O longo relacionamento entre a Fiocruz e o Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais da Organização Mundial da Saúde (TDR/OMS) ganhou um caráter mais formal com a assinatura do memorando de entendimento na quarta-feira, 11 de agosto. O documento, que estabelece os termos da cooperação técnica para o enfrentamento das doenças tropicais e negligenciadas, foi firmado durante um encontro virtual entre a presidente Nísia Trindade Lima e John Reeder, diretor do TDR. O evento comemorou ainda a eleição da Fundação para o Conselho de Coordenação Conjunto do programa, ocorrida em junho.
Ciência, saúde e educação
Para Nísia, a assinatura do memorando vai ao encontro do tripé em que a Fiocruz se baseia: ciência, saúde e educação. Ela acredita que as ações em pesquisa e educação com o Campus Virtual Fiocruz devem ser ampliadas com a parceria, e ressaltou a sua importância para os novos pesquisadores. “O aprendizado em pesquisa não se esgota nos nossos cursos de formação”.
Nísia destacou também o equilíbrio na colaboração com o TDR, em que os dois lados saem ganhando. “Esses dois fatos [a escolha para o conselho e o memorando] trazem responsabilidade, mas, sobretudo, criam condições para uma visão mais integradora e global de nossos campos de atuação, levando em conta as necessidades das populações negligenciadas”, disse ela, apontanfo ainda que "este evento significa o encontro entre a boa tradição da ciência, da saúde e do engajamento das populações nesse processo”.
Plano de cinco anos
Pesquisadora do CDTS/Fiocruz, Claudia Chamas destacou os principais pontos do plano de trabalho estabelecido no memorando para os próximos cinco anos. Entre eles está a adaptação para português do Implementation Research Tollkit (uma padronização de processos para que resultados sejam comparados entre países) e do Massive Open Online Courses (cursos abertos na Internet). Está prevista também a organização de uma rede TDR, Fiocruz e ministérios da Saúde de países de Língua Portuguesa; a colaboração em pesquisa sobre picadas de cobra; e a promoção da cooperação técnica na América Latina com foco na iniciativa Essence on Health Research. “Essa é uma grande vitória institucional que permitirá à Fundação ampliar o diálogo na busca de soluções científicas e de saúde para as doenças negligenciadas e populações", disse Claudia.
Paulo Buss, coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), por sua vez, lembrou que a Fundação agrega importantes ativos nessa parceria. Um deles é a Rede de Institutos Nacionais de Saúde Pública da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, cuja secretaria técnica está na Fiocruz. Somam-se a ela a Rede de Institutos Nacionais de Saúde Pública da América Latina e Caribe e a Rede Ibero-Americana de Institutos Nacionais de Saúde Pública, incluindo Portugal e Espanha.
A relação entre doenças negligenciadas e desigualdades sociais foi destacada. "Por isso, na Fiocruz, cada vez mais falamos de populações negligenciadas do que de doenças negligenciadas”, disse Nísia. Isso enquanto Reeder recitava um de seus "mantras”: “não há pesquisa sem haver desenvolvimento, e não há desenvolvimento sem haver pesquisa”.
A assessora especial do Ministério da Saúde para Assuntos Internacionais, Cristina Alexandre, relacionou o combate às doenças negligenciadas à Agenda 2030 com a necessidade de promover a saúde e o bem-estar, “sem deixar ninguém para trás”.
Ciência sob holofotes
Para Reeder, a assinatura do memorando dará “um novo impulso” à relação e fará diferença durante os próximos anos. Ele defendeu ainda a necessidade da pesquisa de implementação (o estudo sistemático de métodos que apoiam a aplicação de resultados de pesquisas e outros conhecimentos) e destacou os obstáculos no caminho para alcançar uma cobertura universal de saúde e implementar ações “que sabemos que podem funcionar, mas não funcionam”.
