A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) promove, de 21 a 25 de julho de 2025, o curso de inverno História, Alimentação e Saúde – saberes, práticas e políticas públicas, coordenado pela pesquisadora da Casa Gisele Sanglard em parceria com as pesquisadoras em estágio doutoral Caroline Gil e Lidiane Monteiro. Voltado a estudantes, professores, pesquisadores e profissionais interessados nas áreas de História, Saúde Pública, Ciências Sociais, Nutrição e campos afins, o curso tem carga horária total de 10 horas e será realizado de forma online, com aulas das 10h às 12h.
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A proposta é promover reflexões sobre as relações entre alimentação e saúde ao longo da história, com atenção às práticas sociais, políticas públicas e circulação de saberes em diferentes contextos históricos e geográficos. A programação aborda temas como o uso do alimento como recurso terapêutico, discursos sobre maternidade e alimentação na imprensa, políticas de combate à fome em regiões de vulnerabilidade social, a atuação de agências internacionais no pós-guerra e os desafios contemporâneos no enfrentamento à fome.
A estrutura do curso está organizada em cinco módulos temáticos. No primeiro dia, a aula O alimento como remédio, ministrada por Gisele Sanglard e Caroline Gil, ambas da COC/Fiocruz, propõe uma reflexão sobre o uso dos alimentos como recurso terapêutico ao longo da história da medicina e da saúde pública. No segundo dia, Érico Silva Muniz (UFPA) abordará as políticas alimentares brasileiras entre 1940 e 1960, com ênfase na atuação da Previdência Social e do Estado Novo.
O terceiro módulo, com Lívia Suelen Meneses (UFPI) e Lidiane Monteiro Ribeiro (COC/Fiocruz), trata das políticas de saúde materno-infantil e da influência de agências internacionais e da filantropia local na alimentação infantil durante o século 20. No quarto encontro, Caroline Gil, Lidiane Monteiro Ribeiro, ambas da COC/ Fiocruz, e Gabriele Carvalho de Freitas (Uerj) analisarão como a imprensa contribuiu para a construção de práticas alimentares e discursos sobre maternidade, cuidado e fome em diferentes momentos históricos.
Encerrando o curso, o quinto módulo traz o debate Fome e políticas públicas no Brasil: territórios, saberes e desafios entre o passado e o presente, conduzido por Bruno Sanches (UPE) e Adriana Salay Leme (USP). A aula discute os desafios históricos e contemporâneos no combate à fome em regiões vulneráveis.
As inscrições estão abertas entre 25 de junho e 14 de julho, mediante envio de uma carta de intenção que será utilizada no processo seletivo. A participação nas atividades requer presença mínima de 75% para recebimento do certificado.
Curso de Inverno: História, Alimentação e Saúde – saberes, práticas e políticas públicas
Datas: 21 a 25/7/2025
Horário: 10h às 12h
Carga horária: 10h
Modalidade: curso online
Inscrições: de 25/6 a 14/7 pelo Campus Virtual Fiocruz
#ParaTodosVerem Fotografia antiga de diversas mulheres com vestidos brancos, algumas usam toucas nos cabelos, em primeiro plano uma delas está descascando uma batata, elas estão em uma cozinha com várias panelas no fogão, há utensílios nas prateleiras que estão acopladas nas paredes do lado direito da foto, no canto inferior da foto há uma bancada branca com diversas vasilhas encaixadas. Por cima da foto está escrito: Curso de inverno História, Alimentação e Saúde – saberes, práticas e políticas, o curso será online, as inscrições serão do dia 25 de junho à 14 de julho, o período do curso será de 21 a 25 de julho, às 10 horas.
Na última sessão do semestre, a convidada do Encontro às Quintas será a pesquisadora de pós-doutorado da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Carolina Arouca. Ela vai ministrar a palestra Antropologia de um Jovem Disciplinado: Darcy Ribeiro no Serviço de Proteção aos Índios, 1947-1956, no dia 26 de junho, às 10h, no terceiro andar do Centro de Documentação em História da Saúde (CDHS/COC). A palestra analisa a face “disciplinada” como chama a autora, de Darcy Ribeiro, em especial, sua trajetória no Serviço de Proteção aos Índios (SPI), entre 1947 e 1956, período marcado por intensa efervescência intelectual. A pesquisadora examina as múltiplas facetas do antropólogo — desde sua formação na Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo (ELSP), sua atuação no SPI e suas ações institucionais no campo da antropologia e das políticas públicas indigenistas.
A pesquisa, que virou livro de mesmo nome: Antropologia de um Jovem Disciplinado: Darcy Ribeiro no Serviço de Proteção aos Índios, 1947-1956, publicado pela Editora Fiocruz, é baseada em extensa documentação e foi desenvolvida como tese de doutorado no Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). A historiadora Carolina Arouca é especializada na análise de biografias de intelectuais brasileiros da primeira metade do século 20. Atua nas áreas de história das ciências e da saúde, história da saúde indígena, história das ciências sociais no Brasil e metodologia da pesquisa histórica.
