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Publicado em 16/11/2021

Fiocruz e Secretaria Municipal de Educação discutem parcerias

Autor(a): 
Ciro Oiticica (Agência Fiocruz de Notícias)

Futuras parcerias entre a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME) e a Fiocruz foram o tema de conversa, na última quarta-feira (10/11), entre a presidente da Fiocruz Nísia Trindade Lima, a vice-presidente de Educação, Comunicação e Informação Cristiani Machado e o Secretário Municipal de Educação Renan Ferreirinha na Residência Oficial da Fiocruz. Diferentes iniciativas de parte a parte foram apresentadas para que se pensasse em possíveis ações conjuntas. 

Renan Ferreirinha iniciou a conversa destacando o alcance da rede municipal de escolas do Rio de Janeiro, maior até do que a de São Paulo. São 1.500 escolas, o que faz delas o equipamento público com maior capilaridade no município. A campanha Vacina Maré foi lembrada, parceria da SME e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com a Fiocruz e a organização da sociedade civil Redes da Maré. A SME contribuiu com campanhas de incentivo à vacinação nas 45 escolas do Complexo da Maré, região com a maior quantidade de equipamentos educacionais na cidade, segundo o secretário. A presidente Nísia revelou a intenção de aprofundar a integração da Fiocruz com os territórios da cidade, a começar pelo seu entorno. Renan Ferreirinha exaltou a Fiocruz e disse que sempre foi associada à excelência. Um dos objetivos da conversa foi então associar essa excelência à capilaridade dos serviços públicos municipais. 

Uma possível forma de fazê-lo, segundo o secretário, seria por meio de atividades extracurriculares. Ele apresentou alguns projetos e falou da importância da escola inclusive para o acesso a serviços públicos básicos, como a garantia de segurança alimentar. Resgatar alunos da evasão escolar por meio da retomada do vínculo com a escola, recuperar a aprendizagem que, de acordo com avaliações, regrediu bastante durante a pandemia e promover o reforço escolar, inclusive com essas atividades extracurriculares, seriam os eixos do atual momento na educação municipal. Diferentes cursos, de línguas, programação e atividades científicas completariam a grade curricular e estas poderiam contar com a contribuição da Fiocruz.

Vice-presidente de Educação, Comunicação e Informação, Cristiani Machado, apresentou então diferentes iniciativas da Fiocruz, como o Programa Saúde na escola (PSE), além da elaboração de um documento para o retorno seguro às aulas. Ela mencionou também o Programa de Vocação Científica (Provoc), o Meninas na Ciência e iniciativas de divulgação científica promovidas pelo Museu da Vida, como o Parque da Ciência, a realização de peças teatrais e o Ciência Móvel, um caminhão com exposições que visita escolas da cidade.

A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio-Ambiente foi evocada, por alcançar escolas de todo o país. Já em sua 11ª edição, ela abrange alunos da 5ª série ao Ensino Médio e oferece oficinas pedagógicas aos professores, para que envolvam as turmas em trabalhos coletivos que possam ser apresentados no evento. Com a retomada das aulas presenciais, a Olimpíada é também uma oportunidade, de acordo com a presidente Nísia Trindade Lima, para transmitir segurança aos professores. Consoante a visão abrangente que marca a Fiocruz, essa Olimpíada vai além do entendimento tradicional da ciência e se estende a expressões artísticas.

Possíveis parcerias

Alguns projetos foram então pensados de forma mais pontual para parcerias. A articulação de iniciativas de transporte de alunos de parte a parte para facilitar o acesso a atividades, o acesso a plataformas virtuais gratuitas com o compartilhamento de conteúdos produzidos em cada instituição e o próprio envolvimento de alunos e professores na produção desses conteúdos foram tratados. Renan Ferreirinha ainda interessou-se em divulgar na rede pública municipal de ensino o acesso à Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (ESPJV/Fiocruz), que prevê diferentes tipos de cotas, inclusive para estudantes dessa rede.

Por fim, foram apresentados ao secretário de Educação os resultados da iniciativa Doses de Gentileza, que reuniu cartas escritas por crianças de escolas públicas endereçadas à Fiocruz. Nas cartas, as crianças expressaram seus sentimentos a respeito do momento difícil da pandemia, que incluíram agradecimentos aos profissionais da saúde e pesquisadores. Em breve, haverá um esforço da comunidade da Fiocruz para responder às cartas. Isso levou Ferreirinha a recordar o projeto municipal Conselhinhos da Cidade, que incentivou alunos de diferentes zonas do município a desenharem a paisagem do caminho da escola e contrastarem com outro desenho, que representasse a paisagem que gostariam de ver. O tipo de abordagem suscitou um comentário da presidente Lima, que sugeriu a investigação do imaginário infantil como indicador para a análise e planejamento de projetos. 

Após esse primeiro encontro, que serviu para apontar caminhos, decidiu-se por uma reunião de trabalho, com um número maior de atores das duas organizações. O objetivo é levar adiante algumas possibilidades levantadas e encaminhar iniciativas segundo diferentes horizontes de tempo. 

