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Publicado em 10/07/2021

Abertas as inscrições para curso de inverno 'Águas na história'

Autor(a): 
Comunicação COC/Fiocruz

Águas na história - passados, presentes e perspectivas. Este é o tema do Curso de Inverno 2021, que será realizado on-line entre 26 e 29 de julho. Promovido pelo Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS) da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), o curso é voltado a estudantes de graduação e pós-graduação e pesquisadores interessados nas relações entre saúde e ambiente, crise hídrica e história do Brasil.

Inscreva-se já!

As inscrições devem ser realizadas no Campus Virtual da Fiocruz até 23 de julho. As atividades serão oferecidas remotamente pelo canal da Casa de Oswaldo Cruz no YouTube, nos dias 26, 27, 28 e 29 de julho, das 14h às 16h, totalizando 8h de carga horária. São oferecidas 30 vagas e o certificado será emitido ao participante que cumprir a carga horária mínima da 75% da frequência.

A programação do Curso de Inverno 2021 é composta de quatro apresentações, seguidas de debates.

No dia 26 de julho, Bruno Capilé discutirá "Retóricas científicas nos ambientes fluviais: transformação e resiliência dos rios urbanos da capital imperial brasileira". No dia 27, "História Ambiental das Hidrelétricas Brasileira" será o tema da apresentação de Matthew Johnson. No dia 28, Cássia Natanie Peguim debaterá a "Governança da água no Brasil: a Política Nacional de Recursos Hídricos (1997 - 2012)". Por fim, no dia 29, "Da crise hídrica do DF à crise da razão ou caminhos para se pensar um futuro de convivialidade hídrica" será o título da palestra de Denise Paiva Agustinho.

Para mais informações e  inscrições, acesse Campus Virtual da Fiocruz.

Publicado em 05/05/2021

Brasil e Suécia lançam chamada para intercâmbio sobre doenças infecciosas emergentes

Autor(a): 
CNPq

O Brasil, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a Suécia, por meio do Conselho de Pesquisas da Suécia (SRC), lançam chamada conjunta para intercâmbio de pesquisadores em “Doenças infecciosas emergentes e a ameaça de resistência antimicrobiana". A chamada é uma das ações previstas no Memorando de Entendimento mantido entre as agências de fomento dos dois países.

A iniciativa recebe candidaturas para apoio a pesquisadores visitantes brasileiros à Suécia e suecos ao Brasil por períodos de até 12 meses, com incentivo a propostas de intercâmbio recíproco. A previsão, por parte do CNPq, é de concessão de até cinco bolsas na modalidade pós-doutorado no Exterior (PDE).

As propostas devem ser submetidas até 25 de maio, exclusivamente à Agência Sueca, seguindo as orientações dispostas em : https://www.vr.se/english/applying-for-funding/calls/2020-10-19-research-collaboration-brazil-sweden-grant-for-researcher-exchange.html.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail CGCIN@cnpq.br
 

Publicado em 03/05/2021

Prorrogadas as inscrições para o VigiFronteiras: novo prazo é 18/6

Autor(a): 
Bruna Cruz (comunicação VigiFronteiras)

Gestores e de profissionais de saúde brasileiros e estrangeiros que atuam nas fronteiras do Brasil com outros países da América do Sul ganharam mais tempo para se candidatarem a uma vaga do Programa Educacional Vigilância em Saúde nas Fronteira (VigiFronteiras – Brasil) promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O novo prazo é 18 de junho. A alteração no cronograma foi uma resposta da coordenação acadêmica do programa a dificuldades que vinham sendo relatadas por candidatos em reunir os documentos necessários para inscrição por conta da pandemia. A atual versão do edital traz o novo cronograma das etapas de seleção e está disponível no Campus Virtual Fiocruz (menu Cursos > Programas > VigiFronteiras-Brasil). A iniciativa conta com o apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).

Acesse os editais de seleção e inscreva-se!

