Estão abertas, até 24 de janeiro de 2025, as inscrições para o curso de atualização em Oficinas Clínicas do Cuidado: Narrativas e (Re) Construção de Sentidos para o Trabalho em Saúde.
O procedimento de inscrição requer dois momentos: primeiro, o preenchimento do formulário eletrônico e, posteriormente, o envio de toda a documentação exigida. A inscrição e o envio da documentação de inscrição, via correio eletrônico, deverão ser efetuadas impreterivelmente até às 16h (horário de Brasília) do dia 24 de janeiro de 2025.
O curso se destina aos profissionais de saúde ou áreas afins, de nível superior, que atuem em funções assistenciais ou gerenciais em unidades de saúde do SUS, ou que exerçam funções de cuidado em outros serviços públicos. São ofertadas 44 vagas.
Com carga horária total de 96 horas trabalhadas por via remota, através da plataforma digital Zoom, o curso será ministrado semanalmente, às terças-feiras, das 9h às 12h e das 14h às 17h.
A atividade tem como objetivo contribuir com a compreensão e (re)construção de sentidos acerca das questões ligadas à dimensão (inter)subjetiva do trabalho em saúde e da produção do cuidado. Através do desenvolvimento de oficinas clínicas psicossociológicas, apoiadas em processos grupais e na utilização de casos como dispositivos de intervenção nos processos de trabalho em saúde, o curso visa favorecer a discussão das experiências do cotidiano assistencial. A ideia é incentivar o reconhecimento e a elaboração dos diferentes elementos que envolvem a cena clínica e influenciam, de diversas maneiras, a relação com os pacientes e os colegas, bem como o resultado terapêutico.
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está com inscrições abertas, até 10 de dezembro de 2024, para o processo seletivo do curso de Fellow em Neuroinfecções. Destinado a médicos com residência ou especialização equivalente em infectologia ou neurologia, o curso visa capacitar profissionais no diagnóstico e tratamento de infecções do sistema nervoso.
Com carga horária semanal de 16 horas, o curso será ministrado presencialmente, com atividades teóricas e práticas nos ambulatórios e com pacientes internados.
São oferecidas 3 vagas, com carga horária total distribuída ao longo de um ano, entre 1º/3/2025 e 28/2/2026. O curso será realizado no INI/Fiocruz.
Para se inscrever, é necessário apresentar graduação em medicina e conclusão de residência ou especialização em infectologia ou neurologia. A seleção será realizada por meio da análise do CV Lattes e entrevista.
Para mais informações e fazer a sua inscrição, acesse o Campus Virtual Fiocruz.
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está com inscrições abertas até 1º de dezembro de 2024, às 23h59min (horário de Brasília), para o processo de Mestrado Profissional em Pesquisa Clínica (MPPC), para a turma presencial de 2025. Serão oferecidas 25 vagas (17 para ampla concorrência, 08 vagas destinadas às Ações Afirmativas distribuídos conforme consta no edital). O Mestrado Profissional tem duração de 24 meses.
O MPPC tem como público-alvo profissionais de nível superior, em qualquer área de graduação, com vínculo profissional de qualquer tipo (servidor público, CLT, bolsa de fundação de apoio, empresa, cooperativa) ou autônomo com atividade regular na área de atuação e situação profissional regularizada com registro em seu conselho. O selecionado deve desenvolver o projeto do mestrado profissional em seu local de trabalho ou no local de trabalho do orientador, relacionado a uma das linhas de pesquisa do MPPC.
O objetivo específico do curso é formar mestres qualificados para atuar nos aspectos técnicos da condução de pesquisas clínicas, contribuindo para a formação dos profissionais da Fiocruz e trabalhadores das esferas municipais, estaduais, de outras instituições federais e da iniciativa privada. O MMPC prioriza o desenvolvimento de projetos que resultem em produtos passíveis de aplicação prática e imediata na melhoria da qualidade dos setores nos quais o aluno desenvolve suas atividades profissionais.
O Programa de Pós-Graduação oferece 10 bolsas de estudo, distribuídas proporcionalmente entre as vagas de ampla concorrência e as de cota, de acordo com a classificação final em cada categoria.
