvolvimento de competências dos profissionais de saúde graduados (enfermeiro, cirurgião dentista, farmacêutico, profissional de educação física, assistente social, nutricionista e psicólogo), para atuar junto às equipes de saúde da família com desempenhos de excelência na organização do processo de trabalho, no cuidado à saúde (individual, familiar e coletiva) e nos processos de educação em saúde visando à melhoria da saúde e o bem estar dos indivíduos, suas famílias e comunidade.
São ofertadas 28 vagas, distribuídas por categoria profissional, sendo vagas de Ampla Concorrência (AC) para cada categoria profissional e vagas destinadas as Ações Afirmativas (NI ou PcD), sendo: 20% Pessoas negras, 7% PcD e 3% pessoas indígenas.
O programa terá dois anos de duração, em tempo integral, com atividades teóricas, atividades práticas e teórico-práticas de formação em serviço. As aulas serão realizadas de 1º de março de 2024 a 1º de março de 2026.
Confira o edital e inscreva-se!
Manual estará disponível no Arca da Fiocruz em breve
O Programa da Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF) finalizou a revisão do Manual do Residente. O objetivo do documento é apresentar como está estruturado o Programa da Residência:
Submetido ao Repositório do Arca Fiocruz, em breve o documento estará disponível em acesso aberto.
*Com informações da Ensp/Fiocruz e RMSF/Fiocruz.
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) abriu as inscrições para o Curso de Qualificação Profissional sobre Princípios e Práticas de Vigilância em Saúde 2023. O prazo para os interessados se candidatarem é até 25 de agosto. A formação continuada traz os conceitos, métodos e práticas da Vigilância em Saúde, priorizando a Vigilância Epidemiológica, com foco na investigação e avaliação. Ao todo, 30 vagas estão disponíveis e os interessados em participar devem acessar o Campus Virtual Fiocruz, onde é possível acessar o edital do curso e inscrever-se.
O curso possui carga horária total de 30 horas e será ofertado de maneira presencial, às segundas e quintas-feiras, na Ensp, das 9h às 12h30. O início do curso será em 2 de outubro e o término em 23 de novembro.
Nesta formação continuada, o profissional vai conhecer os conceitos e fundamentos da Vigilância em Saúde e sua evolução na história e as lições dos grandes programas de erradicação de doenças. Além disso, vai reconhecer os diferentes tipos de Sistemas de Vigilância e aprender a planejar, executar e avaliar uma investigação epidemiológica de campo. Por fim, conhecerá os métodos utilizados na avaliação de sistemas de Vigilância em Saúde e os sistemas de informação da Vigilância em Saúde.
O curso se destina a profissionais graduados em nível superior ou nível médio técnico em qualquer área de Saúde e afins.
O curso de Vigilância em Saúde era oferecido tradicionalmente no Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia e Saúde Pública da Ensp aos futuros doutores. Em 2022, pela primeira vez, ele foi adaptado para alcançar os profissionais de saúde de nível técnico. O intuito é que esses profissionais conheçam novos conceitos e experiências da Vigilância em Saúde. O curso é coordenado pelos pesquisadores do Departamento de Epidemiologia da Ensp, Fernando Verani e Célia Regina de Andrade.
A formação continuada é organizada pelo Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde (Demqs/Ensp) e conta com a colaboração de docentes do Departamento de Endemias e do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador da Escola. A ampliação de sua oferta é uma estratégia para promover a popularização da ciência, com a inclusão dos profissionais de nível médio, que terão conhecimento de importantes conceitos da vigilância epidemiológica e poderão se atualizar.
#ParaTodosverem Banner com fundo cinza, no topo o desenho de um homem e uma mulher de jaleco, a mulher segura uma prancheta e há um microscópio, gráficos na parede e vidros atrás dela, ao seu lado o homem segura uma lupa gigante apontada para o planeta Terra, na lupa é possível ver vírus no planeta. Abaixo do desenho o nome do curso: Princípios e Práticas de Vigilância em Saúde - 2023, abaixo do título o período de inscrições, para quem se destina o curso, período e horários das aulas.
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) convida para a aula inaugural do curso de Especialização em Epidemiologia em Saúde Pública 2023, que será realizada no dia 9 de agosto, às 10h, na sala 410 do prédio principal. A aula magna será ministrada por Gulnar Azevedo e Silva, professora do Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) de 2018 a 2021. O tema escolhido para o evento é "Os desafios para a formação em epidemiologia no atual cenário sanitário no Brasil".
