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Publicado em 08/04/2025

31º Prêmio Jovem Cientista: inscrições abertas até 31/7

Autor(a): 
CNPq

As mudanças climáticas representam um dos maiores desafios da atualidade. O aumento das temperaturas, a elevação do nível do mar e a intensificação de eventos climáticos extremos afetam diretamente a vida das pessoas e o equilíbrio dos ecossistemas. Eventos recentes como secas que esvaziaram rios, as enchentes devastadoras no Sul, além das chuvas extremas na Bahia e em São Paulo, evidenciam os efeitos da crise climática no Brasil e nos levam a pensar sobre o impacto dessas mudanças no aumento das desigualdades sociais no país. E é nesse contexto que estão abertas as inscrições para o 31º Prêmio Jovem Cientista, com o tema “Resposta às Mudanças Climáticas: Ciência, Tecnologia e Inovação como Aliadas”.

O prêmio é uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Fundação Roberto Marinho e conta com patrocínio master da Shell e apoio de mídia da Editora Globo e do Canal Futura.

O Prêmio Jovem Cientista incentiva jovens pesquisadores na busca por respostas às mudanças climáticas, como soluções de produtos sustentáveis e eficazes para o combate a desastres, estratégias de resiliência e adaptação às mudanças climáticas e iniciativas para a agricultura. Estudantes do ensino médio e superior, além de mestres e doutores, podem participar de um dos mais importantes prêmios científicos do país.

O PJC também acredita no protagonismo brasileiro nas propostas de enfrentamento em relação às mudanças climáticas, com diferentes abordagens e linhas de atuação. Os interessados têm até o 31 de julho de 2025 para realizar a inscrição no site: jovemcientista.cnpq.br. Entre as premiações previstas estão laptops, bolsas do CNPq e valores em dinheiro que vão de R$12 mil a R$40 mil.

As cinco categorias contempladas são: Mestre e DoutorEstudante do Ensino SuperiorEstudante do Ensino MédioMérito Institucional e Mérito Científico, que celebra um pesquisador doutor que, em sua trajetória, tenha se destacado na área relacionada ao tema da edição.

Cada categoria do prêmio atende a um determinado público. Para concorrer como “Mestre e Doutor”, são aceitos estudantes de mestrado, mestres, estudantes de doutorado e doutores com até 39 anos de idade em 31 de dezembro de 2025. Já em “Estudante do Ensino Superior”, estudantes que estejam frequentando cursos de graduação ou que tenham concluído a graduação a partir de 1º de janeiro de 2024 e tenham menos de 30 anos de idade em 31 de dezembro de 2025 podem se inscrever. Para concorrer na categoria “Estudante de Ensino Médio”, os alunos devem estar regularmente matriculados em escolas públicas ou privadas de Ensino Médio e Profissional e Tecnológico, com menos de 25 anos de idade em 31 de dezembro de 2025. Os três melhores trabalhos em cada uma das categorias recebem premiações, extensivas aos orientadores. Para ressaltar o caráter colaborativo da aprendizagem, a categoria Mérito Institucional contempla duas instituições, uma do Ensino Superior e outra do Ensino Médio, que apresentarem o maior número de trabalhos com mérito científico reconhecido pela Comissão Julgadora da 31ª edição do Prêmio Jovem Cientista.

“Estamos muito orgulhosos em apoiar mais uma edição do Prêmio Jovem Cientista, que reconhece e valoriza mentes brilhantes comprometidas com um futuro em que geração de valor e descarbonização caminhem juntas.  Essa equação só se resolve com educação, ciência, pesquisa e tecnologia.  É através dessas avenidas de desenvolvimento, todas contempladas pelo Prêmio Jovem Cientista, que o Brasil tem maior possibilidade de reduzir desigualdades e construir um futuro melhor”, afirma Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação da Shell Brasil  