O VigiFronteiras - Brasil é gratuito e pretende capacitar profissionais de saúde atuantes na gestão, na assistência, na vigilância ou na avaliação da qualidade dos serviços. Estão sendo oferecidas 75 vagas para os cursos de mestrado e de doutorado, que serão ministrados por meio de um consórcio entre os Programas de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente e Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e o Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (ILMD/Fiocruz Amazonas), além de docentes da Fiocruz Mato Grosso do Sul.  

Cerca de 20% das vagas serão reservadas para Ações Afirmativas (cotas) e 80% para ampla concorrência (AC). Metade das vagas serão destinadas, preferencialmente, para os candidatos que atuam nas fronteiras nos países sul-americanos, podendo haver remanejamento caso as vagas não sejam preenchidas por candidatos estrangeiros. Não haverá oferta de bolsas. Candidatos de países onde a língua oficial não seja o português ou o espanhol devem dominar um desses dois idiomas para participar dos cursos.  

Enquanto a emergência sanitária pela Covid-19 perdurar, as atividades acadêmicas desenvolvidas pelos programas consorciados, agora previstas para começar em outubro deste ano, serão oferecidas na modalidade remota (online). Quando houver a determinação do fim do isolamento social pelas autoridades sanitárias dos países de origem dos alunos, os cursos serão oferecidos na modalidade presencial, nos polos determinados para a oferta: Escritório Regional da Fiocruz de Mato Grosso do Sul (Campo Grande/MS), Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Manaus/Manaus-AM) e Instituto Federal do Amazonas (Tabatinga/AM). As aulas do mestrado acontecerão em Campo Grande (MS) e em Tabatinga (AM). As do doutorado em Campo Grande (MS) e em Manaus (AM). 

O doutorado tem duração mínima de 24 meses e máxima de 48 meses. Já para o mestrado, o tempo mínimo para conclusão é de 12 meses e máximo de 24 meses. No edital estão listados todos os requisitos para participar, os documentos necessários para inscrição, o novo cronograma e todos os detalhes sobre as três etapas do processo seletivo: prova de inglês, análise curricular e documental e entrevista. É de exclusiva responsabilidade do candidato acompanhar a divulgação das inscrições homologadas e o resultado das três etapas do processo seletivo na mesma página em que se inscreveu.  

Por conta da pandemia da Covid-19, a equipe envolvida na seleção está atuando remotamente. Com isso, todas as dúvidas sobre o edital serão respondidas apenas por e-mail. Solicitações de informações e questionamentos sobre o edital devem ser encaminhados para o selecao.vigifronteiras@fiocruz.br
 

Publicado em 07/04/2021

Educação internacional: seminário do PrInt debaterá parceria entre Fiocruz e Alemanha

Autor(a): 
Roberta Costa (CCS/Fiocruz)

Na próxima quarta-feira, 14 de abril, das 9h às 11h30, a Fundação Oswaldo Cruz realizará o primeiro seminário virtual PrInt Fiocruz-Capes de 2021. O evento faz parte de uma série de encontros integrados entre pesquisadores da Fiocruz e da Alemanha, com temática diversificada. O encontro será transmitido pelo canal da Fiocruz no Youtube.

O seminário, que é voltado aos estudantes de pós-graduação da Fundação, busca estimular o interesse pela formação científica e cultural associada a outros países. Durante o ano, também serão organizados encontros  para um contato mais direto com fundações e universidades alemãs.  

“Prentedemos estimular os alunos de pós-graduação a participar desses eventos, propiciando discussões científicas em torno dos mais variados temas de interesse da Fiocruz. Um estímulo importante em um momento complicado como esse, tendo a educação como uma forma de todos se manterem ativos e preparados para atividades internacionais após o fim dessa pandemia”, declarou o coordenador adjunto do Programa Institucional de Internacionalização PrInt Fiocruz-Capes, Vinicius Cotta. 

O webinar terá apresentações dos representantes das agências DAAD, Alexander von Humboldt FoundationCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), seguida de uma conversa sobre história da medicina com o professor Thomas Schnalke, do Museu de História Médica de Berlim, na Alemanha.

