O processo seletivo do curso presencial de especialização em Divulgação e Popularização da Ciência da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) para a turma de 2024 está na sua última semana para recebimento de candidaturas. As inscrições estarão abertas até 12 de janeiro de 2024, pelo Campus Virtual Fiocruz. Com 20 vagas oferecidas, há reserva para pessoas com deficiência, negros (pretos e pardos) e indígena. A classificação final será divulgada em 6 de março, mês também do início das aulas, na modalidade presencial. Não há cobrança de taxa de inscrição.
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O objetivo do curso é formar especialistas que possam atuar na presente e crescente demanda de mediação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade, incorporando a reflexão crítica sobre os processos e produtos da divulgação e popularização da ciência.
O curso é destinado a museólogos e outros perfis ligados a museus e centros de ciência, cultura e arte, comunicadores, jornalistas, cientistas, educadores, sociólogos, cenógrafos, produtores culturais e professores de ciências licenciados (nível superior). Destina-se aos demais profissionais que atuam, seja no âmbito prático ou no acadêmico, na área da divulgação da ciência, da tecnologia e da saúde, da comunicação pública da ciência e da popularização científica. A especialização em Divulgação e Popularização da Ciência da Casa de Oswaldo Cruz é um curso gratuito e não oferece bolsas de estudo.
Serviço
Chamada pública: especialização em Divulgação e Popularização da Ciência (turma 2024)
Número de vagas: 20
Período de inscrição e envio de documentos: até 12 de janeiro de 2024.
Inscrição e divulgação de resultados: Campus Virtual Fiocruz e site da COC.
Informações: selecaolatococ@fiocruz.br.
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está com inscrições abertas para curso de Especialização de Enfermagem em Doenças Infecciosas e Parasitárias, com a coordenação de Paula Fernanda da Silva Xisto de Sousa e Vania Braz Vrabl. As inscrições estão disponíveis até 19 de janeiro de 2024.
São oferecidas seis vagas. O curso, que será realizado na modalidade presencial, tem como objetivo especializar profissionais enfermeiros críticos e reflexivos para atuar na Atenção à Saúde, dando subsídios para clínica ampliada e integrada à gestão, ao ensino e à pesquisa clínica, de acordo com as políticas públicas nacionais e internacionais vigentes com enfoque nos pressupostos fundamentais do campo das doenças infecciosas. A carga horária total do curso é de 388 horas.
O público-alvo são os graduados(as) em Enfermagem com registro no Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RJ).
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O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está com inscrições abertas para o curso de Especialização em Fisioterapia Hospitalar com Ênfase em Doenças Infecciosas, com a coordenação de Lívia Dumont Facchinetti e Adriana Pimenta Alvarez. As inscrições para o processo seletivo estão disponíveis até 19 de janeiro de 2024.
O curso, que será realizado na modalidade presencial, oferece seis vagas (quatro em ampla concorrência, uma para pessoas negras e uma para pessoas indígenas ou pessoas com deficiência), com carga horária de 496 horas, e tem por objetivo especializar profissionais fisioterapeutas críticos e reflexivos para atuar na Atenção à Saúde, dando subsídios para clínica ampliada e integrada à gestão, ao ensino e à pesquisa clínica, de acordo com as políticas públicas nacionais e internacionais vigentes com enfoque nos pressupostos fundamentais do campo das doenças infecciosas.
O público-alvo são os graduados(as) em Fisioterapia com registro no Conselho Regional de Fisioterapia (Crefito-2).
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O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está com inscrições abertas para o curso de Especialização em Nutrição Clínica aplicada à Infectologia, com a coordenação de Patrícia Dias de Brito e Cristiane Fonseca de Almeida. As inscrições estão disponíveis até 19 de janeiro de 2024.
O curso, que será na modalidade presencial, oferece seis vagas (quatro em ampla concorrência, uma para pessoas negras e uma para pessoas indígenas ou pessoas com deficiência), com carga horária de 700 horas, e tem por objetivo especializar profissionais nutricionistas críticos e reflexivos para atuar na Atenção à Saúde, dando subsídios para clínica ampliada e integrada à gestão, ao ensino e à pesquisa clínica, de acordo com as políticas públicas nacionais e internacionais vigentes com enfoque nos pressupostos fundamentais do campo das doenças infecciosas.
O público-alvo são os graduados em Nutrição com registro no Conselho Regional de Nutricionistas (CRN-4).
