O Observatório do SUS, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), promove no dia 1º de outubro de 2025, no Rio de Janeiro, o seminário “O SUS em 2025: instrumento ou produto da democracia e da política?”, em parceria com o Mestrado Profissional em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde (Ensp/Fiocruz). A atividade será realizada no auditório térreo da Escola.
O encontro reunirá pesquisadores, gestores, parlamentares, lideranças sociais e especialistas para discutir os cenários e perspectivas do Sistema Único de Saúde (SUS) em meio aos desafios que a democracia e as dinâmicas políticas e econômicas impõem à sua estrutura e funcionamento.
Um espaço de diálogo
O evento busca aprofundar o pensamento crítico sobre a trajetória e o contexto atual do SUS, num cenário de desafios para a democracia e a soberania nacional. Reunindo diferentes atores em um espaço de debate aberto e plural, a proposta consiste em fomentar uma reflexão crítica sobre os caminhos para a consolidação do caráter público e democrático do sistema, considerando os desafios colocados para o SUS na sua coexistência e interfaces com o setor privado, tendo em mente o papel do Estado. A programação contará com duas mesas-redondas.
A primeira, “Como construir o comum na diversidade e diante de desigualdades?”, será realizada pela manhã, das 9h às 12h. Serão tematizados o reconhecimento da diversidade como valor democrático, o enfrentamento das desigualdades no neoliberalismo, a construção do “comum” como projeto e caminho político. Estão confirmados Giuseppe Cocco, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Emerson Merhy, professor de Saúde Coletiva aposentado, sênior da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e emérito da UFRJ; e Maria Inês da Silva Barbosa, professora da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). A coordenação e moderação ficará sob responsabilidade de Marilene de Castilho Sá, pesquisadora titular aposentada da Ensp/Fiocruz.
À tarde, das 14h às 16h30, será realizada a mesa “Entre o público e o privado: para onde vai o SUS em 2025?”, dedicada a abordar os princípios constitucionais do SUS, financiamento, sustentabilidade, saúde suplementar, relações público-privadas e cenários futuros para o sistema de saúde. Participarão Helvécio Miranda Magalhães Júnior, professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais/FELUMA e consultor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); e Lígia Bahia, professora titular da UFRJ. A mesa será moderada por Fabiola Sulpino Vieira, coordenadora de saúde na Diretoria de Estudos e Políticas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
“O SUS como política (do) comum” — desafios e perspectivas
Segundo Eduardo Melo, coordenador do Observatório do SUS e vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da Ensp/Fiocruz, a realização de um seminário com essa temática é fundamental para fortalecer o compromisso democrático e social do Observatório e da Escola, bem como o SUS como política pública essencial e conquista da democracia brasileira.
“O SUS, como sabemos, apesar de inúmeros avanços, apresenta grandes desafios, de várias ordens. Este seminário focará em alguns desafios políticos relevantes para o SUS. Para abrir a discussão com a mesa da manhã, vale lembrar que parte dos atores e autores têm indicado limites da noção de classe para dar conta (sozinha) do enfrentamento das desigualdades (no plural), razão pela qual noções como a de interseccionalidade (ligando raça, classe e gênero), racismo estrutural, patriarcado, processos de vulnerabilização, capacitismo, necropolítica, heteronormatividade e diversidade ganham grande destaque no vocabulário e formas de atuação política atuais (não sem riscos de captura), num importante e necessário movimento de expansão democrática que, paradoxalmente, coexiste com múltiplas crises e ameaças à democracia e à vida. Alguns atores e autores falam de lutas por redistribuição e lutas por reconhecimento. Por outro lado, identificam-se desafios na convergência das várias lutas legítimas, mesmo quando pautas ditas identitárias são ressignificadas como societárias ou civilizatórias. Neste sentido, pretendemos explorar a noção de comum (como princípio político e não apenas como bens), buscando refletir em que medida é uma perspectiva que pode ajudar a aproximar ou não os vários tipos e âmbitos de lutas. A partir disso, podemos também nos perguntar sobre o SUS enquanto uma política (do) comum e o quanto esta noção nos ajuda na defesa e efetivação dos seus princípios.