A mesa de abertura conta com a participação da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado. O evento terá tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Confira aqui a programação completa.

Publicado em 30/03/2021

Aula inaugural abordará reflexões sobre temas culturais do Brasil

Autor(a): 
Roberta Costa (CCS/Fiocruz)

Brasis Brasil é o tema da  Aula Inaugural da Fiocruz 2021, com apresentação do artista e músico Antonio Nóbrega. O artista fará um misto de palestra e recital para apresentar reflexões sobre temas culturais brasileiros, como diversidade e unidade cultural, a cultura erudita e a popular e a conexão entre cultura popular e a cultura globalizada. O evento ocorre no dia 7 de abril - Dia Mundial da Saúde -, a partir das 9h30, com transmissão pelo canal da Fiocruz no Youtube. A abertura do ano letivo contará com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Nascido em Recife, Antonio Carlos Nóbrega é conhecido pela sua capacidade de expressar a pluralidade da cultura popular brasileira por meio de diversas linguagens artísticas. Divulgando sua arte por diversos países, o artista é um grande estudioso da música, dança, literatura e arte cênica. Nóbrega ajudou a implantar o Departamento de Artes Corporais na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Teatro Escola Brincante, em São Paulo, com cursos e oficinas para artistas populares.

Confira a programação
 

Publicado em 05/11/2020

Curso online e gratuito sobre doenças negligenciadas está com inscrições abertas

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

Tuberculose, Doença de Chagas, Hanseníase, Esquistossomose, Doenças Diarreicas Agudas, Hepatites Virais, Leishmaniose Visceral e Tegumentar, Tracoma e Raiva são algumas das doenças indicadas pelo Ministério da Saúde como negligenciadas. Foram elas também a base para o desenvolvimento do curso online e gratuito em Atenção Integral em Saúde – Doenças Negligenciadas, que está com inscrições abertas até 11 de dezembro. Desenvolvida por um conjunto de especialistas das cinco regiões do Brasil, a formação se destina a médicos, enfermeiros e gestores da Atenção Primária e gestores da Vigilância em Saúde. Confira!

Inscreva-se já: médicos e enfermeiros e gestores

O curso tem como objetivo estimular a reflexão dos profissionais sobre as relações entre território, processo de trabalho e trabalho em equipe, a partir da aproximação da Atenção Primária com a Vigilância em Saúde. A iniciativa é de responsabilidade do Projeto Formação Integral em Saúde - Doenças Negligenciadas, ligado ao Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).

A formação está organizada em duas seções: módulo integração e módulo temático

O primeiro módulo, com carga horária de 60h e tutoria, visa refletir sobre a integração entre Atenção Primária em Saúde e Vigilância em Saúde; assim como criar condições de aprendizagem para que o profissional em formação seja capaz de estabelecer o planejamento de ações com tomada de decisões conjuntas e adequadas para cada situação-problema.

O segundo é formado por módulos temáticos - com carga de 40h cada, que oferecem dez opções para os alunos sobre as seguintes doenças negligenciadas: Raiva, Tracoma, Doença de Chagas, Leishmaniose Visceral, Leishmaniose Tegumentar, Esquistossomose, Hanseníase, Doenças Diarreicas Agudas, Tuberculose e Hepatites Virais. Cada aluno deverá cumprir, no mínimo, três módulos temáticos para concluir a formação.

Com oferta nacional, o curso tem um total de 180h e é realizado na modalidade à distância, por meio da plataforma de EaD da Universidade Aberta do SUS (Unasus). As turmas são organizadas bimensalmente e atualmente existem 19 turmas em andamento. Esta é a segunda chamada de seleção pública de alunos e a meta é, até 2021, ofertar 18 mil vagas em todo o Brasil, sendo 16 mil para médicos e enfermeiros e 2 mil para gestores da Atenção Primária e da Vigilância em Saúde.

