* matéria publicada em 11/9 e atualizada em 24/9
Comum, segundo o dicionário, é qualidade do que pertence a dois ou mais elementos, do que é feito em comunidade. Comum é também a essência do novo projeto nascido da cooperação entre instituições de ensino superior públicas do Rio de Janeiro para a promoção do conhecimento e divulgação científica. A Fiocruz integra essa iniciativa, intitulada Saber Comum, cujo objetivo é disponibilizar, com largo alcance e maior acessibilidade, um leque de disciplinas remotas e interdisciplinares de formação geral sobre temas que adquiriram grande relevância durante a pandemia e que continuarão pautando os debates públicos após o seu término. O projeto é voltado para estudantes de todas as áreas do conhecimento e valerá crédito nos programas de pós-graduação. As inscrições foram prorrogadas até 2 de outubro. Conheça as disciplinas e participe.
Alunos da Fiocruz devem se inscrever como 'aluno externo da UFRJ', solicitando formulário disponível aqui.
“Democracia, desigualdades e direitos” e “Saúde e ciência em tempos de pandemia” são as duas disciplinas que inauguram o projeto. Em seu escopo, a iniciativa tem uma dupla missão. De forma mais ampla, ser uma plataforma de divulgação científica e cultural para a população fluminense em geral, pois terá seu conteúdo transmitido em TV aberta (TV Alerj: canais 12 (NET) 235 (VERTV) 19.2 (UHF Digital) e pelo canal do youtube da AlerjTV. De forma mais estrita, visa oferecer educação formal com a realização de cursos massivos, valendo créditos como disciplinas eletivas.
Cada uma das disciplinas prevê a oferta de mil vagas em 2020 e uma carga horária total de 45h, sendo 15h de videoaulas e 30h de atividades na plataforma. A previsão é que as aulas tenham início ainda em setembro. Elas serão transmitidas em dois veículos: Vídeoaulas na TV Alerj – parte expositiva do curso formal; divulgação científica para o público leigo; síncrono na TV, mas também disponível online – e Ambiente Virtual de Aprendizagem – com materiais complementares; atividades e avaliação; atividades majoritariamente assíncronas, mas também com eventuais encontros síncronos.
Participam desse acordo, a Fiocruz, a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que coordena a iniciativa.
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, falou sobre a satisfação de participar da iniciativa e enfatizou a articulação institucional neste momento delicado que estamos vivendo. “Temos a capacidade de superar, nos reinventar e inovar, buscando sempre expandir o acesso e o conhecimento científico e em saúde a temas estratégicos para toda a sociedade”, disse ela. O Projeto Saber Comum foi pauta de debate, em 2 de setembro, no Encontros Virtuais de Educação. Na ocasião, a professora da UFRJ e coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade, Tatiana Roque, apresentou a nova iniciativa à comunidade Fiocruz.
Democracia, desigualdades e direitos
Incorporando uma perspectiva interdisciplinar entre economia, história, sociologia, antropologia, ciência política e direito, e assumindo as dimensões nacionais e internacionais, a disciplina pretende discutir: conceitos, funcionamentos e desafios da democracia e suas instituições (autoritarismo, sistemas políticos, eleitorais e partidários, políticas públicas, mídia); as desigualdades crescentes em várias partes do globo, em suas múltiplas dimensões - de classe, mas também as desigualdades de gênero e raça -, bem como sua interface com o mercado de trabalho, os percursos educacionais e a organização do Estado; e os direitos, sua constituição histórica e o papel dos movimentos sociais.
Coordenadores: Alexandre Fortes (UFRRJ), Célia Kerstenetzky (UFRJ), Fábio Waltenberg (UFF), Felipe Borba (Unirio) e Luiz Augusto Campos (Uerj)
Saúde e ciência em tempos de pandemia
Com interdisciplinaridade entre os campos das biomédicas, saúde coletiva, filosofia e história da ciência, a disciplina prevê os seguintes módulos: noções de epidemiologia, infectologia, virologia e complicações da Covid-19; sistema de saúde: SUS e sistema suplementar, relação entre público e privado, regulação, história, organização e planejamento do serviço, planos de ação e mitigação etc.; indústria e inovação em saúde: pesquisa de medicamentos, vacinas, transferência tecnológica, relações internacionais, patentes, investimentos estatais; ciência e sociedade: metodologia científica, combate às fake news, divulgação científica história e filosofia da ciência.