”Ainda de acordo com o vice-diretor, “na mesa da tarde, em conexão com outros desafios estruturais do SUS abordados pelo Observatório em parceria com a Abrasco em 2024 (notadamente a regionalização e o financiamento), focaremos nas relações público-privadas na saúde, considerando seus aspectos políticos e econômicos. Sabemos que esta discussão ganha novo fôlego com o Agora Tem Especialistas. Lembremos que os sistemas de saúde na América Latina (incluindo o brasileiro) são marcados, cada um a seu modo, por fortes vetores de fragmentação e segmentação, e isto se deve, dentre outras coisas, às desigualdades históricas (entre o centro e a periferia e no interior dos países) e ao lugar e força do público e do privado. Em suma, dentro do espírito do Observatório, será um espaço-momento de debate e reflexão sobre questões contemporâneas com relevância social e política para o SUS, sem perder de vista, evidentemente, a conjuntura e os desafios societários e políticos mais gerais.”
Melo ressalta que o seminário busca não apenas discutir cenários, mas também fortalecer redes de diálogo e reflexão crítica que deem sustentação ao SUS como política pública essencial.
Serviço
Data: 1º de outubro de 2025
Local: Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), Rua Leopoldo
Bulhões, 1.480 – Manguinhos – RJ – Campus da Fiocruz
Horário: 9h às 16h30
Organização: Observatório do SUS – Ensp/Fiocruz
Transmissão ao vivo: Canal da Ensp no YouTube
Mais informações: observatorio.sus@fiocruz.br
Sobre o Observatório do SUS
O Observatório do SUS atua em uma tríade central — conjuntura, políticas de saúde e experiências do SUS — com atenção aos aspectos estruturais do Sistema Único de Saúde. Desde sua criação, vem se consolidando como um dispositivo de produção, articulação e reflexão crítica sobre o SUS, além de constituir um espaço de formulação, debate e mobilização de atores da sociedade civil, da academia e das instituições públicas de saúde.
Seu escopo de atuação tem como foco proporcionar espaços de diálogo, mobilização e intercâmbio entre diversos atores-chave. Para isso, adota estratégias como a articulação de redes de cooperação, realização de seminários e oficinas, elaboração e divulgação de materiais informativos – ações voltadas a contribuir com o processo de defesa do SUS e da vida, além de subsidiar gestores, decisores e demais agentes comprometidos com a efetivação do direito à saúde.
O Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis) da Fiocruz Brasília promove, no dia 25 de setembro, às 14h, o seminário “Interoperabilidade e Municipalização da Inteligência Artificial”. O encontro será transmitido ao vivo, de forma aberta, em nosso canal no YouTube.
A atividade integra o 32º Ciclo de Debates do Nethis, que tem como tema central o uso de tecnologias digitais para fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Essas inovações podem ampliar a eficiência dos serviços e promover maior equidade no acesso da população, mas exigem cuidado e regulação para que seus benefícios sejam efetivamente garantidos.
Este será o segundo seminário do 32º Ciclo de Debates e terá como foco dois eixos principais:
– Digitalização dos direitos fundamentais e a interoperabilidade na saúde; e
– Mapeamento da regulação municipal da saúde digital.
A composição da mesa de trabalho contará com os seguintes convidados:
Coordenação:
Odorico Monteiro, pesquisador da Fiocruz Ceará.
Palestrantes:
Luiz Fernando Picorelli, coordenador da Comissão LGPD da União Nacional das Operadoras de Autogestão em Saúde (Unidas).
André Bastos Lopes Ferreira, pesquisador do Centro de Pesquisas em Direito Sanitário (Cepedisa) da USP.
Confira os próximos seminários do 32º Ciclo de Debates Nethis:
Essa programação faz parte das atividades do Observatório de Desenvolvimento e Desigualdades em Saúde e Inteligência Artificial – Observatório Odisseia – mediante cooperação interinstitucional com o Centro de Pesquisas em Direito Sanitário (Cepedisa) da Universidade de São Paulo (USP) e conta com o apoio da Secretaria de Informação e Saúde Digital (Seidigi) do Ministério da Saúde.
