A Fiocruz e a Abrasco vão promover, em formato híbrido, a Conferência Livre Nacional de Saúde dos Trabalhadores e das Trabalhadoras. O evento, que será uma etapa preparatória da 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (5ª CNSTT), acontecerá no dia 29 de abril, das 8h30 às 17h, no auditório da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), no Campus Manguinhos da Fiocruz, na cidade do Rio de Janeiro. As inscrições podem ser feitas através de um formulário disponível na internet.
Na organização do evento, pela Fiocruz, estão envolvidos o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/Ensp); a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV); a Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST); e o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN). O evento também conta com a participação do Movimento Unidos dos Camelôs (MUCA), da Associação de Cuidadores do Estado do Rio de Janeiro (Acierj), entre outros movimentos de trabalhadores e trabalhadoras.
Ao considerar o atual contexto, marcado por uma crise política, econômica e humanitária no Brasil, especialmente complexo e crítico com relação ao mundo do trabalho, a 5ª CNSTT terá como tema principal Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora como Direito Humano. Em desdobramento, o evento promovido pela Abrasco e Fiocruz focará no debate sobre “Precarização do Trabalho e Direitos Humanos: como garantir o direito à saúde das trabalhadoras e trabalhadores informais e precarizados”.
Ao considerar que as conferências livres objetivam garantir a participação, a mobilização e a ausculta das trabalhadoras e dos trabalhadores, o encontro será um espaço de diálogo e trocas para identificar as principais ameaças à saúde e ao trabalho digno. Além disso, também serão ouvidas e registradas propostas e reivindicações das trabalhadoras e dos trabalhadores em situação de trabalho informal ou precário.
Sobre a 5ª CNSTT
As Conferências de Saúde do Trabalhador, realizadas em 1986, 1994, 2005 e 2014, são espaços estratégicos de formulação de propostas em defesa da saúde de trabalhadores, conforme ratifica a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Este ano, a etapa Municipal/Regional/Macrorregional acontecerá até o dia 15 de abril; as conferências livres até 30 de abril; a etapa estadual até 15 de junho de 2025; e a etapa nacional, em Brasília (DF), de 18 a 21 de agosto.
O Observatório do SUS da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) vai promover, no dia 9 de maio, às 9h, a sessão especial Os desafios da Atenção Primária à Saúde no Brasil e as Políticas Nacionais do Ministério da Saúde. O evento será realizado no Auditório Térreo da Escola e contará com transmissão ao vivo pelo canal da Ensp no Youtube.
A conferência será ministrada pelo Secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (SAPS/MS), Felipe Proenço, com coordenação do vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da Ensp e coordenador do Observatório do SUS, Eduardo Melo.
Na ocasião, também serão apresentados os relatórios técnicos produzidos pelo Observatório do SUS e a Abrasco, que compilam discussões e proposições para o aprimoramento do Sistema Único de Saúde.
O evento tem como público-alvo gestores, estudantes, pesquisadores, profissionais de Saúde, movimentos sociais, professores e demais interessados.
Reserve a data e participe da sessão. Não perca!
Em defesa da ciência, da democracia e da vida, o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) Marcelo Fornazin foi eleito um dos integrantes do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Candidato indicado pela Abrasco, Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e Rede Unida, todas entidades da Frente Pela Vida, o pesquisador da Escola foi um dos três escolhidos para representar a comunidade científica e tecnológica no CGI.br. Com oito votos, Fornazin foi o segundo mais votado entre os seis candidatos do colégio eleitoral setorial, composto 28 entidades - cada uma com direito a um voto. Esta é a primeira vez que um pesquisador da Fiocruz integra o Comitê Gestor da Internet, que acaba de realizar seu sétimo processo eleitoral.
Também professor no Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Fornazin atua com ensino e pesquisa, articulando conhecimentos de computação e ciências sociais para compreender as mudanças associadas às tecnologias digitais na saúde e na gestão social. O candidato mais votado para representar a comunidade científica foi o pesquisador da Unicamp Rafael Evangelista, que já é conselheiro e participou de atividades da saúde pública nos últimos anos. Lisandro Zambenedetti Granville, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi o terceiro mais votado e completa o trio.