O diretor do TDR ressaltou a necessidade de fortalecer a capacidade de pesquisa, de treinamento e também de engajamento global. “O aprendizado sólido e a construção de capacidades nos países é a melhor garantia de que serão capazes de responder [às emergências] que surgirem amanhã”, disse. E lembrou que, com a pandemia de Covid-19, a ciência se encontra sob os holofotes. “Quando no passado o cientista chefe do governo britânico apareceu na primeira página dos jornais? As pessoas estão prestando atenção nos dados e na ciência. Não podemos deixar isso se perder”, pontuou.
Décadas de esforços com o TRD
Criado em 1975, o Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TRD) apoia esforços para combater as doenças relacionadas à pobreza. A Fiocruz tem uma longa história de trabalho conjunto com o TDR por meio de seus cinco Centros Colaboradores da OMS: Saúde Global e Cooperação Sul-Sul, Saúde Pública e Ambiental, Cegueira Infantil, Leptospirose, Política de Medicamentos e Formação de Técnicos em Saúde, além de outras atividades.
No encontro, a estreita parceria com o TDR foi lembrada, com menções a integrantes que passaram pelo programa, como Carlos Morel — coordenador-geral do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) e que foi diretor do programa de 1998 a 2003 — e Rodrigo Correa, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fundação e ex-membro do Conselho Coordenador Conjunto, de 2001 a 2006.
Imagem: Rede Favela Sustentável
Na próxima semana, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) debaterá a potência terapêutica das histórias de vida. Durante o encontro, que acontecerá no âmbito do Centro de Estudos da Ensp, será realizado também o lançamento do e-book “Histórias de Vida, Vozes da Rua”, fruto da pesquisa 'O cuidado às pessoas em situação de rua na Rede de Atenção à Saúde'. A sessão online é aberta ao público, e está marcada para o dia 29 de julho, às 14h, ao vivo no canal da Ensp no Youtube.
Além das apresentações e debates – que serão realizadas por Cláudia Brito, pesquisadora que apresentará a pesquisa que deu origem ao livro e mediará o debate; Valeska Antunes, médica que atuou no Consultório na Rua atendendo à população em situação de rua, Lilian Leonel, representando pessoas em situação de rua e liderança local; e Eliana Claudia Ribeiro, educadora que pesquisa e reflete sobre os processos de aprendizagem significativa –, o webinário terá leituras de breves trechos do livro, e permitirá que os participantes perguntem e proponham questões ao debate.
A pesquisa “O cuidado às pessoas em situação de rua na Rede de Atenção à Saúde”
A pesquisa de Saúde Coletiva que deu origem às narrativas teve como objetivo principal analisar a dinâmica e os modos de vida das pessoas em situação de rua e sua relação com os cuidados em saúde. Ela foi coordenada por Cláudia Brito e contou com a médica Lenir Nascimento da Silva e o antropólogo Caco Xavier, todos vinculados à Ensp.
Histórias de Vida, Vozes da Rua
Segundo o site da pesquisa, a ideia do livro nasceu do impacto que a beleza e a delicadeza que os relatos da população em situação de rua trouxeram aos pesquisadores da Ensp, quando estes se reuniram para analisar os depoimentos coletados durante a pesquisa.
À medida em que a leitura coletiva das entrevistas avançava no desvelar da experiência dessas pessoas e nos procedimentos de descrição, síntese e análise dos fenômenos estudados, os pesquisadores percebiam como seria importante compartilhar esse material na íntegra, de modo a permitir que a população em situação de rua se mostrasse e se apresentasse por meio de sua própria linguagem.
O ebook reúne, de forma escrita e na íntegra, narrativas orais gravadas com a população em situação de rua, que abordam histórias de vida, atividades do cotidiano, sentimentos, desejos, sonhos e estratégias e cuidados de saúde das pessoas entrevistadas, todas vivendo em situação de rua naquela ocasião.Para a coordenadora da pesquisa e debatedora do webinário, Cláudia Brito, o livro traz histórias repletas de riqueza e pluralidade, por vezes surpreendentes, sobre suas percepções de vida e do mundo. “Pensando no atual contexto de intensificação da agenda neoliberal e de indivíduos autocentrados em favor de seus interesses ou intolerantes às diferenças, o compartilhamento dessas histórias reafirma a preocupação com o outro, com direitos e cidadania, em favor da construção de projetos de pesquisa, de cuidado de saúde e de educação solidários e afetivos”, defendeu Cláudia.