Mais informações: (61) 3329-4661 | nethis@fiocruz.br
O seminário do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) vai colocar em debate a interseccionalidade como abordagem essencial para pesquisas sobre as condições de vida e saúde das pessoas com deficiência no Brasil. A partir dos resultados do projeto 'Invisibilidade Informacional e Interseccionalidade: Desigualdades Sociais e em Saúde das Pessoas com Deficiência no Brasil', financiado pelo CNPq e conduzido pelo Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão Social (Nippis– Fiocruz/Unifase), serão apresentados os resultados sobre a disponibilidade e qualidade dos dados populacionais relacionados a essa população, destacando desafios e lacunas.
Palestrantes
Luanda Botelho
Analista socioeconômica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, compõe o grupo de trabalho sobre estatísticas das pessoas com deficiência e integra a Coordenação de População e Indicadores Sociais da Diretoria de Pesquisas do Instituto. Doutoranda em Ciências Sociais no Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com pesquisa sobre mulheres com deficiência e mercado de trabalho. Mestre em Sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da mesma Universidade. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atua também como Professora Assistente da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com ênfase na disciplina Relações Trabalhistas.
Jéssica Muzy Rodrigues
Doutora em Saúde Pública pela Ensp/Fiocruz, mestre em Informação e Comunicação em Saúde pelo Icict/Fiocruz e graduada em Ciências Sociais pela UFRJ. Pesquisadora no Gise e no Nippis, ambos vinculados ao Laboratório de Informação em Saúde/Icict/Fiocruz, e integrante do Núcleo de Ergonomia (NAE/CST/Fiocruz). Atua em Saúde Pública e Epidemiologia, com foco em saúde e envelhecimento, deficiência, indicadores de saúde, análise de dados e políticas públicas. Atualmente é pós doutoranda em Informação e Comunicação em Saúde (Ppgics/Icict/Fiocruz).
Francine Souza Dias
Assistente social, Doutora em saúde pública pela Ensp/Fiocruz e mestra em Políticas Públicas e Formação Humana pela Uerj. Atualmente é pós-doutoranda no Cidacs/Fiocruz Bahia e pesquisadora no Nippis/Icict/Fiocruz, no IFF/Fiocruz e na Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde /Fiocruz. Atua na área de informações, desigualdades e políticas sociais, com ênfase em populações vulnerabilizadas.
Serviço
Data: 19 de setembro de 2025 (sexta-feira).
Horário: 14h
Transmissão: canal da VideoSaúde no Youtube
A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) promove, no dia 15 de setembro, às 13h30, o seminário Diálogos em Divulgação Científica: Memórias e horizontes da Especialização. O encontro será realizado no Centro de Documentação em História da Saúde (3º andar, salas 304 e 305), no campus da Fiocruz em Manguinhos, Rio de Janeiro. As inscrições podem ser feitas até 13 de setembro, por meio de formulário online, com emissão de certificado.
Inscreva-se já!
Criada em 2009 por um grupo de instituições dedicadas à divulgação e popularização da ciência, a Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência nasceu com o propósito de formar profissionais capazes de mediar o diálogo entre ciência, tecnologia e sociedade. Desde então, o curso já formou diversas turmas, contribuindo significativamente para o fortalecimento e a renovação do campo.
O seminário, organizado por alunos da turma 2025, propõe uma roda de conversa entre criadores, professores e egressos do curso. A ideia é revisitar memórias, compartilhar experiências e refletir sobre os desafios e avanços da divulgação científica ao longo desses 16 anos, além de discutir os horizontes futuros tanto para a área quanto para a própria especialização.
Entre os convidados estão Douglas Falcão, físico pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), doutor em Educação pela University of Reading (UK), pesquisador do Mast, professor e um dos idealizadores da especialização; e Marcus Soares, formado em Ciências Físicas e Biológicas, doutor em Educação pela UFF, pesquisador da COC/Fiocruz, professor e atual coordenador do curso, além de coordenador do Núcleo de Estudos de Público e Avaliação em Museus (Nepam), do Museu da Vida Fiocruz.
Para enriquecer os diálogos, participam também Barbara Mello, ilustradora e designer do Museu da Vida da COC/Fiocruz, e Anderson Antunes, pesquisador do Instituto de História Contemporânea da Universidade de Évora (Portugal). Ambos são egressos da especialização e compartilharão suas trajetórias após a formação.
Mais do que celebrar a história da especialização, o seminário busca preservar sua memória, valorizar suas contribuições e estimular novas reflexões sobre o papel da divulgação científica na sociedade contemporânea.