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Os sanitaristas são profissionais que atuam nas redes de saúde pública e privada planejando, gerenciando, monitorando e avaliando riscos sanitários e epidemiológicos em caráter coletivo. O sanitarista pode trabalhar em instituições como hospitais, unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), agências, ministérios e secretarias voltadas aos programas de vigilância sanitária, epidemiológica, ambiental, saúde do trabalhador e campanhas de promoção de saúde como as de vacinação, saúde da mulher, antitabagismo, etc. No dia 2 de janeiro é comemorado o Dia do Sanitarista, um profissional essencial na área da epidemiologia.
Para celebrar a data e a importância do tema, o Campus Virtual Fiocruz reforça ao seu público que o curso Introdução ao Sistema Único de Saúde segue com inscrições abertas. O curso, que é aberto e gratuito, foi pensado para interessados em compreender o que foi o movimento da reforma sanitária brasileira, a temática da organização da atenção e das vigilâncias em saúde, saber mais sobre os princípios, diretrizes e condições estruturais do sistema de saúde do nosso país e quer aprender como foi organizado um dos maiores sistemas de saúde públicos do mundo, de caráter gratuito e universal. Recentemente a profissão foi regulada pela Lei 14.725, de novembro de 2023.
A formação tem carga horária de 60 horas e é especialmente voltada a profissionais de saúde, gestores públicos, conselheiros de saúde, além de estudantes de pós-graduação e graduação do campo da saúde e outras pessoas que queiram conhecer mais sobre esse sistema. Ele foi desenvolvido com a participação de diferentes unidades da Fiocruz — Ensp, EPSJV, CEE, Fiocruz Minas Gerais e IFF —, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Rede Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, além do apoio do Ministério da Educação (MEC).
O curso apresenta o sistema de saúde do Brasil, seus princípios, diretrizes, avanços e desafios em 35 anos de implementação. Seu material está organizado em três módulos: O primeiro aborda de forma breve a história de criação do SUS, com ênfase no movimento sanitário dos anos de 1980, seus princípios e diretrizes. Em seguida, traz um balanço de sua implementação, considerando uma série de dimensões estratégicas, como o complexo econômico-industrial em saúde, as relações público-privadas no setor, a descentralização, o financiamento, o trabalho e a educação em saúde, e a participação social. Já o terceiro módulo enfoca a organização das ações e serviços de saúde, com ênfase na atenção primária, na vigilância em saúde e na vigilância sanitária.
A formação conta com um rico conteúdo composto de inúmeros Recursos Educacionais Abertos, como vídeos, glossário, podcasts e materiais complementares. Este curso traz como novidade a implantação do Vocabulário Brasileiro de Libras (VLibras), um conjunto de ferramentas que traduz automaticamente conteúdos em português para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Ele foi desenvolvido pelo governo brasileiro em parceria com universidades e instituições de pesquisa, e tem como objetivo facilitar a comunicação e o acesso à informação para pessoas surdas.
Conheça a estrutura do curso Introdução ao SUS:
Aula 1.1 - Origens do SUS: movimento da reforma sanitária e processo constituinte (1970 a 1980)
Aula 1.2 - SUS: princípios, configuração e aspectos-chave
Aula 2.1 - Desenvolvimento e saúde: a abordagem do complexo econômico-industrial da saúde
Aula 2.2 - O público e o privado na provisão de serviços de saúde
Aula 2.3 - Descentralização, regionalização e relações intergovernamentais na gestão do SUS
Aula 2.4 - Financiamento do SUS
Aula 2.5 - Formação e gestão da força de trabalho em saúde
Aula 2.6 - Representação, movimentos sociais e participação social no SUS
Aula 2.7 - Educação e formação profissional em saúde
Aula 3.1 - Organização da atenção à saúde: APS e redes
Aula 3.2 - A vigilância em saúde no SUS
Aula 3.4 - A vigilância sanitária no SUS
#ParaTodosVerem Foto em preto e branco de um ginásio com um palco e arquibancada com diversas pessoas, no centro da foto tem uma placa que está escrito: 8ª Conferência Nacional de Saúde. Na foto também está escrito: Curso Introdução ao Sistema Único de Saúde - inscrições abertas.
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está com inscrições abertas até 12 de janeiro de 2024 para o curso de Especialização em Coordenação de Estudos Clínicos. Com a coordenação dos integrantes da Plataforma de Pesquisa Clínica do INI/Fiocruz, Jennifer Salgueiro, Michelle Morata, Tiago Porto, Marcella Barboza e Lucimar Salgado. Inscrições podem ser realizadas pelo Campus Virtual Fiocruz.
