No Brasil, o aborto é criminalizado – exceto nos casos de violência sexual, anencefalia fetal e risco de vida para a pessoa gestante. O abortamento é um problema de saúde pública que tem maior incidência nos países em desenvolvimento e é uma das principais causas de mortalidade materna no mundo, inclusive no Brasil. É um tema cuja discussão envolve um complexo conjunto de aspectos legais, morais, religiosos, sociais e culturais.
Diante desse cenário, o curso Ampara – Acolhimento de pessoas em situação de abortamento e pós-aborto – busca uma abordagem de direitos na saúde, promovendo estratégias de redução de danos por aborto. Isso inclui democratizar o acesso à informação e incorporar uma abordagem baseada em direitos e em políticas de saúde sexual e reprodutiva. Esse curso pretende, portanto, fornecer aos profissionais de saúde subsídios para que possam oferecer cuidados imediatos e abrangentes a pessoas em situação de abortamento. Além disso, busca promover alternativas para o planejamento sexual e reprodutivo, reconhecendo a importância da humanização do atendimento. O curso incentiva uma postura ética e de respeito aos direitos humanos das mulheres, fornecendo ferramentas efetivas para a qualificação dos profissionais na assistência ao abortamento.
O curso Ampara já foi ofertado para quase 500 profissionais da saúde, em parceria com o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) em 2022.
Em 2023, em uma parceria com a Bloco A, o Campus Virtual Fiocruz (CVF) e o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), vão oferecer o curso Ampara, em uma nova edição revista e ampliada.