Para o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, "ainda existe muito negacionismo em relação à mudança climática, mas está demonstrado que o aquecimento global é, infelizmente, uma realidade, com consequências nefastas para as pessoas, a agricultura e a economia. E para que nós tenhamos políticas públicas robustas para enfrentar esses efeitos negativos, é preciso ciência. Por isso, fico muito agradecido à Fundação Roberto Marinho e à Shell por entrarem conosco nesse tema, estimulando trabalhos dos mais jovens para que possamos enfrentar, com robustez e resiliência, todos os efeitos negativos advindos da mudança climática", 

“A emergência climática é o maior desafio do nosso tempo. Suas consequências afetam a todos, mas especialmente as populações mais vulneráveis. Diante disso, é urgente fortalecer o papel da ciência, da tecnologia e da inovação como ferramentas para imaginar e construir outros futuros possíveis. As respostas só serão potentes se forem coletivas e plurais. Precisamos ampliar o acesso à educação científica e valorizar os saberes que brotam dos territórios, das comunidades e das juventudes brasileiras. A diversidade é nossa maior força. O Prêmio Jovem Cientista reafirma que as soluções para a mudança climática não virão apenas dos laboratórios, mas também do encontro entre o conhecimento acadêmico, os saberes tradicionais e a criatividade de quem vive e resiste nas margens. É com essa convicção que seguimos apostando na juventude como protagonista da transformação que o Brasil e o planeta precisam.”, destaca o secretário-geral da FRM, João Alegria.

O Prêmio Jovem Cientista foi criado em 1981 pelo CNPq, em parceria com a Fundação Roberto Marinho e empresas da iniciativa privada, com o objetivo de revelar talentos, impulsionar a pesquisa no país e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram soluções inovadoras para os desafios da sociedade. Considerado um dos mais importantes reconhecimentos aos jovens cientistas brasileiros, o prêmio apresenta, a cada edição, um tema importante para o desenvolvimento científico e tecnológico, que atenda às políticas públicas da área e seja de relevância para a sociedade brasileira.

O Prêmio Jovem Cientista já premiou mais de 194 pesquisadores e estudantes, além de 21 instituições de ensino superior e ensino médio ao longo de 37 anos.

 
Linhas de Pesquisa para o Prêmio Jovem Cientista 2025:

 Resiliência e adaptação às mudanças climáticas: estratégias de adaptação em zonas vulneráveis e sistemas preditivos. 

  1. Cidades inteligentes e sustentáveis: planejamento urbano e adaptação às mudanças climáticas com infraestrutura resiliente e mobilidade sustentável. 
  1. Segurança hídrica e alimentar diante das mudanças climáticas: gestão sustentável de recursos naturais e desigualdades sociais. 
  1. Bioeconomia e economia circular no enfrentamento das mudanças climáticas. 
  1. Tecnologias emergentes para mitigação das mudanças climáticas: IOT, inteligência artificial, aplicações de sensoriamento remoto e análise de dados na redução das emissões de gases de efeito estufa. 
  1. Impactos das mudanças climáticas na saúde pública: desafios e estratégias de adaptação para promoção do bem-estar em cenários climáticos extremos. 
  1. Desenvolvimento de combustíveis sustentáveis e hidrogênio verde no combate às mudanças climáticas e pela redução da descarbonização. 
  1. Educação ambiental e digital para prevenção de desastres: engajamento comunitário e capacitação em áreas de risco. 
  1. Impactos das mudanças climáticas na frequência e gravidade dos incêndios florestais: análise de riscos, estratégias de mitigação e recuperação de ecossistemas. 
  1. Soluções de produtos sustentáveis e eficazes para combate a desastres. 
  1. Políticas públicas, gestão integrada e iniciativas colaborativas no enfrentamento das mudanças climáticas e para melhoria da qualidade de vida da população. 

