O Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (PPGPAT) da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) realiza, no dia 10 de dezembro, a partir das 13h30, a mesa-redonda Olhares sobre edificações de saúde: identificação, salvaguarda e requalificação. Vinculado ao Seminário Permanente da Rede Património Cultural e História da Saúde e da Assistência: estudo, divulgação e valorização, o evento será realizado nas salas 304/305 do CDHS, no campus da Fiocruz, em Manguinhos.
As palestras ministradas por Jonne Lima, Bruno Ferreira e Elisabeth Hirth são resultado de estudos desenvolvidos no âmbito do PPGPAT, coordenadas por Renato Gama-Rosa, professor do programa. O evento é aberto ao público e será transmitido pelo canal do YouTube da Casa de Oswaldo Cruz.
Bruno Ferreira vai falar sobre o inventário que realiza sobre as edificações de saúde construídas na cidade de São Luís, capital do Maranhão, nos períodos do Império à modernidade. A apresentação de Jonne Lima será sobre o Educandário Eunice Weaver, edificado na cidade de Belém do Pará, que hoje passa por um processo de ressignificação junto à comunidade que habita seus espaços. O estudo inclui a análise dos processos de identificação e revalorização patrimonial do antigo educandário. Por fim, Elisabeth Hirth aborda o Plano Diretor proposto para o Hospital Universitário da Universidade Federal de Pernambuco, projeto do arquiteto Mário Russo. Ela discute os limites e os desafios de uso e adaptação tecnológica de hospitais modernos que possuem valor histórico e patrimonial.
A moderação da mesa-redonda será de Cybelle Salvador Miranda, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará (UFPA).
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) lançou uma atualização importante no estilo de citações desenvolvido para aplicativos de gerenciamento de referências. A nova versão assegura conformidade com as normas mais recentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), especialmente a NBR 6023:2025 e a NBR 10.520:2023, fundamentais para a produção acadêmica e científica no Brasil.
Além de alinhar o estilo às diretrizes atualizadas da ABNT, a nova versão ampliou significativamente o escopo de formatos contemplados. Agora, é possível gerar automaticamente referências para uma gama ampla de formatos de documentos, incluindo legislação, entrevistas, obras de arte, mapas, patentes, programas de computador, filmes e músicas. Essa expansão fortalece a padronização e a organização do conteúdo referencial proveniente de diversas bases de dados.
Criado em 2019, o estilo do Ibict é compatível com diferentes softwares de gestão bibliográfica, com destaque para o Zotero, uma das ferramentas mais utilizadas por pesquisadores. Gratuito e de código aberto, o Zotero permite gerenciar referências e inserir citações automaticamente em textos acadêmicos, agilizando o trabalho de elaboração e revisão bibliográfica.
A atualização do estilo é resultado do trabalho conjunto de pesquisadores da Coordenadoria de Informação Científica e Técnica (CGIC), da Coordenadoria de Tecnologias para Informação (COTEC) e do Grupo de Pesquisa Insumo do Ibict.
André Appel, tecnologista do Ibict e um dos criadores do estilo, destaca que as ferramentas de gerenciamento bibliográfico otimizam o fluxo de trabalho científico, auxiliando o pesquisador a gerir citações de pesquisa de maneira ágil, automatizada e conectada.
“Esses softwares possibilitam criar uma biblioteca pessoal ou compartilhada com todos esses tipos de referências e, a partir dela, fazer citações em manuscritos elaborados em programas de edição de texto, com a consequente geração automatizada de listas de referências ou de trabalhos citados”, ressalta Appel.
Para saber como usar o Zotero em conjunto com o estilo criado pelo Ibict, acesse o tutorial:
https://zenodo.org/records/6376312
#ParaTodsoVerem Banner com fundo cinza em que está escrito: Ibict atualiza estilo gerador automático de referências ABNT e amplia variedade de formatos.
A Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), por meio da Coordenação-Geral de Educação (CGE), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), torna pública a segunda chamada interna destinada a candidaturas para bolsas no exterior na modalidade Doutorado Sanduíche no âmbito do Edital nº 17/2025 da Capes. A Coordenação-Geral de Educação (CGE) será responsável pela coordenação do processo de seleção e divulgação do resultado, segundo as regras do edital. Os Programas de Pós-graduação devem selecionar os candidatos de acordo com a Chamada e as Secretarias dos Programas deverão enviar as propostas pré-selecionadas até o dia 21 de janeiro de 2026 pelo Formulário de Inscrição.
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As bolsas são destinadas aos(as) alunos(as) regularmente matriculados(as) em curso de doutorado de programa de Pós-Graduação, com nota igual ou superior a 4 (quatro) na última Avaliação Quadrienal da Capes e vinculado a Fiocruz. A bolsa permitirá a realização de parte do curso em instituição no exterior, com a obrigação de retornar ao Brasil após a finalização da bolsa, para integralização de créditos e a defesa da tese. As bolsas são de, no mínimo, quatro (04) meses e de, no máximo, nove (09) meses e as atividades no exterior devem ter início no período de setembro e outubro de 2026.
Atenção! Os Programas de Pós-graduação participantes do Programa Capes-PrInt/Fiocruz poderão indicar estudantes para o Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE).
A publicação do resultado final no Campus Virtual Fiocruz e formalização por emails aos PPGs está prevista para 4 de junho de 2026 e poderá ser conferida na página da Chamada.
Acesse a página da Chamada para conferir o Edital e inscreva-se até às 16h de 21 de janeiro de 2026!
A Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz reuniu-se com o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC), Marcus Vinícius David e outros integrantes de sua equipe para debater ações e iniciativas de combate às desigualdades na formação de profissionais de saúde no Sul Global, especialmente em países africano de língua portuguesa. A vice-presidente de educação, Marly Cruz, avaliou o encontro como excelente e destacou que a intenção é ampliar a parceria já existente entre a Fundação e o Ministério da Educação (MEC) para fortalecer a internacionalização da educação, bem como a formação de profissionais de saúde para atuação em áreas remotas de diferentes países.
"As desigualdades na formação de profissionais de saúde no Sul Global refletem processos históricos de dependência e exclusão, que fragilizam sistemas sanitários e limitam sua capacidade de resposta", comentou a vice-presidente, Marly Cruz. Para ela, a escassez de mestres e doutores, especialmente em países africanos, constitui um obstáculo crítico para a consolidação de políticas públicas e práticas baseadas em evidências.
"Há decadas, a Fiocruz implementa estratégias de cooperação estruturante com Moçambique e outros países africanos de língua portuguesa voltadas à formação de quadros qualificados e inclusivos, normalmente desenvolvidas em parceria com o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS), diferentes instituições de ensino locais e ministérios da saúde de países partícipes. Fazemos a articulação de consórcios de programas de pós-graduação da Fiocruz credenciados pela Capes, sempre utilizando metodologias inovadoras, como, por exemplo, abordagens híbridas que garantem flexibilidade e adaptabilidade a realidades e necessidades locais", disse Marly.
Nas últimas duas décadas, cerca de 70 mestres e doutores foram formados, ocupando posições estratégicas no sistema de saúde moçambicano. Atualmente, 42 profissionais, também de Moçambique, estão em formação em cursos de pós-graduação voltados à gestão dos sistemas de saúde. Para além disso, 25 mestrandos de Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe participam do programa voltado à educação profissional em saúde; e 40 novas vagas foram abertas para formação na área de Ciências da Saúde, com foco no diagnóstico biomédico.