A sessão contará com os comentários da historiadora Luciana Heymann (COC/Fiocruz). Ela é pesquisadora do Departamento de Arquivo e Documentação da COC desde 2019 e coordena o Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da COC desde 2021 (PPGPAT). Heymann é autora de O lugar do arquivo: a construção do legado de Darcy Ribeiro (2012) e organizadora de diversos livros sobre patrimônio, museus e história oral como Pensar os arquivos: uma antologia, organizado junto com a pesquisadora Letícia Nedel e publicado em 2018 pela Editora FGV.
Encontro às Quintas:
Antropologia de um Jovem Disciplinado: Darcy Ribeiro no Serviço de Proteção aos Índios, 1947-1956
Expositora: Carolina Arouca (COC/Fiocruz)
Debatedora: Luciana Heymann (COC/Fiocruz
Coordenação: Marcos Chor Maio (COC/Fiocruz)
Data: 26/06/2025
Horário: 10h
Evento presencial
Local: Depes, terceiro andar do CDHS, Campus Fiocruz Manguinhos
Campus Virtual Fiocruz - Conheça os cursos desenvolvidos especialmente aos povos indígenas
Ao longo dos últimos anos, o CVF desenvolveu cursos especificamente voltados à temática dos povos que vivem em territórios indígenas e profissionais de saúde: Participação e controle social em saúde indígena; Covid-19 e a atenção à gestante em comunidades indígenas e tradicionais; e Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas. Além disso, o curso "Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos", que está em sua segunda edição, também traz conteúdos voltados às populações vulnerabilizadas, com questões específicas que abordam a saúde indígena. Todos são online e gratuitos. Inscreva-se já!
Curso Participação e controle social em saúde indígena
O curso Participação e controle social em saúde indígena tem o objetivo de fortalecer a participação social das lideranças e dos conselheiros indígenas nas instâncias formais do controle social do Subsistema de Saúde Indígena (SasiSUS) e do Sistema Único de Saúde (SUS). A formação é aberta a todos, mas foi elaborada especialmente para apoiar os Povos Indígenas em sua atuação no controle social e no movimento indígena em defesa ao direito à saúde, ou seja, é voltado a indígenas interessados na temática da participação social em saúde, lideranças comunitárias, professores e outros profissionais que trabalham com a temática.
O curso foi organizado em quatro módulos que apresentam conceitos, marcos legais e experiências que contribuíram para formar o campo das políticas públicas de saúde e da saúde indígena no Brasil, bem como conteúdos fundamentais para fortalecer a participação social dos povos indígenas nas estratégias de controle social e na definição de ações e de políticas de saúde voltadas à melhoria das condições de vida e de saúde dos Povos Indígenas no Brasil. Ele também conta com diversos textos de apoio, links de vídeos, podcasts e cards que poderão ser compartilhados nas redes sociais para fácil e rápida difusão de informações e conhecimento.
A formação é resultado de um trabalho coletivo, e foi construído em parceria com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) a partir do diálogo constante entre pesquisadores, professores indígenas e não indígenas de diferentes instituições de pesquisa e de ensino das cinco macrorregiões do país que defendem os direitos à saúde e ao aprimoramento da atenção à saúde, oferecida em seus respectivos territórios, como integrantes do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Brasil Plural (INCT Brasil Plural), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), da Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), do Campus Virtual Fiocruz (VPEIC/Fiocruz), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
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Curso Covid-19 e a atenção à gestante em comunidades indígenas e tradicionais
O curso Covid-19 e a atenção à gestante em comunidades indígenas e tradicionais foi desenvolvido no contexto da emergência sanitária causada pelo coronavírus e está alinhado aos princípios do CVF no que se refere à disseminação de informações qualificadas e capacitação de profissionais de saúde no contexto da pandemia. Evidências científicas indicam maior chance de desfecho materno e neonatal desfavorável na presença da Covid-19 moderada e grave. Entre toda a população, grávidas e puérperas correm maior risco de desenvolver a forma grave da doença. Consequentemente, mulheres indígenas são ainda mais vulneráveis. Portanto, esse curso busca aprimorar os protocolos específicos para esses grupos, com vistas à detecção precoce de infecção e redução da razão de mortalidade materna.
Nesse contexto, o Campus Virtual Fiocruz e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) lançaram esse curso, que é voltado prioritariamente a profissionais e gestores de saúde que atuam na região da Amazônia Legal Brasileira, em especial voltados à saúde dos povos indígenas e tradicionais ribeirinhos e quilombolas.