Para apoiar as atividades do curso, o projeto formou 400 tutores nas cinco regiões do país, que são os responsáveis por acompanhar as turmas ao longo do processo formativo.

Conheça o Projeto Formação Integral em Saúde - Doenças Negligenciadas

Publicado em 21/08/2020

Edição especial da Revista Poli aborda Educação Profissional no Brasil

Autor(a): 
Cátia Guimarães (comunicação EPSJV/Fiocruz)

Técnicos de enfermagem, de análises clínicas e radiologia; agentes comunitários e indígenas de saúde: esses são apenas alguns exemplos dos trabalhadores técnicos que têm feito uma grande diferença no enfrentamento da pandemia de novo coronavírus no Brasil. Pouca gente conhece, no entanto, o segmento educacional que forma esses e muitos outros trabalhadores não apenas no campo da saúde. Por isso, a edição especial da Revista Poli - publicação da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) - traz uma série de reportagens que conta a história da Educação Profissional no Brasil do início do século 20, quando foram criadas as escolas que deram origem à atual Rede de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, até os dias atuais, passando pela industrialização da Era Vargas e pelos anos de chumbo da ditadura.

Como a relevância desses trabalhadores e da sua formação é uma realidade muito anterior à Covid-19, a revista traz o perfil de um personagem real que, mesmo sem ter tido acesso à formação profissional, é reconhecido como o braço direito de alguns dos maiores cientistas da Fundação Oswaldo Cruz na primeira metade do século passado: Joaquim Venâncio, que dá nome Escola Politécnica, unidade técnico-científica dedicada ao ensino, à pesquisa e à cooperação na área de educação profissional. A edição especial, aliás, marca o aniversário de 35 anos da EPSJV/Fiocruz, cuja trajetória é narrada em duas reportagens deste número: em uma, sua história se confunde e se mistura com as lutas pela redemocratização do país, tanto no campo da saúde como na da educação; em outra, destacam-se suas principais ações de agora, 2020, quando uma pandemia que já matou mais de 110 mil brasileiros chamou as instituições públicas de ensino e pesquisa a intensificarem ainda mais sua produção científica e seu diálogo com a sociedade, em defesa da vida. 

Na seção Dicionário, o leitor vai entender melhor o que significa ‘Escola Unitária’, um conceito que atravessa as principais disputas que o campo da Educação Profissional experimentou no Brasil e no mundo – e que influenciou diretamente a criação do então Politécnico da Saúde, três décadas e meia atrás. Por fim, a entrevistada desta edição é a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, que fala sobre a importância da formação dos trabalhadores técnicos e da sua formação antes e depois da atual crise sanitária atual, ressaltando ainda a articulação de todas as áreas de atuação da instituição como fundamental para a resposta que vem dando à sociedade brasileira neste momento.

Leia aqui a publicação na íntegra

Publicado em 06/08/2020

Vigilância em saúde é tema de seminário online do Observatório Covid-19 da Fiocruz

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

Analisar a trajetória brasileira da vigilância em saúde, a experiência nacional no enfrentamento da pandemia de Covid-19 e os desafios para o futuro. Esses são objetivos do seminário virtual Vigilância em saúde no Brasil: trajetória, desafios no contexto da Covid-19 e perspectivas futuras, que será realizado na próxima segunda-feira, 10 de agosto, às 14h, e transmitido pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no youtube. O webinar é o primeiro de uma série de encontros organizados pelo Observatório Covid-19 Fiocruz no âmbito de um projeto de pesquisa que analisa, em perspectiva comparada, as respostas de nove diferentes países à pandemia, cujo objetivo é extrair lições para o Brasil e propor recomendações para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Acesse e acompanhe!

Os palestrantes convidados são Maria Glória Teixeira, pesquisadora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e integrante da Rede CoVida e Eduardo Hage Carmo, pesquisador da Fiocruz Brasília e médico sanitarista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio atuará como debatedor. A abertura do encontro será feita pela vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado.  A organização e mediação do encontro serão responsabilidade do pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e coordenador do Observatório Covid-19 Fiocruz, Carlos Machado de Freitas.