A vice-presidente adjunta de Educação da Fiocruz (CGE/VPEIC), Eduarda Cesse, que também esteve na reunião, explicou ainda que esses projetos educacionais visam alavancar a educação e a pesquisa em saúde, ampliando a densidade científica e técnica dos países e fortalecendo áreas críticas para os sistemas de saúde. "Os impactos incluem a consolidação de programas locais, incremento da capacidade de resposta e fortalecimento institucional nos países. Para a Fiocruz, os ganhos envolvem aprimoramento da gestão interna, ampliação da visibilidade internacional e reafirmação de sua missão como Centro Colaborador da OMS para a Saúde Global e Cooperação Sul-Sul. A cooperação estruturante, aliada à inclusão e inovação pedagógica, busca reduzir assimetrias históricas, promover solidariedade e aprendizado mútuo, e construir sistemas de saúde mais equitativos e resilientes. Lançando mão de dimensões sociais e de acessibilidade, a Fiocruz também reafirma seu compromisso com uma formação plural e transformadora, essencial para enfrentar os desafios sanitários do Sul Global e avançar na construção de sociedades mais justas".
A reunião aconteceu em 3/12 em Brasília, e, além de Marly e Eduarda, também participou pela Fiocruz o coordenador de Planejamento da Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico (Cogeplan/Fiocruz), Fabio Lamin. Já pelo Ministério, para além de Marcus Vinícius, também estiveram na reunião a chefe de gabinete, Marina Monteiro, e o assessor da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (Difes/Sesu/MEC), Edson de Souza Almeida.
Encerrando a participação do Campus Virtual Fiocruz no 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, o Abrascão 2025, a coordenadora de produção de cursos do CVF, Renata David, apresentou o trabalho "Desenvolvimento aberto e colaborativo de solução de análise de dados em saúde e educação permanente para municípios e unidades de saúde: o Painel e-SUS APS/Fiocruz". A iniciativa foi desenvolvida para transformar o monitoramento e o acompanhamento de dados tanto populacionais quanto de saúde na Atenção Primária à Saúde, com funcionalidades que facilitam o acompanhamento e a gestão do cuidado, a promoção de boas práticas e o acompanhamento dos indicadores da APS. É uma solução que foi desenvolvida integrada à base de dados do Prontuário Eletrônico e-SUS APS para oferecer suporte direto à tomada de decisão dos profissionais, permitindo intervenções oportunas para resultados concretos na APS. O projeto Painel e-SUS APS foi desenvolvido pela Fiocruz em parceria com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS) como um software livre e colaborativo, disponibilizado pelo Campus Virtual Fiocruz como recurso educacional aberto.
"As estratégias pensadas para educação em serviço sempre foram a missão primordial do Painel, que é uma solução desenvolvida para transformar o monitoramento e acompanhamento dos dados, fomentando e se articulando diretamente com a educação em saúde e o matriciamento no território, para organizar e favorecer boas práticas na educação em saúde", comentou Renata, destacando que houve registro de uso do Painel por mais de 300 municípios, a entrega de novos relatórios temáticos a cada mês e efetividade nos métodos de segurança de informação, preservando a privacidade dos dados.
Segundo ela, com o Painel é possível os municípios trabalharem diretamente seus próprios dados da APS, e potencialmente todos dos sistemas convencionais, utilizando software livre e processos colaborativos. Como desafios percebidos, Renata comentou que a implantação de métodos de ciência de dados no SUS pode ser complexa dada a baixa maturidade digital de muitos municípios. No entanto, disse ela, "o Painel e-SUS, um software livre e autoinstalável, estimula-se a educação permanente em saúde digital. Com ele, desejamos estimular a autonomia nos municípios, reduzindo a dependência do SUS de empresas de tecnologia".