Coordenadores: Carlos Gadelha (Fiocruz), Cláudio Tinoco (UFF), Roberto Medronho (UFRJ) e Rodolfo Castro (Unirio)
Encontros Virtuais de Educação debateu a oferta de disciplinas em parceria com universidades públicas
O oitavo debate realizado no âmbito do Encontros Virtuais de Educação recebeu a professora da UFRJ e coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade, Tatiana Roque, para falar sobre o novo projeto Saber Comum e apresentá-lo à comunidade Fiocruz. O encontro foi realizado em 2/9 e contou também com a apresentação dos representantes das disciplinas ofertadas pelo projeto Alexandre Fortes (UFRRJ) e Felipe Duvaresch Kamia (Fiocruz).
Em sua apresentação, Tatiana lembrou que a base do Saber Comum vem de uma experiência prévia da UFRJ com o Colégio Brasileiro de Altos Estudos e o Núcleo de Rádio e TV, que já oferecem disciplinas transversais eletivas aos alunos de todos os cursos de pós-graduação da Universidade. “Com a pandemia, ficou muito nítido que alguns saberes específicos não podem mais ficar restritos apenas às pessoas que trabalham ou estudam determinadas áreas”, argumentou.
Tatiana explicou ainda que as aulas serão transmitidas em TV aberta, mas ficarão disponíveis em redes sociais e poderão ser retransmitidas por outros veículos, como o Canal Saúde da Fiocruz, por exemplo – ação que está em processo de negociação. Ampliando, assim, o alcance da população e as parcerias institucionais. Tatiana comentou que esse é um projeto piloto e que futuramente a ideia é ampliá-lo, envolvendo outras disciplinas, além de programas de graduação.
Alexandre Fortes, que é pró-reitor de Pesquisa e Pós Graduação da UFRRJ e coordenador da disciplina “Democracia, desigualdades e direitos”, falou sobre a sua criação e destacou que o trabalho com a TV aberta expande as possibilidades, mas, ao mesmo tempo, desafia as instituições a proporem e inovarem na área da educação. Ele frisou que as conexões pré-existentes facilitaram enormemente a superação de questões burocráticas e de regulamentações institucionais para essa oferta conjunta, dando celeridade ao processo.
Felipe, que é docente e integrante do Grupo de Pesquisa sobre Desenvolvimento, Complexo Econômico Industrial e Inovação em Saúde (GIS/Fiocruz) detalhou o desenho da disciplina “Saúde e ciência em tempos de pandemia” e apontou que a produção de inovação efetiva em saúde depende de uma conjunção entre os vários campos do conhecimento, o que reflete também o espírito desse novo projeto. Já o coordenador das Ações de Prospecção da Fiocruz, Carlos Gadelha, que também é o responsável pela disciplina “Saúde e ciência em tempos de pandemia”, ressaltou que o entendimento das instituições e entre os campos diversos é fantástico, destacando ainda que “é preciso mostrar a nossa produção e defender a ciência e a saúde como um valor, especialmente neste momento tão dramático que estamos vivendo”.
O mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) está com inscrições abertas para o processo seletivo 2021. São oferecidas 15 vagas, distribuídas em três linhas de pesquisa: Cultura científica e sociedade; Educação, comunicação e mediação; e Estudos de público/audiência. As inscrições podem ser feitas online até 9 de outubro de 2020. O objetivo do programa é a formação de pesquisadores qualificados para a produção de novos conhecimentos que visem incrementar o diálogo entre saúde, ciência, tecnologia e sociedade e capazes de induzir o desenvolvimento de novas ações e estratégias para o campo da divulgação científica. Acesse o edital e confira todas as informações.
As aulas serão, em geral, ministradas no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro, às segundas e quartas-feiras, entre 9h e 17h. Em função das medidas de distanciamento social adotadas em resposta à pandemia de Covid-19, algumas aulas poderão ser ministradas de forma remota caso seja necessário.