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Curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas
Extremamente impactada pela Covid-19, a população indígena – que tradicionalmente é mais suscetível a novas doenças em função de suas condições socioculturais, econômicas e de saúde – precisa de múltiplos esforços para o enfrentamento desta pandemia. Ciente dessas especificidades e suas necessidades, o curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas visa capacitar, técnica e operacionalmente, gestores e equipes multidisciplinares de saúde indígena para a prevenção, vigilância e assistência à Covid-19, respeitando os aspectos socioculturais dessa população. A iniciativa vai ao encontro de dois eixos de atuação da Fiocruz para o enfrentamento da pandemia: educação e apoio a populações vulnerabilizadas.
A formação buscou adequar e refletir sobre a resposta à pandemia no contexto dos povos indígenas. Ela foi elaborada pelo Campus Virtual Fiocruz, e teve a participação de pesquisadores de diversas unidades da Fiocruz, além de outras universidades e instituições parceiras. Assim como o curso de Atenção à gestante em comunidades indígenas e tradicionais, essa formação está alinhada aos esforços e iniciativas do Campus Virtual e da Fiocruz como um todo de formação em larga escala de profissionais de saúde na temática da Covid-19.
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Curso Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos - 2ª edição
Lançamos a segunda edição do curso Vacinação para Covid-19: protocolos e procedimentos técnicos, que foi revisto e ampliado. A formação, elaborada pela CVF, o Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais (Nescon/UFMG) e o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde traz como novidades, entre outras coisas, atualizações sobre a declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o fim da Emergência Sanitária, e a inserção da vacina bivalente no Calendário Nacional.
Seu objetivo é atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes profissionais envolvidas na cadeia de vacinação da Covid-19, bem como outros profissionais de saúde, da comunicação e demais interessados no tema. O curso é composto de cinco módulos distribuídos em uma carga horária de 50h. As inscrições estão abertas e o curso emite certificado aos participantes!
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#ParaTodosVerem Banner com fundo azul, onde está escrito: Encontro às quintas, antropologia de um jovem disciplinado: Darcy Ribeiro no Serviço de Proteção aos Índios, 1947-1956, no dia 26 de junho às 10 horas, no CDHS - Campus Fiocruz Manguinhos, Rio de Janeiro - RJ, a debatedora será Luciana Heymann (COC/Fiocruz), a Coordenação será Marcos Chor Maio (COC/Fiocruz), realização do PPGHCS. No canto direito do banner está a foto de Carolina Arouca (COC/Fiocruz), uma mulher branca, com cabelos curtos lisos e escuros, ela usa uma blusa estampada e óculos quadrado de armação escura.
Nos dias 26 e 27 de junho de 2025, será realizado o seminário A Amazônia como microcosmo do Antropoceno: a história das pesquisas transnacionais em ecologia amazônica e os impactos ambientais da Grande Aceleração (1952-2002), no Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira, no CDHS, campus Manguinhos. O evento apresenta os resultados de uma pesquisa realizada entre 2021 e 2025, com apoio do CNPq, que investigou a história das colaborações científicas transnacionais na região amazônica, os impactos ambientais dos grandes projetos de desenvolvimento e as redes de ativismo ecológico atuantes entre as décadas de 1950 e 2000.
Nos últimos 70 anos, a Amazônia tem sido palco de transformações intensas, refletindo os efeitos globais da chamada Grande Aceleração — um conjunto de mudanças socioeconômicas e biogeoquímicas que sinalizam a entrada da Terra no Antropoceno. Por simbolizar tanto os riscos quanto as possibilidades do futuro planetário, a floresta amazônica tem sido descrita como um “microcosmo do Antropoceno”, como a categoriza o estudioso da Amazônia, Eduardo Brondízio.
Combinando perspectivas históricas e discussões contemporâneas, o seminário também reflete sobre os desafios atuais da região, considerados centrais para o debate sobre o Antropoceno — conceito que descreve a influência humana nas transformações planetárias. Além de debater os resultados da pesquisa histórica, o evento contará com reflexões sobre os desafios atuais da região, não apenas como símbolo das tensões ecológicas do Antropoceno, mas também como espaço de resistência, saberes plurais e futuros possíveis.
No primeiro dia, 26 de junho, o evento tem início com uma mesa de abertura e uma conferência proferida pelo pesquisador Fabio Zuker, que discutirá os impactos da política ambiental da extrema-direita na Amazônia. Em seguida, será exibida a mostra de curtas-metragens Amazônia: memórias para o futuro, com filmes que abordam questões sociais, históricas e ambientais da região.