Renata compartilhou ainda que recentemente, em outubro deste ano, o painel foi desvinculado da estratégia e-SUS APS, mas continua em desenvolvimento. Essa desvinculação aconteceu principalmente por conta dos tempos e demandas da nova política da Atenção Primária à Saúde, instituída em 2025, além de o Ministério ter optado por fortalecer a ferramenta do Prontuário Eletrônico e-SUS APS e os novos relatórios do Siaps. O trabalho tem Renata como autora principal, mas conta com a participação de Vinicius Oliveira, Luciana Dantas, Daniela Fontinele, Ana Furniel, Ulysses Panisset, Rosane Mendes, Tales Mota, Pilar Florentino e Juracy Bertoldo nessa construção.
+Acesse aqui o Painel e-SUS APS/Fiocruz
O Sextas desta semana apresenta um trecho de Cântico Negro, de José Régio, pseudônimo de José Maria dos Reis Pereira. Nele, o autor fala sobre as sutilezas do altruísmo e da crença num futuro melhor:
"E aquele senhor poeta
Que anda bêbado na rua,
(...) Contenta-se com tão pouco
Porque diz, bêbado e rouco
Que os seus poemas de louco
Poderão salvar o mundo!"
Cântico Negro é considerado um poema-manifesto, pois dentro dele há elementos comuns da poética de José Régio. Essa poesia, cujo tema central é a religiosidade, foi publicada em seu primeiro livro, chamado Poemas de Deus e do Diabo, publicado em 1926.
Com informações do portal Cultura Genial.
Participe da Sessão Científica Especial que será realizada no dia 5 de dezembro, sexta-feira, às 9h, no Auditório Sonia Andrade, na Fiocruz Bahia. A sessão será ministrada pelos estudantes da instituição premiados no Congresso de Medicina Tropical de 2025: Matheus Trabuco, Larissa Vasconcelos, Mariellen Santos e Rodrigo André Santos. Acompanhe através do canal da Fiocruz Bahia no YouTube.
Confira os temas de apresentação:
Matheus Trabuco
Título: Variabilidade clínico-laboratorial da dengue por faixa etária, tipo de infecção e sorotipo infectante
Orientador: Guilherme Sousa
Larissa de Carvalho Medrado Vasconcelos
Título: Estratégias para o combate à desinformação sobre a doença de Chagas em Novo Horizonte e Tremedal na perspectiva do Projeto Oxente Chagas Bahia
Orientador: Fred Luciano Neves Santos
Rodrigo André Santos Menezes
Título: Soroprevalência para dengue e chikungunya em povos indígenas Pankararé, Tuxá e Kantaruré
Orientadora: Isadora Siqueira
Mariellen Santos de Jesus Souza
Título: Alta prevalência de infecções pelo vírus Chikungunya em populações indígenas na Bahia
Orientadora: Isadora Siqueira
A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) divulgou o resultado preliminar do Prêmio Faperj de Ciência, Inovação e Reconhecimento – Destaques do Rio de Janeiro (Edital Faperj Nº 35/2025). Nesta primeira etapa, foram anunciados os vencedores das categorias do Eixo 1 – Sociedade Científica e Inovadora, Eixo 2 – Reconhecimento Profissional Faperj (servidores e colaboradores), além dos agraciados com a Medalha Mérito Científico Carlos Chagas Filho, nas modalidades Mulher Cientista, Pesquisador Sênior e Destaque Internacional. No Eixo 1, os agraciados foram divididos em 12 modalidades. Já no Eixo 2, os premiados foram distribuídos por seis categorias.
Os finalistas passaram por uma avaliação criteriosa realizada pelos Comitês Especiais de Julgamento, formados por especialistas de diversas áreas do conhecimento. O processo levou em conta critérios rigorosos de elegibilidade e todos os objetivos estabelecidos no edital. Entre eles, o reconhecimento da excelência de pesquisadores, empresas, startups e comunicadores apoiados pela Fundação; a valorização do impacto social e econômico da pesquisa e da inovação no desenvolvimento do Estado; e a promoção da aproximação entre ciência, setor produtivo e sociedade.
