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Publicado em 29/05/2020

Fiocruz lança cartilhas para orientar profissionais de saúde

Autor(a): 
Julia Neves (EPSJV/Fiocruz)

Cuidadores de idosos, Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes de Combates a Endemias (ACE), entre outros. São muitos os profissionais da saúde que estão no combate ao novo coronavírus. Para orientá-los e informá-los no contexto da pandemia da Covid-19, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) lançou nas últimas semanas diversos materiais de apoio para esses profissionais. Essa importante produção em acesso aberto está disponível na plataforma Educare — um ecossistema de Recursos Educacionais Abertos onde podem ser encontrados diversos materiais para pesquisas e aulas.

Cuidadores de idosos 

A cartilha Orientações para Cuidadores Domiciliares de Pessoa Idosa na Epidemia do Coronavírus – Covid 19 tem o objetivo de preencher uma lacuna, pois há pouco material disponível a respeito. É o que afirma o professor-pesquisador da EPSJV, Daniel Groisman. Segundo ele a maior parte dos materiais tem como alvo os profissionais de saúde inseridos em serviços ou, no caso dos idosos, no contexto da assistência institucional de longa permanência. “Entretanto, a maior parte da população idosa reside e é cuidada nos seus domicílios, razão pela qual priorizamos esse tema na elaboração da cartilha”, explica. Daniel ressalta que as pessoas idosas são o principal grupo de risco para a pandemia e, dentre elas, as que necessitam de cuidados são mais vulneráveis ainda. “As pessoas que cuidam, seja de forma remunerada ou como familiares, são pouco assistidas pelas políticas públicas e possuem baixo acesso a orientações e informações”.

Na cartilha, o leitor vai encontrar informações básicas sobre o cuidado no contexto pandêmico, organizadas de forma clara e acessível, que visam prevenir o contágio e promover a biossegurança no cotidiano do trabalho de cuidados, assim como minimizar danos causados pelo isolamento social prolongado para a saúde da pessoa idosa. “Além disso, há indicações de telefones úteis e links para sites, onde é possível acessar mais informações, como por exemplo, a página da EPSJV dedicada aos agentes de saúde em ação”, adianta Daniel.

Educação Popular em Saúde 

Voltado, principalmente, aos trabalhadores da Educação Popular em Saúde, foi lançado também o folheto O que mais podemos saber sobre o novo coronavírus e a Covid-19?. Segundo a professora-pesquisadora da EPSJV/Fiocruz, Vera Joana Bornstein, o material busca orientar os agentes de saúde no trabalho educativo com a população, principalmente nas questões relacionadas à transmissão, na busca ativa de casos suspeitos e na identificação e acompanhamento de pessoas com agravos. “Uma vez que as pessoas entendam melhor como acontece a transmissão desse vírus, elas podem se prevenir da melhor forma contra ele. E, com isso, podem adotar e recomendar medidas eficazes para impedir ou dificultar essa transmissão e, assim, proteger a si, sua família, e a comunidade”, aponta.

Trabalhadores da saúde 

Outro material lançado pela Escola é a Ferramenta de bolso para agentes de saúde e cuidadores na ativa em defesa da vida na epidemia Covid-19, voltada  para trabalhadores da saúde que estão diretamente na luta contra o coronavírus. Segundo a professora-pesquisadora, Nina Soalheiro, o conteúdo foi produzido em conjunto com alunos do curso técnico de Agente Comunitário de Saúde e ex-alunos do Curso de Qualificação Profissional em Saúde Mental. “A grande riqueza na construção desse trabalho foi a diversidade do grupo que produziu: temos dentistas, terapeutas naturais, pessoas da educação popular, ACS e cuidadores. Um grupo com diferentes experiências e escolaridades”, destaca.