Para conferir o edital e fazer a sua inscrição, acesse o Campus Virtual Fiocruz.
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está com inscrições abertas até 1º de dezembro de 2024, às 23h59min (horário de Brasília), para o processo seletivo de seus cursos presenciais de Mestrado e Doutorado Acadêmico em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas.
O curso de Mestrado Acadêmico oferece 16 vagas (11 para ampla concorrência e 05 vagas destinadas às Ações Afirmativas distribuídos conforme consta no edital) e tem a duração máxima de 24 meses.
O curso de Doutorado Acadêmico oferece 10 vagas (06 para ampla concorrência e 04 vagas destinadas às Ações Afirmativas distribuídos conforme consta no edital) e tem duração máxima de 48 meses. O objetivo dos cursos é formar docentes para o ensino de nível superior e pesquisadores, em nível de Mestrado e Doutorado, qualificados para o desenvolvimento de Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas.
Ambos cursos são de natureza multiprofissional e é necessário que os candidatos possuam graduação completa. Os programas apresentam propostas abrangentes, interdisciplinares e multiprofissionais na pesquisa clínica em doenças infecciosas, buscando a excelência na ciência, na tecnologia e na inovação.
Para conferir os editais e fazer sua inscrição, acesse o Campus Virtual Fiocruz pelos links:
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está com inscrições abertas até o dia 23 de novembro para o seu curso presencial de Especialização em Infectologia para Médicos Estrangeiros (Programa de Pós-Graduação Lato Sensu). São oferecidas duas vagas. A formação tem o objetivo tornar os profissionais aptos para atuar nos campos de prevenção e controle, diagnóstico, tratamento, reabilitação, avaliação e formulação de políticas públicas na área da Infectologia, em seus países de origem. A carga horária total do curso é de 5.760 horas, distribuídas em três anos, em regime de 40 horas semanais.
O processo seletivo privilegiará, mas não garantirá vaga aos candidatos e candidatas de países integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com índice de desenvolvimento humano (IDH) menor que a média mundial, de acordo com a Organização das Nações Unidas.
Para ler o edital e fazer sua inscrição no Campus Virtual Fiocruz.
O Vírus Linfotrópico da Célula T Humana, conhecido como HTLV (Human T-cell Lymphotropic Vírus, na sigla em inglês), é um retrovírus semelhante ao HIV, mas ainda pouco conhecido pela sociedade em geral. O Dia Mundial de Conscientização sobre o HTLV, celebrado em 10/11, busca ampliar o conhecimento sobre esse vírus, destacando a importância das estratégias de prevenção, do diagnóstico precoce e da testagem. A data foi criada para promover um debate global e incentivar políticas de saúde voltadas à detecção e ao acompanhamento dos portadores, uma vez que o HTLV ainda carece de visibilidade nos sistemas de saúde de muitos países. Em vista disso, o Campus Virtual Fiocruz vem trabalhando em conteúdos relevantes sobre essa temática e, em breve, lançará um curso autoinstrucional, online e gratuito sobre o HTLV. Acompanhe nossas noticias e conheça mais sobre o HTLV!
Segundo o Ministério da Saúde, embora conhecido desde a década de 1980, O HTLV ainda é um desafio para a saúde pública e não tem cura. Esse vírus infecta principalmente as células do sistema imunológico (LTCD4+), e possui a capacidade de imortaliza-las, fazendo assim com que essas percam sua função de defender nosso organismo. Ele possui quatro subtipos: HTLV-1 (subtipo que mais causa doenças associadas), HTLV-2, 3 e 4. Estima-se que milhões de pessoas em todo o mundo sejam portadoras do HTLV, e muitas nem saibam disso devido à baixa conscientização e testagem limitada. A infecção pode estar associada a condições graves, como a leucemia de células T e a paraparesia espástica tropical, mas a maioria dos infectados permanecem assintomáticos ao longo da vida.