A área de concentração em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde se caracteriza pelo estudo do cenário nacional e internacional da divulgação científica a partir de um olhar abrangente, dando ênfase às transformações que a área vem experimentando, promovendo debates e reflexões sobre temas e teorias emergentes, relacionados a esse campo e aos desafios que propõe.
O resultado final do processo seletivo será divulgado em 4 de dezembro, e o início das aulas está previsto para março de 2021. Das vagas oferecidas, 5% serão destinadas a candidatos que se declararem pessoa com deficiência e 15% para candidatos que se autodeclararem negros (pretos e pardos) ou indígenas.O mestrado é resultado da parceria da Casa de Oswaldo Cruz com o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Fundação Cecierj e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde
Inscrições: até 9 de outubro de 2020
Informações: ppgdc.coc.fiocruz.br | ppgdivulgacao@fiocruz.br
Taxa de inscrição: R$ 70
Período de pedido de isenção de taxa de inscrição: 24 a 28/08/2020
Resultado final: 4 de dezembro
O Campus Virtual Fiocruz acaba de publicar o primeiro curso disponível em três línguas em sua plataforma: Atenção à saúde em fonoaudiologia – Uma abordagem sobre alterações sensório-motoras orais no campo da neonatalogia. Trata-se de uma capacitação online, voltada aos profissionais fonoaudiólogos da Rede SUS, rede suplementar de saúde e outros profissionais de saúde interessados no tema da disfagia. Este é o primeiro curso do Campus Virtual Fiocruz disponível em português, inglês e espanhol. Confira a oportunidade e inscreva-se até 30 de setembro!
O curso foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), no âmbito do Programa Fiocruz de Fomento à Inovação (Inova Fiocruz), na modalidade “Geração de Conhecimento - Novos Talentos” (2019). Ele está sob a coordenação da fonoaudióloga Mariangela Bartha, que tem cerca de 25 anos de experiência na área é responsável pela iniciativa.
Mariangela lembrou que a primeira turma do curso, com oferta apenas em português, teve quase 60 alunos inscritos e revelou grande interesse de profissionais brasileiros que atuam em outros países, destacando a expertise do Brasil na área de saúde neonatal. Ela contou ainda que o curso nasceu do seu trabalho de doutorado, no qual realizou pesquisas sobre a prática da mudança da viscosidade do leite humano para facilitar a deglutição de recém-nascidos, bem como as características dos agentes espessantes.
“Percebi que tínhamos muito a contribuir nacional e internacionalmente, pois a expertise brasileira está à frente do conhecimento de outros países, apesar de mundialmente esse campo ainda necessitar de estudos. O curso tem base em mais de 20 anos de experiência e dedicação ao Sistema Único de Saúde (SUS) e é também uma forma de mostrar a produção científica dos pesquisadores da Fiocruz com empenho e qualidade à sociedade”, detalhou Mariangela.
Os módulos do curso foram distribuídos por temas com a participação e discussão da equipe multiprofissional, retratando o trabalho interdisciplinar realizado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal, visando promover a assistência e incentivo ao uso do leite humano para o recém-nascido e lactente, com condições complexas de saúde, que apresentam disfagia.
A ideia é desenvolver capacidades de modo a contribuir com a compreensão dos alunos quanto aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos por meio da avaliação estrutural e funcional da dinâmica da alimentação, tanto de forma natural (no peito materno) como de forma alternativa (no copinho,mamadeira) em recém-nascidos e lactentes com alterações no desenvolvimento sensório-motor oral, visando a qualidade da assistência prestada e a promoção do olhar ampliado sobre o tema, atuando de forma precoce e preventiva.
Segundo a coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, a formação aborda um tema de grande importância e, além da inovação e avanço – pois amplia o alcance dos cursos da Fiocruz –, o curso traz um desafio, visto que o sistema de inscrições do CVF ainda não está disponível em outros idiomas. “Estávamos trabalhando para torna-lo multilínguas. No entanto, com o aumento das atividades pela pandemia de Covid-19 tivemos que priorizar os cursos e novas formações no tema. A adaptação do sistema estará disponível em breve.
