Inclusão e acessibilidade é o tema do 2º Encontro Virtual de Divulgação Científica, iniciativa da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e do Fórum de Divulgação Científica da Fiocruz. O evento está marcado para o dia 9 de junho, às 14h, com transmissão pelo canal da VideoSaúde no YouTube e tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Os encontros virtuais visam reunir pesquisadores, professores e profissionais de diferentes áreas no debate sobre questões relacionadas ao cenário da divulgação de ciência na instituição, sem perder de vista o panorama brasileiro.
A segunda edição de 2022 do encontro contará com a presença do vice-coordenador do Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), Marcos Besserman; do coordenador-adjunto do curso de especialização em Direitos Humanos, Acessibilidade e Inclusão da Ensp, Armando Nembri; e da coordenadora da Seção de Formação do Serviço de Educação do Museu da Vida (COC), Hilda Gomes.
Também participará do debate a doutora em Ciência Humanas-Sociologia e professora do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF), Martha Moreira. A moderação será feita pela mestre em Saúde Pública e integrante do Comitê Fiocruz pela Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência, Sonia Gertner.
Neste 15 de outubro, data em que se comemora o Dia dos professores, o Sextas de Poesia faz uma homenagem a todos aqueles que são plantadores de esperança, que semeiam em cada criança um adulto sonhador. Com um cordel - gênero da literatura que, por meio da declamação e textos rimados, leva arte, conhecimento e identidade à população -, esta edição do 'Sextas' mostra "A força do professor", de Bráulio Bessa.
Parabéns aos mestres que transformam vidas. Como no cordel, a educação é ter esperança, mas esperança do verbo esperançar, não de esperar. Assim, como já nos dizia Paulo Freire, "esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir!"
Braulio Bessa, poeta e cordelista, nasceu em 1985, no pequeno município de Alto Santo, no interior do Ceará. Foi na escola que teve contato, pela primeira vez, com a poesia nordestina. A partir daí, passou a admirar e a frequentar cantorias de viola em sua cidade. Em 2011, criou uma página no Facebook, chamada Nação Nordestina, para publicar conteúdos sobre tradições, expressões populares e culinária da região, e ainda postar vídeos para resgatar a tradicional literatura de cordel. Foi dessa forma que se tornou um fenômeno nas redes sociais, levando a cultura de cordel como forma de divulgação e aprendizagem.
A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente Fiocruz realizará duas mesas-redondas no âmbito da 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Ambas as atividades, online e abertas, são voltadas a alunos do ensino médios e professores interessados nesta temática. A primeira, marcada para 4/10, segunda-feira, às 13h, tem como objetivo familiarizar os estudantes de ensino médio com os objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. A segunda atividade está marcada para 5/10, às 15h30, e trará um pouco da sua experiência dos professores neste momento de crise pandêmica, abordando os desafios que enfrentaram e de muitos que ainda se impõe no retorno às aulas. A Fiocruz realizará diversas outras atividades durante a SNCT. Confira aqui a programação completa.
Em 2021, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia acontece mais uma vez de forma virtual devido à pandemia. O tema deste anos é “A transversalidade da ciência, tecnologia e inovações para o planeta” e os debates acontecem de 4 a 8 de outubro. A programação diária conta com atividades gravadas e ao vivo que vão desde debates com cientistas a apresentações culturais. Excepcionalmente, ao longo do mês de outubro, uma série de conteúdos gravados inéditos serão disponibilizados também pela plataforma SNCT da Fiocruz. Cerca de 170 atividades poderão ser conferidas nos canais do Youtube da Fiocruz (https://www.youtube.com/fundacaooswaldocruz), e do Canal Saúde da Fiocruz (https://www.canalsaude.fiocruz.br/). A programação completa do evento está disponível no site do evento (http://snct.fiocruz.br/). Inscreva-se para participar!
O objetivo da SNCT 2021 é mobilizar a sociedade, incluindo escolas e organizações civis que atuam em parceria com a Fiocruz e fortalecer o compromisso com a promoção em saúde, preservação do ambiente e defesa da ciência para o desenvolvimento do país. A Obsma participa dessa grande mobilização nacional desde outubro de 2004 e, mais do que nunca, segue com o seu compromisso de contribuir para a construção de uma educação de qualidade para todos, como prevê a Agenda 2030 das Nações Unidas, mas também crítica e libertadora como o educador Paulo Freire, Patrono da Educação no Brasil, nos ensinou.