“Eu tenho excelentes expectativas. O processo que levou à minha eleição é coletivo, envolve várias entidades de saúde pública e de outros campos que sempre dialogaram e foram parceiros nossos. Isso se intensificou muito durante a pandemia, com criação da Frente Pela Vida e com a defesa da ciência, da democracia e da vida”, explica Fornazin. Uma das agendas que propôs durante sua campanha ao cargo foi a criação de uma Câmara Técnica de Internet, Saúde e Sociedade para pensar as questões da Internet no SUS, por exemplo. “Hoje a internet por não estar disponível com qualidade em diversos locais do brasil pode ser uma barreira de acesso a informações e serviços de saúde. Uma ideia é pensar como universalizar a internet pública e de qualidade no Brasil para fortalecer o SUS. É preciso discutir também a questão do enfrentamento à desinformação e infraestrutura de internet como parte disso também”.
Há anos, as pesquisas de Fornazin são focadas nos sistemas de informação em saúde, nas tecnologias digitais e na Internet. Portanto, integrar o CGI.br também é uma oportunidade de compartilhar os estudos que tem desenvolvido na Fiocruz e “também poder aprender com os colegas que lá estarão”, como disse o pesquisador. Ele afirma que representa uma confluência de forças que viabilizaram sua candidatura e que buscará atuar para fortalecer a relação da comunidade científica, da saúde pública, das ciências sociais, da educação com o Comitê Gestor da Internet e também para fomentar esse diálogo com as demais entidades que compõem o grupo.
Agradecido pelo apoio que recebeu, Fornazin fez questão de registrar a importância da Fiocruz e da ENSP no processo que o elegeu. “Eu também não posso deixar de falar sobre a importância da Fiocruz e da ENSP nesse processo. Desde o começo, quando nós começamos a pensar na ideia de credenciar as entidades, antes mesmo de ter chegado ao meu nome ali como candidato, vários colegas da ENSP e da Fiocruz como um todo se mobilizaram para sensibilizar as entidades da saúde pública nessa mobilização. Fico muito contente de poder estar nessa representação nos próximos três anos”.
O CGI.br é formado por 21 integrantes, sendo onze deles os representantes da sociedade civil eleitos para um mandato de três anos. Além dos três representantes da comunidade científica e tecnológica, o comitê elege quatro membros do terceiro setor e quatro do setor empresarial. Completam o grupo nove representantes de órgãos de governo, como ministérios, Anatel, CNPq e CONSECTI, além de um representante de notório saber em assuntos de Internet, que atualmente é Demi Getschko, engenheiro pioneiro da Internet no Brasil.
Está no ar o volume 28, número 10, da Revista Ciência e Saúde Coletiva, publicada pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). A edição temática traz as condições de trabalho e saúde mental dos trabalhadores da saúde no contexto da Covid-19 no Brasil. Coordenada pela pesquisadora da Ensp, Maria Helena Machado, a publicação está disponível no SciElo e conta com o editorial 'Aprender com a pandemia - e não repetir os erro', assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Confira o volume 28, número 10, da Revista Ciência e Saúde Coletiva
O que a pandemia nos ensinou?
A edição da Ciência & Saúde Coletiva, 28.10.2023 nos leva a revisitar o tempo vivido da pandemia da Covid-19, ajudando-nos a perceber os erros, mas sobretudo os ensinamentos sobrevindos desse tempo e que repercutem até hoje. O foco da edição é a ação dos mais diversos profissionais, sem os quais a catástrofe vivida teria sido muito maior. No editorial está escrito: “a pandemia gravou no coração brasileiro um profundo reconhecimento aos trabalhadores e trabalhadoras da saúde”. Dos quatro milhões hoje existentes, 3,5 milhões estavam diretamente vinculados ao SUS e formaram uma verdadeira barreira a favor da vida.
Médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, nutricionistas, educadores físicos, agentes de saúde, recepcionistas, motoristas de ambulâncias, recepcionistas, profissionais de limpeza, de segurança, maqueiros, trabalhadores da cozinha das unidades de saúde compartilharam a mesma carga extenuante de trabalho, os mesmos riscos, e cumpriram igualmente o papel fundamental de defesa da vida. Não podemos esquecer também todos os agentes dos serviços funerários presentes nos momentos em que os familiares não podiam estar.
Os artigos desta edição percorrem a situação vivida e as consequências ainda presentes na vida desses mais variados trabalhadores que vivenciaram de perto os horrores da pandemia e reverenciam os que pagaram com a própria vida sua dedicação.
Esse triste acontecimento evidenciou também, entre outros, dois pontos positivos conquistados pela sociedade brasileira: o SUS como um sistema universal de saúde, social e culturalmente reconhecido como uma das maiores conquistas democráticas do país; e a ciência nacional internacionalmente articulada e produzindo conhecimento e tecnologia úteis e acessíveis a todos os cidadãos.