O curso é autoinstrucional, entretanto, dúvidas podem ser enviadas por meio do ambiente virtual de aprendizagem do Moodle. As inscrições podem ser feitas até 30 de setembro e as aulas estão previstas para acontecer entre 1 de outubro e 13 de dezembro. A formação está estruturada em oito módulos sequenciais, com 5 horas cada, totalizando 40h de formação.
Confira os módulos e temas tratados na formação:
Para se inscrever, os candidatos devem enviar cópia em pdf do diploma de graduação ou a carteira do conselho de classe. Somente após o envio, a inscrição será confirmada. O curso oferecerá certificação após a realização da avaliação final e da obtenção de média final maior ou igual a 7.
Imagem: arquivo pessoal Mariangela Bartha
São 4 milhões de casos e quase 124 mil mortes por coronavírus em todo o país desde o início da pandemia. O afrouxamento de medidas restritivas e de isolamento social das últimas semanas mostram tendência de alta no número de casos, reacendendo o alerta de muitas cidades, municípios, profissionais e serviços de saúde. Para os grupos de risco, como a População Privada de Liberdade, grávidas e puérperas, a severidade da doença pode chegar ainda mais depressa. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por exemplo, apontam que o número de mortes subiu 26,1% em agosto entre a população carcerária. Em um cenário com mudanças frequentes no conhecimento sobre a doença causada pelo novo coronavírus, a capacitação dos profissionais torna-se uma ferramenta estratégica para seu enfrentamento. Conheça e inscreva-se no rol de cursos sobre a Covid-19 oferecidos pelo Campus Virtual Fiocruz.
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Covid-19 e a população privada de liberdade
O CNJ verificou também aumento de 33,6% no número de casos entre servidores do sistema carcerário. Os dados foram calculados no intervalo entre 3 e 31 de agosto de 2020. No sistema socioeducativo, o Conselho revela que o número de adolescentes internados com coronavírus saiu de 677 para 848 no último mês, um aumento de 25,2%. Segundo eles, não houve registro de mortes. Já entre os servidores do sistema socioeducativo, os infectados passaram de 2.099 para 2.745, uma alta de 30%. Houve aumento de 17 para 19 mortos.
Pouca ventilação, superlotação, acesso restrito à água e baixa condição de higiene são algumas das inúmeras questões estruturais históricas que o sistema prisional brasileiro apresenta. Para atualizar profissionais e capacitá-los quanto às ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus entre a população privada de liberdade, o Campus Virtual Fiocruz e a Fiocruz Mato Grosso do Sul oferecem o curso autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional. As inscrições estão abertas!
A formação é oferecida na modalidade à distância e voltada a gestores, profissionais de saúde, policiais penais, trabalhadores dos estabelecimentos prisionais, membros dos conselhos penitenciários e demais interessados na área.
Covid-19 e o manejo clínico da gestante e puérpera
Estudo publicado em revista médica internacional revelou que, do início da pandemia até 18 de junho, foram notificadas 160 mortes de grávidas e puérperas em todo o mundo por Covid-19, sendo 124 delas no Brasil. Esses números apontam que o país é responsável por 77% das mortes mundiais. O paper traz outros números expondo também a falta de acesso à assistência. Outra pesquisa fala ainda sobre maior vulnerabilidade entre grávidas e puérperas negras à doença.
Atentos a esse crescente e assustador dado e considerando as especificidades desse grupo, os especialistas responsáveis pelo módulo sobre atenção hospitalar do curso online Covid-19 elaboraram uma aula sobre manejo clínico de gestantes ou puérperas para a formação. O curso, uma iniciativa do Campus Virtual Fiocruz, é gratuito, autoinstrucional e as inscrições estão abertas.
Um desafio muito específico sobre a temática da aula Manejo clínico da gestante e puérpera no contexto da Covid-19 (aula 6 – Módulo 3) é a interface entre os campos do manejo obstétrico, clínico e da terapia intensiva. “As gestantes e mulheres no ciclo gravídico-puerperal têm especificidades em relação às questões hemodinâmicas, ventilatórias e do controle da fisiopatologia da Covid-19”, explicou a pesquisadora e docente do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher do IFF/Fiocruz, Maria Mendes Gomes, que é responsável pelo conteúdo da aula juntamente com dois pesquisadores também do IFF: Maria Teresa Massari e Marcos Dias.