A Fiocruz foi contemplada em duas categorias:
Eixo 1 – Sociedade Científica e Inovadora
Categoria Pesquisador Destaque - Ciências da Vida:
2º lugar: Patricia Torres Bozza Viola
Categoria Projeto Inovador:
1º lugar: Patrícia Cristina da Costa Neves
No Eixo 1, os 3 (três) primeiros colocados em cada uma das categorias indicadas serão homenageados pela Faperj. A homenagem será constituída por entrega de certificados de reconhecimento, e pagamento financeiro: R$3.000,00 (três mil reais) para o 1º Lugar, R$2.000,00 (dois mil reais) para o 2º Lugar e R$1.500,00 (mil e quinhentos reais) para o 3º Lugar. Os valores pagos estão sujeitos à disponibilidade orçamentária. No Eixo 2, o primeiro colocado em cada uma das categorias indicadas será homenageado pela Faperj. A homenagem será constituída por entrega de certificados de reconhecimento, não sendo vinculada a qualquer pagamento financeiro ou outros itens de premiação. Na Premiação Medalha Mérito Científico Carlos Chagas Filho, cada uma das categorias indicadas será homenageada pela Faperj. A homenagem será constituída por entrega de certificados de reconhecimento, e pagamento financeiro no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais) para cada categoria. Os valores pagos estão sujeitos à disponibilidade orçamentária.
A solenidade de entrega dos prêmios será realizada no dia 11 de dezembro, a partir das 17h, na Sala Cecília Meireles. O resultado final da premiação será divulgado após o período de recursos previsto em edital.
A luta contra a Aids ainda é um grande desafio mundial, mas que vem cada vez mais sendo abordada com clareza e os estigmas do preconceito vêm sendo combatidos. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), estima-se que, no mundo, cerca de 40,8 milhões de pessoas viviam com HIV em 2024, com um aumento nas novas infecções por HIV na América Latina. O Boletim Epidemiológico - HIV e Aids 2025, do Ministério da Saúde, divulgado em dezembro de 2025, alerta que os indicadores apontam estabilidade com leve alta nas detecções de HIV e redução dos casos e de mortalidade por aids, tendo sido registados 36.955 casos no país. Causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), que ataca o sistema imunológico do corpo, a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é a fase mais avançada da infecção.
Dezembro Vermelho é o mês da Campanha Nacional de Prevenção à Aids, e na semana em que se promove o Dia Mundial de Luta contra a Aids, o Campus Virtual Fiocruz reforça os cursos 'Profilaxia pré-exposição de risco à infecção pelo HIV oral', 'Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde', e 'Utilização dos testes rápidos no diagnóstico da infecção pelo HIV, da Sífilis e das Hepatites B e C', todos online, gratuitos e autoinstrucionais, com inscrições abertas aos interessados.
Profilaxia pré-exposição de risco à infecção pelo HIV oral
A formação é uma iniciativa do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (Dathi/SVSA/MS) em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) e a Fiocruz.
A PrEP consiste no uso de antirretrovirais - tenofovir e entricitabina - por qualquer pessoa com risco acrescido ao HIV, e quando tomados corretamente, evitam a infecção caso aconteça uma eventual exposição ao vírus. Desde 2022, a PrEP é recomendada para os adolescentes acima de 15 anos, com peso corporal igual ou superior a 35kg, sexualmente ativos e sob risco aumentado de infecção pelo HIV. Algumas situações podem indicar o uso da PrEP com prioridade: o não uso frequente de camisinha nas relações sexuais (anais ou vaginais); uso repetido de Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP); histórico de episódios de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST); contextos de relações sexuais em troca de dinheiro, objetos de valor, drogas, moradia etc.; e chemsex: prática sexual sob a influência de drogas psicoativas (metanfetaminas, Gama-hidroxibutirato (GHB), MDMA, cocaína, poppers).
