A capacitação de pesquisadores e alunos usuários de animais em biotérios é um dos pilares éticos da experimentação animal. A capacitação continuada e atualizada favorece o refinamento dos procedimentos que, consequentemente, influencia positivamente no bem-estar animal e nos resultados experimentais. Todos os envolvidos na experimentação precisam ter conhecimentos gerais e específicos para basear a realização dos procedimentos in vivo de forma adequada.
De acordo com a RN 1 do CONCEA Art9º e RN 6 Art1º, “pesquisadores, docentes, coordenadores e responsáveis técnicos por atividades experimentais, pedagógicas ou de criação de animais compete: VI assegurar que as equipes técnicas e de apoio envolvidas nas atividades com animais recebam treinamento apropriado e estejam cientes da responsabilidade no trato dos mesmos”. Em conformidade com o disposto pelo Concea em sua RN 25 “Atividades científicas envolvendo animais devem resultar de um esforço colaborativo entre pesquisadores, especialistas em cuidado animal, equipe técnica, professores e alunos. Para este fim, todos os que trabalham com animais em atividades de ensino ou pesquisa devem ter treinamento e suporte adequados. Isso proporcionará com que: - a dor e o desconforto nos animais sejam minimizados; - todo o pessoal envolvido irá possuir o conhecimento e as habilidades necessárias ao uso de animais; - a segurança pessoal daqueles que realizarão o estudo será mantida durante o manuseio do animal; e - os melhores resultados científicos serão atingidos. Além desses benefícios, uma equipe treinada adequadamente e trabalhando de maneira mais uniforme possível, contribui para a reprodutibilidade dos resultados.
Com a pandemia de Covid-19, os cursos presenciais ficaram mais restritos desde o início de 2020. O curso anual, promovido pelo biotério, acontecia de forma presencial e sua última versão aconteceu 2018. Com uma alta demanda institucional por capacitação, realizamos um minicurso na modalidade Ensino à Distância (EAD) com grande adesão e ótima avaliação dos participantes. O minicurso tratou sobre novas técnicas na experimentação animal e proporcionou muita interação e discussão. Diante desta experiência, propomos uma abordagem EAD mais ampla, em formato de curso livre, para abordar os temas sugeridos nas edições anteriores de cursos presenciais e no minicurso EAD.
O curso EAD será gravado e disponibilizado periodicamente, sendo a principal vantagem frente ao curso presencial que só acontecia uma vez ao ano em razão da logística e agenda dos docentes. Na ocasião da disponibilização do curso gravado, momentos on line ao vivo serão marcados para discussão dos assuntos e das dúvidas.