 

foto: Pedro Paulo Gonçalves/Fiocruz

Publicado em 03/11/2021

Educação: Fiocruz realizará seminário internacional sobre cooperação com Moçambique

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A Fiocruz é uma instituição que tradicionalmente estabelece cooperações com diferentes instituições brasileiras e internacionais buscando inovar e ampliar seu escopo de atuação, assim como fomentar o desenvolvimento de organizações parceiras. A relação com Moçambique, país africano com o qual temos importantes laços culturais e históricos, já vem de décadas e se dá em diferentes áreas. Para compartilhar experiências de ambos os países no âmbito da cooperação estruturante em saúde, será realizado, no dia 11 de novembro, o Seminário Internacional Fiocruz-Moçambique: Projeto Coopbrass e perspectivas estruturantes para a cooperação Sul-Sul. 

O encontro virtual reunirá pesquisadores e professores brasileiros e moçambicanos, será aberto ao público e transmitido ao vivo pelo canal da Videosaúde Distribuidora no Youtube.

A programação terá início às 9h e conta com apresentações sobre as experiências dos países; o histórico e contexto das cooperações entre Brasil e Moçambique; e ainda perspectivas futuras do Programa de Cooperação Estratégica com o Sul Global (Projeto Coopbrass), e outras iniciativas que envolvem os dois países. 

Para a coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse, a realização deste encontro será um rico momento de compartilhamento de experiências entre Brasil e Moçambique. “No âmbito dessa parceria, importantes iniciativas vêm contribuindo para o avanço da cooperação estruturante em saúde, por meio da formação de profissionais, do desenvolvimento de pesquisas e, consequentemente, do fortalecimento do sistema de saúde em Moçambique. O Projeto Coopbrass, liderado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC), vem corroborar com essas iniciativas", detalhou Eduarda. 

A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, ressaltou a importância da área da educação nessa cooperação com os países latino-americanos e os africanos de língua portuguesa. Ela contou que, no caso de Moçambique, "a parceria com o Instituto Nacional de Saúde, que acontece há mais de uma década, já permitiu a formação de cerca de 60 mestres em Ciências da Saúde e em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde. No projeto Coopbrass, essa cooperação envolve também a Universidade Lúrio, e permitirá fortalecer iniciativas de ensino e pesquisa com as duas instituições". 

Confira a programação completa e acompanhe o encontro ao vivo no canal da Videosaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube.

Publicado em 01/08/2019

Fiocruz assina acordo com a Universidade de Oxford para desenvolver plataforma conjunta em ensino e pesquisa

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)*

Ponto do Brasil em ensino e pesquisa. Uma nova parceria estratégica entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a The Global Health Network (Rede de Saúde Global, TGHN na sigla em inglês), vinculada à Universidade de Oxford, ampliará o impacto de iniciativas de formação e de pesquisa no contexto internacional, a começar por descobertas relacionadas ao Zika vírus. O acordo foi assinado no dia 31/7, na sede da Fiocruz no Rio de Janeiro, pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

"Estou muito contente. Esta assinatura é uma celebração de um trabalho que começou há um ano e será uma importante janela para os nossos projetos de ensino, com muito potencial para contribuir com a pesquisa e a saúde pública no mundo”. Nísia destacou que a colaboração é possível graças aos objetivos em comum partilhados pelas duas instituições, entre eles uma forte crença de que a saúde pública pode ser melhorada por meio de pesquisa.

A parceria, que começou a ser traçada em 2018, busca responder à necessidade de melhorar a capacidade de pesquisa em todo o mundo. O objetivo é gerar evidências sobre doenças, em lugares e comunidades onde esses dados estão faltando, como explica a professora Trudie Lang, diretoa da TGHN. “Atualmente, 90% das pesquisas do mundo beneficiam cerca de 10% da população, o nosso esforço é para tentar incluir os outros 90%”.

Plataforma global para ampliar o desenvolvimento de profissionais de saúde

Um dos principais objetivos da cooperação é promover as ações da Fiocruz de forma global, ampliando sua abrangência internacional. Para isso, a Fiocruz contará com um novo ambiente de compartilhamento de conhecimentos (hub) através da TGHN, que permitirá acesso a cursos online, comunidades de prática, divulgação das ações estratégicas e um maior intercâmbio com parceiros.  A Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) participa da criação deste espaço com a equipe do Campus Virtual Fiocruz (CVF). 

As duas instituições vão colaborar com organizações de pesquisa locais para promover o acesso a treinamento, apoio, ferramentas e recursos para trabalhos de saúde em países de língua portuguesa. O objetivo é superar a barreira da linguagem para a realização de pesquisas, oferecendo a profissionais de saúde habilidades e treinamento, em português, para que construam sua carreiras.

A coordenadora adjunta do Campus Virtual Fiocruz, Rosane Mendes, explica que o CVF fará a curadoria dos cursos para e-learning, selecionando os cursos que serão disponibilizados na nova plataforma conjunta. "Na prática, a Fundação está participando da criação da rede global de cursos compartilhados, seja incluindo conteúdos ou disponibilizando material dos parceiros. Além de incorporar novos formatos utilizados internacionalmente, potencializaremos a oferta de cursos na modalidade à distância (EAD), atingindo um novo público e ampliando nosso alcance". O primeiro curso será sobre febre amarela.