A Fiocruz Bahia lançou uma websérie que aborda as principais pesquisas realizadas na instituição. Os vídeos, que estão sendo publicados semanalmente nas redes sociais, estão divididos em nove temas: arbovirose, big data, câncer, células-tronco, doença de Chagas, doença falciforme, helmintíase, leishmaniose e tuberculose.
A websérie conta com a participação de mais de 20 cientistas que falam sobre suas linhas de pesquisa, os estudos em andamento e os resultados que têm sido encontrados.
O objetivo da iniciativa é reforçar a importância da cultura científica, levando ao conhecimento do público as atividades de pesquisas da instituição, que tem como missão promover a melhoria da qualidade de vida da população através da geração e difusão de conhecimento científico e tecnológico no estado da Bahia e no Brasil.
As gravações tiveram início em 2019. Portanto, a maioria das entrevistas da websérie foram realizadas antes da pandemia, sem o uso de máscaras ou seguindo outras resstrições sanitáarias.
Interessados em acompanhar a publicação dos vídeos, podem visitar o site da Fiocruz Bahia e também suas redes sociais: Facebook, Instagram, Youtube e Twitter.
No vídeo “O que são as arboviroses” fique sabendo quais são as principais doenças desse grupo de enfermidades no Brasil, o que as difere, como elas estão distribuídas e o que as pesquisas realizadas têm demonstrado:
O Instituto Serrapilheira lança, em parceria com o Instituto Sul-Americano para Pesquisa Fundamental (ICTP-SAIFR), um novo treinamento online e gratuito de preparação de futuros cientistas para a pesquisa transdisciplinar em ciências da vida: o Programa de Formação em Biologia e Ecologia Quantitativas. Voltado a pessoas com graduação completa em qualquer área, o programa vai oferecer uma formação em ciências da vida com um foco no uso da matemática, física e ciência da computação. O objetivo é aproveitar o potencial do Brasil – o país que abriga a maior biodiversidade do planeta – para criar, em longo prazo, uma geração de jovens cientistas altamente qualificados para lidar com seus desafios.
As inscrições vão até 3 de maio. O edital está disponível no site do Serrapilheira. Os selecionados aprenderão sobre métodos quantitativos para resolver questões da vanguarda da biologia e ecologia.
Amplos, os tópicos abordados vão da genética moderna à ecologia comportamental. Para isso, o curso reuniu um grupo inédito de professores que são referências globais em suas áreas de pesquisa. A lista inclui nomes como o neurocientista da Universidade de Tel Aviv (Israel) Oded Rechavi, um dos maiores especialistas em epigenética, que estuda como características que não estão no DNA podem ser passadas para as gerações seguintes.
Quem também está confirmada é a matemática Corina Tarnita (Universidade de Princeton/ EUA), que desenvolve modelagens matemáticas para entender como unidades biológicas simples interagem entre si para criar estruturas de maior escala – por exemplo, a interação entre várias células para desenvolver um organismo multicelular. Mais do que assistir às aulas, os alunos terão a oportunidade de interagir diretamente com cientistas que estão na fronteira do conhecimento. A lista completa de professores e tópicos está disponível aqui.
O momento é especialmente oportuno. A ONU vem alertando que estamos prestes a perder um milhão de espécies nas próximas décadas. E, após os países não cumprirem boa parte das metas mundiais para biodiversidade para 2011-2020, a organização declarou 2021-2030 como sendo a Década da Restauração dos Ecossistemas.