Programação:
Data: 15 de setembro de 2025 (segunda-feira)
Horário: 13h30 às 16h30
Local: Centro de Documentação em História da Saúde (3º andar, sala 304 e 305), campus da Fiocruz em Manguinhos, Rio de Janeiro
Evento gratuito e aberto ao público (com emissão de certificado)
Para se inscrever, acesse.
#ParaTodosVerem Banner com fundo verde e linhas geométricas, ele possui as seguintes informações: seminário Diálogos em Divulgação Científica: Memórias e horizontes da Especialização em divulgação e popularização da ciência, no dia 15 de setembro, às 13 horas e 30 minutos, inscrições até 13 de setembro, com Douglas Falcão (MAST), Marcus Soares (COC/Fiocruz), Barbara Mello (COC/Fiocruz), Anderson Antunes (Universidade de Évora), será no CDHS, Campus Fiocruz Manguinhos.
Discutir os novos caminhos e as perspectivas inerentes à cooperação internacional em saúde do Brasil é o objetivo do Seminário Cooperação para o Desenvolvimento do Brasil no Sistema Internacional Pós-Americano: caminhos e perspectivas, que será realizado no dia 15 de setembro, de forma presencial no auditório interno da Fiocruz Brasília, com transmissão pelo canal do YouTube da instituição.
O Seminário é organizado pela Fiocruz Brasília em parceria com o Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (IRel/UnB) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Confira a programação aqui, e garanta a sua inscrição aqui. Os participantes inscritos no evento receberão certificado emitido pela Escola de Governo Fiocruz-Brasília.
Serviço
Seminário Cooperação para o Desenvolvimento do Brasil no Sistema Internacional Pós-Americano: caminhos e perspectivas
Data: 15/09/2025
Horário: das 14h às 18h
Modalidade: Presencial, auditório interno da Fiocruz Brasília, com transmissão no canal do YouTube.
Mais informações e inscrições: clique aqui.
#ParaTodosVerem Banner com fundo verde com as seguintes informações: Seminário Cooperação para o Desenvolvimento do Brasil no Sistema Internacional Pós-Americano: caminhos e perspectivas. Será no dia 15 de setembro, segunda-feira, das 14 horas às 18 horas. Evento presencial no auditório interno da Fiocruz Brasília. Os participantes receberão certificados. Inscrições pelo Campus Virtual Fiocruz. Transmissão ao vivo no Youtube.
Como o Brasil e outros países do Sul Global podem se preparar para enfrentar futuras emergências de saúde? Essa será a questão central do segundo seminário do 31º Ciclo de Debates do Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis) da Fiocruz Brasília, que acontece no dia 11 de setembro, das 14h às 16h, com transmissão ao vivo pelo canal da Fiocruz Brasília no YouTube.
O encontro abordará os desafios e oportunidades para que esses países fortaleçam suas capacidades de resposta a crises sanitárias, considerando o novo Acordo sobre Pandemias da Organização Mundial da Saúde (OMS). Passados 77 anos da aprovação da Constituição da OMS, permanece atual a advertência registrada no documento: “O desenvolvimento desigual em diferentes países na promoção da saúde e no controle de doenças, especialmente doenças transmissíveis, é um perigo comum”.
O 31º Ciclo de Debates integra as ações do Observatório sobre Pestes, Desenvolvimento e Desigualdades em Saúde (Armagedom), coordenado pelo Nethis/Fiocruz Brasília.
Confira os próximos seminários do 31º Ciclo de Debates do Nethis
9 de outubro: Dinâmica Internacional e Acordo sobre Pandemias
6 de novembro: Acordo sobre Pandemias e Sociedade Civil
Mais informações: (61) 3329-4661 | nethis@fiocruz.br
Quais são os desafios e as possibilidades da ética em pesquisa nos tempos de tecnologias digitais?
O I Seminário do Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) vai trazer convidados especialistas para pensar juntos neste debate sobre os dilemas éticos da pesquisa em saúde na era digital.
O encontro é no dia 11 de setembro de 2025, às 9h, no auditório da Poli, no campus Manguinhos, da Fiocruz. Haverá também três painéis temáticos sobre consentimento e assentimento, uso de dados em pesquisa e coparticipação institucional.