Vamos tornar divertida a Agenda 2030?
No dia 4 de outubro, a regional Minas Sul da OBSMA realizará a oficina “Vamos tornar divertida a Agenda 2030?”. Voltada a alunos do ensino médio, a atividade vai contar com a participação de pesquisadores do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas), que apresentarão ao público infanto-juvenil e adulto ideias para mudar a realidade do ensino de ciências na educação básica.
A Oficina acontecerá na plataforma Zoom, das 13h às 15h, e tem como objetivo familiarizar os estudantes de ensino médio com os objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Na oficina serão inicialmente discutidos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A proposta é estimular estudantes a elaborarem um jogo que tenha como foco a Agenda 2030 das Nações Unidas.
As vagas são limitadas. A inscrição é gratuita e obrigatória e pode ser realizada até 1 dia antes da programação no link: https://www.even3.com.br/snct2021fiocruz/.
Confira mais detalhes da atividade aqui.
Educar na pandemia: Plantando ideais, formando cidadãos”
A atividade “Educar na pandemia: plantando ideais, formando cidadãos” está marcada para 5/10, das 15h30 às 17h, e poderá ser acompanhada pelo Youtube da Fiocruz. Professores, que já foram premiados na Olimpíada, foram convidados para compor a mesa e falar um pouco da sua experiência, fazendo um breve balanço, neste momento de crise pandêmica, dos desafios que enfrentaram e de muitos que ainda se impõe no retorno à sala de aula.
Os professores convidados foram Keila Ferreira de Oliveira – Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Cora Coralina (Cacoal/RO) – Destaque Regional Norte, Marcello Miranda Ferreira Spolidoro – Colégio Pedro II (Rio de Janeiro/RJ) – Prêmio Especial Ano Oswaldo Cruz, Maria Ana Paula Freire da Silva – Escola Municipal Octávio Meira Lins (Recife/PE) – Destaque Regional Nordeste I e Rivânia da Silva Lyra – Instituto Federal do Maranhão (Coelho Neto/MA) – Prêmio Especial Menina Hoje, Cientista Amanhã.
Caminhos e conexões no ensino remoto é o tema de um novo curso da Fiocruz voltado a docentes e profissionais da área de educação. A formação é autoinstrucional, online e gratuita! Ela é uma iniciativa da Vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação e está alinhada às ações de apoio aos professores para a continuidade do ensino frente à necessidade de isolamento social causado pela pandemia de Covid-19. O objetivo do curso é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. Ele é aberto a todos os interessados e as inscrições podem ser feitas aqui.
Para colaborar com a retomada das atividades de ensino e em atenção à necessidade do professor por informações rápidas e práticas, o curso traz um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que podem apoiar a realização de disciplinas ou outras ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial.
Ele está estruturado em formato de guia e é dividido em quatro seções independentes, que podem ser acessadas de acordo com a preferência ou necessidade de cada usuário.
O público-alvo da nova formação são, prioritariamente, docentes da Fiocruz e outros profissionais que atuam na docência em todos os níveis, mas o curso é aberto ao demais profissionais da instituição e também ao público em geral.
Ensino Remoto - Caminhos e Conexões
A iniciativa parte do princípio de que a educação remota é uma possibilidade de garantir, emergencialmente, que alunos e professores retornem às atividades de aprendizagem durante o período de convivência com a pandemia, utilizando as tecnologias digitais como ferramentas para execução de seu planejamento e maior aproximação com os alunos. Além de oferecer essa formação básica no campo da Educação Remota, esse curso tem o propósito de contribuir para a solidificação da proposta educacional aberta e gratuita da Fiocruz.
As etapas de construção desse novo curso foram realizadas por um Grupo de Trabalho constituído a partir do Fórum de Qualificação Profissional e EAD da Fiocruz, com participantes experientes na área de educação e educação a distância. Além disso, um diferencial dessa elaboração foi o envolvimento do design instrucional como um processo, ou seja, como base de todas as etapas: planejamento, desenvolvimento e implementação. O curso teve a supervisão e mentoria da equipe técnica do Campus Virtual Fiocruz e um grande apoio da EAD do Instituto Aggeu Magalhães (IAM) - Fiocruz Pernambuco.