#ParaTodosVerem imagem da capa da revista, com a cor verde na parte superior e preta na inferior, uma foto em preto e branco embaçada de um aglomerado de pessoas, e ao lado, o nome da revista Ciências & Saúde Coletiva.
Está disponível em acesso aberto para download o livro Políticas e sistema de saúde no Brasil. A obra, publicada pela Editora Fiocruz, é uma parceria entre o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), juntamente com outras instituições que colaboraram na produção desta obra de referência, e se tornou muito importante na formação de estudantes e profissionais dos diferentes campos disciplinares que compõem a área de saúde.
+Acesse aqui o e-book para download.
O livro aborda temas como a articulação da saúde com a economia e o desenvolvimento científico e tecnológico, constituindo um complexo industrial dos mais dinâmicos na absorção de tecnologias e na geração de empregos. Além desses temas mais abrangentes, outros relativos à configuração do SUS, sua história e os principais setores da atenção à saúde são trabalhados em profundidade. Por fim, temas emergentes de alta relevância, como bioética, modelos internacionais de reforma de sistemas de saúde, Aids, saúde de povos indígenas, participação social, atenção à saúde em áreas metropolitanas e formação dos profissionais de saúde, são abordados por especialistas em cada área.
A saúde coletiva, como campo de produção de um conhecimento interdisciplinar e de formação de sanitaristas, também é tema importante do editorial, pois vem se desenvolvendo com intensidade e consistência nos últimos trinta anos no Brasil.
O projeto do livro surgiu da falta de uma obra que consolidasse as ideias originais e determinadas historicamente no contexto brasileiro e pudesse ser adotada como de referência para os cursos de graduação já consagrados. Políticas e sistema de saúde no Brasil é um livro que se reporta essencialmente ao sistema de saúde do país. A produção acadêmica em saúde coletiva tem ficado restrita à formação da pós-graduação, deixando em aberto os cursos de graduação. Direcionando-se à formação de estudantes de graduação e pós-graduação, seu objetivo é que possa ser uma publicação útil na formação técnica e política dos profissionais de saúde em nosso país, ensinando e permitindo a aplicação de conceitos sobre políticas e sistemas de saúde, enfocando especialmente o caso brasileiro em seu desenvolvimento histórico e suas características atuais.
Busca trabalhar as respostas sociais aos processos de saúde-enfermidade com um enfoque integral, abordando as dimensões de promoção, prevenção e recuperação, tendo a garantia do direito universal à saúde e a redução das profundas desigualdades sociais em saúde como temas transversais da sua abordagem.
Disponível em sua segunda edição, o livro está organizado em cinco partes, totalizando 35 capítulos elaborados por especialistas com experiência nos temas selecionados:
I – Proteção Social, Políticas e Determinantes de Saúde: contextualiza teórica e historicamente a proteção social em saúde, a análise de políticas, os componentes e a dinâmica dos sistemas de saúde, os determinantes e as desigualdades sociais, e as condições de saúde da população brasileira.
II – Saúde como Setor de Atividade Econômica: engloba o complexo industrial da saúde, a área de ciência, tecnologia e pesquisa em saúde, e o trabalho e emprego em saúde.
III – Apresenta a história e a atual configuração do sistema de saúde brasileiro, incluindo o histórico das políticas de saúde no Brasil, a constituição do Sistema Único de Saúde, e os componentes relacionados ao financiamento e alocação de recursos em saúde, e aos planos e seguros privados.
IV – Sistema Único de Saúde - setores de atenção: apresenta os modelos de atenção à saúde e analisa os principais âmbitos da atenção à saúde individual e coletiva – atenção primária à saúde, atenção ambulatorial especializada, atenção hospitalar, saúde bucal, saúde mental; assistência farmacêutica, vigilância epidemiológica e vigilância sanitária.
V – Temas Relevantes em Políticas e Sistemas de Saúde: oferece um panorama de assuntos específicos, embora cruciais, para as políticas de saúde e o funcionamento do SUS, como bioética, tendências e modelos internacionais de reformas de sistemas de saúde, políticas sociais na América Latina, regionalização em saúde, participação social, formação superior dos profissionais de saúde, saúde dos povos indígenas, Aids, cuidado continuado, saúde da mulher, saúde e ambiente, violência e saúde.