Por causa da pandemia da Covid-19, a primeira edição será totalmente remota, em uma versão mais curta, de 5 a 30 de julho de 2021. As edições futuras acontecerão presencialmente, em São Paulo, terão duração de seis meses e incluirão uma etapa de desenvolvimento de uma proposta de pesquisa. A ideia é que os alunos sigam sua formação em uma instituição de excelência no Brasil ou no exterior após a conclusão do programa.
Os candidatos devem ter a graduação completa ou previsão de conclusão até 31/12/2021, em qualquer área do conhecimento, em instituições do Brasil e da América Latina. É necessário ter conhecimento prévio de cálculo diferencial e integral e domínio do inglês. Serão selecionados até 50 participantes, e os primeiros 500 inscritos terão preferência no processo seletivo.
Esta é a primeira iniciativa do Serrapilheira voltada a pesquisadores em estágio de carreira pré-doutorado. “A pesquisa moderna em ciências da vida gera uma quantidade enorme de dados complexos”, explica o diretor-presidente do instituto, Hugo Aguilaniu. “Queremos quebrar essas fronteiras artificiais limitantes, de modo que um jovem biólogo saiba que ele pode usar uma equação como um matemático ou pensar como um físico para entender sistemas biológicos complexos como um ecossistema tropical.”
O ICTP-SAIFR é um centro internacional, com sede no Instituto de Física Teórica da Unesp, que organiza escolas e workshops em tópicos relacionados à física para alunos de pós-graduação e pesquisadores. “Com a explosão de novos dados em biologia, muitos físicos estão migrando para esta área para aplicar as ferramentas que aprenderam estudando sistemas complexos,” afirma o diretor do ICTP-SAIFR, Nathan Berkovits.
Sobre o Instituto Serrapilheira
Criado em 2017, o Instituto Serrapilheira é a primeira instituição privada de apoio à ciência e à divulgação científica no Brasil. Sem fins lucrativos e com recursos oriundos de um fundo patrimonial, já apoiou 124 projetos de pesquisa e 47 de divulgação científica.
O ICTP-SAIFR é um hub sul-americano de física teórica, criado em 2011 por meio de uma colaboração entre o International Centre for Theoretical Physics (ICTP), na Itália, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp). Desenvolve pesquisas de renome mundial em física teórica, apoia a pesquisa em regiões da América do Sul em que a física teórica está menos desenvolvida e funciona como um centro internacional de formação científica.
Já está no ar o Painel com os dados da Pesquisa de Egressos da Fiocruz – 2013 a 2020, de cursos em nível Lato e Stricto sensu. O material é resultado do levantamento realizado pela equipe da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic) em duas grandes etapas (2013-2019 e 2019-2020) e poderá auxiliar as decisões dos programas de Pós-graduação, bem como os gestores das unidades e coordenadores de cursos. De acordo com a responsável pela iniciativa, Isabella Delgado, que é coordenadora adjunta de Educação, esse é um rico material que serve como diagnóstico e pode subsidiar o planejamento institucional.
Durante a navegação, é possível ver a totalidade dos resultados pelo período estudado, sexo, cor da pele autodeclarada, tipo de ingresso (ação afirmativa), faixa etária, atividade profissional exercida na época do curso, inserção no mercado de trabalho antes e depois do curso, o impacto da formação na vida profissional dos alunos e outros. Além disso, os resultados podem ser consultados a partir da utilização de filtros (disponível na primeira página do painel – aba 2) por período (todo o período, quadriênio ou por ano), nível e tipo de ensino (Lato e Stricto sensu; e especialização, residência, mestrado e doutorado), ano de conclusão do curso e unidade/programas/cursos de origem.
Para Isabella, ultrapassando as demandas impostas pelos principais órgãos de avaliação e fomento da pós-graduação brasileira, com os resultados da pesquisa é possível gerar informações e indicadores de fácil acesso para otimizar a gestão do campo da educação, subsidiando os gestores para avaliações internas e externas, assim como para o planejamento dos programas e cursos da Fundação.