“Embora já possuíssemos expertise prévia, todas nós tivemos a oportunidade de ampliar nossos conhecimentos e habilidades técnicas, utilizando um modelo de gestão ágil no desenvolvimento desse projeto pedagógico”, detalhou a Coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse, que também é a responsável pela condução do Grupo de Trabalho, apontando ainda que com comprometimento, responsabilidade compartilhada e sem hierarquia, o GT – um grupo formado somente por mulheres – mostrou um trabalho de elevado desempenho com foco em educação.
Ana Furniel, que é coordenadora do Campus Virtual Fiocruz e entusiasta da iniciativa, ressaltou a importância da nova formação e destacou que o curso foi desenvolvido de forma simples e com o uso de tecnologias disponíveis gratuitamente. Segunda ela, a ideia permanentemente trabalhar em novas versões com atualizações e revisões.
Já a coordenadora de Educação do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), Mariana Souza, falou sobre o orgulho em fazer parte desse trabalho. Para ela, o curso mostra rapidamente, de forma direta e indireta, o resultado do empenho de servidores à população, o que lhe trouxe grande satisfação pessoal. A constituição do GT e todo o desenvolvimento da nova formação se deram de forma remota durante a pandemia, o que, segundo os integrantes do Grupo, fortaleceu laços profissionais e proporcionou momentos de afeto durante o isolamento.
No dia 27 de julho, às 10h, aconteceu o quarto evento da série Encontros Virtuais da Educação, com o tema Editoria científica e saúde. Na abertura, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, lembrou que a atividade surgiu na Câmara Técnica de Educação, a fim de aproximar a comunidade acadêmica das iniciativas estratégicas da área.
Após falar brevemente sobre os três encontros realizados, Cristiani destacou o tema do dia. “No que concerne à editoria científica, temos orgulho de ter na Fiocruz uma área muito rica e diversificada. A Editora Fiocruz é uma das mais reconhecidas na publicação de livros no campo da saúde, na América Latina. Além disso, temos sete periódicos científicos, a maioria de caráter interdisciplinar, que abrangem várias áreas do conhecimento e desenvolvem um trabalho regular e seríssimo”, comentou, detalhando em seguida um pouco mais sobre o perfil de cada revista. Depois, falou sobre os 5 anos do Portal de Periódicos Fiocruz, que reúne as publicações, e de seu papel na divulgação do conhecimento científico de forma ampla para toda a sociedade.
Antes de passar a palavra aos palestrantes, a vice-presidente chamou a atenção para a relevância das atividades de editoria científica na formação de professores e pesquisadores. “Esta é uma das facetas do ofício de um bom pesquisador. Certamente todos seremos autores de trabalhos científicos, e daí a importância de conhecer as especificidades que envolvem este fazer tão cuidadoso, quase artesanal”, afirmou.
A primeira apresentação foi da pesquisadora Luciana Dias de Lima, uma das editoras-chefe dos Cadernos de Saúde Pública. Ela compartilhou orientações gerais e boas práticas sobre publicações científicas, explicando como o artigo se diferencia de outras formas de publicação, alguns cuidados ao elaborar e submeter o trabalho, além de critérios na escolha da revista. Luciana destacou o fato de que a Ciência é um empreendimento coletivo. “O artigo é um exercício de diálogo com o conhecimento existente, com a sua produção e a avaliação pela comunidade”, afirmou. Além disso, comentou que os artigos têm um grande potencial de divulgação junto a um público mais amplo, e da valorização do acesso aberto para que este objetivo seja alcançado. Ela finalizou a apresentação comentando sobre todo o processo de submissão e aceitação de um artigo pelos editores.