Conheça o curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus
Em um esforço para contribuir com a formação de profissionais de saúde, o Campus Virtual Fiocruz lançou o curso online Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus. Para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, o conteúdo foi produzido e publicado em caráter de urgência, ratificando o aspecto inovador, dinâmico e responsável da formação. Ele é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD), permitindo que qualquer pessoa interessada se inscreva.
A qualificação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, mas pode ser cursado por todos os interessados. Ele é composto de três módulos, que são independentes e podem ser cursados conforme necessidade do aluno, conferindo autonomia ao processo de formação.
Doenças ocasionadas por vírus respiratórios
Veja também o curso de qualificação Doenças ocasionadas por vírus respiratórios emergentes, incluindo a Covid-19. A formação tem carga horária de 4h e é voltada a profissionais e estudantes de todas as áreas da saúde. Ele fornece uma introdução geral ao novo coronavírus e outros vírus respiratórios emergentes. O curso foi produzido pela Organização Mundial da Saúde e traduzido para o português pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e está sendo ofertado e certificado pela Fiocruz Brasília.
Confira a formação e inscreva-se!
Imagem de capa: Freepik
Acaba de ser lançada uma nova chamada para doutorado sanduíche no exterior, oferecida no âmbito do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes) – chamada 06/2020. Estão disponíveis seis bolsas para saída nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2021. Propostas podem ser inscritas até 7 de outubro. Acesse o edital e confira a oportunidade.
O PrInt Fiocruz-Capes prevê ações que proporcionem ou incrementem a internacionalização dos programas de pós-graduação stricto sensu da Fiocruz de excelência. Para tanto, estimula a formação de redes de pesquisas internacionais, visa aprimorar a qualidade da produção acadêmica vinculada à pós-graduação, busca promover e fortalecer cooperações internacionais e a mobilidade de docentes e discentes. O incentivo ao doutorado sanduíche está entre as principais ações estratégicas para a intensificação da internacionalização.
Tais bolsas têm por finalidade a realização de estágio para o desenvolvimento de pesquisa em Instituição de Ensino Superior (IES) estrangeira. As oportunidades são voltadas a estudantes regularmente matriculados em cursos de doutorado de programas de pós-graduação vinculados ao PrInt-Fiocruz-Capes. Com essa bolsa, o estudante, após o período de estudos no exterior, retorna ao Brasil para a conclusão e defesa de sua tese.
Vale ressalta que as chamadas 03, 05 e 06 do Print Fiocruz-Capes foram adaptadas ao calendário da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), enviado e divulgado pelo Ofício nº 53/2020-DRI/CAPES. Além disso, o presente calendário ainda pode sofrer modificações de forma a adequar-se a novas alterações que a Coordenação possa vir a realizar ou mesmo ser suspenso devido a decisões da Capes de cancelar bolsas de mobilidade internacional em virtude da pandemia de Covid-19.
Acesse aqui a chamada 06/2020 para doutorado sanduíche no exterior.
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) está com inscrições abertas para o curso de doutorado do programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária - 2020.2. As inscrições podem ser realizadas até 27 de setembro. Ao todo, estão disponíveis 10 vagas, não havendo obrigatoriedade de preenchimento de todas elas nesta chamada. Confira a oportunidade.
O curso tem como objetivo formar doutores capazes de atuar como docentes de nível superior e como pesquisadores na área de Parasitologia, promovendo a geração de novos conhecimentos científicos voltados a políticas públicas e que assegurem a melhoria das condições de saúde da população.
O Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária do Instituto Oswaldo Cruz (PGBP/IOC/Fiocruz) visa à formação científica avançada de pesquisadores, profissionais dos campos da ciência e tecnologia em saúde e docentes de ensino superior para as diferentes abordagens das áreas do conhecimento relacionadas à Parasitologia. A proposta é associar a tradição de excelência à necessidade de manter-se na vanguarda científica e tecnológica das áreas envolvidas no conceito mais amplo da Parasitologia. Atualmente, o Programa está credenciado na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) com conceito 7, considerado como excelência pela instituição.