O curso oferece seis vagas (quatro em ampla concorrência, uma para pessoas negras e uma para pessoas indígenas ou pessoas com deficiência). O curso tem carga horária de 444 horas, e tem por objetivo especializar profissionais de nível superior críticos e reflexivos para atuar como coordenadores em estudos clínicos de qualquer especialidade, em centros públicos ou privados, de acordo com as políticas do SUS.
O público-alvo são os profissionais de nível superior de qualquer área de formação, preferencialmente das ciências da saúde, que tenham, pelo menos um ano de experiência em pesquisa clínica, em qualquer cargo em algum momento da sua vida acadêmica ou profissional.
Para mais informações e inscrição, acesse o edital!
O abortamento inseguro é uma das principais causas de mortalidade materna no mundo, inclusive no Brasil, sendo considerado um problema de saúde pública. O tema — cuja discussão envolve um complexo conjunto de aspectos —, é tratado no novo curso ofertado pela Fiocruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, em parceria com a ONG Bloco A: Ampara – Acolhimento de pessoas em situação de abortamento e pós-aborto. A formação, com carga horária de 30h, é voltada a profissionais de saúde envolvidos nos cuidados imediatos e abrangentes a mulheres que passaram por essa situação, apresentando ferramentas efetivas para a qualificação dos profissionais na assistência ao abortamento. O curso é online, gratuito e autoinstrucional. As inscrições estão abertas!
No Brasil, o aborto é criminalizado – exceto em casos de violência sexual, anencefalia fetal e risco de vida para a pessoa gestante. Por conta disso, o debate sobre essa temática sempre traz à tona questões legais, morais, religiosas, sociais e culturais. Para tanto, o curso oferece uma abordagem baseada em direitos e políticas de saúde sexual e reprodutiva, democratizando o acesso à informação e promovendo estratégias de redução de danos por aborto. A ideia é subsidiar profissionais de saúde, além de promover alternativas para o planejamento sexual e reprodutivo, reconhecendo a importância da humanização do atendimento e incentivando uma postura ética e de respeito aos direitos humanos das mulheres.
Pela Fiocruz, a coordenação acadêmica do curso é formada pelas professoras e pesquisadoras da Fundação Claudia Bonan Jannotti, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Maria do Carmo Leal, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e Adriana Coser Gutierrez, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). Já pela Bloco A, integram a equipe a coordenadora da organização, Janaína Penalva, que é advogada e também professora da Faculdade de Direito da UNB e a coordenadora de projetos da Bloco A e enfermeira, Mariana Seabra.
Por meio da ONG Bloco A, o Ampara já foi ofertado para quase 500 profissionais da saúde, em parceria com o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) em 2022. Esta parceria com a Fiocruz, em 2023, oferece uma nova edição do curso, revista e ampliada. A Bloco A é uma organização que faz parcerias com instituições de saúde para mobilizar e desenvolver habilidades de ginecologistas, enfermeiras, parteiras e psicólogos para fornecer cuidados contraceptivos de alta qualidade e compassivos, aborto e assistência pós-aborto. A organização acredita que os provedores de saúde são os melhores parceiros no apoio às mulheres para tomar decisões informadas sobre sua saúde, pois podem fornecer informações precisas e sem julgamentos e prestar serviços com segurança.
Claudia Bonan detalhou que o curso Ampara tem como objetivos ampliar os conhecimentos clínicos, epidemiológicos, jurídicos e bioéticos às diversas situações de aborto e no pós-abortamento, além de fortalecer as habilidades dos trabalhadores da área da saúde para o acolhimento e a oferta de cuidados integrais e longitudinais a esse grupo. Segundo ela, o aborto é um evento que pode acontecer na vida reprodutiva das mulheres e “não é incomum que em nossa atuação profissional, seja na Atenção Primária em Saúde (APS), seja na atenção especializada, nos deparemos com mulheres que necessitam de cuidados por motivo de aborto – seja espontâneo, provocado ou previsto por lei – e cuidados pós-aborto”, especificou.
A especialista apontou que o aborto realizado em condições inseguras – com pessoas não bem treinadas para isso, com métodos inadequados e ambiente insalubres - é uma causa importante da morbidade e da mortalidade materna no Brasil. “O adoecimento e o óbito por motivo de aborto são evitáveis, em quase sua totalidade, se a pessoa recebe um tratamento em tempo oportuno, baseado nas melhores práticas clínicas, que são aquelas fundamentadas em evidências científicas e no respeito aos direitos fundamentais, especialmente, aos direitos sexuais e reprodutivos. Portanto, ao oferecermos uma atenção de qualidade, baseada em evidências científicas, em princípios bioéticos e no respeito aos direitos reprodutivos, podemos melhorar os indicadores de saúde das pessoas que abortam e enfrentar o grave problema de saúde pública representado pelo aborto”, concluiu.
