Descrição: No cenário atual de constantes transformações do espaço geográfico, dos serviços e formas de trabalho e das condições de saúde das populações é exigido que o profissional de saúde tenha capacidade de análise, intervenção e autonomia para o estabelecimento de práticas transformadoras e o estreitamento dos elos entre concepção e execução do trabalho. Portanto o curso, em EAD/ autoinstrucional, tem o objetivo de conhecer e desenvolver habilidades para usar as técnicas de análise espacial (TAE) indicadas para a identificação das áreas de risco para os agravos da alçada da atenção básica e para vulnerabilidade social.
Objetivo Geral: - Reconhecer as características das técnicas de análise espacial (TAE) potencialmente usadas na vigilância em saúde aplicada a atenção básica, quais sejam: (i) descrição, (ii) hipóteses, (iii) estatística e (iv) proficiências; - Reconhecer quais TAE são indicadas para gerar conhecimento necessário para a identificação das áreas de maior risco para os agravos da alçada da atenção básica, para avaliar a heterogeneidade da vulnerabilidade social para população de cada equipe da estratégia de saúde da família, para subsidiar o planejamento das ações da atenção Primária; - Desenvolver habilidades para análise estatística espacial aplicada a vigilância em saúde aplicada a atenção básica. - Apresentar e promover o uso das bases de dados geográficas e de saúde - Disponibilizar um meio permanente de capacitação e atualização em ferramentas de manipulação e análise de dados espaciais de saúde
Metodologia: Curso auto-instrucional de base computacional, com aulas em vídeo, resposta de questões para passar para a próxima etapa e trabalho final.
Justificativa: A consolidação e o aprimoramento da Atenção Primária (AB) como reorientadora do modelo de atenção à saúde no Brasil requer o fortalecimento das estruturas gerenciais nos municípios e estados com vistas a superar a fragmentação da atenção, da gestão e da vigilância (BRASIL, 2017). No cenário atual de constantes transformações do espaço geográfico, dos serviços e formas de trabalho e das condições de saúde das populações é exigido que o profissional de saúde tenha capacidade de análise, intervenção e autonomia para o estabelecimento de práticas transformadoras e o estreitamento dos elos entre concepção e execução do trabalho. De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), a educação permanente, além da sua evidente dimensão pedagógica, é tida como “estratégia de gestão”, com grande potencial de provocar mudanças no cotidiano dos serviços (BRASIL, 2017). Entretanto, é importante que as propostas de capacitação de profissionais ocorram de forma articulada com o contexto dos serviços e que respondam às necessidades dos gestores e trabalhadores, podendo ser compreendido como um processo que se dá “no trabalho, pelo trabalho e para o trabalho” (SILVA; OGATA; MACHADO, 2007). Portanto, a vinculação dos processos de educação permanente à estratégia de apoio institucional pode potencializar enormemente o desenvolvimento de competências de gestão e de cuidado na atenção básica, na medida em que aumenta as alternativas para o enfrentamento das dificuldades vivenciadas pelos trabalhadores em seu cotidiano. A organização e operacionalização da Atenção Primária está fundamentada no conceito de território adstrito, sobre o qual é realizado o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com impacto na situação, nos condicionantes e nos determinantes da saúde das coletividades que constituem aquele território. Portanto, cada equipe de trabalho tem como responsabilidade a análise da situação de saúde considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território (COSTA NETO, 2000). Nesse contexto, a incorporação do uso de técnicas de geoprocessamento em saúde, que insere o espaço como uma categoria de análise de situações de saúde, é uma importante ferramenta para o entendimento do quadro sanitário atual e suas tendências, bem como para a identificação de áreas críticas, a focalização de grupos populacionais, a priorização das ações e dos recursos. A vantagem do uso de abordagens espaciais para estudar a situação de saúde é que elas permitem a organização das informações por tipo de determinante (ambiental, biológico, comportamental e sistema de saúde), facilitando a formulação de hipóteses, a seleção de variáveis e a criação de indicadores para monitoramento da qualidade dos serviços de saúde. Apesar dos avanços das tecnologias computacionais, da diversidade de ferramentas de análise espacial e da disponibilidade de dados secundários a partir dos sistemas de informação de saúde, a utilização dos sistemas de informação, a sistematização e consolidação de dados locais pelos profissionais de saúde é muitas vezes realizada de forma assistemática. Como resultado, os eventos de saúde são muitas vezes subnotificados ou os dados coletados na rotina dos serviços de saúde apresentam sub-registro e informação incompleta, o que compromete a qualidade das análises e o conhecimento do real perfil epidemiológico do estado e de suas regiões de saúde e municípios. Diante do exposto, para superar os desafios e avançar na qualificação da atenção e da gestão em saúde torna-se imprescindível promover meios de aprendizado que permitam ao profissional acompanhar o processo de transformação do funcionamento dos serviços e dos processos de trabalho, capacitando-o para gerar informações que podem subsidiar o planejamento da atenção Primária, a supervisão das equipes, o monitoramento dos indicadores municipais e regionais, e a tomada de decisão. 5.2. Concepção pedagógica do curso A organização e operacionalização da Atenção Básica está fundamentada no conceito de território adstrito, sobre o qual é realizado o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com impacto na situação, nos condicionantes e nos determinantes da saúde das coletividades que constituem aquele território. Portanto, cada equipe de trabalho tem como responsabilidade a análise da situação de saúde considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território (COSTA NETO, 2000). Compreendendo que os alunos estão em diversos locais, que possuem tempos diferentes para o aprendizado, que as tecnologias da informação avançaram e se difundiram amplamente nas últimas décadas, optou-se por um curso de curta duração a distância.
Avaliação: Em cada módulo terão perguntas interativas sobre os conceitos e os cenários de estudo que auxiliarão na fixação do conteúdo e o progresso no curso estará condicionado à apresentação da resposta correta. Ao final do curso o aluno deverá apresentar um estudo de caso (preferencialmente relacionado à área em que atua), onde ele deverá demonstrar a aplicação dos conhecimentos e habilidades em manipulação de objetos espaciais e interpretação de mapas. A conclusão do curso e certificação ficará condicionada à baixar e assistir todos os módulos, responder as questões de cada módulo, apresentar um estudo de caso completo ao final do curso e avaliar 2 estudos de casos – através de uma plataforma com perguntas e respostas (o aluno deverá atingir um percentual mínimo de 70% de acertos). O certificado será digital e condicionado a todos os requisitos supramencionados.
Conhecer e desenvolver habilidades para usar as técnicas de análise espacial (TAE) indicadas para a identificação das áreas de risco para os agravos da alçada da atenção básica e para vulnerabilidade social.