Acesse aqui o edital e confira a chamada.
Imagem: apresentação do PPGBP/IOC
Estão abertas as inscrições para seleção interna de doutorandos para a realização do teste de proficiência de língua inglesa TOEFL® ITP. Os interessados devem estar matriculados em cursos de doutorado de Programas de Pós-Graduação vinculados à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Acesse a chamada. A iniciativa oferecerá 30 testes de conhecimento no âmbito da Política de Internacionalização do Ensino, sendo 15 deles ofertados aos alunos que já estão aprovados para realização de doutorado sanduíche no exterior e 15 exames para os demais. Os testes serão aplicados remotamente pela empresa Mastertest. Os alunos já aprovados devem realizar a inscrição até 15 de setembro. Os demais interessados podem se inscrever até 30 de setembro.
Os concorrentes devem estar com as informações atualizadas na Plataforma Siga, além de atender aos seguintes requisitos:
Dúvidas e solicitações de informação sobre a chamada devem ser encaminhadas para o endereço eletrônico edu.internacional@fiocruz.br com o assunto “Dúvida Chamada TOEFL® 2020”.
Acesse aqui a chamada, formulário de inscrição e requisitos para aplicação do teste.
Caminhos e conexões no ensino remoto é o tema de um novo curso da Fiocruz voltado a docentes e profissionais da área de educação. A formação é autoinstrucional, online e gratuita! Ela é uma iniciativa da Vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação e está alinhada às ações de apoio aos professores para a continuidade do ensino frente à necessidade de isolamento social causado pela pandemia de Covid-19. O objetivo do curso é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. Ele é aberto a todos os interessados e as inscrições podem ser feitas aqui.
Para colaborar com a retomada das atividades de ensino e em atenção à necessidade do professor por informações rápidas e práticas, o curso traz um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que podem apoiar a realização de disciplinas ou outras ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial.
Ele está estruturado em formato de guia e é dividido em quatro seções independentes, que podem ser acessadas de acordo com a preferência ou necessidade de cada usuário.
O público-alvo da nova formação são, prioritariamente, docentes da Fiocruz e outros profissionais que atuam na docência em todos os níveis, mas o curso é aberto ao demais profissionais da instituição e também ao público em geral.
Ensino Remoto - Caminhos e Conexões
A iniciativa parte do princípio de que a educação remota é uma possibilidade de garantir, emergencialmente, que alunos e professores retornem às atividades de aprendizagem durante o período de convivência com a pandemia, utilizando as tecnologias digitais como ferramentas para execução de seu planejamento e maior aproximação com os alunos. Além de oferecer essa formação básica no campo da Educação Remota, esse curso tem o propósito de contribuir para a solidificação da proposta educacional aberta e gratuita da Fiocruz.
As etapas de construção desse novo curso foram realizadas por um Grupo de Trabalho constituído a partir do Fórum de Qualificação Profissional e EAD da Fiocruz, com participantes experientes na área de educação e educação a distância. Além disso, um diferencial dessa elaboração foi o envolvimento do design instrucional como um processo, ou seja, como base de todas as etapas: planejamento, desenvolvimento e implementação. O curso teve a supervisão e mentoria da equipe técnica do Campus Virtual Fiocruz e um grande apoio da EAD do Instituto Aggeu Magalhães (IAM) - Fiocruz Pernambuco.
“Embora já possuíssemos expertise prévia, todas nós tivemos a oportunidade de ampliar nossos conhecimentos e habilidades técnicas, utilizando um modelo de gestão ágil no desenvolvimento desse projeto pedagógico”, detalhou a Coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse, que também é a responsável pela condução do Grupo de Trabalho, apontando ainda que com comprometimento, responsabilidade compartilhada e sem hierarquia, o GT – um grupo formado somente por mulheres – mostrou um trabalho de elevado desempenho com foco em educação.
Ana Furniel, que é coordenadora do Campus Virtual Fiocruz e entusiasta da iniciativa, ressaltou a importância da nova formação e destacou que o curso foi desenvolvido de forma simples e com o uso de tecnologias disponíveis gratuitamente. Segunda ela, a ideia permanentemente trabalhar em novas versões com atualizações e revisões.