De acordo com o coordenador do curso, professor Daniel Marinho, e com o chefe do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde (DEMQS/Ensp) e coordenador adjunto da especialização, Cléber Nascimento do Carmo, o atual cenário de desigualdades sociais, inovações tecnológicas e infodemia traz diversos desafios para a formação do epidemiologista. “Esta formação deve ser um processo contínuo e dinâmico, adaptando-se às mudanças do contexto social, político e científico. Ela deve contribuir para a formação de profissionais críticos, criativos e comprometidos com a promoção da saúde das populações. Nesta aula inaugural, a Profa. Dra. Gulnar Azevedo e Silva apresentará um panorama das competências técnicas, éticas e políticas para os futuros especialistas em epidemiologia”, afirmam.
A convidada especial, Gulnar Azevedo e Silva, é também doutora em Medicina pela Universidade de São Paulo, foi coordenadora de prevenção do Instituto Nacional de Câncer entre 2003 e 2007 e, atualmente, é membro do Steering Committee do programa global de vigilância da sobrevida em câncer (Concord).
#ParaTodosVerem Banner com a foto de uma jovem negra com cabelos castanhos cacheados lendo. No lado direito do banner o título do curso de especialização: "Epidemologia em Saúde Pública", será aula inaugural, abaixo informações sobre o tema da aula, palestrante convidada, local, dia e horário.
A edição de julho da revista Radis (250) traz como matéria principal uma importante análise sobre os novos rumos orçamentários do SUS. Com o iminente fim do teto de gastos, a reportagem discute o novo arcabouço fiscal, em tramitação no Congresso Nacional, mas alerta para outras dificuldades e desafios que ainda se apresentam. O alívio financeiro coexiste com a pressão para aumentar o orçamento de políticas sociais, por exemplo. O economista Carlos Octávio Ocké-Reis, técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), concorda com a visão de que o orçamento do SUS sofrerá novas pressões.
+ Confira a matéria completa "Saúde sob novo teto?"
A deputada federal Ana Pimentel (PT-MG), criadora da Frente Parlamentar em Defesa do Sistema Único de Saúde, fala sobre a articulação para que Saúde e Educação não estivessem sob novo teto, ampliando seu financiamento. Somente no período de 2018 a 2022, o teto de gastos retirou R$ 70 bilhões do SUS. Na edição 250, você também confere: críticas e manifestações pela revogação do Novo Ensino Médio; a invisibilidade do homem negro na vacinação contra a Covid-19; experiências que valorizam o parto natural e métodos integrativos, em reportagem sobre a Casa de Parto David Capistrano Filho, no Rio de Janeiro, e a inclusão de crianças com Síndrome de Down, no cuidado integral da saúde, em atendimentos realizados no Ambulatório de Síndrome de Down da Uerj (Ambdown).
#ParaTodosVerem Banner com a foto de uma bandeira no mastro, a bandeira é da cor branca com a logo do Ministério da Saúde, está com os dizeres: Saúde é investimento, ela está balançando ao vento. Na parte inferior da foto está escrito - Novo regime fiscal: Entenda por que o SUS precisa de financiamento livre de teto.
Os Cursos de Inverno 2023 da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) receberam mais de 1,5 mil inscrições de alunos externos e internos. Os interessados se candidataram a um total de 17 disciplinas entre os dias 12 e 26 de junho. A Coordenação de Pós-Graduação Stricto Sensu da Ensp atribui a alta procura às novidades implementadas neste ano, como a oferta de alguns cursos também para alunos de graduação e a parceria com o Campus Virtual Fiocruz.
"Entendemos que estes foram os diferenciais determinantes para termos alcançado um alto número de inscritos", afirmou a coordenadora de Stricto Sensu da Ensp, Joviana Avanci, que destacou ainda o alcance da divulgação tanto pelas redes sociais quanto por meio dos próprios docentes. Para a pesquisadora, o grande número de candidatos demonstra o potencial atrativo dos Cursos de Inverno, que podem então funcionar também como um chamariz para as formações oferecidas pela Escola. "Os Cursos de Inverno tiveram muita visibilidade e ficamos muito satisfeitos com a procura, que também mostra o potencial das nossas disciplinas, inclusive como vitrine para os demais cursos da Ensp", avaliou Joviana.
Com a experiência bem-sucedida, a Ensp espera repetir o movimento de oferta de inscrições via Campus Virtual Fiocruz, de cursos remotos, além das estratégias de divulgação para impulsionar as disciplinas também de verão.
"Agradecemos aos alunos externos e internos pelo interesse. Vamos continuar com essas iniciativas. Esperamos muito que esses cursos de inverno possam atrair novos alunos para a Escola, como porta de entrada para que muitos possam também fazer os cursos de Stricto Sensu, Lato Sensu e Qualificação Profissional, e que construam uma vida de formação nas suas carreiras", disse a coordenadora Joviana Avanci.