Dialogando com estas etapas, Angélica Ferreira, editora da revista Trabalho, Educação e Saúde, fez um recorte do processo de avaliação, centrando sua apresentação nos fatores que determinam a recusa de um artigo. Ela elencou os principais motivos: textos que não se enquadram na linha editorial e nas seções da revista; que sejam pouco originais por já terem sido bastante explorados na literatura, pelo periódico ou ainda que não acrescentem novos conhecimentos sobre o objeto; além de artigos que apresentem a própria premissa como conclusão ou que tenham problemas metodológicos.
Angélica falou que os autores devem lidar com a dimensão pedagógica dos pareceres, o que inclui a recusa do artigo. “É necessário sair da defensiva ao receber um parecer negativo”. Segundo ela, é importante compreender a leitura que o parecerista fez do texto e estudar as recomendações. “Este é o ciclo básico de quem participa de comunidades científicas. É uma postura de reconstrução e aprendizado”, disse. E destacou outra dimensão: a de construção de parcerias ao longo do processo de elaboração do artigo, buscando pessoas para construir o conhecimento. “Um parecer negativo, muitas vezes te indica caminhos para a sua formação, seu aprendizado, para trabalhos futuros”, ensina.
Já o futuro das próprias revistas científicas foi o tema do editor das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, o periódico mais antigo publicado pela instituição. Adeilton Brandão projetou tendências. Para ele, o desenvolvimento de tecnologias da informação, facilitará a disseminação de artigos em preprint e o acesso a dados abertos, possibilitando que os próprios cientistas tenham um ponto focal na rede, assumindo funções típicas de um editor. Então, qual seria o papel das revistas neste novo cenário? Segundo Adeilton, caberá mais às revistas atuar como provedoras de serviços editoriais do que “certificadoras” da produção científica. Por sua vez, os pesquisadores resgatariam o controle de sua produção intelectual, como consequência natural da descentralização de processos. Ao final, ele deixou duas provocações: “Artigos científicos devem ser rejeitados ou sempre melhorados e corrigidos?” e “Em vez de publicar ou perecer, por que não publicar ou florescer?”.
Uma das premissas para florescer é ampliar o acesso aberto ao conhecimento. Principalmente, no contexto de uma crise sanitária. Esse foi o ponto central do editor executivo João Canossa, em sua apresentação Editora Fiocruz em tempos de pandemia (y otras cositas más). Ele falou sobre estratégias neste sentido, como converter títulos comerciais para acesso aberto. Atualmente, a Editora Fiocruz tem 290 títulos na plataforma SciELO Livros, sendo 209 em acesso aberto, sendo responsável por cerca de 47 milhões de downloads — o que corresponde a aproximadamente 47% dos livros baixados em toda a plataforma.
João apresentou dados mostrando significativo crescimento pelos livros da editora este ano, comportamento atribuído à pandemia, assim como ao trabalho de comunicação e marketing, com investimentos em divulgação nas redes sociais, lançamentos e participação em eventos acadêmicos virtuais, assim como parcerias estratégicas, como as realizadas com a Associação Brasileira de Editoras Universitárias (Abeu). Ele mencionou também a participação dos autores como fontes da mídia para tratar de temas relacionados à Covid-19. Por fim, falou sobre o processo de submissão pelos autores e as etapas editoriais. E concluiu citando o autor colombiano Álvaro Mutis: “Ler um livro é voltar a nascer...”, disse, refletindo sobre o papel dos editores e autores, no que tange à formação de novas gerações de leitores.
A última apresentação foi da editora de conteúdo e comunicação do Portal de Periódicos Fiocruz, Flávia Lobato. Ela explicou que o espaço foi criado há 5 anos como uma das plataformas estruturantes para a Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da instituição. Além disso, comentou sobre a articulação com o Fórum de Editores Científicos. Isso permite que o Portal seja um espaço de integração das revistas, compartilhamento de experiências, reflexão e, em última análise, se projete como uma referência em editoria científica. Neste sentido, Flávia apresentou algumas possibilidades de divulgação, considerando diversos formatos e linguagens (notícias, entrevistas, vídeos e infográficos), relatando casos de sucesso, além de dados sobre o público visitante do Portal e de sua página no Facebook. Sempre com o objetivo de prover acesso e visibilidade à produção científica, destacou. Por fim, lembrou que, além do diálogo com a sociedade, o Portal é também um instrumento que contribui para o ciclo de formação de estudantes, pesquisadores e profissionais.