Já a coordenadora de Educação do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), Mariana Souza, falou sobre o orgulho em fazer parte desse trabalho. Para ela, o curso mostra rapidamente, de forma direta e indireta, o resultado do empenho de servidores à população, o que lhe trouxe grande satisfação pessoal. A constituição do GT e todo o desenvolvimento da nova formação se deram de forma remota durante a pandemia, o que, segundo os integrantes do Grupo, fortaleceu laços profissionais e proporcionou momentos de afeto durante o isolamento.
Fiocruz dá início à oferta de disciplinas transversais para seus cursos de pós-graduação. A primeira a ser liberada para adesão é ‘Metodologia Científica’. As disciplinas transversais (DT) são desenhadas a partir de temas comuns à formação na área das ciências da saúde e permitem maior integração e troca de experiências entre os programas, alunos e docentes. A iniciativa, que tem início em 31/8 – e está sob a responsabilidade da Coordenação Geral de Educação, ligada à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (CGE/VPEIC) –, vem sendo debatida há algum tempo na Fundação e teve seu processo acelerado devido às medidas de isolamento social causadas pela Covid-19. A previsão é que em 15 de setembro as disciplinas ‘Biossegurança’, ‘Divulgação Científica’ e ‘Ciência Aberta’ também sejam liberadas para adesão.
A coordenadora-geral adjunta de Educação, Eduarda Cesse, lembrou que essa iniciativa foi construída a partir de um rico debate na Câmara Técnica de Educação (CTE) ao longo dos últimos anos. Ela apontou ainda que a oferta a distância permitirá maior adesão de PPG de unidades de outros estados, além do Rio de Janeiro, oportunizando, assim, o ensino remoto emergencial na instituição.
O processo de adesão das DT deve ser feito diretamente pelos programas de pós-graduação. A oferta de disciplinas no modelo transversal deve seguir um fluxo de registro na CGE e um fluxo de adesão dos programas, que particularmente definem o número de vagas a serem oferecidas, obedecendo cronograma a ser pactuado pela CGE e o Campus Virtual Fiocruz.
A trajetória das disciplinas transversais na Fiocruz
As discussões sobre disciplinas transversais na Fiocruz tiveram início em 2015, na ocasião da oferta do curso de Introdução à Ética e Integridade em Pesquisa, na modalidade à distância, para diferentes programas de pós-graduação da Fiocruz. Em 2016, de maneira inédita, aconteceu a oferta da disciplina Bioinformática Integrada, a primeira elaborada de forma compartilhada por diferentes programas de pós-graduação da Fiocruz. A ação possibilitou aos alunos maior leque de conhecimentos, pois a disciplina reunia a expertise de pesquisadores de várias unidades. À época, Nísia Trindade Lima, que ocupava o cargo de vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação (Vpeic), salientou que a diversidade é um dos grandes diferenciais da Fiocruz e, no ensino, a Fundação tem por objetivo promover cada vez mais essa integração, de forma a beneficiar os alunos. As atividades eram ministradas por meio de videoconferência ou webconferência, com o suporte de um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).
Em 2017, a Câmara Técnica de Educação passou a discutir de forma sistematizada essas experiências de oferta de disciplinas integradas. Em 2018, o Planejamento Integrado da Educação na Fiocruz (Pief) reforçou a importância de iniciativas integradas entre as unidades em torno de temas transversais estratégicos, tais como, Divulgação Científica, Ciência Aberta, Metodologia Científica, Biossegurança, Ética e Integridade em Pesquisa, História da Saúde Pública no Brasil, e Sistema Único de Saúde: História e Desafios do Presente.
Ainda em 2018, teve início a disciplina Introdução à Divulgação Científica, que alcançou 90 inscritos, de 11 PPG da Fiocruz. E, em 2019, teve início a oferta do curso de Metodologia Científica, na turma especial de doutorado acadêmico para o Complexo Econômico e Industrial da Saúde, do Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia, da Fiocruz Paraná. Mais recentemente, a disciplina vem sendo oferecida para o doutorado profissional de Farmaguinhos. Essas duas ofertas - Dibulgação Científica e Metodologia Científica - inauguraram o fluxo de inserção das Disciplinas Transversais na Fiocruz. Em 2020, foi desenvolvida a disciplina Biossegurança e estão em elaboração para oferta no formato transversal: Ciência Aberta; Ética e Integridade em Pesquisa; História da Saúde Pública no Brasil; e Sistema de Saúde no Brasil: História e Desafios do Presente.