Confira, abaixo, as disciplinas de inverno ofertadas em cada um dos programas da Ensp neste ano de 2023.
Saúde Pública:
Violência de Gênero e Saúde (17 a 21/7) - 5 encontros (Presencial + Zoom);
Vigilância em Saúde de Base Territorial - conceitos e métodos (10 a 26/7) - 8 encontros (Presencial + Zoom);
Métodos Qualitativos na Pesquisa em Saúde: produzindo e analisando dados de alta qualidade em entrevistas (10 a 14/7) - 10 encontros (Presencial + Zoom) e
Interseccionalidades e Agroecologia - contribuições para vigilância popular em saúde de base territorial (17 a 21/7) - 10 encontros -(Presencial + Zoom).
Saúde Pública e Meio Ambiente:
Ecotoxicologia: perspectiva e aplicações (24 a 28/7) - 10 encontros remotos;
Pesquisa Bibliográfica Aplicada à Saúde e Gerenciamento de Referências (10 a 14/7) - 5 aulas online síncronas;
Construção e Validação de Instrumentos de Coleta de Dados (Questionários) para Pesquisa em Saúde (10 a 14/7) - 5 encontros remotos;
Segurança de alimentos: aspectos sanitários e microbiológicos em saúde pública (17 a 21/7) - 10 encontros remotos;
Comunicação de Riscos Ambientais e à Saúde (10 a 14/7) - 5 encontros remotos;
Zoonoses Relevantes em Saúde Pública e Meio Ambiente (10 a 14/7) - 5 encontros remotos;
Microrganismos veiculados por via hídrica e questões sanitárias: passado, presente e futuro (10 a 14/7) - 10 encontros (Todos serão presencias e remotos para que alunos de outros estados tenham a oportunidade de participar da disciplina) e
Água e saneamento ambiental (17 a 21/7) - 5 encontros, aulas serão em formato híbrido.
Epidemiologia em Saúde Pública:
Garimpo de ouro na Amazônia: aspectos epidemiológicos da crise sanitária Yanomami (17 a 21/7) - 5 encontros presenciais;
Avaliação de instrumentos multidimensionais usados em epidemiologia (3 a 7/7) - 10 encontros formato remoto, pelo aplicativo Zoom;
Avaliação do consumo alimentar de populações (10 a 14/7) - 10 encontros presenciais;
Modelos Teóricos: Utilização, Elaboração e Relato em Estudos Epidemiológicos (24 a 28/7) - 10 encontros presenciais e
Introdução à ciência de dados (31/5 a 4/6) - 5 encontros presenciais.
#ParaTodosVerem Banner com fundo verde, ao lado direito, a foto de um jovem negro, com barba e cabelos escuros, está com uma blusa rosa, relógio prateado no pulso esquerdo, mochila e segura um livro. No centro do banner está escrito: "Ingresse nos cursos de inverno da Esnp, com disciplinas eletivas abertas ao público para graduandos e pós-graduandos".
Buscando apoiar as coordenações e supervisões dos programas de residência em saúde da Fiocruz para qualificar o manejo e a conduta de casos de sofrimento psíquico no âmbito desses cursos - cujo caráter é diferenciado das demais ofertas de pós-graduação, dada a intensa imersão no mundo do trabalho de saúde, como recurso central formativo -, a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, por meio da Coordenação Adjunta de Residências em Saúde, ligada à Coordenação-Geral de Educação (CGE/VPEIC), e do Fórum de Coordenadores de Residências em Saúde, e o apoio do Centro de Apoio Discente (CAD), realizou a Oficina de Saúde Mental e Residências em Saúde. O encontro, que aconteceu no dia 12 de julho, reuniu cerca de 60 pessoas de diferentes cursos e instâncias de educação da Fiocruz.
A proposta do encontro compõe o compromisso da Fundação de implementar ações voltadas para aos residentes, considerando suas subjetividades. Assim, buscou-se reconhecer as iniciativas em curso dentro da Fiocruz, além de fortalecer as ações
com maior ênfase institucional, tendo em vista os desafios persistentes no que se refere ao sofrimento psíquico no âmbito das residências em saúde. A pauta da saúde mental vem recebendo destaque em diferentes âmbitos, sobretudo após a pandemia de Covid-19, o que ressaltou a necessidade de um olhar mais cuidadoso para os aspectos psicológicos do viver.