Segundo Cristiani Machado – que também é pesquisadora da Ensp/Fiocruz e uma das coordenadoras do estudo, juntamente com Adelyne Pereira – o webinar voltado ao caso brasileiro inaugura uma série que tem como propósito promover a reflexão sobre diferentes experiências de países no enfrentamento da pandemia de Covid-19, buscando extrair lições para o fortalecimento da vigilância e da atenção em saúde no enfrentamento de emergências sanitárias no Brasil. Dois novos encontros já estão sendo organizados e, em breve, serão divulgados.

A análise dos Sistemas de Saúde no enfrentamento à Covid-19

O projeto de pesquisa Os Sistemas de Saúde no Enfrentamento à Covid-19: experiências de vigilância e atenção à saúde em perspectiva comparada visa analisar as experiências de países selecionados – China, Coréia do Sul, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Canadá, Argentina, México e Brasil – no enfrentamento da atual pandemia, com foco na configuração institucional, no modelo de atuação e nas estratégias adotadas no âmbito da vigilância em saúde, em articulação com a atenção à saúde.

A pesquisa buscará, portanto, a partir da realização de estudos de caso múltiplos, em perspectiva comparada e com base em fontes secundárias, identificar elementos positivos e limites nas respostas dos países à pandemia, de forma a extrair lições para a reflexão sobre o caso brasileiro e fazer recomendações para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde.

O encontro será transmitido pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no youtube

Publicado em 31/07/2020

Grávidas e puérperas brasileiras são as que mais morrem por coronavírus

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)*

Estudo publicado na revista médica International Journal of Gynecology and Obstetrics revelou que, do início da pandemia até 18 de junho, foram notificadas 160 mortes de grávidas e puérperas em todo o mundo por Covid-19, sendo 124 delas no Brasil. Esses números apontam que o país é responsável por 77% das mortes mundiais. O paper, intitulado A tragédia da Covid-19 no Brasil, traz outros números expondo também a falta de acesso à assistência. Atentos a esse crescente e assustador dado e considerando as especificidades desse grupo, os especialistas responsáveis pelo módulo sobre atenção hospitalar do curso online Covid-19 elaboraram uma aula sobre manejo clínico de gestantes ou puérperas para a formação. O curso é uma iniciativa do Campus Virtual Fiocruz e já conta com mais de 40 mil participantes. Ele é gratuito, autoinstrucional e as inscrições estão abertas.

O estudo, publicado em 9/7 no periódico internacional, levantou dados sobre internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave causada pelo coronavírus (Sars-CoV2, na sigla em inglês). Para tanto, os autores utilizaram o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sive Gripe), que integra um conjunto de sistemas de monitoramento do Ministério da Saúde. No Brasil, a doença foi diagnosticada em 978 mulheres grávidas e puérperas no período analisado, com 124 óbitos. “Um número 3,4 vezes superior ao total de mortes maternas relacionadas à Covid-19 relatadas em todo o mundo até o momento final da redação do artigo”, apontaram os autores.

Eles destacaram ainda que o número de infecções por Covid-19 nesse grupo pode ser subnotificado, pois apenas mulheres com sintomas graves são testadas. Outras questões apontadas no texto foram que a maioria desses óbitos aconteceu no puerpério (período de até 42 dias após o parto), com importante associação a três comorbidades: obesidade, doença cardiovascular e diabetes; 28% das mulheres que morreram não chegaram sequer a dar entrada em uma UTI; 15% não receberam nenhuma modalidade de assistência ventilatória; entrando ou não na UTI, apenas 64% foram entubadas e ventiladas.