Este livro, organizado por professores e pesquisadores de diferentes escolas, membros atuantes do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), tem como ideia ser uma referência sobre políticas de saúde. O projeto foi desenvolvido no Núcleo de Estudos Político-Sociais em Saúde do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Nupes/Daps) e contou com o apoio da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz).
Os desdobramentos da oficina pré-congresso da Abrasco “A formação de sanitaristas no contexto de múltiplas crises: uma agenda para o ensino, pesquisa e cooperação”, organizada a várias mãos dentro da Fiocruz após iniciativa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), terão ainda mais participantes ligados à questão da saúde coletiva. Realizada nos dias 19 e 20 de novembro, véspera do Abrascão 2022, a oficina deu o pontapé inicial para a construção de um programa de formação do sanitarista junto à Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública (RedEscola), universidades e movimentos sociais e outras entidades, confirmando seu potencial integrador. “Foi bem importante a realização dessa oficina proposta pela Ensp e que contou com a participação de várias unidades da Fiocruz e também de universidades, movimentos sociais e conselhos de saúde. Essa troca tem sido muito interessante para refletir sobre quais são os desafios atuais para a formação dos sanitaristas, profissionais que precisam estar engajados em busca de justiça social”, avaliou Cristiani Machado, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz.
A coordenadora adjunta dos cursos Lato Sensu da VPEIC, Isabella Delgado, explicou que foram definidos alguns encaminhamentos da oficina para aumentar a mobilização: “é preciso inicialmente visitar os estados onde a Fiocruz tem unidade ou escritório e fazer encontros. Dessa maneira, teremos unidades da Fiocruz, áreas de integração e vice-presidências participando”. Isabella afirmou ainda que a VPEIC buscará também todos os segmentos possíveis, do lato ao stricto sensu, a fim de reunir o máximo de pessoas para contribuírem. Na avaliação dela, a tarde de sábado da oficina foi muito rica, já que a dinâmica da atividade, com os participantes divididos em grupos, ofereceu espaço de fala para todos. “Conseguimos coletar ideias bem interessantes que vão certamente subsidiar a apoiar a construção desse plano que, no final, virou até um programa de formação do sanitarista. Vamos continuar a partir disso. A ideia inicial já não era que a oficina se esgotasse em si, mas que fosse um primeiro passo dessa construção que ainda virá”, detalhou.
Em relação a essa mobilização institucional, Cristiani Machado ressaltou que a Fiocruz tem um papel fundamental nesse processo por ser uma instituição centenária da saúde pública, das mais antigas do Brasil e da América Latina, e pela diversidade de formações que oferece para a saúde coletiva. “Desde os cursos lato sensu, especializações, residências, mestrados profissionais e mesmo nos acadêmicos, nós oferecemos diversas modalidades de formação e qualificação profissional para o SUS. Além disso, há o fato de a Fiocruz estar presente em todo país, em onze estados, e trabalhar em redes de parceria, com universidades, por exemplo”, resumiu.
“A partir de agora a nossa expectativa é poder ampliar essa discussão para todos os lugares onde a Fiocruz está presente hoje, convocando instituições que estão ligadas à formação do sanitarista para que a gente possa estabelecer redes”, afirma Enirtes Caetano, vice-diretora de Ensino da Ensp, alinhada às conclusões das demais organizadoras da oficina. Já de olho no ano que vem, a pesquisadora da Ensp vislumbra “uma série de ações que fazem parte dessa grande discussão do que é formação do sanitarista nos seus vários momentos e, sobretudo, qual é o nosso papel específico”.
Já a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, destacou alguns pontos que acredita que devem ser observados nos desdobramentos da oficina. Para ela, é necessário, primeiramente, considerar que a academia e a pesquisa trabalham num compasso diferente do serviço de saúde. “Uma pessoa que está na ponta, enfrentando a Covid-19 no cotidiano, por exemplo, tem que dar respostas muito ágeis. Então, a gente tem que fazer um esforço de proporcionar às diversas secretarias e profissionais de saúde, além do próprio Ministério da Saúde, formas de capacitação que possibilitem essa atuação de imediato, no curto prazo”, ressaltou Cristina. Ela aproveitou para lembrar que é preciso valorizar o cotidiano do profissional de saúde, pois ele “pode fornecer ciência”. Segundo a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, trata-se de um ambiente fértil para novas formulações científicas: “não se produz conhecimento somente na academia, mas também no cotidiano de serviço. Isso tem que ser valorizado e a gente tem que encontrar cada vez mais essa conexão entre a academia e os serviços de saúde”.
Pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) oferecerão o curso História da Saúde Pública no Brasil durante o 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, o Abrascão. A atividade pré-congresso será realizada nos dias 19 e 20 de novembro, e conta com carga horária de 12h. O curso foi desenvolvido por especialistas em História da Saúde no Brasil, que são professores dos Programas de Pós-Graduação Stricto sensu da COC e integrantes do Observatório História e Saúde (OHS). O Campus Virtual Fiocruz lembra que está disponível em sua plataforma um curso sobre essa temática, desenvolvido pelo mesmo grupo. A formação, História da Saúde Pública no Brasil, é online e gratuita e está com inscrições abertas.
Curso pré-congresso
O curso História da Saúde Pública no Brasil acontecerá nos dias 19 de novembro (9h às 17h) e 20 de novembro (9h às 12h30) no Mezanino A, Sala 100A do Centro de Convenções Salvador. Ao todo, estão disponíveis 50 vagas, voltadas a integrantes de movimento social, estudantes e pesquisadores da saúde coletiva.
O 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva em Salvador, Bahia, será realizado no período de 19 a 24 de novembro de 2022, com atividades pré-congresso nos dias 19 e 20. Esta edição traz como tema central “Saúde é democracia: diversidade, equidade e justiça social” e pretende ser um momento de reencontro e de reafirmação dos pactos em defesa da vida, do SUS e da Democracia brasileira.
O evento acontecerá num ano extremamente importante para o futuro do país, portanto, visa estimular reflexões e propostas que possam ser incorporadas à agenda da Saúde, da Educação e da Ciência e Tecnologia dos próximos governos, seja Federal ou Estaduais, de modo a contribuir para a reconstrução e redirecionamento das políticas públicas relevantes e estratégicas para o Brasil.
Veja aqui todas as informações sobre o 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva em Salvador.
Curso online e gratuito sobre História da Saúde Pública no Brasil
A formação do Campus Virtual Fiocruz é voltada especialmente a alunos de pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento, pesquisadores, trabalhadores da saúde pública e coletiva, mas aberta a todo o público interessado na temática. Ele é oferecido em formato autoinstrucional, ou seja, o aluno tem autonomia no aprendizado. Além disso, emite certificado aos aprovados na avaliação final.
Sua proposta é debater temas relevantes sobre a história da saúde no Brasil ao longo dos séculos, com foco em políticas públicas de saúde, ações filantrópicas e privadas, assim como concepções sobre saúde, doença e cuidado. Ele foi desenvolvido em parceria com especialistas em História da Saúde no Brasil, que são professores dos Programas de Pós-Graduação Stricto sensu da Casa de Oswaldo Cruz e integrantes do Observatório História & Saúde (OHS). O OHS é uma estrutura permanente do Departamento de Pesquisa em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (OHS/Depes/COC/Fiocruz) e também faz parte da Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde (ObservaRH).
Unidade 1 – Do império a primeira República: O surgimento da saúde pública
Unidade 2 – Do Período Getulista à Ditadura Civil Militar
Unidade 3 – Da Ditadura Civil Militar à regulamentação do SUS
*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol / com informações da Casa de Oswaldo Cruz
Neste mês de maio, a Abrasco inicia uma nova série de eventos virtuais, o “Esquenta Abrascão”, promovendo assim discussões e trocas preparatórias para o nosso Congresso, que acontecerá em novembro. Para a segunda atividade, a Saúde Coletiva e todo o seu potencial de questionamento e conhecimentos agregados, principalmente junto às demais profissões da saúde, estará em debate sob diferentes olhares e vieses. O encontro terá transmuissão pelo Youtube e acontece na terça-feira, 31 de maio, às 16h.
O ensino da Saúde Coletiva nas graduações da saúde e a educação interdisciplinar e interprofissional
Expositores:
Vinicius Ximenes – Médico do governo do Distrito Federal
Formação em Saúde Coletiva para a graduação em medicina e as DCN de 2014.
Isabela C M Pinto – Docente do ISC/UFBA e presidente do Abrascão 2022
A importância da formação em Saúde Coletiva para as profissões da saúde
Marina Peduzzi – Docente da EE/USP
A educação interprofissional nas graduações da saúde e a Saúde Coletiva
Liliana Santos – docente do ISC/UFBA
A formação das graduações em Saúde Coletiva e a interdisciplinaridade.