Empatia e acolhimento no cuidado aos residentes
Na abertura do encontro, a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristila Guilam, destacou a importância do Fórum e afirmou que o estudo psíquico é algo vivido e não uma neurose. Ela afirmou que “a saúde mental é uma dimensão que impacta a todos e revela a nossa fragilidade emocional”. Além de plenárias, a oficina desenvolveu-se com diferentes atividades em grupo durante todo o dia
A coordenadora adjunta de Residências em Saúde, Adriana Coser, ressaltou a parceria com todas as unidades da Fiocruz, e apontou que a temática da oficina é cara à Fundação. Ela comentou que o interesse e procura por esse encontro foi além do esperado, inclusive de outras modalidades formativas, como o Stricto sensu, e a participação de unidades que não oferecem residência, mas tem muito interesse nessa discussão da saúde mental e sua articulação com a educação, especialmente a formação em serviço. "Como resultado da oficina, pretendemos construir um documento e, para além disso, a ideia é ampliar a rede de apoio ao cuidado em saúde mental das residências. Queremos qualificar o nosso manejo e a conduta no que diz respeito ao cuidado desses profissionais. Em 2023, o Fórum de Coordenadores está completando 6 anos , como um espaço coletivo de assessoramento para a qualificação da gestão dos processos educacionais no ambito das residências em saúde", destacou ela.
A primeira atividade em plenária foi sobre "Compreensão do conceito de sofrimento psíquico no âmbito das residências". A coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Laps/Ensp/Fiocruz), Ana Paula Guljor, apresentou uma reflexão sobre mecanismos educacionais e assistenciais e falou sobre a crescente medicalização de situações que são geradas pela vida contemporânea. Ana Paula foi coordenadora da residência médica em Psiquiatria do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba (Niterói) e defendeu que o sofrimento psíquico não é igual ao transtorno mental. “O diagnóstico do sofrimento psiquiátrico é um olhar atento para o outro com empatia e acolhimento. É preciso ‘desrotular’ as fobias e os diagnósticos”. Outra questão abordada por Ana Paula é a importância de dissociar o sofrimento psíquico com a capacidade profissional do indivíduo. “Esses questionamentos sobre a competência geram quadros que potencializam a angústia, a frustração e o mal-estar, neste caso do residente”, detalhou.
Ana Paula citou ainda que o sofrimento psíquico é mais presente no primeiro ano da residência, principalmente entre mulheres. Foi, ainda, apontado que 50% do público que passa por algum sofrimento psíquico está na primeira formação especializada. O estado civil e a idade destacaram-se entre os fatores, sendo a maioria pessoas de 25 a 30 anos e solteiras. “O sofrimento psíquico também tem sido registrado em situações de preconceito de raça e gênero, além de assédio”, destacou.
O coordenador da residência em Tecnologias Aplicadas à Indústria Farmacêutica, oferecida pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), Eduardo Gomes Rodrigues de Sousa, comentou que, em 2022, a Fundação ofereceu um total de 543 vagas em todos os seus cursos de residência, sendo cinco delas para Farmanguinhos. Para o próximo ano, já foram aprovadas 10 vagas. Eduardo comentou também que a realização desses oficinas é periódica e abrange temas sobre gestão educacional e assuntos relacionados aos residentes, como, por exemplo, a saúde mental. “Queremos compreender melhor como lidar com casos em que haja suspeita que aquele residente está em sofrimento psíquico”.
O encontro aconteceu em Farmanguinhos e teve a participação da coordenadora da residência multiprofissional em Saúde Mental e professora do mestrado profissional em Atenção Psicossocial do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ipub/UFRJ), Paula Cerqueira Gomes, que falou sobre as dimensões do sofrimento psíquico e cuidados em saúde mental nas residências; do superintendente de Saúde Mental da Secretaria Municiapal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS/RJ), Hugo Fagundes, que apresentou fluxos e funcionamento da rede de saúde mental do SUS municipal; do integrante do Núcleo de Saúde do Trabalhador da Coordenação de Saúde do Trabalhador (Nust/CST), ligado à Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe/Fiocruz), Marcello Santos Rezende, que apresentou documento de diretrizes da Fiocruz na área; a coordenadora do Centro de Apoio Discente (CAD), Etinete Nascimento Gonçalves, que apresentou a estrutura e ações do Centro; e a professora da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), Sabrina Ferigato, que trouxe as experiências da Universidade em que atua.
Vale destacar que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem permanente atenção com o bem-estar dos residentes, e, inclusive, já fomentou diferentes ações na área, como a publicação da Nota Técnica 01/2020, que trara das “Orientações sobre Saúde Mental e a Pandemia Covid-19 para Residentes em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz”; o documento de referência para atuação em saúde mental e trabalho na Fiocruz - 2023 ; e a Política de Apoio ao Estudante (PAE) - 2023.