 

Linhas de Pesquisa para a Categoria Estudante do Ensino Médio do Prêmio Jovem Cientista 2025:

a) Soluções sustentáveis para o uso de recursos naturais na escola e na comunidade; 

b) Tecnologias digitais e aplicativos para o monitoramento ambiental e

climático; 

c) Educação ambiental e engajamento comunitário para a prevenção de desastres; 

d) Análise dos impactos das mudanças climáticas na saúde e bem-estar; 

e) Desenvolvimento de produtos sustentáveis a partir de resíduos; ou 

f) Agricultura sustentável e adaptação às mudanças climáticas. 

Sobre a Fundação Roberto Marinho     

A Fundação Roberto Marinho inova, há mais de 40 anos, em soluções de educação para não deixar ninguém para trás.  Promove, em todas as suas iniciativas, uma cultura de educação de forma encantadora, inclusiva e, sobretudo, emancipatória, em permanente diálogo com a sociedade. Desenvolve projetos voltados para a escolaridade básica e para a solução de problemas educacionais que impactam nas avaliações nacionais, como distorção idade-série, evasão escolar e defasagem na aprendizagem. A Fundação realiza, de forma sistemática, pesquisas que revelam os cenários das juventudes brasileiras. A partir desses dados, políticas públicas podem ser criadas nos mais diversos setores, em especial, na educação. Incentivar a inclusão produtiva de jovens no mundo do trabalho também está entre as suas prioridades, assim como a valorização da diversidade e da equidade. Com o Canal Futura fomenta, em todo o país, uma agenda de comunicação e de mobilização social, com ações e produções audiovisuais que chegam ao chão da escola, a educadores, aos jovens e suas famílias, que se apropriam e utilizam seus conteúdos educacionais.  Mais informações no Portal da Fundação Roberto Marinho. Saiba mais: www܂frm.org.br.    

Sobre o CNPq 

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), criado em 1951, foi o principal ator na construção, consolidação e gestão do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O CNPq é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e sua atuação se dá, principalmente, por meio do apoio financeiro a projetos científicos, selecionados por chamadas públicas lançadas periodicamente, e pela concessão de bolsas de pesquisa. Atualmente, são cerca de 90 mil bolsistas em diversas modalidades, desde a iniciação científica até o mais alto nível, as bolsas de Produtividade em Pesquisa. O CNPq também gerencia programas estratégicos para o país, como o de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), empregando recursos próprios ou oriundos de parcerias nacionais com fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs), universidades, ministérios e empresas públicas e privadas, além das parcerias internacionais. Atua na divulgação científica, com o apoio a feiras de ciências, olimpíadas, publicações e eventos científicos, em especial a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Desde sua criação, o CNPq se encarrega de uma expressiva agenda de cooperação internacional, com destaque à colaboração em programas internacionais - bilaterais, regionais e multilaterais. Por meio do apoio a projetos conjuntos, do intercâmbio de pesquisadores e da participação em organismos internacionais, o Conselho fortalece as parcerias estratégicas para o Brasil, ao encontro do que estabelece a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.  

Sobre a Shell Brasil  

 Há 111 anos no país, a Shell é uma companhia de energia integrada com participação em Upstream, Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.

Publicado em 27/03/2025

Fiocruz Rio Grande do Sul lança podcast sobre crise climática e Uma só saúde - 2º episódio já está no ar

Autor(a): 
Fiocruz Rio Grande do Sul

A Fiocruz e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançaram o podcast 'Crise Climática e Uma Só Saúde - Informação e Conhecimento', uma iniciativa inovadora que discute a inter-relação entre saúde humana, animal e ambiental no enfrentamento à crise climática. O podcast busca informar e sensibilizar a população sobre os impactos das mudanças climáticas e promover o conceito de Uma Só Saúde como estratégia essencial para mitigar os desafios contemporâneos. Ao todo, dois episódios já estão publicados e podem ser assistidos no canal do Youtube da Rede Saúde Única, ligada à Fiocruz Rio Grande do Sul, e também na plataforma de streaming Spotify. Eles estão disponíveis ainda na plataforma Educare