O HTLV é transmitido de maneira semelhante ao HIV, por meio de relações sexuais desprotegidas, transfusões de sangue contaminado e através da mãe infectada para o recém-nascido (transmissão vertical), principalmente pelo aleitamento materno. e compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas. Por isso, as estratégias de prevenção incluem o uso de preservativos em todas as relações sexuais, a triagem de doadores de sangue e a orientação para que mães portadoras evitem o aleitamento materno. Por isso a disseminação de informações, além de campanhas de educação e conscientização sobre a doença, são essenciais para reduzir a transmissão e aumentar o diagnóstico.
Para as pessoas que já convivem com o HTLV, o cuidado contínuo e o acompanhamento regular com especialistas, como neurologistas e hematologistas, são fundamentais e podem ajudar a prevenir ou a tratar complicações associadas à infecção. A falta de informação e o estigma em torno do HTLV dificultam o acesso ao diagnóstico e ao tratamento adequado, como ocorre com outras doenças.
Prevenção e tratamento
Neste dia, o apelo é para que mais atenção seja dada a esse vírus e aos desafios enfrentados pelos portadores, buscando não apenas aumentar a conscientização, mas também melhorar a qualidade de vida e o cuidado oferecido a quem convive com a infecção.
De acordo com o Ministério, o tratamento é direcionado de acordo com a doença relacionada ao HTLV. A pessoa deverá ser acompanhada nos serviços de saúde do SUS e, quando necessário, receber seguimento em serviços especializados para diagnóstico e tratamento precoce de doenças associadas ao HTLV. Embora não haja um tratamento curativo para as manifestações neurológicas do HTLV-1, recomenda-se que todo indivíduo acometido deve ser assistido por equipe multidisciplinar que inclua profissionais médicos (neurologista, infectologista, urologista, dermatologista, oftalmologista), fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e psicólogos. Para a prevenção, recomenda-se o uso de preservativo masculino ou feminino (disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde) em todas as relações sexuais, além de não se compartilhar seringas, agulhas ou outros objetos perfuro cortantes.
É importante destacar que a detecção da infecção pelo HTLV só foi possível a partir de 1983, quando foram introduzidos testes sorológicos para a avaliação da disseminação viral. No Brasil, estes testes foram introduzidos a partir de 1993, sendo obrigatórios em todos os bancos de sangue. A triagem para esse agente infeccioso também é realizada durante os processos de fertilização in vitro em nosso país.
Visibilidade e mobilização social
A pesquisadora do Laboratório de Virologia e Terapia Experimental (Lavite), do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco) Clarice Neuenschwander é uma das coordenadoras da nova formação. Na última sexta-feira, 8/11, ela proferiu a palestra 'Conhecendo o HTLV: HTL… O quê?', que teve foco em esclarecer o impacto do HTLV, destacando avanços recentes e desafios no combate à transmissão desse agente infeccioso. Durante a palestra, Clarice reforçou que os avanços recentes incluem a obrigatoriedade do teste para HTLV no pré-natal nacional, implementada neste ano de 2024, e orientações de que mães diagnosticadas evitem o aleitamento, devido ao alto risco de transmissão.
+Confira: Minuto SUS aborda palestra sobre HTLV
Além disso, no domingo, Dia Mundial de Conscientização sobre o HTLV, 10/11, foi realizada uma ação na Avenida Paulista, em São Paulo, para visibilidade e mobilização social sobre o tema. A iniciativa teve a participação de pesquisadores e integrantes da Secretaria de Saúde de São Paulo, o Ministério da Saúde, a Universidade de São Paulo (USP), o HTLV Chanel e o grupo HTLV Brasil (IAM/Fiocruz Pernambuco). O HTLV foi ainda tema da questão 121 do Exame Nacional Ensino Médio (Enem) 2024, o que faz com que a temática chegue em grupos importantes, como os jovens, que têm vida sexual ativa e muitas vezes apresentam comportamento de risco, como o não uso de preservativos em suas relações sexuais.
*com informações do Ministério da Saúde e IAM/Fiocruz Pernambuco
Como a inteligência artificial afeta as nossas relações cotidianas? Quais os impactos da IA nas políticas públicas? Estas perguntam nortearão a aula aberta organizada pela disciplina “Fontes de Informação e Indicadores de Saúde”, do Programa de Pós-graduação em Informação e Comunicação em Saúde – PPGICS/Icict, na terça-feira, 12 de novembro, às 12h, na Biblioteca de Manguinhos.