O paper teve a participação de Marcos Nakamura, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), bem como de um grupo de enfermeiras e obstetras da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Grávidas e puérperas negras são ainda mais vulneráveis à Covid-19

“A mortalidade materna em mulheres negras devido à Covid-19 foi quase duas vezes maior que a observada em mulheres brancas”, revela nova publicação. Em nova análise, agora avaliando os dados com as lentes do racismo estrutural, o mesmo grupo de pesquisa comparou as informações de mortes, internações e atendimentos entre as mulheres classificadas como brancas ou negras. Além do perfil médio de idade e morbidade dessas mulheres serem semelhantes, os dados revelaram que as negras foram hospitalizadas em piores condições (maior prevalência de dispneia e queda de saturação de oxigênio), apresentaram maior taxa de admissão na UTI, de uso de ventilação mecânica e óbito.

Os pesquisadores apontam ainda que, no Brasil, a interseção de gênero, raça e classe social aprofunda a tragédia das mortes maternas por Covid-19, principalmente quando o país não está adotando medidas de contenção para o enfrentamento da pandemia. As informações do segundo trabalho – intitulado Disproportionate impact of Covid-19 among pregnant and postpartum Black Women in Brazil through structural racism lens e publicado em 28 de julho na área de “Doenças Clínicas Infecciosas” da Oxford Academic – foram extraídas da planilha Sive Gripe do Ministério da Saúde e incluiu casos notificados no país até 14 de julho de 2020.

O curso Covid-19 e o manejo clínico da gestante e puérpera

Um desafio muito específico sobre a temática da aula Manejo clínico da gestante e puérpera no contexto da Covid-19 (aula 6 – Módulo 3) é a interface entre os campos do manejo obstétrico, clínico e da terapia intensiva. “As gestantes e mulheres no ciclo gravídico-puerperal têm especificidades em relação às questões hemodinâmicas, ventilatórias e do controle da fisiopatologia da Covid-19”, explicou a pesquisadora e docente do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher do IFF/Fiocruz, Maria Mendes Gomes, que é responsável pelo conteúdo da aula juntamente com dois pesquisadores também do IFF: Maria Teresa Massari e Marcos Dias. “É nosso papel institucional superar os desafios para a qualificação profissional neste contexto de pandemia. Transpor essas adversidades é importante para a definição da prática clínica”, completou ela.

Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus

Em um esforço para contribuir com a formação de profissionais de saúde, o Campus Virtual Fiocruz lançou o curso online “Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus”. Para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, o conteúdo foi produzido e publicado em caráter de urgência, ratificando o aspecto inovador, dinâmico e responsável da formação. Ele é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD), permitindo que qualquer pessoa interessada se inscreva. A qualificação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, mas pode ser cursado por todos os interessados.

Ele é composto de três módulos, que são independentes e podem ser cursados conforme necessidade do aluno, conferindo autonomia ao processo de formação.

Módulo 1 - Introdução: Conceitos e informações básicas (5 horas)

  • Aula 1 - Novo coronavírus: conceitos básicos
  • Aula 2 - Transmissão, sintomas e prevenção
  • Aula 3 - O que fazer se estiver doente

Módulo 2 - Manejo clínico: Atenção Básica (10 horas)

  • Aula 1 - Organizando sua UBS para a pandemia
  • Aula 2 - Manejo clínico na APS
  • Aula 3 - Como conduzir isolamento domiciliar
  • Aula 4 - Protegendo os profissionais de saúde

Módulo 3 - Manejo clínico: casos graves (30 horas)

  • Aula 1 - Detecção precoce e classificação da severidade dos pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG)
  • Aula 2 - Manejo clínico inicial dos pacientes com síndrome respiratória aguda grave
  • Aula 3 - Investigação de imagem, laboratorial e diagnóstico diferencial da Covid-19
  • Aula 4 - Suporte farmacológico a pacientes com Covid-19
  • Aula 5 - Suporte respiratório a pacientes com Covid-19
  • Aula 6 - Manejo Clínico da gestante no contexto da Covid-19
  • Aula 7 - Procedimentos de proteção e controle de infecção em ambiente hospitalar

Todo o conteúdo foi elaborado por pesquisadores e especialistas da Fiocruz envolvidos nas ações de vigilância e assistência e apresenta estratégias para conter a curva epidêmica da doença, instrumentalizando profissionais que estão na linha de frente do combate ao coronavírus. Eles contribuíram com textos, videoaulas e com a revisão técnica de todo o material — que é apresentado com uma linguagem simples e num formato dinâmico, interativo e atraente.