Novidades sobre a série podem ser acompanhadas no perfil oficial da Rede no Instagram: @rsufiocruz. Com episódios mensais, o podcast pretende trazer discussões sobre saúde, clima e comunicação de risco, sempre com a participação de pesquisadores e especialistas das diversas áreas. O programa têm como apresentadores Gustavo Buss e Marcelo Frey, ambos ligados à Rede Saúde Única da Fiocruz Rio Grande do Sul, e suas gravações são realizadas nos estúdios da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em Porto Alegre.

O podcast surge como parte de um plano de ação conjunta entre a Fiocruz e a Embrapa, voltado ao enfrentamento da crise climática, buscando promover soluções integradas que conectam ciência, tecnologia e políticas públicas com o objetivo de apoiar a RSU/Fiocruz na mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Inserido nos esforços de divulgação científica sobre Uma Só Saúde, o podcast busca ampliar a compreensão do público sobre a interdependência entre ecossistemas e a saúde humana, animal e ambiental. A abordagem interdisciplinar e integrada de Uma Só Saúde é fundamental para lidar com desafios globais como pandemias, desastres naturais e os efeitos das mudanças climáticas.

Segundo seus organizadores, podcasts têm se mostrado uma ferramenta poderosa para disseminar conhecimento científico, pois permitem alcançar um público diverso, tornando conteúdos complexos mais acessíveis e relevantes. Com linguagem clara e discussões aprofundadas, a iniciativa fortalece a conexão entre ciência, sociedade e políticas públicas, essencial para enfrentar as crises atuais.

O episódio de estreia abordou temas como os impactos das enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul, a interdependência entre saúde e meio ambiente e as políticas públicas necessárias para fortalecer a resiliência das comunidades. Gustavo Buss e Marcelo Frey (RSU/Fiocruz) receberam Mellanie Fontes Dutra, da Unisinos, e Ernestino Guarino, da Embrapa para debaterem os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul e explorar a integração entre saúde humana, animal e ambiental.

Assista abaixo pelo Youtube ou na plataforma Spotify

O segundo episódio trata sobre a desinformação e as fake news em tempos de crise, reuniu especialistas para discutir como a desinformação se propaga, especialmente em momentos de emergência, e quais são seus impactos na saúde pública e na resposta a desastres. Entre os participantes estão Diêgo Lôbo, da Organização das Nações Unidas (ONU), Eloisa Loose, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Jorge Duarte, da Embrapa, além da participação fixa da neurocientista Mellanie Dutra, da Unisinos. Durante o episódio, são analisados exemplos de como notícias falsas impactaram a resposta à pandemia de Covid-19, incentivando o uso de tratamentos ineficazes e minando a confiança nas vacinas e nas autoridades de saúde.

Assista abaixo pelo Youtube ou na plataforma Spotify

Publicado em 29/10/2024

Webinário aborda mudanças climáticas, desastres e perspectivas para o futuro em 30/10

Autor(a): 
Fabiano Gama

Nesta quarta-feira, 30 de outubro, será realizado o webinário "Mudanças climáticas, desastres e perspectivas para o futuro". O evento integra as atividades do SIS Brasil-Moçambique e organizado em uma colaboração entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Nacional de Saúde (INS). As palestras vão ocorrer remotamente pelo Zoom, das 9 às 11h (horário do Brasil) | 14 h às 16h (horário de Moçambique)

Palestras:
“Repercussões para a saúde e para o ambiente decorrentes das mudanças climáticas” - Tatiana Marrufo (Médica, INS Moçambique)

“Inserção da agenda climática nas políticas públicas” - Renato Roseno (advogado com atuação na área de direitos humanos, deputado estadual no Brasil)

“Desastres, integração da saúde e do ambiente na agenda climática e perspectivas para o futuro” - Christovam Barcellos (pesquisador da Fiocruz/ICICT)