O evento terá como convidado Paulo Januzzi, professor e coordenador-geral da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (EnceE/IBGE), que possui uma longa trajetória de colaboração com o Laboratório de Informação em Saúde (Lis/Icict/Fiocruz). Januzzi discutirá o monitoramento e a avaliação de políticas públicas a partir deste cenário tecnológico e apresentará seu mais recente livro: "Políticas Públicas, Valores e Evidências em Tempos de Inteligência Artificial." Os professores e pesquisadores Dalia Romero e Ricardo Dantas, ambos do Icict/Fiocruz, mediarão o diálogo.
Aula é voltada para os alunos do PPGICS e trabalhadores do Icict, e a sociedade civil interessada no tema. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://bit.ly/ppgics-aulaaberta-iapolpub
Nesta obra, o autor sistematiza conceitos essenciais, ressignifica definições tradicionais e introduz novas técnicas de análise e modelos que integram o uso da inteligência artificial no campo das políticas públicas. Ao longo de seus quatro capítulos, o livro destaca como valores republicanos e amplas evidências devem guiar a formulação de políticas e como a IA pode contribuir para transformar o modo como a sociedade e os profissionais do setor público enxergam e implementam programas e ações.
Serviço
Aula Aberta: Informação, Políticas Públicas e Evidências em tempos de Inteligência Artificial
Data: 12 de novembro de 2024 – Terça-feira | Horário: Das 12h às 16h
Local: Biblioteca de Manguinhos – Salão de Periódicos Lobato Paraense
Inscrições: https://eventos.icict.fiocruz.br/
No último domingo, teve início o 5º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que acontece em Fortaleza. O evento reúne inúmeros pesquisadores e representantes da Fiocruz. Nossa vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, participou da cerimônia de abertura representando a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O Campus Virtual Fiocruz também está no evento, integrantes de nossa equipe participaram da atividade: "Retomada da Estratégia Saúde da Família", que aconteceu na tarde de segunda, e da oficina "e-SUS APS e Sisab com ferramentas do cuidado e da gestão da APS", na manhã desta terça-feira. Em ambas as atividades foi abordado o projeto Painel e-SUS APS da Fiocruz, um software livre e colaborativo, disponibilizado pelo Campus Virtual Fiocruz como recurso educacional aberto.
O Painel é uma ferramenta que visa à gestão do cuidado por meio da informação qualificada para a efetividade do SUS. Ele apresenta dashboards e relatórios temáticos que apoiam os serviços de saúde e seus municípios, tendo como foco a qualificação do cuidado na Atenção Primária em Saúde (APS).
O Painel oferece feedback para profissionais de saúde na APS utilizando dados locais, e conecta-se aos arquivos e bancos de dados locais para extrair essas informações e entregá-las de forma fácil de usar e que faça sentido para os profissionais e gestores de saúde. Neste projeto, toda equipe ou secretaria de saúde interessada poderá implementar tal solução, que tem potencial de aplicação em todo Brasil. Depois de instalado localmente, o Painel acessa informações que já estão nos computadores nos quais os profissionais da saúde trabalham registrando os atendimentos.
A oficina foi proposta pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/@minsaude) e, na ocasião, o Painel e-SUS foi apresentado pelo secretário, Felipe Proenço de Oliveira, na mesa-redonda, que também contou com a participação de Luiz Augusto Facchini, da Universidade Federal de Pelotas, Maria Vaudelice Mota, da Secretaria de Saúde do Ceará; e a coordenadora nacional do ProfSaúde, Carla Pacheco.
*As duas últimas fotos são da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).