Conheça a estrutura do curso Ampara – Acolhimento de pessoas em situação de abortamento e pós-aborto
Aula 1: O Abortamento no Mundo e no Brasil
Aula 2: Serviços de Abortamento Previstos em Lei no Brasil
Aula 3: Abortamento e Evidências Científicas
Aula 4: Cuidados Pré e Pós-abortamento
Aula 5: Acolhimento à Gestação Indesejada e Redução de Danos
Aula 6: Violência Obstétrica no Abortamento e no Cuidado Pós-aborto
IFF/Fiocruz lança curso em encontro online sobre temática na segunda-feira, 11/12
Na segunda-feira, 11 de dezembro, às 15h, o IFF/Fiocruz vai promover um encontro virtual com especialistas, no âmbito de seu Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente e, na ocasião, acontecerá também o lançamento do novo curso. O encontro “Acolhimento de Pessoas em Situação de Abortamento e Pós-aborto (Ampara), será transmitido ao vivo no canal de Boas Práticas do IFF/Fiocruz no Youtube, e, além de Claudia Bonan como moderadora, o evento conta com a participação da coordenadora da ONG Bloco A, Janaína Penalva, que é advogada e também professora da Faculdade de Direito da UNB; a coordenadora de projetos da Bloco A e enfermeira, Mariana Seabra; a médica e integrante do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, Halana Faria; a assistente social, professora e vice-coordenadora do curso de serviço social na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab) Nathália Diórgenes; e o médico obstetra, pesquisador e docente do IFF/Fiocruz, Marcos Dias.
Envie suas dúvidas pelo Portal de Boas Práticas do IFF e acompanhe a transmissão ao vivo no Youtube:
Nesta sexta-feira, 1º de dezembro, é celebrado o Dia Mundial de Luta conta a Aids. A data tem como objetivo conscientizar a população e profissionais de saúde sobre os aspectos do HIV/Aids, e outras doenças como Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, especialmente para o enfrentamento ao estigma e a promoção de uma atenção humanizada aos grupos ou indivíduos que vivenciam determinadas doenças. A campanha da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) de 2023 fala sobre a importância da sociedade civil organizada para o enfrentamento ao HIV: "Comunidades Liderando". Nesse sentido, relembramos o curso oferecido pelo Campus Virtual: 'Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde'. A formação é gratuita, autoinstrucional e certifica os participantes.
Conheça a formação e inscreva-se!
Na tarde da última quinta-feira, 30 de novembro, o Ministério da Saúde divulgou o boletim epidemiológico sobre HIV/aids de 2023 e destacou que nos últimos 10 anos o Brasil registrou queda de 25,5% na mortalidade por aids, que passou de 5,5 para 4,1 mortes por 100 mil habitantes. Apesar da redução, cerca de 30 pessoas morreram de aids por dia no ano passado. Do total, dados do Boletim apontam que 61,7% dos óbitos foram entre pessoas negras (47% em pardos e 14,7% em pretos) e 35,6% entre brancos. Para o diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (Dathi/MS), Draurio Barreira Cravo Neto, a tendência de queda nas mortes ainda vai se acentuar. Ele pondera, contudo, que a maior queda está entre as pessoas brancas. Entre pretos e pardos ainda há uma estabilidade. "Ainda que alguns dados reflitam a diminuição do número de casos e uma significativa queda no número de mortes, há uma desigualdade muito grande no país, segundo Neto. Isso camufla o que é observado na prática, especialmente em relação a pessoas de maior vulnerabilidade. Os dados reforçam a necessidade de considerar os determinantes sociais para respostas efetivas à infecção e à doença, além de incluir populações chave e prioritárias esquecidas pelas políticas públicas nos últimos anos.", alertou.
Em consenso com a campanha da Opas/OMS deste ano, o Ministério da Saúde também ressaltou a importância de incluir movimentos sociais e representantes da sociedade civil organizada na elaboração das políticas públicas. Para tanto, anunciou que, em 2024, lançará um edital para envolver a sociedade civil na ampliação da prevenção e diagnóstico. Poderão participar movimentos sociais, universidades fundações, sociedades científicas e ONGs para trabalhar de forma articulada com o SUS. A previsão de investimento é de R$ 40 milhões, divididos entre recursos financeiros e insumos. Esta é a primeira vez que a pasta inclui movimentos sociais em um edital.