Descobertas sobre zika: da Fiocruz para o mundo

A nova parceria também visa ampliar o acesso a resultados de pesquisas sobre zika. Sabendo do protagonismo da Fiocruz na área, o acordo prevê um ambiente dedicado à temática. Na Fiocruz, a responsável pelo ambiente será a Rede Zika Ciências Socias, que está vinculada à Presidência da instituição, e é coordenada por Gustavo Matta. "Esse novo espaço será fundamental para  ampliar a disseminação de informações, a discussão de resultados científicos relevantes e o engajamento com famílias afetadas pelo Zika vírus”, diz ele. Gustavo celebra a iniciativa: "A assinatura é de grande valia para a nossa instituição: é a Fiocruz engajada com a internacionalização e preservando o que faz de melhor, que é defender a saúde como direito universal e responder as necessidades sociais de saúde das populações".

 

*Com informações de Julia Dias (AFN/Fiocruz) | Colaborou Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Publicado em 26/06/2019

Parceria cria matriz analítica para indicadores de saúde

Autor(a): 
Icict/Fiocruz

O que Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai têm em comum? Todos esses países integram o Observatório Iberoamericano de Políticas e Sistemas de Saúde (OIAPSS), no qual os países membros partilham de um sistema que lhes permite realizar uma abordagem que relacione “determinantes sociais, condicionantes e desempenho, além de incorporar nós críticos pouco explorados em matrizes”, podendo, a partir daí, produzir uma análise dos resultados e das tendências apresentadas “numa perspectiva comparada que procura destacar desafios comuns no contexto da crescente internacionalização das relações sociais e de produção”.

O OIAPSS é formado por uma rede marcada pela diversidade de parcerias que variam conforme o país: observatórios, universidades, Federación en Defensa dela Sanidad Publica, entre outros. Como uma iniciativa inter-institucional e intergovernamental, se notabiliza por ser um espaço de comunicação e intercâmbio de informações, com o propósito fundamental de defender e fortalecer os sistemas públicos e universais de saúde. O projeto sempre contou com o apoio do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). 

Participação da Fiocruz

Os pesquisadores do Laboratório de Informação em Saúde (LIS) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict/Fiocruz) Diego Xavier e Heglaucio Barros foram os responsáveis pela continuidade e finalização da matriz de indicadores para esse  sistema, que havia sido iniciado pelos pesquisadores Francisco Viacava e Josué Laguardia, do Programa de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess). Segundo eles, este trabalho “possibilitou ao LIS o desenvolvimento de ferramentas de consulta e análise em ambiente web, capazes de acelerar o processo de interpretação e resumo dos dados. Além disso, o processo de elaboração dos bancos de dados e das aplicações demandaram novas estratégias dentro do processo de trabalho, o que seguramente será aproveitado em projetos correntes e em futuros trabalhos”, explica Heglaucio Barros.

A equipe do LIS, juntamente com a Coordenação do projeto, avaliou, revisou e supervisionou as informações que compõem a matriz de indicadores: “foram examinadas as bases de dados internacionais utilizadas pela matriz de indicadores, como por exemplo, as do Banco Mundial, OCDE, Cepal, WHO, Eurostat, PAHO, WIPO, WTO e Unesco”, explica Diego Xavier. Mais do que mostrar o panorama das políticas públicas e sistemas de saúde em alguns países da América Latina, além de Portugal e Espanha, com arranjos de indicadores  e sistemas de saúde,o OIAPSS, vai muito além, pois como explica Vanderlei Pascoal, "(o OIAPSS) mostra os arranjos de indicadores entre os países que enfrentam limitações materiais significativas – mas, que possuem expertise, relativa capacidade material e potencialidades de cooperação em saúde entre eles." 

Entendendo o OIAPSS

O Observatório tem um sistema de indicadores (66 ao todo), com dados a partirda primeira década do século 21, distribuídos da seguinte forma: Determinantes Sociais (Demográficos, Sócio-econônomicos e Condições de vida); Construção Social de Política de Saúde (Marco legal); Condicionantes (Complexo produtivo, Financiamento e Atenção Primária); e Desempenho (Acesso, Efetividade e Adequação Técnica), que são comparados entre os países que o compõem, utilizando o sistema de comparação entre os dados dos países como um recurso para “identificar as tendências de blocos regionais ou intervenções que contribuam para a qualidade dos serviços”.

Além de comparar os indicadores, “o OIAPSS enfoca a análise de temáticas e desafios no contexto da crescente internacionalização das reações sociais e de produção com suas repercussões no âmbito da saúde”, conforme está descrito no projeto Desenvolvimento de matriz analítica para acompanhamento dos países do OIAPSS: história, fundamentos e metodologia, escrito por Eleonor Minho Conill, coordenadora do projeto e uma de suas fundadoras. Conill é professora aposentada do Departamento de Saúde Pública do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Acesso facilitado

Para a construção do Observatório, a participação dos países membros na formação da base de dados foi fundamental. Heglaucio Barros destaca que os países integantes contribuíram na elaboração dos indicadores e no processo de escolha das fontes de dados – “e com isso se construiu uma rede interdisciplinar de colaboração”, afirma.