O processo de criação de disciplinas transversais
São critérios orientadores para a oferta de disciplinas transversais a escolha de temas que sejam de relevância e interesse para um número expressivo de alunos de programas de pós-graduação stricto sensu e também cursos lato sensu da Fiocruz; a existência de professores com alta expertise no tema para a formulação e coordenação geral da disciplina; a produção em formatos híbridos: possibilidade de articular conteúdos EAD com atividades de interação (momentos presenciais, oficinas, seminários, fórum de debates, tutoria descentralizada) e elaboração de avaliação final (a ser definida em cada caso).
Os PPG da Fiocruz poderão aderir às ofertas das disciplinas por meio do preenchimento do formulário, disponível na "Área Logada" do Campus Virtual Fiocruz. No formulário, os responsáveis devem fornecer um conjunto de dados fundamentais para efetivar a oferta através do Ambiente Virtual do CVF e considerar o seguinte calendário:
Para o cadastro e oferta das disciplinas transversais, o responsável pelo seu desenvolvimento nos programas ou cursos deve manifestar à CGE o interesse em oferecer tal disciplina e seguir um fluxo pré-estabelecido. As inscrições de alunos nas novas disciplinas também seguem um caminho definido pela CGE, com adequações às normatizações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para os programas de pós-graduação.
Veja, abaixo, a linha do tempo das disciplinas transversais na Fiocruz:
"Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação". Com base na Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde e na vulnerabilidade da população LGBTQIA+ quanto ao atendimento de seus direitos, incluindo o acesso aos serviços de saúde, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocuz) lança o curso de Mestrado Profissional em Direitos Humanos, Justiça e Saúde: Gênero e Sexualidade (2020.2). Desenvolvido pelo Departamento de Direitos Humanos e Saúde, curso destina-se a formar servidores públicos do Estado e dos municípios do Rio de Janeiro visando combater as discriminações e violações cometidas contra a população LGBTQIA+, no âmbito da atenção à saúde. As inscrições estão abertas e podem ser feitas até 8/9 pelo Campus Virtual Fiocruz.
Acesse o edital e inscreva-se já!
O mestrado profissional é coordenado na Ensp pelos pesquisadores Maria Helena Barros, Marcos Besserman, Aldo Pacheco e Angélica Baptista. A iniciativa, que surgiu a partir da emenda parlamentar do deputado federal David Miranda, tem o objetivo de formar profissionais qualificados na área dos Direitos Humanos e Saúde para formulação e implementação de políticas públicas, seja na modelagem de projetos de intervenção, infraestrutura e atenção diferenciada à população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais ou Transgêneros, Queer, Intersexo, Assexual + (LGBTQIA+).
“A Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde explicita o direito ao cuidado, ao tratamento e ao atendimento livre de discriminação de orientação sexual e identidade de gênero. Nessa perspectiva, o curso foi pensado para fazer uma discussão profunda sobre o campo dos direitos humanos e a questão de gênero e sexualidade. A população LGBTQIA+ sofre não só pela violência e discriminação, mas também pela falta de acesso ao sistema de saúde. É preciso que o SUS se capacite para atendê-los. E esse atendimento deve ser referenciado pelo respeito à dignidade da pessoa humana, pelo respeito à diversidade e pelos direitos humanos e saúde”, afirmou a pesquisadora Maria Helena Barros.
Acesse a chamada pública.
Violência contra a população LGBTQIA+
Relatório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia informa que 329 LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) tiveram morte violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia, em 2019. Foram 297 homicídios e 32 suicídios. Isso equivale a 1 morte a cada 26 horas. O grupo indica uma redução de 26%, se comparado com o ano anterior. Em 2017 foram 445 mortes e em 2018, 420.