Veja também:

Fiocruz abre inscrições para módulo sobre atenção hospitalar do curso Covid-19 

Mortes por Covid-19 avançam nas prisões

Fiocruz lança seu primeiro curso sobre Covid-19, online e gratuito, para profissionais de saúde

*Matéria publicada em 21/7/2020 e atualizada em 31/7/2020

 

Imagem: Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (IFF/Fiocruz)

Publicado em 13/07/2020

História das ciências e da saúde é tema de curso de inverno online

Autor(a): 
Comunicação COC/Fiocruz

O Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) promove a 5ª edição do seu curso de inverno, que terá como tema A Covid-19 na história das epidemias: rupturas e continuidades. Devido às medidas de isolamento social, o evento será realizado no formato de seminário, portanto não haverá inscrição e nem certificação. As apresentações serão transmitidas pela internet, ao vivo, entre  20 e 24 de julho, das 15h às 16h30. O link da transmissão estará disponível na página da COC nos dias do evento. Acompanhe e participe!

A atual pandemia de Covid-19 impôs transformações abruptas no cotidiano de quase um terço da população mundial. Diante da novidade de um vírus desconhecido, identificado pelos cientistas como SARS-CoV-2, cujas características ainda são objeto de intenso debate entre pesquisadores, a prática do isolamento social emergiu como o único método eficaz para retardar a espantosa velocidade de contágio da doença causada pelo novo patógeno. Trata-se de um desafio sanitário de dimensões inéditas para o último século, cuja escala é somente comparável ao surto de gripe espanhola em 1918.

Contudo, epidemias, assim como seus desdobramentos sociais e econômicos, acompanham a experiência humana em seus mais variados tempos e contextos históricos. Taxas de mortalidade atípicas, quarentenas, estigmas associados aos doentes, promessas de curas milagrosas, resistências a medidas profiláticas, são alguns dos elementos que atravessam a história das epidemias, e que agora ocupam de forma quase integral os nossos dias.

Dividido em cinco módulos — cada um dedicado a uma doença e analisado à luz da atual pandemia —, a 5ª edição do curso de inverno visa encorajar a reflexão acerca das relações entre a atual pandemia e outras crises sanitárias marcantes na história da saúde no Brasil. Coordenado pelos pesquisadores Ricardo Cabral e Carolina Arouca, o curso discutirá temas como a atuação do poder público, o perfil da população mais vulnerável ao contágio, as possibilidades de identificação e combate do patógeno, ou a natureza dos medicamentos, entre outros.

Programação

Aula 1: As epidemias de cólera do século 19 no Brasil: raça, ciência e saúde
Professora: Dra. Kaori Kodama

Aula 2: Epidemias de Varíola e Pandemia de Covid: políticas públicas, conhecimento científico e educação popular - diferenças históricas no século 20
Professora: Dra. Tania Maria Fernandes

Aula 3: Epidemia de HIV/Aids no Brasil: do estigma às respostas públicas
Professora: Dra. Eliza Vianna

Aula 4: As epidemias nas páginas dos jornais: a gripe espanhola e a atuação do Instituto Oswaldo Cruz
Professoras: Dra. Lorenna Ribeiro Zem El-Dine e Dra. Vanessa P. da Silva e Mello

Aula 5: Epidemias de febre amarela no Brasil
Professor: Dr. Jaime Larry Benchimol

Serviço

5º Curso de Inverno do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz 

Tema: A Covid-19 na história das epidemias: rupturas e continuidades
Coordenação: Ricardo Cabral e Carolina Arouca
Data: 20/7 a 24/7
Horário: 15h às 16h30
Informações: ppghistoriasaude@fiocruz.br

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