Uma das estratégias usadas pelos pesquisadores do Icict foi a construção da matriz de indicadores do OIAPSS com softwares de licença livre, garantindo assim, “a possibilidade de continuidade sem ônus extras, decorrentes de pagamento de mensalidades ou licenças de uso de softwares pagos”, como explica Barros. O modo de utilização pelo usuário também é facilitado por um acesso dinâmico e distribuído de forma intuitiva ao usuário, como exemplifica Diego Xavier: “por exemplo, uma consulta do sistema do OIAPSS conta com ferramentas capazes de realizar o cruzamento de indicadores de diferentes dimensões de análise e países em ambiente web.”

Base Proadess

Em entrevista ao site do Icict, Elonor Conill faz um panorama geral do OIAPSS, explica que a ideia do Observatório baseou-se no Programa de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess) e as suas perspectivas. Ouça aqui.

Confira a matriz de indicadores no site da OIAPSS.

Publicado em 29/05/2019

Estão abertas as inscrições para o doutorado profissional em gestão, pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica

Autor(a): 
Cogepe/Fiocruz

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) está com inscrições abertas, até 9 de junho, para o seu primeiro doutorado profissional em gestão, pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica. O curso — o primeiro desta modalidade no Brasil voltado para a área farmacêutica — contempla toda a cadeia produtiva de um medicamento, desde a pesquisa básica até o produto final.

São oferecidas seis vagas, exclusivamente para servidores da Fiocruz com título de mestre reconhecido pelo Ministério da Educação e cuja atuação profissional seja em áreas relacionadas às linhas de pesquisa do curso. O cronograma completo, com todas as etapas da seleção, pode ser consultado no item 6 do edital, disponível aqui no Campus Virtual Fiocruz.

Parceria com a Escola Corporativa da Fiocruz

A Escola Corporativa Fiocruz apoia a iniciativa e auxiliará a unidade oferecendo consultoria executiva ao curso no que se refere à gestão. O objetivo da parceria é intensificar o alinhamento e aplicabilidade dos projetos junto às demandas institucionais. A Escola atuará, ainda, ajudando a identificar lideranças profissionais na área da gestão que possam contribuir com a formação dos doutorandos.

O coordenador do Programa de Pós-graduação Profissional em Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica, Jorge Magalhães, comenta a cooperação com a Escola Corporativa. “Entre os grandes desafios com que nos deparamos está a necessidade de aproximarmos nossos alunos de questões estratégicas de gestão, imprescindíveis na era do conhecimento em que vivemos”. Para Magalhães, a Escola Corporativa pode ajudar a estimular o aprendizado de temas como empreendedorismo, gestão estratégica e processos de tomada de decisão.

Já Mariana Souza, responsável pelo Departamento de Educação de Farmanguinhos, acredita que a parceria agrega na qualificação do curso de pós-graduação e incentivo os profissionais da Fundação. “É uma grande vitória podermos atender a demanda da Fiocruz por formação de doutores na área de gestão, pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica. Ter a Escola Corporativa como parceira nesse caminho é a valorizar nossos servidores”, afirma.

Sobre o Programa

O Programa de Pós-graduação Profissional em Gestão, P&D na Indústria Farmacêutica tem o objetivo de formar recursos humanos em ciência e tecnologia, com reconhecida excelência e competência nas áreas envolvidas no processo industrial farmacêutico, da concepção à produção de medicamentos, passando pelas diversas áreas de gestão.

Publicado em 11/01/2019

Fiocruz Mata Atlântica firma parceria com escola para transformar práticas alimentares de estudantes

Autor(a): 
Emerson Rocha (Fiocruz Mata Atlântica)*

Uma das definições de educação é a "aplicação dos métodos próprios para assegurar a formação e o desenvolvimento físico, intelectual e moral de um ser humano". Baseada nessa visão, a direção do Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht, na Taquara, Zona Oeste do Rio de Janeiro, decidiu abrir espaço para novas experiências pedagógicas. Desde 2012, a unidade pública passa por um processo de transformação, que está em andamento e tem tido grande aceitação dos alunos.

O primeiro passo foi firmar uma parceria com o Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz Mata Atlântica (PDCFMA). Por meio Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e do edital Apoio à Melhoria do Ensino nas Escolas Públicas, a parceria foi iniciada com a criação de um espaço para horta orgânica, em uma área subaproveitada da escola. No local, atualmente, há uma plantação agroecológica com diversos tipos de temperos, vegetais, verduras e frutas.

Os alunos foram apresentados a outras práticas de educação ambiental, o que gerou a instalação de sistemas de coleta de água de chuva para irrigar a horta e de captação de energia solar para aquecimento de água dos vestiários feminino e masculino. "Cada equipamento desses foi projetado pelos próprios alunos. Eles participaram de todo o processo, desde as oficinas até a produção e manutenção dessas tecnologias, que são de baixo custo”, explicou o diretor adjunto da escola e biólogo, Marco Aurélio Berao Silva.

“Essas tecnologias estão disponíveis e podem ser usadas e reproduzidas. A ideia era que escola fosse um modelo para que os estudantes replicassem os projetos nas casas deles", conta o diretor. Outra mudança importante ocorrida durante o processo de desenvolvimento das tecnologias sociais foi a alimentação dos estudantes. 

Cozinha e compostagem

A partir dessa parceria com a Fiocruz, a direção se mobilizou para inaugurar uma cozinha e um refeitório, já que os alimentos distribuídos aos alunos eram industrializados. Agora, as refeições são feitas no local, com produtos mais saudáveis. A escola fechou uma parceria com a Associação de Agricultores Orgânicos de Vargem Grande para fornecimento de alimentos agroecológicos, via Programa Nacional de Alimentação Escolar. A horta interna contribui, principalmente, com condimentos e temperos. 