O evento é gratuito e aberto ao público! Não precisa fazer inscrição prévia para participar. Vem com a gente construir um espaço de troca entre estudantes, pesquisadores e profissionais que pensam ciência e ética para o futuro da pesquisa em saúde!
Fiocruz lança curso Ética e Integridade em Pesquisa
Navegando no tema, o Campus Virtual Fiocruz relembra o curso online e gratuito Ética e integridade em pesquisa. Princípios primordiais como resultados imparciais, confiáveis, respeito aos direitos, responsabilidade e transparência são alicerces de pesquisas desenvolvidas com ética e integridade são apresentados no curso. A formação tem carga horária total de 40h e é voltada especialmente a estudantes de pós-graduação, mas aberta a todos os interessados na temática. O curso traz os princípios éticos que norteiam a ciência contemporânea — da concepção do projeto à publicação dos resultados, e segue com as inscrições abertas.
A formação oferece uma qualificação abrangente sobre princípios éticos, morais e direitos humanos; integridade em pesquisa; normas regulatórias e boas práticas na condução de pesquisas envolvendo seres humanos e animais; e conhecimentos gerais sobre integridade na publicação científica, envolvendo também a questão do plágio e o uso de inteligência artificial. Ao concluir o curso ou a disciplina transversal, a ideia é que os participantes estejam preparados para enfrentar os desafios éticos inerentes à pesquisa científica, contribuindo para um ambiente acadêmico mais íntegro e colaborativo.
O curso tem tríplice coordenação: Sergio Rego, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp); Carmen Penido, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) e Mariana Souza, responsável pela área de lato sensu da Coordenação-Geral de Educação, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (CGE/VPEIC) e foi desenvolvida em colaboração com diversos integrantes da Comissão de Integridade em Pesquisa da Fiocruz.
#ParaTodosVerem Banner com fundo roxo e linhas coloridas, no centro do banner, o nome do curso: Ética e Integridade em Pesquisa, conduta responsável em ambiente de pesquisa saudável e íntegro, inscreva-se.
Entre os dias 22 e 26 de setembro, o Rio de Janeiro será palco do VI Seminário Estadual para a Preservação dos Bens Móveis e Integrados, que neste ano tem como tema central “Patrimônio em Crises: preservação, resistência e gestão de riscos”. O evento propõe uma reflexão sobre os impactos das crises contemporâneas na preservação do patrimônio cultural, reunindo especialistas e instituições para debater os múltiplos riscos que ameaçam bens museológicos, documentais, artísticos e científicos. As inscrições estão abertas até o dia 12 de setembro, clique aqui (sujeito a lotação de 110 lugares).
A abertura oficial acontece no dia 22, às 17h, no icônico Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio, com a palestra O legado cultural do Palácio Gustavo Capanema, ministrada por Cláudia Regina Nunes, conservadora e restauradora do Iphan.
Nos dias 23 a 25, a programação segue no Pavilhão Arthur Neiva, localizado no campus da Fiocruz em Manguinhos. Os debates abordarão temas como O valor cultural dos bens móveis e integrados, Engajamento comunitário e participação social, e Memórias em risco e estratégias de preservação. Para encerrar o seminário, será realizada uma visita guiada ao Sítio Burle Marx, em Barra de Guaratiba, no dia 26.
Entre os destaques da programação estão discussões sobre a conservação de acervos religiosos e científicos, a proteção de documentos históricos e da memória política, e os desafios impostos pela invisibilização de patrimônios de grupos sub-representados. Também serão abordados os impactos da intolerância religiosa e da perseguição ideológica — temas que se tornaram ainda mais urgentes no cenário atual. Clique aqui e confira a programação completa.
Segundo os organizadores, o seminário vai além da troca de técnicas de conservação. A proposta é fomentar estratégias de cuidado, escuta e ação, reconhecendo que preservar o patrimônio em tempos de crise é também preservar histórias, vozes e direitos, com o objetivo é estimular reflexões que fortaleçam a resistência e assegurem a permanência da memória coletiva diante das ameaças que a cercam.
O evento é fruto da parceria entre o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). Conta ainda com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da COC/Fiocruz e do Mestrado Profissional em Patrimônio Cultural do Iphan.
Na próxima quinta-feira, 28 de agosto, a partir das 13h30, será realizada mais uma edição dos Seminários Fiocruz Mata Atlântica. O tema da palestra será "Uma cidade em construção: história recente do campus Fiocruz Mata Atlântica", com Renato Gama-Rosa e Matheus Góes.