Moderação: Aline Gurgel (pesquisadora da Fiocruz PE/IAM)

Para participar, acesse o Zoom com os dados abaixo:

ID da reunião: 883 5046 5963
Senha: 340844

Publicado em 08/10/2024

Inscrições abertas para o curso remoto "Uma Só Saúde em uma Perspectiva Global"

Autor(a): 
Karina Burini (INI/Fiocruz)

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está com inscrições abertas para o curso Uma Só Saúde em uma Perspectiva Global, direcionado a profissionais de nível superior, do Brasil ou de outros países, sobretudo da área da saúde. O curso tem como objetivo proporcionar uma compreensão e atualização sobre o conceito Uma Só Saúde, abordando temas como o Comitê Técnico Interinstitucional, governança global, resistência antimicrobiana, mudanças climáticas, segurança alimentar, entre outros. Os interessados devem se inscrever pelo Campus Virtual da Fiocruz até 18 de outubro. É necessário ter graduação ou pós-graduação na área da saúde e passar por análise curricular.

Inscreva-se já!

Coordenado por Mayumi Wakimoto e Rodrigo Menezes, o curso ocorrerá entre os dias 22 e 25 de outubro de 2024, com carga horária total de 30 horas em formato remoto, sendo 16 horas de aulas teóricas e 14 horas dedicadas à elaboração de um trabalho final. As aulas ocorrerão pela plataforma Zoom, com algumas ministradas em inglês. O prazo para envio do trabalho final será de duas semanas após o término do curso.

 

Publicado em 12/09/2024

Fiocruz organiza Conferência dos Institutos Nacionais de Saúde Pública em preparação para o G20

Autor(a): 
Fabiano Gama*

Como parte da agenda preparatória para o G20, que será realizado em novembro deste ano, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) organizou a Conferência dos Institutos Nacionais de Saúde Pública, que reuniu representantes de mais de 30 países de todo o mundo para discutir propostas de fortalecimento dos sistemas de saúde, em apoio aos Ministérios da Saúde. Durante três dias, foram apresentados e debatidos temas como prevenção, preparação e resposta a pandemias, equidade em saúde, sistemas nacionais de saúde resilientes e mudanças climáticas e saúde. A Fiocruz foi representada pelo presidente da Fundação, Mario Moreira, que participou da mesa de abertura juntamente com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e pela vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, que participou do evento como debatedora.

Entre os pontos destacados estavam a colaboração mútua para alcançar as prioridades estabelecidas pela presidência do Brasil no G20 e que passa pela equidade no acesso à saúde e a medicamentos; o fortalecimento dos sistemas de saúde; o compartilhamento de dados e o apoio ao desenvolvimento da força de trabalho.

Presidente da Fiocruz, Mario Moreira lembrou que as raízes da cooperação internacional da Fundação remontam à época de Oswaldo Cruz e que foi com base nessa tradição de amizade e colaboração que a instituição propôs a conferência no âmbito do G20. “É essencial que tenhamos esse momento para promover a cooperação internacional e fortalecer os nossos institutos nacionais de saúde pública, criando sinergia com as metas globais de saúde do G20 e reforçando o papel dessas instituições em aumentar a resiliência do sistema de saúde e a resposta a emergências”, disse ele durante a cerimônia de abertura.

A vice-presidente Cristiani Machado exaltou a importância do evento: "Foram três dias de troca e muito aprendizado em painéis sobre equidade, mudanças climáticas, preparação para emergências sanitárias e fortalecimento de sistemas públicos de saúde", disse ela em publicação na sua rede social.

Após três dias de reunião, os representantes dos Institutos Nacionais de Saúde Pública (INSPs) produziram um texto que servirá de base a uma declaração aos ministros da Saúde do G20 a ser aprovada nos próximos dias. No último dia, parte da delegação visitou a Fiocruz, onde houve uma reunião bilateral com os representantes do Instituto Nacional de Saúde Carlos III da Espanha.