Resultados do levantamento 2013 – 2020
As mulheres seguem sendo a maioria entre os egressos respondentes dos dois levantamentos realizados com os estudantes de especialização, residência, mestrado e doutorado da Fiocruz.
Assim como na divulgação publicada em setembro de 2020, os dados atualizados em 2021 apontam que 74,47% dos egressos são mulheres; 58,20% dos estudantes se autodeclararam brancos e 48,39% deles eram jovens adultos – entre 20 e 30 anos – quando se formaram. Além disso, apenas 0,71% dos ex-alunos reportaram ingressar nos cursos por meio de ações afirmativas (cota racial ou pessoa com deficiência).
Isabella detalhou que o conjunto de dados aporta informações relevantes para subsidiar avaliações e ações de planejamento global para a Educação, assim como fornece elementos para analisar o impacto social das ações de educação da instituição. De acordo com ela, sua análise indica, de forma inquestionável, a importância da Fiocruz na formação e carreira desses profissionais.
+Saiba mais sobre os resultados já divulgados: Fiocruz divulga resultados de sua primeira pesquisa de egressos
Agora, a ideia é avançar para um sistema de acompanhamento de egressos de caráter contínuo e integrado ao sistema de gestão acadêmica da instituição. Com ele, cada unidade poderá acompanhar a trajetória de seus alunos, desde o processo seletivo até o final do curso, incluindo diferentes intervalos de tempo após a conclusão.
Dados abertos a outras análises
Os gestores e coordenadores de programas da Fiocruz receberam ainda um dicionário de dados que abarca o detalhamento dos campos da base de dados contendo o levantamento de egressos; e também a própria base de dados nos formatos txt e csv. Permitindo, assim, a realização de análises complementares àquelas que já constam no Painel Power BI. É importante ressaltar que as bases foram consolidadas e tratadas de modo a manter a confidencialidade dos dados dos respondentes.
“Com esses dados será possível, por exemplo, realizar a carga dos dados em qualquer sistema gerenciador de banco de dados, livre ou proprietário”, disse Isabella, destacando que, mais que a base de dados e do Painel Power BI, os coordenadores receberam também links do Repositório Institucional da Fiocruz (Arca) com os relatórios do 1º survey, que trazem informações como contexto, justificativa da pesquisa e a metodologia adotada e análise dos principais resultados, que, segundo ela, poderão ser úteis para o preenchimento do relatório Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
* Notícia publicada em 8/1/2021 e atualizada em 13/1/2021
Estão abertas as inscrições para o Programa de Pós-Graduação Profissional em Gestão, Pesquisa & Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica, oferecido pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). As vagas são para mestrado e doutorado e visam qualificar profissionais em Ciência e Tecnologia de reconhecida excelência e competência nas áreas envolvidas no processo industrial farmacêutico e farmoquímico, desde a concepção até a produção de medicamentos, passando pelas diferentes áreas de gestão relacionadas à produção. As inscrições foram prorrogadas para 25 de janeiro.
Ao todo, o Programa oferece 20 vagas para o mestrado e 10 para o doutorado no ano de 2021. O público-alvo do curso de mestrado são profissionais de nível superior. Já para o doutorado, é necessário que o candidato tenha títulos de mestre.
O Programa de Pós-Graduação Profissional em Gestão, P&D na Indústria Farmacêutica (PPGP-GPDIF) na Capes está ligado à área de Farmácia e abrange as seguintes linhas de pesquisa: Gestão tecnológica na indústria farmoquímica e farmacêutica; Desenvolvimento tecnológico na Indústria farmoquímica e farmacêutica; e Produção na Indústria farmoquímica e farmacêutica.
As aulas serão ministradas de forma presencial em Farmanguinhos, localizado no campus Manguinhos e/ou no campus do Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), em Jacarepaguá, ambos no Rio de Janeiro e ainda podem acontecer de forma remota, de acordo com o calendário e ofertas das disciplinas.