O controle social prevê transparência e corresponsabilidade na gestão da saúde pública, assegurando, assim, que as políticas sejam implementadas de acordo com as prioridades da população. Ao fortalecer a fiscalização e promover o engajamento dos conselheiros de saúde, o SUS torna-se mais eficiente e responsivo, com maior capacidade de adaptar-se aos desafios e demandas emergentes. Com foco nesses atores fundamentais no processo de Monitoramento e Avaliação, o Campus Virtual Fiocruz lança o curso, online e gratuito, Formação em Monitoramento e Avaliação para o Controle Social no SUS. A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Conselho Nacional de Saúde(CNS), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (ISC/UFMT). Conselheiros, apoiadores técnicos e representantes dos conselhos estão no foco, mas a formação é aberta a todos os interessados na temática.
O CNS também lançará o curso nesta quarta-feira, durante sua 360ª Reunião Ordinária, que marca ainda a volta das atividades no tradicional Plenário Omilton Visconde, localizado no anexo do Ministério da Saúde, em Brasília, após nove meses de reformas. A reunião será transmitida online pelo canal do CNS no Youtube. Leia mais em Reinauguração do plenário do CNS é destaque da 360ª Reunião Ordinária e conheça a pauta do encontro.
A proposta do curso surgiu a partir da necessidade de os conselhos de saúde desenvolverem estratégias eficazes para monitorar as deliberações que influenciam a formulação e o acompanhamento das políticas públicas de saúde, uma demanda recorrente nas conferências de saúde, amplamente discutida na 16ª Conferência Nacional de Saúde de 2019. Tais conferências deliberam proposições cruciais para o planejamento e execução de ações no SUS em resposta às necessidades da população brasileira. No entanto, o monitoramento técnico dessas deliberações e sua incorporação no planejamento de políticas e programas ainda é limitado.
Este foi um curso feito numa profícua parceria entre as instituições, com a concepção e a execução alinhadas entre os organizadores e o demandante, que foi o CNS. Assim, a formação reflete também as características e anseios de cada instituição. Segundo a coordenadora da formação pela Fiocruz, Marly Cruz, que é pesquisadora da Ensp e possui larga experiência na área do M&A, o curso oferece conceitos, métodos e aplicações práticas para fortalecer a atuação dos conselhos na fiscalização e melhoria das políticas públicas de saúde. Tendo como base o arcabouço teórico e metodológico do Monitoramento e Avaliação em Saúde, o curso visa qualificar os profissionais para aplicarem essas ferramentas no contexto do controle social no SUS.
Já Fernando Pigatto, que é presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) desde 2018 (gestões 2018-2021 e 2021-2024) e atua no controle social há cerca de quatro década, afirma que o curso será fundamental para o processo de devolutiva da 17ª Conferência Nacional de Saúde nos níveis federal, estadual e municipal, "influenciando, inclusive, nos planos municipais de saúde, a serem elaborados no próximo ano para vigorarem entre 2026 e 2029".
Curso autoinstrucional: demanda por formação, organização do conhecimento e uma janela de oportunidade
A coordenadora do curso pela UFMT, Juliana Kabad, lembrou que a nova formação é resultado de uma iniciativa anterior, realizada em 2023, de forma híbrida pelos mesmos parceiros agora envolvidos. Segundo ela, o curso foi inovador na medida em que trabalhou com conteúdos que ainda não haviam sido abordados de forma articulada: a áreas de conhecimento do monitoramento e avaliação, e o controle social em saúde, voltados a conselheiros de saúde e trabalhadores do controle social do SUS.
"Realizamos todo um trabalho de adequação do material didático sem perder suas bases e essência, desenvolvemos inúmeras videoaulas para adaptar a parte síncrona do cursoo, além de incorporarmos novos docentes, que anteriormente atuaram como tutores na formação anterior. Nossa ideia agora é ter um amplo alcance em todo o país, de forma a subsidiar o processo formativo contínuo dos conselhos de saúde, sejam municipais, estaduais e o Conselho Nacional de Saúde para o fortalecimento, o monitoramento e a avaliação em saúde para que, a partir disso, consigam exercer de fato suas funções, tanto na formulação de políticas como no monitoramento e na avaliação das mesmas", detalhou.
O material do novo curso autoinstrucional trabalha a participação social em todo o ciclo da política, desde o processo de formulação até o processo de planejamento, execução, monitoramento e avaliação, além do papel do controle social em todo esse processo. O que se busca é que as deliberações das conferências de saúde sejam efetivamente acompanhadas e monitoradas para que incidam sobre a formulação das políticas. E, posteriormente, depois de tais políticas já implantadas, possam ser continuamente acompanhadas, monitoradas e avaliadas pelos conselhos.