Durante o evento, foi salientado ainda que inequidades estão presentes em todos os indicadores, já que minorias e populações vulneráveis representam a maior parte das pessoas infectadas. Os dados indicam que algumas populações-chave apresentam maior prevalência do HIV. Mulheres trans e travestis representam cerca de 17% a 37% dos casos. Foi destacado que um dos maiores desafios da saúde pública é combater o estigma ao redor da doença. Os representantes das populações afetadas pelo vírus estão na linha de frente da resposta ao HIV. Portanto, empoderar essas comunidades é essencial para que possam desenvolver suas próprias estratégias e alcançar aqueles que mais precisam de acesso às inovações disponíveis, como a distribuição de autotestes, a implementação da PrEP no nível primário de atendimento e em centros comunitários, e a ligação imediata ao tratamento para atingir uma carga viral indetectável, pois uma pessoa com carga viral indetectável não transmite a infecção, quebrando assim a cadeia de transmissão.
Acesse aqui o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids completo, que traz um panorama sobre o cenário da doença no país e assista a transmissão do lançamento desse novo Boletim, realizada em 30/11/23:
Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde
O estigma e o preconceito são realidades cotidianas de grupos ou indivíduos que vivenciam determinadas doenças. A discriminação relacionada a condições de saúde acontece inclusive nos serviços de saúde, o que reforça a exclusão, e, sobretudo, causa sofrimento e traz enormes desafios à gestão do cuidado. Para tanto, o curso "Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde" foi organizado em 3 macrotemas — Bases conceituais; Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas: normas e legislações; e Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação —, 5 módulos e 17 aulas. Ele é voltado a trabalhadores e trabalhadoras da saúde, estudantes, mas aberto a todos os interessados na temática.
Ele é uma realização da Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A elaboração do curso nasceu da necessidade de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, construções sócio-históricas que acontecem durante o processo de trabalho e por meio da interação entre tais profissionais e os usuários dos serviços de saúde. É nessa interação que nascem também aspectos relacionados ao estigma e à discriminação, os quais, como já é sabido, promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações.
Conheça a organização do curso e temas tratados:
Bases conceituais:
Módulo 1 - Bases conceituais
Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas - Normas e legislações:
Módulo 2 - Estigmas relacionados a algumas doenças
Módulo 3 - Estigmas relacionados a práticas ou comportamentos
Módulo 4 - Estigmas relacionados a condições específicas
Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação
Módulo 5 - Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação nos serviços de saúde
*com informações do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS)
Com 20 vagas oferecidas e sem cobrança de taxa de inscrição, é lançado o processo seletivo do curso de especialização em Divulgação e Popularização da Ciência da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) para a turma de 2024. As inscrições estarão abertas até 12 de janeiro de 2024, no Campus Virtual Fiocruz. Há vagas para pessoas com deficiência, negros (pretos e pardos) e indígena. A classificação final será divulgada em 6 de março, mês também do início das aulas, na modalidade presencial.
Confira o edital completo e Inscreva-se já!
O objetivo do curso é formar especialistas que possam atuar na presente e crescente demanda de mediação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade, incorporando a reflexão crítica sobre os processos e produtos da divulgação e popularização da ciência.
O curso é destinado a museólogos e outros perfis ligados a museus e centros de ciência, cultura e arte, comunicadores, jornalistas, cientistas, educadores, sociólogos, cenógrafos, produtores culturais e professores de ciências licenciados (nível superior). Destina-se aos demais profissionais que atuam, seja no âmbito prático ou no acadêmico, na área da divulgação da ciência, da tecnologia e da saúde, da comunicação pública da ciência e da popularização científica. A especialização em Divulgação e Popularização da Ciência da Casa de Oswaldo Cruz é um curso gratuito e não oferece bolsas de estudo.
Serviço
Chamada pública: especialização em Divulgação e Popularização da Ciência (turma 2024)
Número de vagas: 20
Período de inscrição e envio de documentos: 14 de novembro de 2023 a 12 de janeiro de 2024.
Inscrição e divulgação de resultados: Campus Virtual Fiocruz e site da COC.
Informações: selecaolatococ@fiocruz.br.
Entre 11 e 13 de dezembro será realizado o “Curso de Capacitação em Biossegurança e Bioproteção de Toxinas e Venenos para Universidades e Institutos de Pesquisa”, promovido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com a Fiocruz Rondônia.
Realizado no formato remoto, o curso visa sensibilizar profissionais, pesquisadores, gestores institucionais, além de professores e estudantes quanto ao uso de venenos e toxinas, capacitando-os para a implementação eficaz de medidas de biossegurança e bioproteção em laboratórios e instituições.
Os interessados podem se inscrever até 1º de dezembro na página da iniciativa no Campus Virtual Fiocruz.