Com a cozinha, os estudantes puderam aprender sobre os diferentes tipos de composteiras para receber o lixo gerado. Os resíduos orgânicos são destinados à composteira e garantem adubo de excelente qualidade para os vasos e canteiros da horta. Além disso, a comunidade escolar já incorporou o hábito de separar materiais recicláveis e óleo de cozinha saturado para doação a instituições parceiras. Nos últimos três meses, a escola destinou em torno de 100 Kg de resíduo orgânico da cozinha para a compostagem.

Para o estudante Marcos Aurélio Santos de Almeida, do 2º ano do Ensino Médio, a oficina de horta orgânica está sendo satisfatória para a própria alimentação. "Nunca tive contato com horta. Aprendi muito. Consigo até levar alguns alimentos plantados aqui para casa. Minha família gosta bastante, até por não ter agrotóxico. A gente aprendeu a perceber essa diferença", disse o estudante de 16 anos.

A oficina de agricultura urbana do Brigadeiro Schorch tem cerca de 20 alunos. O coordenador do projeto pela Fiocruz, Robson Patrocínio, explica que o trabalho é resultado do compartilhamento de saberes. "O essencial para dar certo é uma construção coletiva. Desenvolver, junto com a comunidade escolar, as ações feitas por eles. Não foi nada definido pela Fiocruz. Além, é claro, do envolvimento da direção e dos professores que abraçaram a ideia, e dos alunos, que tiveram voz para poder discutir as propostas", finalizou.

 

*O texto foi originalmente publicado na recente edição do Jornal Linha Direta, da Comunicação Interna da Fiocruz.

Publicado em 14/09/2018

Cooperação internacional: universidades e instituições de pesquisa brasileiras buscam parcerias e divulgam oportunidades na Alemanha

Entre os dias 13 e 21 de setembro, representantes de universidades e instituições de pesquisa brasileiras participam do Roadshow Study and Research in Brazil. A iniciativa, organizada pelo Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD, na sigla em alemão), tem o objetivo de impulsionar a cooperação acadêmica entre os dois países. Em outras palavras, poderia ser descrita como uma espécie de “turnê”, uma apresentação itinerante. A delegação brasileira visitará cinco importantes cidades do cenário universitário alemão: Munique, Berlim, Münster, Bonn e Tübingen, onde poderão divulgar suas oportunidades de estudo e pesquisa para parceiros alemães.

Segundo a diretora do DAAD no Brasil, Martina Schulze, a missão busca reativar antigas parcerias, contribuindo para que acordos de cooperação já assinados saiam do papel. “Além disso, estimulamos uma nova geração de jovens na Alemanha a fazer doutorado e pesquisa no Brasil”.
 

Saiba como vai ser o roadshow

As atividades têm início em Munique com um seminário sobre a cooperação entre a Baviera e o Brasil, organizado em conjunto pelo Centro Universitário da Baviera para América Latina (Baylat) e pela Technische Universität München (TUM).

Já em Berlim, a delegação se juntará a colegas convidados pela Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai) para participar de um seminário promovido pela Embaixada do Brasil na Alemanha e pela própria Faubai. Eles debaterão na Freie Universität Berlin as possibilidades e desafios da cooperação acadêmica com representantes de cerca de 30 instituições de ensino superior alemãs.

No dia seguinte, o grupo estará na Technische Universität Berlin para a feira informativa Study and Research in Brazil, que contribuirá para o principal objetivo do roadshow: despertar o interesse de doutorandos por uma estadia de pesquisa no Brasil. O público poderá se atualizar sobre oportunidades de doutorado e pesquisa diretamente com os representantes das universidades brasileiras. A feira é aberta a estudantes, docentes, cientistas e demais interessados. Feiras similares serão realizadas no contexto do “Roadshow” também na Universität Münster (WWU) e na Universität Tübingen (EKUT).
 

Contexto: a internacionalização de programas institucionais

O DAAD vem acompanhando com interesse o Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). O objetivo do PrInt é implementar e consolidar planos estratégicos de internacionalização das instituições brasileiras de ensino superior. O roteiro de visitas a instituições alemãs de ensino superior que possuem potencial para se tornarem parceiras estratégicas nessa iniciativa de internacionalização é parte da contribuição do DAAD para o novo programa da Capes.

Outra forma de apoio será a oferta de bolsas de estudos para doutorandos alemães interessados em desenvolver pesquisa numa instituição de ensino superior brasileira contemplada pelo PrInt. A condição para que a bolsa seja concedida será a existência de um acordo de parceria estratégica entre a universidade de origem do doutorando na Alemanha e a instituição brasileira.

A Fiocruz é uma das instituições contempladas pelo Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) da Capes.

Acesse aqui o Campus Virtual Fiocruz em inglês.