A ideia é que o curso atualize profissionais de saúde para estarem melhor preparados e atentos para recomendar de forma assertiva a PrEP, identificando quem pode se beneficiar dessa estratégia de prevenção e garantindo o acesso adequado à medicação, além de fornecer acompanhamento e suporte contínuos.
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O curso foi organizado em 3 macrotemas — Bases conceituais; Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas: normas e legislações; e Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação —, 5 módulos e 17 aulas. Ele é voltado a trabalhadores e trabalhadoras da saúde, estudantes, mas aberto a todos os interessados na temática. A formação é online, gratuita, autoinstrucional e certifica os participantes inscritos que realizem avaliação com obtenção de nota maior ou igual a 7.
A formação é uma realização da Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
A elaboração do curso nasceu da necessidade de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, construções socio-históricas que acontecem durante o processo de trabalho e por meio da interação entre tais profissionais e os usuários dos serviços de saúde. É nessa interação que nascem também aspectos relacionados ao estigma e à discriminação, os quais, como já é sabido, promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações.
Portanto, as instituições e pesquisadores envolvidos neste curso — sempre alinhados à tais evidências científicas que avançam nacional e internacionalmente em proposições diretivas ao enfrentamento das vulnerabilidades sociais — , entendem que o fortalecimento das ações de inclusão social e de enfrentamento ao estigma e discriminação se apresentam como estratégias de minimização das vulnerabilidades. Assim, esta nova formação apresenta-se como uma ferramenta nesse contexto de necessidade constante de ampliação de esforços em ações educativas no âmbito dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde para a contínua qualificação das práticas.
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Utilização dos testes rápidos no diagnóstico da infecção pelo HIV, da Sífilis e das Hepatites B e C
O curso, desenvolvido no âmbito do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (DCCI/SVS/MS) e disponível na plataforma Moodle do Campus Virtual Fiocruz, está na segunda edição e é aberto a todos os interessados nas diretrizes de diagnóstico da infecção pelo HIV, Sífilis e Hepatites Virais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na utilização de testes rápidos (TR). Possui carga horária de 20h e é dividida em seis módulos.
Os módulos apresentam orientações e metodologias adequadas acerca dos procedimentos pré-teste, durante a testagem e para o pós-teste, passando por informações mais básicas acerca da importância dos TR, a composição dos kits, a forma de organização e armazenamento dos mesmos até a interpretação de seus resultados, o encaminhamento dentro da rede de atenção à saúde do território, entre outros. A formação engloba a apresentação de manuais e guias oficiais do Ministério da Saúde e ações preconizadas pelos fabricantes para a execução dos testes rápidos.
O objetivo do curso é capacitar profissionais de saúde no que se refere ao diagnóstico desses agravos para realizar, com qualidade e segurança, os testes rápidos disponíveis na rede do SUS, assegurando sua importância na qualificação dos profissionais envolvidos na testagem rápida no âmbito do SUS e permitindo que os profissionais entendam a relevância desses testes na ampliação do diagnóstico do HIV, da sífilis e das hepatites virais, bem como realizem a sua oferta com maior segurança e garantia de qualidade.
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) realiza, no dia 11 de dezembro, das 14h às 15h30, a Sessão Científica Lenice Dias Campos, que vai discutir o tema “Cuidados Paliativos e Atenção Primária à Saúde”. O encontro contará com a participação do professor Ernani Costa Mendes, doutor em Ciências da Saúde pela Ensp/Fiocruz, coordenador do curso de Especialização em Cuidados Paliativos com ênfase na Atenção Primária à Saúde da Ensp/Fiocruz e fisioterapeuta da Unidade de Cuidados Paliativos do Inca/MS. A coordenação da sessão será do pesquisador Pablo Dias Fortes, docente do Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF/Ensp/Fiocruz).
Será no Auditório I do CRPHF, localizado na Estrada de Curicica nº 2000, em Jacarepaguá. A sessão é promovida pelo Serviço de Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do CRPHF.