José Ivo Pedrosa – docente da UFPI e da UFDPAR
A experiência do ensino e da prática da Saúde Coletiva na graduação em Parnaíba, Piauí
Coordenadoras:
Eliana Goldfarb Cyrino (UNESP)
Lilia Blima Schaiber (DMP/FM/USP)
Marília Louvison (FSP/USP)
Ative a notificação para não perder o início da sessão e acompanhe:
O 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia realizado pela Abrasco se aproxima. O encontro acontecerá de 22 a 26 de novembro e também realizará os tradicionais cursos pré-congresso nos dias 18 e 19 de novembro. Neste ano, estão sendo oferecidos 29 cursos. A programação do Congresso contempla mesas-redondas, sessões especiais, comunicações coordenadas e grandes conferências. Ainda é possível realizar inscrição para participar do encontro. Confira a lista de cursos oferecidos neste ano e inscreva-se!
O tema central de 2021 é "Epidemiologia, Democracia & Saúde: Conhecimentos e Ações para equidade" e o encontro acontecerá de forma totalmente virtual. Esses congressos estão entre os maiores eventos da área no mundo e têm contribuído de forma importante para o avanço científico nas últimas décadas, estimulando a troca de conhecimento e a discussão entre pesquisadores, gestores, profissionais, estudantes e outros atores do Sistema Único de Saúde com vistas à qualificação de pesquisas e de políticas públicas. Além disso, trata-se de um espaço formador de profissionais de saúde na área de vigilância, de pesquisadores e de educadores no campo. Para tanto, a Comissão organizadora convidas a todos a participarem, contribuindo para o avanço da ciência, da epidemiologia e em busca de um país com melhor qualidade de vida, mais justo e equânime.
Os cursos acontecerão no período pré-congresso, dias 18 e 19 de novembro de 2021. Todos serão oferecidos no formato online e o acesso será conferido aos inscritos com pagamento confirmado até o dia 8 de novembro de 2021. Eles terão duração de 4 a 16h, sempre distribuídos em dois turnos (manhã e tarde). É permitido que o participante acompanhe dois ou mais cursos, desde que não haja sobreposição de horários.
Todos os cursos/oficinas têm vagas limitadas e apenas dois deles já estão esgotados (Introdução à programação em R para análise de dados; Introdução à análise de dados longitudinais), que serão distribuídas mediante confirmação de inscrição e pagamento. Aos cursistas será oferecido certificado de participação. Vale ressaltar que a participação nos cursos é condicionada à inscrição no Congresso.
Confira os temas dos cursos oferecidos neste ano
Quinta-feira - 18/11
Sexta-feira - 19/11
Cursos que acontecerão na quinta e sexta-feira - 18 e 19/11
A epidemiologia é parte do planejamento, da execução e da avaliação de políticas públicas de saúde, trazendo como foco as inovações científicas e tecnológicas que impactam cuidados, serviços e, em última instância, a saúde dos grupos humanos. Partindo desse princípio, a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco) vai realizar, em formato totalmente virtual, nos dias 18 e 19 de novembro (cursos pré-congresso) e de 22 a 26 de novembro de 2021 (congresso), o 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia - Epidemiologia, Democracia & Saúde: Conhecimentos e Ações para equidade (EPI 2021). Inscreva-se já!
Segundo seus organizadores, participar deste evento constitui uma oportunidade ímpar para atualizar e rever as contribuições da área para os distintos temas que interessam a toda sociedade brasileira, considerando o seu desenvolvimento teórico, conceitual e metodológico diante do atual cenário epidemiológico nacional.
Os congressos brasileiros de epidemiologia têm contribuído de forma importante para o avanço científico nas últimas décadas, estimulando a troca de conhecimento e a discussão entre pesquisadores, gestores, profissionais, estudantes e outros atores do Sistema Único de Saúde com vistas à qualificação de pesquisas e de políticas públicas. Além disso, trata-se de um espaço formador de profissionais de saúde na área de vigilância, de pesquisadores e de educadores no campo.
A Comissão de Epidemiologia da Abrasco reconhece a complexa situação de saúde da população brasileira, que conjuga doenças emergentes, reemergentes, envelhecimento, violência e condições crônicas associadas a uma ampliada desigualdade social. Também compreende que a superação desses problemas passa pela produção, disseminação e aplicação de conhecimento científico qualificado. Para tanto, convida a todos para contribuir com o avanço da ciência, da epidemiologia e em busca de um país com melhor qualidade de vida, mais justo e equânime.
Confira a programação completa do Congresso
Confira a programação dos cursos e oficinas
Primeiro vencimento para inscrições com desconto termina em 30 de junho