Descrição: Previamente, o pesquisador da Universidade parceira UNILAB, James Moura Jr, levantou concepções de violência estrutural, saúde mental e processos de cura em jovens indígenas, problematizando os impactos da violência na saúde mental; analisando as relações entre violência estrutural, saúde mental e processos de cura a partir das dimensões étnica, de gênero e de classe; sistematizando as práticas de cura utilizadas pelos povos indígenas e avaliando um programa de promoção de saúde mental . Com esses dados, propõe-se uma qualificação com os trabalhadores de saúde para que possam se instrumentalizar sobre esses processos de violência estrutural na mental das populações indígenas jovens, reconhecendo alterações na saúde mental dessas populações, estando preparados para propor ações de educação popular que possa contribuir para atenuar esses danos.
Objetivo Geral: Previamente, o pesquisador da Universidade parceira UNILAB, James Moura Jr, levantou concepções de violência estrutural, saúde mental e processos de cura em jovens indígenas, problematizando os impactos da violência na saúde mental; analisando as relações entre violência estrutural, saúde mental e processos de cura a partir das dimensões étnica, de gênero e de classe; sistematizando as práticas de cura utilizadas pelos povos indígenas e avaliando um programa de promoção de saúde mental . Com esses dados, propõe-se uma qualificação com os trabalhadores de saúde para que possam se instrumentalizar sobre esses processos de violência estrutural na mental das populações indígenas jovens, reconhecendo alterações na saúde mental dessas populações, estando preparados para propor ações de educação popular que possa contribuir para atenuar esses danos.
Justificativa: O projeto possui uma perspectiva interseccional e para o trabalho com populações sub-representadas, por meio de uma qualificação dos trabalhadores da saúde para que possam contribuir, pela identificação e educação na saúde, com as estratégias de cura em saúde mental das populações indígenas jovens. Apenas no final dos anos noventa o Estado brasileiro atenta para estas questões diante de inúmeros casos no Brasil detectados pelos agentes de saúde indígena, como o uso excessivo de álcool e de substâncias psicoativas, grande número de mortes por suicídio e suas repercussões internacionais, depressão entre juventude. Espera-se a atuação das equipes de saúde mental em contextos étnicos de vulnerabilidade psicossocial. Para tal, a qualificação profissional é fundamental. A escassez de estudos sobre saúde mental das populações tradicionais rurais e das populações indígenas, bem como sobre os serviços e ações organizadas e disponibilizadas para essas populações, é um problema que já vem sendo alertado há anos pela OMS (2003) em nível mundial. Nesse sentido, os dados de Projeto aprovado na CnPQ, base para a produção do curso proposto é relevante e indispensável pois retrata a realidade da saúde mental dos jovens indígenas de território brasileiro. Do ponto de vista da inovação tecnológica, tem sido grande desafio o desenvolvimento de ações educacionais para populações indígenas, pois ainda há necessidade de promoção da produção de dados sobre a saúde desse grupo populacional. Assim, a produção de um curso, baseado em uma pesquisa científica prévia, trará como possibilidade a efetividade de aprendizagem e possibilidades reais de impactos na atuação dos egressos dessa qualificação e, com ele, redução das doenças mentais ou manejo adequado das pessoas identificadas com essas situações de violência em saúde mental.
Considerando-se os dados coletados com a pesquisa entitulada "VIOLÊNCIA ESTRUTURAL, PRÁTICAS DE CURA E SAÚDE MENTAL EM JOVENS INDÍGENAS E QUILOMBOLAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA NO MACIÇO DE BATURITé" aprovado no BPI EDITAL nº 04/2022 da Func (CE), busca-se produzir um curso autoinstrucional para os trabalhadores da APS, prioritariamente aqueles que trabalham com populações indígenas, para instrumentalizá-los sobre os principais agravos em saúde mental identificados na pesquisa, além de propor ferramentas de tratamento e ações de educação em saúde para prevenção desses danos.