Vale ressaltar que para se inscrever no processo seletivo do curso de mestrado o candidato deve comprovar vínculo empregatício, para isso, apresentar Carta do Empregador, conforme explicado no Anexo III do edital. Para se inscrever no processo seletivo do doutorado, o candidato deve ser servidor ativo da Fiocruz ou de Laboratórios Farmacêuticos Oficiais.
Os ex-alunos dos programas de pós-graduação lato e stricto sensu - especialização, residência, mestrado e doutorado -, têm uma nova chance de participar da 2° Pesquisa de Egressos da Fiocruz. A data de encerramento do ciclo foi adiada para 22 de dezembro. O convite com o link para o questionário foi enviado por e-mail aos ex-alunos. A participação de todos é muito importante para conhecer o perfil profissional dos antigos estudantes e encerrar um ciclo avaliativo, que embasará a construção do Sistema de Acompanhamento de Egresso da Fiocruz. Se você é ex-aluno e se formou entre 1° de junho de 2019 e 31 de julho de 2020, preencha o questionário! A pesquisa não leva mais de 10 minutos.
Se você é ex-aluno, se formou nos períodos já especificados e não recebeu o convite para responder ao questionário, escreva para egressos.fiocruz@fiocruz.br.
A partir deste levantamento, a ideia é que, em breve, a Fiocruz tenha um sistema de acompanhamento de egressos de caráter contínuo e integrado ao sistema de gestão acadêmica da instituição. Com ele, cada unidade poderá acompanhar a trajetória de seus alunos, desde o processo seletivo até o final do curso, incluindo diferentes intervalos de tempo após a conclusão.
A iniciativa é de responsabilidade da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic), sob a coordenação de Isabella Delgado. Para ela, muito além da demanda imposta pelos principais órgãos de avaliação e fomento da pós-graduação brasileira, com essa pesquisa a ideia é gerar informações e indicadores de fácil acesso para otimizar a gestão do campo da educação, subsidiando os gestores, avaliações internas e externas, bem como o planejamento dos programas e cursos da Fundação.
Quais são os direitos dos participantes de uma pesquisa? Quais questões éticas devem ser consideradas em sua elaboração e realização? Quais são as responsabilidades de seus realizadores? Essas e outras questões são abordadas no curso Básico de Boas Práticas Clínicas. A formação, que é gratuita e oferecida na modalidade à distância, está com inscrições abertas no Campus Virtual Fiocruz. O curso visa atualizar profissionais que atuam em pesquisa clínica sobre as diretrizes das Boas Práticas Clínicas (BPC), cujo objetivo é garantir a condução ética e a base científica dos estudos clínicos desde sua concepção até a divulgação de resultados. Confira a oportunidade.
As diretrizes das Boas Práticas Clínicas foram definidas em 1996, na forma de um manual, pela Conferência Internacional de Harmonização dos Requerimentos Técnicos para Registro de Produtos Farmacêuticos para Uso em Humanos (International Conference on Harmonization of Technical Requirements of Registration of Pharmaceuticals for Human Use).
Essa formação já foi realizada de forma presencial, mas esta é a primeira vez em que ela é oferecida na modalidade à distância. Segundo a coordenadora do curso, Jennifer Braathen Salgueiro, “espera-se que a formação contribua para o treinamento e ingresso de mais profissionais qualificados na área, além de aprimorar a condução das pesquisas clínicas em um cenário global, principalmente neste momento em que a sociedade demanda uma resposta rápida, porém segura das instituições de pesquisa”, apontou ela, que é pesquisadora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e também coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (CEP/Ensp/Fiocruz).
Segundo a diretora do INI/Fiocruz, Valdilea Veloso, "por meio deste curso, o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, primeiro hospital do país construído com o objetivo de fazer pesquisa clínica em doenças infecciosas, vem compartilhar sua experiência exitosa e contribuir para a consolidação da pesquisa clínica no país".