Fonte: Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD, na sigla em alemão) | Foto: Unsplash

Publicado em 27/09/2017

Campus Virtual Fiocruz completa um ano e desenvolve novas soluções

Rede de conhecimento e aprendizagem oferece plataformas e serviços educacionais em ambiente integrado

Hoje, dia 27 de setembro, a Fiocruz celebra um ano deste importante espaço de compartilhamento do conhecimento: o Campus Virtual Fiocruz (CVF). Aqui, os visitantes encontram os cursos das várias unidades da Fundação, ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) e suas comunidades, videoaulas e recursos educacionais abertos.

A coordenadora da iniciativa, Ana Furniel, lembra que a criação do Campus foi motivada pelo grande interesse dos visitantes do Portal Fiocruz no portifólio de cursos e serviços institucionais na área de ensino. Ao mesmo tempo, a iniciativa se mostrava estratégica para o fortalecimento da Política de Acesso Aberto ao Conhecimento e das ações de integração institucional. “A Fiocruz é a principal instituição não universitária de formação de recursos humanos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (C&T&I). Nosso desafio era não só disponibilizar toda a oferta na área educacional e contribuir para maior integração da comunidade acadêmico-científica, mas também ampliar a articulação e estreitar o relacionamento com as redes de conhecimento nas quais a Fundação se insere”, lembra. Trabalho este que vem sendo consolidado e ganhando magnitude, com a ampliação das parcerias.

Destaca-se a colaboração com a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), iniciativa da Fiocruz que existe há sete anos. O coordenador da Gestão do Conhecimento da UNA-SUS, Vinícius de Oliveira, conta que as ações integradas com o Campus Virtual Fiocruz têm se mostrado uma estratégia acertada para capilarizar a oferta. “Só no último ano chegamos a 1 milhão de matrículas em cursos abertos que abrangem 98% do território nacional”. O CVF também é parceiro da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), integrando uma rede com 16 países para formar profissionais de saúde em toda a região das Américas através do Campus Virtual de Saúde Pública (CVSP/Opas). Ana comenta um dos frutos desta cooperação internacional: “Estamos adaptando cursos sobre zika e chikungunya para a região, que são oferecidos na plataforma em três idiomas: português, espanhol e inglês. Dessa forma, levamos um conhecimento fundamental para profissionais de saúde de países como Equador ou Haiti, por exemplo, que têm poucos recursos”.


Planos e desafios

Além de difundir conhecimentos, o Campus Virtual Fiocruz tem um grande potencial para estimular o desenvolvimento de serviços, produtos e aplicações. “Estamos num processo muito intenso e interessante de aprendizado, aproveitando os diversos desafios que surgem como oportunidades. Isso resulta não só em soluções para o Campus, como propostas para melhorar sistemas e processos de gestão. E nos coloca diante de novas frentes de trabalho, na concepção de outros projetos estruturantes no campo da educação, informação e comunicação, que incluem a prospecção de cooperações nacionais e internacionais”, analisa a coordenadora.

Entre as principais novidades, está o desenvolvimento do Educare ─ um ecossistema para recursos educacionais abertos (REAs). As discussões sobre esta nova solução têm sido feitas junto com a Biblioteca Virtual em Saúde (Bireme), a Opas e a UNA-SUS e nas diversas instâncias internas, nas quais o projeto começa a ser apresentado. À frente da iniciativa está a analista de tecnologia da informação Rosane Mendes, que fala sobre a importância da oferta de ambientes integrados e colaborativos no contexto da educação aberta. “A oferta de recursos educacionais abertos (REAs) é cada vez mais importante e demanda a comunicação e a colaboração entre os criadores de conteúdo. O Educare, além de armazenar objetos digitais e torná-los acessíveis, oferece ferramentas que estimulam a revisão, edição e atualização do conteúdo por pares. Dessa forma, os recursos podem ser reutilizados em vários contextos educacionais, ampliando seu potencial”. E, por falar em REA, comemorando as diversas inciativas em curso sob sua gestão, a Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) lançou ontem um edital para estimular a elaboração destes recursos, e outro voltado à criação de jogos e aplicativos móveis (saiba mais aqui).

Outra novidade será o sistema de gestão de cursos livres, que está sendo adaptado a partir do que foi desenvolvido pela equipe da Fiocruz Bahia, conta Ana. “Daremos um salto na organização das informações para tornar os cursos disponíveis e possibilitar a inscrição de alunos de forma integrada com o Campus Virtual Fiocruz. Entre os benefícios do sistema está a possibilidade de os coordenadores publicarem um hotsite para divulgar o curso”.

São muitos os planos para ampliar esta rede do conhecimento, fortalecendo também os vínculos com quem “carrega o DNA” da Fiocruz. É o caso do desenvolvimento de uma rede de egressos, que tem o objetivo de promover maior intercâmbio com alunos que desenvolveram sua trajetória acadêmico-científica e profissional na instituição, como conta Ana Paula Mendonça, que faz parte da equipe do projeto. “A ideia é termos uma grande rede social com diferentes serviços, para incentivar o contato e a troca de experiências entre estas pessoas, aproximá-las e permitir que continuem a contribuir com o desenvolvimento institucional”, afirma.