Conheça a formação em Monitoramento e Avaliação para o Controle Social no SUS - 60h, 3 módulos e 7 unidades:
Módulo 1: Princípios e conceitos básicos sobre Participação Social em Saúde
Módulo 2: Princípios e conceitos básicos sobre Planejamento, Monitoramento e Avaliação em Saúde
Módulo 3: Contribuições do Monitoramento e Avaliação (M&A) para o Controle Social no SUS
#ParaTodosVerem Banner com fundo roxo com figuras ilustrativas, no lado superior direito, a imagem ilustrativa de um homem branco com cabelos escuros compridos, ele está sentado em um cadeira de rodas e segura um círculo amarelo nas mãos. No canto inferior esquerdo, a figura ilustrativa de duas mulheres negras, uma está com turbante, a outra está com uma faixa na cabeça e com o cabelo comprido solto, há um microfone na sua frente e ela está com a mão esquerda levantada. No canto inferior direito, a figura ilustrativa de três pessoas, uma mulher amarela com a jaqueta do SUS e cabelos compridos soltos, um homem negro e uma mulher negra, eles sorriem. No centro do banner está escrito: Curso Formação em Monitoramento e Avaliação para o Controle Social do SUS.
O Conselho Técnico Científico da Educação Superior (CTC-ES) da Capes aprovou uma nova sistemática para uma das dimensões da avaliação quadrienal da pós-graduação stricto sensu: a classificação da produção intelectual. O processo avaliativo passará a focar na classificação dos artigos publicados e não mais no periódico onde o texto foi divulgado. A mudança será aplicada no ciclo 2025 a 2028.
Desta forma, as revistas científicas não serão mais classificadas pelo Qualis Periódicos, como vem ocorrendo até o ciclo avaliativo que se encerra este ano. A mudança foi aprovada na reunião do CTC-ES de setembro e os documentos orientadores das novas regras serão publicados de forma detalhada em março de 2025.
Foram definidos três procedimentos (veja detalhes abaixo) para a classificação dos artigos. Cada uma das 50 áreas de avaliação da Capes poderá adotar um dos itens, ou a combinação entre eles. “A mudança redireciona o olhar e a classificação para o artigo, que passa a ser o elemento central”, explica o diretor de Avaliação da Capes, Antonio Gomes de Souza Filho.
Um dos procedimentos da nova metodologia vai permitir, por exemplo, que três artigos publicados em um mesmo periódico possam ter classificações diferentes, pois os indicadores bibliométricos dos artigos são diferentes. Com isso, um texto poderá receber classificação melhor do que o outro. “Ao avaliar o artigo é possível ter uma melhor dimensão do conteúdo produzido, da repercussão do mesmo, o que é mais difícil ao se observar apenas o periódico”, ressalta o diretor.
Para ele, essa mudança é um avanço no sistema de avaliação dos cursos de mestrado e doutorado do País. “Aproveitamos o que tem sido bom nessa metodologia do Qualis e, ao mesmo tempo, abrimos espaço para acolher outras informações, métricas e metodologias que a avaliação contemporânea da produção científica demanda”, destaca Antonio Gomes.
Três procedimentos para a classificação dos artigos:
Primeiro - a classificação se dará pelos indicadores bibliométricos dos veículos de publicação, baseada no desempenho da revista, como é feito atualmente pelo Qualis Periódicos, mas a classificação vai recair sobre artigos.
Segundo - os indicadores serão extraídos diretamente do artigo, através, por exemplo, do índice de citações alcançadas para a análise quantitativa e dos critérios de indexação e acesso aberto, dentre outros, para averiguar aspectos qualitativos.
Terceiro - a análise qualitativa de artigos é baseada em fatores e metodologias definidos pela área de avaliação que podem abarcar, por exemplo, uma análise de pertinência do tema abordado, avanço conceitual proveniente do trabalho e a contribuição científica do estudo.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/Capes)
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