A Conferência foi organizada pela Fiocruz, pelo Ministério da Saúde e pela Associação Internacional dos Institutos Nacionais de Saúde Pública (Ianphi), em parceria com o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África), de 9 a 11 de setembro, no Rio de Janeiro.

 

 

 

 

 

 

 

Fotos de Peter Ilicciev e Analice Braga.

*Com informações das redes sociais da vice-presidente Cristiani Machado e da Fiocruz

Publicado em 16/07/2024

Centro de Estudos debaterá a destruição gaúcha

Autor(a): 
Informe Ensp

O próximo Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos da Escola Nacional de Saúde Pública (Ceensp) debaterá 'A destruição gaúcha: causas e soluções'. Segundo dados da Defesa Civil Estadual, atualizados em 27 de maio, as enchentes afetaram 469 municípios e 2.345.400 pessoas, desalojando mais de 580 mil e causando 169 mortes. Tendo ainda 56 pessoas desaparecidas e mais de 55 mil abrigadas. O Ceensp está marcado para o dia 17 de julho, às 14h, com transmissão ao vivo pelo canal da Ensp no YouTube. Haverá tradução para a Língua Brasileira de Sinais. A atividade é aberta a todos os interessados. 

O evento será coordenado pelos pesquisadores do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental (DSSA) e Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), Clementina Feltmann e Francisco Pedra, respectivamente. Para o debate estarão presentes o pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Pedro Cortes, e o Vereador da Câmara Municipal de Porto Alegre, Giovani Culau (PCdoB). 

Sobre o desastre no Rio Grande do Sul

Desde 28 de abril, chuvas intensas, ventos fortes e enchentes generalizadas atingiram o estado do Rio Grande do Sul, matando mais de 160 pessoas e afetando 2,3 milhões de pessoas. Agências e autoridades meteorológicas previram os eventos com uma precisão assustadora. Uma semana após a enchente, especialistas apontaram as chuvas extraordinárias como a principal causa.

A diretora administrativa da empresa de previsão do tempo MetSul, Estael Sias, escreveu que "não se trata de apenas um episódio de chuva extrema", mas "um evento meteorológico cujos adjetivos são todos superlativos, de extraordinário a excepcional". A chuva aparentemente interminável, escreveu ela, "foge absurda e bizarramente ao que é normal".

Levará muito tempo para que essa região do Brasil se recupere. No ano passado, depois que uma enchente muito menos grave afetou Porto Alegre (capital do Rio Grande do Sul), a arquiteta brasileira Mima Feltrin, com base no trabalho do professor de hidrologia Carlos Tucci, alertou que o estado enfrentava um risco iminente de inundação igual ou pior do que as enchentes históricas de 1941 e 1967.

Segundo os coordenadores do Ceensp, as análises de acadêmicos como Tucci e Feltrin alertaram repetidamente sobre o impacto e as ameaças iminentes das mudanças climáticas provocadas pelas emissões de carbono em todo o mundo, bem como sobre as deficiências das políticas implementadas por políticos imprudentes que negam as mudanças climáticas. Um dos principais debates após a tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul nas últimas semanas foi sobre o papel do Estado na prevenção e no enfrentamento às inundações.

Dados da Defesa Civil Estadual, atualizados em 27 de maio, apontam que as enchentes afetaram 469 municípios e 2.345.400 pessoas, desalojando mais de 580 mil e causando 169 mortes, tendo ainda 56 pessoas desaparecidas e mais de 55 mil abrigadas. "O entendimento do papel do estado capitalista neste momento de avanço do neoliberalismo e do 'capitalismo de catástrofe' é fundamental para entendermos a reação dos diferentes governos à tragédia climática no Rio Grande do Sul", destacaram os coordenadores do Ceensp.