Renato Gama-Rosa é doutor em Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo ( FAU/UFRJ), com pós-doutorado pelo centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Docente do Mestrado Profissional em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da Fiocruz. É também pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).
Matheus Góes é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UniSuam, com especialização em Política e Planejamento Urbano pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional ( IPPUR/UFRJ). É também mestrando na FAU/UFRJ e boslsista pelo Departamento de Patrimônio Histórico da COC/Fiocruz.
O evento será realizado presencialmente, no Auditório Pau-Brasil, no Campus Fiocruz Mata Atlântica, localizado na Rua Sampaio Corrêa, s/n, Jacarepaguá, Rio de Janeiro. É aberto ao público interessado, e não é necessário efetuar inscrição prévia.
A Fiocruz vai realizar o 1º Seminário de Privacidade e Proteção de Dados, evento que marca os sete anos da publicação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). O encontro ocorrerá no dia 14 de agosto, das 8h às 16h, no auditório de Bio-Manguinhos, no Campus Manguinhos da Fiocruz, no Rio. Interessados podem se inscrever para a participação online, por meio de formulário na plataforma Microsoft Forms. O seminário será transmitido pelo canal da Fiocruz no YouTube.
“Este evento é uma oportunidade para discutir temas relevantes sobre privacidade e proteção de dados na área da saúde. O seminário visa promover a conscientização sobre questões legislativas e éticas, volume de dados pessoais, segurança de dados, entre outros temas”, ressaltou a encarregada de Dados da Fiocruz, Laiza Daniele Nunes de Assumpção.
A iniciativa contará com a presença de autoridades e especialistas na área, como a secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estella Haddad, e a diretora da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), Miriam Winner. O evento é voltado para trabalhadores, estudantes e bolsistas da Fiocruz e de outras instituições públicas.
O seminário é promovido pela equipe da LGPD Fiocruz, com o apoio da Coordenação de Comunicação Social (CCS), da Escola Corporativa Fiocruz, do Setor de Eventos da Presidência, do Escritório de Projetos da Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico (Cogeplan), da Coordenação-Geral de Administração (Cogead), da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação (Cogetic), do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) e da Fundação de Apoio à Fiocruz (Fiotec).
Programação
8h - Credenciamento
9h às 11h - Mesa de abertura
Participantes:
- Mário Moreira, presidente da Fiocruz;
- Ana Estella Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde;
- Miriam Winner, diretora da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD);
- Juliano Lima, diretor-executivo da Fiocruz;
- e Laiza Assumpção, encarregada de Dados da Fiocruz.
7 Anos da LGPD: avanços e desafios na proteção de dados na saúde
- Ana Estella Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital/MS; e Miriam Winner, diretora da ANDP
11h à 12h30 - Desafios da proteção de dados pessoais na área da saúde
Moderação: Rodrigo Murtinho, pesquisador e encarregado adjunto de Dados da Fiocruz
Participantes:
- Bruno Bioni, advogado;
- Mariana Martins de Carvalho, coordenadora executiva da Pesquisa e Proteção de Dados Pessoais nos Serviços de Saúde Digital;
- Fernando Aith, professor do Departamento de Política, Gestão e Saúde e diretor-geral do Centro de Pesquisas em Direito Sanitário da Universidade de São Paulo (USP).
Intervalo - 12h30 às 13h30h
13h30 às 14h45 - Desafios da área de assistência e proteção e dados pessoais
Moderação: Adriana Marques, encarregada de Dados do Ministério da Saúde.
Participantes:
- Anderson Souza da Gama, ouvidor do Complexo Hospitalar - UFRJ;
- Luiz Vianna Sobrinho, professor colaborador do Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Dihs/Ensp) e pós-doutorando no Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA);
- Estevão Portela Nunes, diretor do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).
14h45 às 16h - Desafios da proteção de dados pessoais na área de ética em pesquisa
Moderação: Bethania Almeida, do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia)
Participantes:
- Roseli Nomura, coordenadora adjunta da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep);
- Pablo Nunes, pesquisador em Segurança Pública, Tecnologia e Dados Abertos;
- Sérgio Rêgo, médico e pesquisador da Ensp/Fiocruz