O curso é organizado pela Plataforma de Pesquisa Clínica do INI/Fiocruz, em parceria com o Campus Virtual Fiocruz, e seu público-alvo são profissionais com nível superior ou médio que estejam envolvidos em pesquisa clínica. A carga horária total da formação é de 40 horas e sua estrutura curricular é constituída pelas seguintes temáticas:
Para a coordenadora do CVF, Ana Furniel, a formação trata de questões muito relevantes para a pesquisa. "No momento em que debatemos, por exemplo, a produção de vacinas para a Covid-19, tornam-se fundamentais as discussões acerca dos eventos adversos, da farmacovigilância e da aprovação sobre as diferentes fases de uma pesquisa clínica, todos temas abordados no curso", detalhou ela.
A Fiocruz deu início a sua 2° Pesquisa de Egressos, em novembro de 2020. A nova etapa é voltada a alunos dos programas de pós-graduação lato e stricto sensu - especialização, residência, mestrado e doutorado. O convite com o link para o questionário foi enviado por email e os ex-alunos poderão respondê-lo até 11 de dezembro. A participação de todos é muito importante para conhecer o perfil profissional dos antigos estudantes e encerrar um ciclo avaliativo, que embasará a construção do Sistema de Acompanhamento de Egresso da Fiocruz. Se você é ex-aluno e se formou entre 1° de junho de 2019 e 31 de julho de 2020, participe! A pesquisa não leva mais de 10 minutos.
Se você é ex-aluno, se formou nos períodos já especificados e não recebeu o convite para responder ao questionário, escreva para egressos.fiocruz@fiocruz.br.
A partir deste levantamento, a ideia é que, em breve, a Fiocruz tenha um sistema de acompanhamento de egressos de caráter contínuo e integrado ao sistema de gestão acadêmica da instituição. Com ele, cada unidade poderá acompanhar a trajetória de seus alunos, desde o processo seletivo até o final do curso, incluindo diferentes intervalos de tempo após a conclusão.
A iniciativa é de responsabilidade da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic), sob a coordenação de Isabella Delgado. Para ela, muito além da demanda imposta pelos principais órgãos de avaliação e fomento da pós-graduação brasileira, com essa pesquisa a ideia é gerar informações e indicadores de fácil acesso para otimizar a gestão do campo da educação, subsidiando os gestores, avaliações internas e externas, bem como o planejamento dos programas e cursos da Fundação.
*matéria publicada em 4/11 e atualizada em 16/11/2020
Em 2020, o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (Daad) terá duas chamadas do programa de auxílio para estadias de pesquisa para doutorandos brasileiros com bolsa no país. Trata-se de um financiamento complementar à bolsa nacional concedida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) ou por uma Fundação Estadual de Amparo à Pesquisa (FAP) participante do programa (que pode ser conferido na lista abaixo), com o objetivo de viabilizar parte da pesquisa da tese na Alemanha. Todos os detalhes sobre o financiamento, os requisitos e o processo de candidatura podem ser conferidos em documento (em português) e no edital no site do Daad.
O objetivo do programa é viabilizar a permanência de estudantes brasileiros de doutorado na Alemanha por dois a seis meses (sem interrupção da vigência da bolsa da agência brasileira). Os estudantes podem escolher entre universidades, institutos de pesquisa, laboratórios ou bibliotecas para realizar pesquisas específicas, relevantes para o desenvolvimento da tese de doutorado.
Confira o edital da segunda chamada aberta para estadias de pesquisa entre 1/5/2021 e 31/1/2022: inscrições até 15/11/2020.
No momento, 17 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAP) participam do programa de auxílio para doutorandos no Daad:
Facepe - Pernambuco
Fapel - Alagoas
Fapem - Amazonas
Fapeap - Amapá
Fapeg - Goiás
Fapema - Maranhão
Fapemig - Minas Gerais
Fapergs - Rio Grande do Sul
Faperj - Rio de Janeiro
Fapern - Rio Grande do Norte
Fapes - Espírito Santo
Fapesb - Bahia
Fapesc - Santa Catarina
Fundect - Mato Grosso do Sul
Fapero - Rondônia
Fapt - Tocantins
Fundação Araucária - Paraná