Assista à transmissão do Ceensp:

Publicado em 07/06/2024

Centro de Estudos contará com debate sobre mudanças climáticas

A sessão do Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desta sexta-feira, 7 de junho, às 10h, terá como temática central as mudanças climáticas e os desastres ambientais.

Na ocasião, os professores Humberto Alves Barbosa, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e Marcelo Dutra da Silva, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) ministrarão, respectivamente, as seguintes palestras: ‘A nova realidade de extremos climáticos no Brasil: pesquisa e monitoramento’ e ‘Gestão sustentável das cidades’. 

A mediação do debate ficará a cargo do vice-diretor de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC, Marco Aurélio Horta.

A sessão será transmitida pelo Canal IOC no YouTube.

Acompanhe ao vivo:

 

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

Publicado em 24/05/2024

Radis de maio destaca tragédias climáticas

Autor(a): 
Informe Ensp

O que a tragédia do Rio Grande do Sul alerta sobre as mudanças climáticas? As cenas de cidades tomadas pela água e pessoas desabrigadas que comoveram o país são, infelizmente, apenas mais um capítulo de eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes e em escala mais intensa. A reportagem de capa da Radis 260 (maio de 2024) aborda os impactos das mudanças climáticas, um problema que pede atenção urgente de todos os níveis do poder público e da sociedade brasileira. A catástrofe enfrentada pelos gaúchos mostra que os gestores públicos, ao invés de negar a realidade ou apenas se preocupar em reconstruir os locais atingidos nos mesmos moldes, devem implementar políticas públicas de adaptação e mitigação ao clima.

Confira a edição 260 da Radis na íntegra

As ações adotadas até o momento são insuficientes, como alertam os especialistas ouvidos por Radis. A reportagem principal da edição também indica que as mudanças climáticas aumentam a ocorrência de doenças e têm impactos diretos na saúde coletiva. Na revista de maio você também confere: O dia a dia dos psicólogos nas equipes multiprofissionais da Saúde da Família e como o Nasf se transformou no e-Multi; 20 anos da maior mobilização indígena do país, o Acampamento Terra Livre (ATL); No mês da luta antimanicomial, um encontro com blocos do carnaval carioca que ajudam a reinventar o cuidado em saúde mental e muito mais.

Publicado em 15/05/2024

Fiocruz oferece cursos gratuitos sobre enfrentamento de emergências de saúde pública

Autor(a): 
Lucas Leal*

Com o avanço das mudanças climáticas, cresce o número de tragédias ocasionadas por eventos climáticos extremos. No último mês, o Rio Grande do Sul tem sido atingido por grandes volumes de chuva em um curto período, causando grandes tragédias e afetando mais de 2 milhões de pessoas no estado, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil. Além dos riscos imediatos à vida da população, eventos climáticos como o que afeta o Sul trazem riscos a médio e longo prazo à saúde pública - a proliferação de diversas doenças infecciosas, como diarreias, leptospirose, hepatites e arboviroses como dengue. Pensando na capacitação de profissionais de saúde e da sociedade civil para o enfrentamento a emergências de saúde pública, o Campus Virtual Fiocruz oferta dois cursos, online, gratuitos e autoinstrucionais, que tratam da temática: Gestão de riscos de emergências em saúde pública no contexto da Covid-19Instrumentos para o enfrentamento de emergências de saúde pública no contexto da sociedade civil

Ambos os cursos oferecidos pelo Campus Virtual Fiocruz já contam com mais de 10.000 inscritos, no total. As formações emitem certificados de conclusão aos participantes e estão com inscrições abertas! Inscreva-se e participe!

Gestão de riscos de emergências em saúde pública no contexto da Covid-19

Inscreva-se!