Novas frentes de trabalho que se somam a muitos desafios, pontua a coordenadora Ana Furniel. “Sempre pensamos no Campus de uma forma ampla, estruturante e estratégica. Assumimos grandes responsabilidades em ações estratégicas para a Fiocruz nas áreas de formação, informação e comunicação: da formulação de diretrizes comuns, passando pelo desenvolvimento tecnológico, até ações de integração e assessoramento das unidades”. Ela comenta, ainda, que o CVF passa por um momento de avaliação. “Estamos repensando as atribuições do Campus Virtual Fiocruz e nossas metas, para que possamos continuar a contribuir, da melhor forma possível, com a importante tarefa de fortalecer o SUS e o Sistema de C&T&I do país”, conclui.


Muitos benefícios e boas perspectivas

O Campus Virtual Fiocruz foi lançado em 27 de setembro de 2016, para facilitar o acesso a informações e serviços na área de educação. Desde então, o público pode, por exemplo, pesquisar o portifólio de cursos das diversas unidades da Fiocruz num único lugar.

A busca é organizada por filtros, permitindo que a pesquisa seja feita por diferentes categorias: nível de ensino (Stricto sensu, Lato sensu, qualificação profissional, educação básica e profissional e educação corporativa), modalidade (presencial e EAD), unidade, localização, programa e área temática. Assim, o público pode se informar sobre as disciplinas e ementas dos cursos, comparar ofertas para saber qual é a mais adequada ao seu perfil, acessar as informações sobre objetivos, coordenação, inscrições, prazos, documentação etc.

Também estão disponíveis no mesmo ambiente as aulas virtuais, materiais didáticos, bancos de imagens e vídeos, guias, entre outros recursos.


Conteúdo, comunicação e interação na rede

Para que os visitantes estejam sempre atualizados há também áreas de notícias, entrevistas e agenda (em que é possível ficar por dentro sobre defesas de teses e dissertações, seminários, palestras, sessões científicas e em centros de estudo). Todo este conteúdo é divulgado para quem curte a fanpage do Campus Virtual Fiocruz.

Quer mais? Já estão sendo desenvolvidas novas funcionalidades para que os usuários do Campus se cadastrem e tenham um espaço personalizado para chamar de seu, em que poderão montar sua lista de estudos, fazer anotações, comentar, compartilhar e organizar os conteúdos favoritos. “É uma área muito dinâmica e estamos trabalhando bastante para oferecer as melhores soluções para o público da Fiocruz”, diz Ana.


Siga o Campus no Facebook e compartilhe conhecimento com a sua rede: https://www.facebook.com/campusfiocruz/

Por Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Publicado em 16/08/2017

Fiocruz promove curso de formação para a população Trans

TRANSformação é uma iniciativa que visa aprimorar a formação da população trans em temas relativos à saúde, educação, movimentos sociais, direito e cidadania. É um curso idealizado pela ativista dos direitos trans e assessora parlamentar do deputado federal Jean Wyllys, Alessandra Makkeda. A formação resulta de uma parceria entre o Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Lapclin Aids - INI/Fiocruz) e o Laboratório Integrado em Diversidade Sexual e de Gênero, Políticas e Direitos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Lidis - Uerj). Segundo Alessandra, "o objetivo do curso é ampliar a participação política dessa população excluída que, por ter pouco acesso à educação — com problemas graves e específicos — tem prejudicada sua capacidade de pedir ajuda e defender os seus direitos".

O deputado federal Jean Wyllys vai proferir a aula magna, abordando o tema Política, democracia e participação popular. A palestra será no dia 25 de agosto, às 14h, no INI/Fiocruz. Segundo Willys, este curso é uma realização importantíssima para o movimento LGBT e para o Rio de Janeiro. "É a primeira vez que vejo a formação da nossa militância sendo pensada com a articulação de grandes instituições como a Uerj, uma das mais prestigiadas universidades do Rio e a Fundação Oswaldo Cruz, referência nacional em pesquisas voltadas para população Trans, principalmente em HIV/Aids, o que contribuirá com a experiência acumulada a partir da nossa atuação política ao longo de dois mandatos no parlamento”, afirma. Para Wyllys, a iniciativa é fruto de “uma articulação fundamental de instituições que já vinham fazendo ótimos trabalhos em suas áreas e que agora somam suas forças. Acredito que o produto desta junção de esforços será uma militância que, ao final do curso, estará muito mais preparada para lidar com as nossas questões cotidianas”, destacou. 

Público alvo e estrutura do curso

O público da TRANSformação é constituído por mulheres e homens transexuais, travestis e representantes de outras identidades transgêneras e LGBT, que tenham perfil de liderança ou que já venham desenvolvendo trabalhos junto à população trans ou a outros movimentos populares — geralmente fora do chamado "ativismo organizado e institucionalizado" e que desejem participar de uma formação política. Ministrado em dois encontros semanais ao longo de dois meses, o curso está dividido em três módulos: "Política, Democracia e Participação Popular", "História do Movimento Trans e LGBT, Ativismo e Academia", e "Políticas Públicas de Assistência Social e de Saúde".

O curso recebe inscrições até o dia 20 de agosto. Há 30 vagas, sendo 20 com direito a auxílio para transporte e alimentação. Pessoas Trans e LGBT que não consigam vagas poderão participar como ouvintes. Os alunos que completarem a grade receberão o certificado de curso de extensão da Uerj.