Para Nina, a ferramenta busca ser um instrumento de defesa, proteção, autocuidado e de como os profissionais podem buscar apoio e ajuda. Ela conta que o documento foi dividido pensando em uma metáfora de portas. “Nossa ferramenta de bolso tem início com informações sobre biossegurança, que seria a porta da proteção. Em seguida, apresentamos a porta do autocuidado, que são exercícios respiratórios, de ginástica laboral e de relaxamento. Por fim, temos a porta da emergência, na qual estão informações sobre como buscar apoio e ajuda”, explica. Nina, acrescenta que a ideia foi buscar uma linguagem próxima da realidade do trabalhador da saúde brasileira que, muitas vezes, trabalha em contextos de grande vulnerabilidade.

Agentes comunitários de saúde 

Para dar apoio à atuação dos Agentes Comunitários de Saúde, a Escola Politécnica, em parceria com a Superintendência de Atenção Primária à Saúde (Saps/Sgais/SES RJ), organizou a cartilha Orientações para Agentes Comunitários de Saúde no enfrentamento à Covid-19. Segundo a professora-pesquisadora da EPSJV/Fiocruz, Márcia Valéria Morosini, essa iniciativa se justifica pelo fato de o ACS ser um trabalhador que atua na linha de frente na atenção à saúde nos mais diferentes territórios, com desiguais condições de vida e saúde.

A Escola foi responsável pela revisão da primeira versão do material e a inclusão de observações gerais e sugestões específicas quanto à forma e ao conteúdo do material. “Como se trata de um material online, acrescentamos sugestões de links a outros materiais digitais que ajudam a aprofundar algum tema”, destaca Márcia.

Publicado em 28/02/2018

Exposição ABC e Saúde apresenta cartilhas do Serviço Nacional de Educação Sanitária

Já parou para pensar quais eram as estratégias de educação sanitária no Brasil em meados do século XX? É possível conhecer uma delas na nova exposição "ABC e Saúde - As cartilhas do Serviço Nacional de Educação Sanitária". Em cartaz na sala 307 do Castelo Mourisco, a mostra contextualiza uma série de cartilhas do Serviço Nacional de Educação Sanitária (SNES), publicadas nas décadas de 1940, 1950 e 1960, que eram distribuídas em escolas e para o público em geral. Sempre abordando um tema ligado à saúde pública, as cartilhas traziam ilustrações divertidas e textos rimados para divulgar orientações sobre prevenção de doenças, como tuberculose e varíola. 

Ao todo, a exposição traz 18 cartilhas, separadas em duas categorias: "Doenças" e "Conselhos". Nesta última, o público ficará por dentro daquelas que orientavam a população com dicas de alimentação, cuidados com a pele, cultivo de hábitos saudáveis e higiênicos, entre outras. "Esse acervo representa um importante registro histórico da saúde pública no Brasil. É testemunho da produção intelectual de profissionais de distintas áreas – médicos, sociólogos, antropólogos, educadores e artistas gráficos –, que realizaram um relevante trabalho de promoção da saúde, nos termos dos conhecimentos médicos e pedagógicos e das linguagens artísticas e comunicacionais de meados do século passado", explica o historiador Pedro Paulo Soares, do Museu da Vida, um dos curadores de ABC e Saúde.

A mostra também aborda as relações entre arte e ciência, com foco na higiene, saúde pública e no papel criativo do artista Luiz Sá (1907-1979). O ilustrador, responsável pelos desenhos das cartilhas, era famoso por suas criações publicadas pelo SNES e por vasta produção divulgada em jornais e revistas da época, a exemplo dos personagens Reco-reco, Bolão e Azeitona, populares entre os leitores da revista O Tico-Tico, editada entre 1905 e 1977.

Em um módulo que fala sobre o artista, um documentário de 1975, dirigido por Roberto Machado Júnior, traz depoimentos de caricaturistas da época e do próprio Luiz Sá. Ao tratar das interfaces entre os universos artístico e científico, ABC e Saúde também presta uma homenagem a Virginia Schall (1954-2015), cientista, poeta, educadora e uma das fundadoras do Museu da Vida. 

Exposição ABC e Saúde
Local: Castelo Mourisco - sala 307 (Av. Brasil, 4365 - Manguinhos)
Grátis

Fonte: Museu da Vida

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