Produzido pelo Campus Virtual Fiocruz e o Observatório Covid-19 - Informação para Ação, com o apoio do programa Vigiar SUS do Ministério da Saúde, a formação - online, gratuita e autoinstrucional - é composta de três módulos, divididos em uma carga horária de 70h. O objetivo do curso é contribuir para fortalecer as capacidades de preparação e resposta e ir além, produzindo uma mudança qualitativa na forma de enfrentar as emergências em saúde pública, trazendo uma visão prospectiva, tendo como base e apoio o programa Vigiar SUS – lançado pelo Ministério da Saúde para estimular as capacidades de vigilância e respostas às emergências em saúde pública. É dirigido aos interessados na temática da gestão de risco de emergências em saúde pública para Covid-19 no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), mas é aberto a todos os interessados.

Os módulos da formação abordam o contexto atual da crise sanitária, conceitos e a situação do Sistema Único de Saúde (SUS) nas emergências em saúde pública; a gestão de risco de modo geral, assim como o papel do SUS nas respostas às emergências em saúde pública; e ainda a preparação e resposta, a gestão do conhecimento, da informação logística em saúde pública, a comunicação de riscos, as lições aprendidas e organização do SUS de um modo geral.

Instrumentos para o enfrentamento de emergências de saúde pública no contexto da sociedade civil

Inscreva-se!

Lançado a partir de uma parceria entre o Campus Virtual Fiocruz e a plataforma The Global Health Network (TGHN), O curso é destinado a representantes e envolvidos com movimentos sociais, mas aberto também a todos os interessados nessa temática. Pensado para promover o diálogo entre conhecimentos técnico-científicos e experiências sobre eventos extraordinários de risco à saúde pública protagonizados pela sociedade civil organizada, o curso busca oferecer instrumentos que garantam o direito à saúde e à informação, estabelecendo trocas com os movimentos sociais e colaborando com a sua atuação como mediadores e produtores de conhecimento. Oferecido em três línguas — em inglês e espanhol através da plataforma The Global Health Network (TGHN) e em português pelo Campus Virtual Fiocruz, o curso é composto de nove aulas que somam uma carga horária de 30h.

Segundo Flávia Bueno, coordenadora do Hub Fiocruz na TGHN, a resposta a emergências de saúde pública é uma realidade da sociedade civil desde sempre. “Muitas vezes, mesmo sem apoio estatal, eles se estruturam e se organizam para responder às necessidades de suas populações. Assim, nosso objetivo com esse curso é apresentar informações sobre como opera esse mecanismo de declaração de emergências e ferramentas que possam apoiar as respostas, trazendo como exemplo ações originadas e desenvolvidas pelos próprios movimentos sociais, para que possam inspirar outras populações”, afirmou Flávia.

 

*Com informações de Isabela Schincariol 

*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo bege e roxo, está escrito: Campus Virtual oferece cursos sobre enfrentamento de emergências de saúde pública, abaixo a capa do curso de Gestão de Riscos de emergências em saúde pública no contexto da Covid-19 e do curso Instrumentos para o enfrentamento de emergências de saúde pública no contexto da sociedade civil. Os cursos são gratuitos, online e estão com inscrições abertas.

Publicado em 24/04/2024

Revista Pesquisa Fapesp aborda efeitos do aquecimento global no clima do país

Autor(a): 
Lucas Leal*

A edição 338 da revista Pesquisa Fapesp, lançada em abril, traz uma matéria especial sobre os efeitos das mudanças climáticas no clima nacional. A edição explica como o aquecimento global gerou a primeira zona árida no Brasil e torna o clima cada vez mais seco ao redor do país. São apresentados dados da evolução histórica e do alcance da aridez no território nacional, além de demonstrar como as temperaturas elevadas alteram o ciclo da água e os padrões já conhecidos de secas. 

Confira a edição 338 na íntegra

Outros tópicos especiais na edição incluem o crescimento da obesidade no mundo, falhas no atendimento à saúde reprodutiva da mulher e o aumento da frequência de casos de transtornos mentais em crianças e adolescentes.

 

*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol

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