Centro de Referência em Saúde para a População Trans do INI

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) desenvolve um Centro de Referência em Saúde para a População Trans, com atividades de assistência, prevenção e pesquisa em HIV/Aids, com contribuição do financiamento recebido através de uma emenda parlamentar do deputado federal Jean Wyllys.  Ele lembra que "o INI tem um envolvimento histórico no trabalho com a população LGBT desde o início dos anos 90 e vemos a implantação do Centro de Referência como uma continuidade”, afirma a diretora do Instituto, Valdiléa Veloso. “O estigma e a discriminação enfrentados por esse grupo populacional aumentam ainda mais sua vulnerabilidade, criando os mais variados obstáculos no acesso aos cuidados básicos. Ter o Centro formalizado em um Instituto de ensino e pesquisa na área da saúde propicia, além de identificar as necessidades dessa população, que também seja feita a capacitação de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) na atenção dessas demandas. Trabalhamos em consonância com a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), constituída pelo Ministério da Saúde em 2011, que orienta o Plano Operativo de Saúde Integral LGBT", conclui. 

O Centro desenvolve atividades de educação comunitária em HIV/Aids, expansão do acesso ao diagnóstico da infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis, realização de estudos epidemiológicos, identificação de necessidades de saúde e o estabelecimento de um serviço para atenção à saúde desse segmento da população, com foco nas pessoas que vivem com HIV/AIDS e sob risco de aquisição da infecção pelo HIV. 

Saiba como se inscrever e acesse as informações sobre o curso aqui no Campus Virtual Fiocruz.

Aula magna com o deputado federal Jean Wyllys
Política, democracia e participação popular
Fundação Oswaldo Cruz (Av. Brasil, 4365 – Auditório do Pavilhão de Ensino do INI - Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ).


Fonte: Juana Portugal (INI/Fiocruz)

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Publicado em 10/08/2017

Organização de Estados Ibero-Americanos sela acordo com a Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) — especializada em educação, ciência e cultura que reúne países ibéricos e latino-americanos — assinaram um protocolo de intenções de cooperação técnica na segunda-feira (7/8) no Castelo Mourisco, sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro. O acordo visa o desenvolvimento de programas conjuntos e o intercâmbio científico, incentivando ações nos campos da saúde, ciência, tecnologia e desenvolvimento social. A cooperação prevê a realização de projetos, cursos, conferências, encontros, palestras, seminários, intercâmbios de profissionais e serviços de consultoria, entre outras atividades que reúnam especialistas de diversas áreas do conhecimento. De acordo com o documento, serão estimuladas parcerias com ministérios, órgãos governamentais e outros organismos para apoiar e disseminar as iniciativas.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, observou que a cooperação foi propiciada, em grande parte, devido aos esforços do vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral-Netto. “Esse acordo nos põe no sentido de caminharmos juntos, sendo extremamente positivo para a Fiocruz, e que imediatamente pensemos em ações de intercâmbio de pesquisa e mobilidade”, disse Nísia.

Ela também destacou que a OEI tem expandido sua atuação para países da África de língua portuguesa como Cabo Verde e Moçambique, que atualmente participam da organização como observadores, Nísia afirmou que esse direcionamento está em conformidade com a atuação da própria Fiocruz no continente. “No caso de nossa cooperação com a África, acabamos de formar a quinta turma de mestrado em ciências da saúde em Moçambique. A cooperação com o país tem vertido toda área da ciência da saúde aplicada, e pensamos em estender e aprofundar laços com outros países da África de língua portuguesa e da América Latina. Recentemente recebemos a presença do diretor da Administração Nacional de Laboratórios e Institutos de Saúde da Argentina, e caminhamos para uma parceria muito importante no que se refere à produção e disseminação de vacinas contra febre amarela”, acrescentou a presidente.

Por sua vez, o secretário geral da OEI, Paulo Speller, destacou a importância do acordo para a sua própria instituição. “O Brasil é um parceiro imprescindível para a OEI, e a primeira referência que temos [aqui] é sempre a Fiocruz. É a instituição brasileira de maior tradição, com presença nos campos de ciência e tecnologia, com presença internacional inclusive”, afirmou. Ele enfatizou que o acordo se deu de modo ágil – a negociação começou em abril deste ano.

Speller também ressaltou a esperança de uma atuação significativa no continente africano. “Há uma expectativa muito grande fora do Brasil, tanto na América Latina quanto na Espanha e em Portugal, de que a Fiocruz esteja presente na OEI, além de órgãos brasileiros de incentivo à pesquisa e do Ministério de Ciência e Tecnologia. A participação de Cabo Verde e de Moçambique como observadores na OEI complementam ações que a Fiocruz historicamente já vem fazendo na América Latina. O mundo ibero-americano vai além do que pensamos”, disse o secretário.

Segundo o vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral-Netto, dada a longa história de atividade da OEI em países ibero-americanos, o acordo permitirá que a Fiocruz amplie sua integração com instituições dessa região. "Isto poderá ocorrer em vários campos, a começar com ações na área educacional e de pesquisa". Ele disse que a OEI demonstrou interesse em cooperar com o Campus Virtual Fiocruz para utilizar seu conteúdo nos esforços educacionais dos países da região. "Além da tradução do conteúdo para o castelhano, vislumbramos a possibilidade de enriquecer o conteúdo do Campus com o material de outras instituições", afirmou o vice-presidente. 


Fonte: André Costa (Agência Fiocruz de Notícias) | Foto: Peter Ilicciev

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