O encontro terminou com debates com o público, formado por cerca de 70 participantes. Assista ao vídeo das apresentações, que também está disponível no canal do Campus Virtual Fiocruz no YouTube.
Na próxima segunda-feira, dia 3 de agosto, às 9h30, será realizado o 5º Encontro Virtual da Educação. O tema será Ambientes Virtuais de Aprendizagem, com orientações sobre o uso da plataforma Moodle. E, para rever os eventos anteriores, acesse os links a seguir:
7/7: Saúde e Meio Ambiente: Olimpíada científica da Fundação inaugura encontros virtuais
13/7: Encontro virtual debate recursos educacionais e ferramentas digitais da Fiocruz
20/7: Encontro debateu comunicação pública como política de ampliação dos espaços de educação
Dando prosseguimento às discussões sobre as ações educacionais da Fiocruz, a Câmara Técnica de Ensino (CTE) reuniu mais uma vez, nos dias 29 e 30 de junho, diferentes representantes da Vice-presidência de Educação, Comunicação e Informação da Fiocruz (VPEIC) e o conjunto de gestores da área. O encontro, realizado de forma virtual, tratou especialmente do planejamento para a continuidade das atividades educacionais, respeitando a saúde e segurança de alunos e docentes, bem como seus trabalhadores.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, durante a abertura da reunião, destacou o caráter positivo do envolvimento das várias instâncias e representações da educação na instituição, mesmo diante de um cenário de tantas dificuldades. “Valorizo muito o esforço de reflexão dos alunos de pós-graduação, que têm se colocando de maneira tão firme e, ao mesmo tempo, ponderada em relação ao contexto que estamos vivendo; assim como todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pela VPEIC e por cada coordenador de nossos programas de pós. Quero valorizar o fato de termos a CTE tão ativa neste momento de isolamento social”, disse ela.
Durante o encontro foram debatidos o plano de Educação Remota Emergencial da Fiocruz, com base na Portaria 544 do Ministério da Educação (MEC) e na proposta de Portaria da Fiocruz, bem como as estratégias de inclusão digital voltada a alunos e docentes. Também foram apresentados panoramas das ações educacionais e comunicacionais nas unidades, no Campus Virtual Fiocruz; e outras iniciativas, como o módulo introdutório de apoio aos docentes para educação remota emergencial; cursos e disciplinas transversais para os programas; e meios de comunicação e divulgação científica da Fundação.
Partindo do princípio de que ainda não é possível a retomada de ações presenciais, a vice-presidente Cristiani Vieira Machado afirmou que a Fiocruz segue em busca de soluções institucionais para apoiar a educação remota emergencial. “Para nós é fundamental a conexão entre docentes, discentes e corpo administrativo, não somente pelo conteúdo acadêmico, mas também pela vida institucional”, pontuou.
A pandemia do novo coronavírus vem mostrando a importância cada vez maior do uso das tecnologias digitais por toda a sociedade. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dispõe de diversas plataformas no campo da educação, informação e comunicação em saúde – que neste momento de crise da saúde pública internacional assumem um papel central para que informações confiáveis e com base em evidências científicas circulem nas redes.
Para que professores, alunos e outros profissionais do ensino possam continuar realizando suas atividades, o Campus Virtual Fiocruz produziu o Guia de Utilização de Tecnologias Educacionais, como explica a coordenadora da iniciativa, Ana Furniel. “Criamos este espaço web como parte das ações de mobilização de toda a instituição para diminuir os impactos da pandemia. Neste momento é ainda mais importante incentivar as aulas virtuais e oferecer alternativas para garantir que os professores e alunos consigam manter suas atividades. Do contrário teremos problemas com a agenda educativa”.
No guia, estão disponíveis informações sobre como solicitar Ambiente Virtual de Aprendizagem (Moodle), cadastrar aulas no Educare, transmitir aulas por webconferências e transmitir defesas de teses e dissertações. Quem acessar o hotsite também vai encontrar tutoriais sobre videoaulas e ferramentas disponíveis para chats, reuniões por vídeo, compartilhamento de telas, gravação das sessões, entre outras.
Acesse aqui o Guia de Utilização de Tecnologias Educacionais.
O Guia se insere num conjunto de ações que a Vice-presidência de Educação, Informação e Educação tem adotado, desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou a pandemia, e das diretrizes das autoridades brasileiras, lembra a coordenadora geral da Educação, Cristina Guilam. “Temos trabalhado de forma bastante articulada às diretrizes e orientações do Ministério da Saúde. Além das orientações gerais do Plano de Contingência da Fiocruz, organizamos um conjunto de Orientações Complementares para os Programas de Pós-Graduação Stricto sensu e os cursos Lato sensu, que devem ser adaptadas por cada unidade”.
Entre as medidas que devem ser adotadas estão a suspensão de aulas presenciais em locais com transmissão comunitária e número expressivo ou crescente de casos, que devem ser substituídas, sempre que possível, por atividades remotas.
No dia 16 de março, às 10h, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realiza a conferência Saúde Pública na Era do Desenvolvimento Sustentável: o impacto do Coronavírus. O economista Jeffrey D. Sachs, professor da Universidade Columbia, falará ao público, via web, como medida de prevenção e proteção coletiva diante da pandemia do novo coronavírus. Dessa forma, o evento de abertura do ano letivo na instituição poderá ser assistido por uma ampla audiência: estudantes, trabalhadores da Fundação e demais interessados no tema.
A conferência será transmitida online e haverá tradução simultânea em português e libras. Não é preciso se inscrever, basta acessar o canal da Fiocruz no Youtube através deste link. O público poderá interagir e enviar perguntas pelo próprio canal.
Antes da conferência, às 9h, o evento será aberto com a mesa de boas-vindas aos alunos. Participam a presidente Nísia Trindade Lima; a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado; a coordenadora-geral de Educação da VPEIC, Maria Cristina Guilam; o diretor da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz, Richarlls Martins; e a vice-presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves.
Jeffrey D. Sachs é professor de economia de renome mundial, líder em desenvolvimento sustentável e consultor sênior da Organização das Nações Unidas (ONU). Por mais de 20 anos foi professor na Universidade de Harvard. De 2002 a 2016, atuou como diretor do Instituto da Terra na Universidade de Columbia, liderando mais de 850 cientistas e especialistas em políticas de apoio ao desenvolvimento sustentável. Sachs atuou para introduzir o doutorado em Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Columbia, onde é professor de política e gestão de saúde.
É consultor especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Anteriormente, assessorou o Secretário-Geral Ban Ki-moon e o Secretário-Geral Kofi Annan quanto aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Sachs é reconhecido como um dos principais especialistas do mundo em desenvolvimento econômico, macroeconomia global e combate à pobreza. Ele já esteve em mais de 125 países trabalhando para acabar com a pobreza, superar a instabilidade macroeconômica, promover o crescimento econômico, combater a fome e as doenças e promover práticas ambientais sustentáveis. Nos últimos 30 anos, assessorou dezenas de chefes de estado e governos sobre estratégia econômica nas Américas, Europa, Ásia, África e Oriente Médio.
Tendo em vista decisões de autoridades locais e a transmissão sustentada do vírus no estado do Rio de Janeiro, a Presidência da Fiocruz orienta a suspensão de aulas e demais eventos por 15 dias nas unidades localizadas na cidade do Rio de Janeiro. A situação será monitorada e atualizada periodicamente.
Em relação às atividades de ensino, a Coordenação Geral de Educação (CGE), da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, divulgou orientações complementares com critérios gerais que se aplicam a toda Fiocruz. O documento trata de cinco questões principais (acesse aqui):
1. Eventos acadêmicos ad doc (p.ex, simpósios, seminários, oficinas, encontros)
2. Viagens internacionais e nacionais
3. Qualificação de projetos e defesas finais (dissertações, teses, TTC)
4. Aulas e atividades presenciais em turmas
5. Aulas e atividades à distância (webconferência e alternativas pedagógicas)
A Presidência da Fiocruz está acompanhando a evolução da pandemia, em conformidade com o Plano de Contingência divulgado na sexta-feira (13/03) e que será periodicamente atualizado. O documento está disponível no Portal Fiocruz.
Um marco importante para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): nos dias 5 e 6 de dezembro, a instituição realizou seu 1º Seminário de Residências em Saúde. O encontro reuniu residentes, docentes, preceptores, gestores, profissionais dos programas de Residência em Saúde da Fiocruz, além de representantes de órgãos do setor e da sociedade, para debater desafios e perspectivas da formação para o Sistema Único de Saúde (SUS). Organizado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), o Seminário aconteceu na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).
Na abertura do evento, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, celebrou a união de esforços nos mais diversos níveis — que se expressava na composição da mesa, com representantes dos ministérios da Educação (MEC) e da Saúde (MS), do Conselho Nacional de Saúde, de órgãos estaduais e municipais de ambos os setores, e da Fundação.
Para superar desafios, a presidente destacou também outros pontos: o fortalecimento de espaços de debate e compartilhamento de experiências, como o Fórum de Residências em Saúde da Fiocruz; a ampliação de parcerias, e a continuidade de ações institucionais no âmbito da gestão, a fim de garantir direitos previstos na Constituição Cidadã (1988). “Hoje, pela manhã, fiquei muito tocada ao participar da doação do acervo de David Capistrano, uma figura central para a nossa discussão aqui. Vale lembrar que o SUS é uma construção recente, do ponto de vista histórico, e que antes de 1988 a maior parte da população não tinha acesso a serviços de saúde”, disse Nísia. Ela finalizou comentando o grande desafio que é oferecer condições para que os profissionais das residências possam ser agentes de transformação frente às desigualdades sociais no Brasil. “Espero que todas essas questões também possam iluminar os 120 anos da nossa instituição, para que cada cidadão possa dizer ‘Eu sou Fiocruz’”, afirmou.
Para que a sociedade se beneficie da formação no SUS e para o SUS, é preciso fomentar a cooperação em rede, principalmente numa conjuntura extremamente desafiadora no setor público. Esta foi a tônica das falas dos convidados da mesa de abertura e nas palestras que se seguiram (leia mais: Gestores, conselheiros, profissionais e estudantes debatem os desafios das residências em saúde).
Anna Teresa Moura, subsecretária de Pós-graduação, Ensino e Pesquisa em Saúde do Estado do Rio de Janeiro, destacou a necessidade de fortalecer parcerias para que o Estado não se ocupe apenas das questões de financiamento, mas qualifique também a área acadêmica e pedagógica. Neste sentido, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, comentou sobre a importância dos preceptores. “Precisamos pensar na formação de quem forma e atua conjugando o ensino e a prática: são eles que acompanham de perto os profissionais que vão atuar nos serviços de saúde”.
Por sua vez, o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz enfatizou a experiência institucional no debate sobre territórios saudáveis, a partir de um olhar integral da educação em saúde orientada pelos compromissos com o desenvolvimento sustentável. Para ele, por ser uma instituição estratégica de Estado, a Fundação tem um papel central na articulação de órgãos governamentais e movimentos sociais. Menezes demonstrou preocupação com ações afirmativas, mudanças na Estratégia Saúde da Família, toxicologia e meio ambiente, saúde mental dos profissionais que atuam nas residências e as desigualdades regionais. “Precisamos nos integrar mais, aprender e explorar a convergência com os consórcios que envolvem os conselhos de saúde em todos os níveis e as universidades, buscando a ampliação de parcerias”.
Os temas foram aprofundados na segunda parte do evento, nas palestras e debates (dia 5/12) e nas oficinas (dia 6/12). As palestras foram ministradas por: Adriana Coser (coordenadora das Residências em Saúde da Fiocruz); Aldira Samantha (coordenadora-geral de Residências em Saúde/MEC); Kelly Cristine Mariano do Amaral (Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde - SGTES/MS); Manoel Santos, representante do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RJ (Cosems); Priscilla Viégas (conselheira do Conselho Nacional de Saúde). A moderação do evento foi feita pela pesquisadora Adriana Aguiar, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), que organizou o livro Preceptoria em programas de residência: ensino, pesquisa e gestão.
Gestores, conselheiros, profissionais e estudantes debatem os desafios das residências em saúde
Seminário de Residências em Saúde da Fiocruz: um novo espaço de debates e construção coletiva