No segundo dia, 27 de junho, o seminário será composto por três mesas temáticas. A primeira mesa tratará das conexões transnacionais e redes locais de conhecimento sobre a Amazônia, com foco na cooperação entre Brasil, França e Guianas. A segunda mesa abordará os intercâmbios entre Brasil e Estados Unidos, com ênfase em projetos científicos e controvérsias envolvendo instituições como o Instituto Smithsonian e a Fundação Rockefeller. A terceira mesa discutirá as redes nacionais e internacionais de produção de conhecimento sobre as águas amazônicas, com destaque para a poluição por mercúrio, os efeitos do desmatamento sobre o clima e o papel de redes científicas bilaterais.
Confira a programação completa do seminário:
A Amazônia como microcosmo do Antropoceno: a história das pesquisas transnacionais em ecologia amazônica e os impactos ambientais da Grande Aceleração (1952-2002)
26/6
14h – Mesa de Abertura
Conferência de abertura: A ecologia política da extrema-direita na Amazônia: política anti-indígena, integracionismo e nostalgia militar
Expositor: Fabio Zuker (Fundação José Luiz Setúbal – FJLS / Instituto de Estudos Brasileiros – IEB – da USP.
Moderadora: Dominichi Miranda de Sá (COC/ Fiocruz)
15h30 – Exibição de curta-metragens da mostra Amazônia: memórias para o futuro, coordenada por Stella Oswaldo Cruz Penido (DAD/ Fiocruz)
Filmes: A menina e o Pote, Tuíre – O gesto do facão e A febre na mata
27/6
9h – Conexões transnacionais e redes locais de conhecimento nos estudos sobre a Amazônia:
O Programa Flora das Guianas e a cooperação científica transnacional na Amazônia (1959-1962)
Expositor: Nelson Sanjad (Museu Paraense Emilio Goeldi / UFPA)
A cooperação científica Brasil-França nas pesquisas ecológicas sobre a Amazônia brasileira (1980-1990)
Expositora: Dominichi Miranda de Sá (COC/ Fiocruz)
A cooperação científica franco-brasileira na Amazônia: o caso INPA/CIRAD (1982-1990)
Expositora: Vanessa Pereira Mello (COC/ Fiocruz)
Moderador: Gabriel Lopes (COC/ Fiocruz)
10h30 – Pausa para o café
11h – Intercâmbios entre Brasil-EUA nas pesquisas sobre a Amazônia:
As Expedições do navio Alpha Helix e os estudos ecofisiológicos de animais e plantas da Amazônia nas décadas de 1960 e 1970
Expositora: Magali Romero Sá (COC/ Fiocruz)
Ecologia de Aves, Armas Biológicas? O Projeto Ecológico de Belém e uma controvérsia histórica sobre as presenças do Instituto Smithsonian e da Fundação Rockefeller na Amazônia (1963-1971)
Expositora: Laura de Oliveira Sangiovanni (UnB)
A colaboração entre Brasil e Estados Unidos no debate sobre a biodiversidade da Amazônia: estratégias iniciais para a conservação de fragmentos florestais (1979-1990)
Expositora: Ana Marcela França de Oliveira (COC/ Fiocruz)
Moderador: Rômulo de Paula Andrade (COC/ Fiocruz)
12h30 – Almoço
14h – Redes nacionais e internacionais de produção de conhecimento sobre as águas amazônicas
Rios de mercúrio: ecologia e poluição na Amazônia (décadas de 1980 e 1990)
Expositor: Jorge Tibillettti de Lara (COC/ Fiocruz)
Entre rios, florestas e clima: a rede germano-brasileira no estudo das águas amazônicas (1940-1989)
Expositor: André Felipe Cândido da Silva (COC/ Fiocruz)
Eneas Salati e a hipótese floresta-clima: recepção, circulação e redes de sociabilidade
Expositor: André S. Bailão (COC/ Fiocruz)
Moderador: Fabio Zuker (FJLS/ USP)
#ParaTodosVerem Banner com fundo verde, seminário nos dias 26 e 27 de junho, a Amazônia como microcosmo do antropoceno, no Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira - CDHS, Campus Fiocruz Manguinhos.
O 1º Fórum Discente – Histórias, Ciências e Saúde LGBTQIA+ do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (PPGHCS/COC/Fiocruz) propõe um espaço de reflexão interdisciplinar sobre as relações entre histórias, ciência e saúde nas experiências LGBTQIA+. A iniciativa busca reunir pesquisadores de diversas instituições e áreas do conhecimento para discutir como os saberes médicos, jurídicos e históricos moldaram as experiências de corpos e subjetividades “dissidentes” ao longo do tempo. Além disso, o evento visa fortalecer redes acadêmicas e institucionais comprometidas com a inclusão e a diversidade. As inscrições podem ser feitas até 18 de junho pelo Campus Virtual Fiocruz. Serão emitidos certificados de participação.
A programação inicia com a Mesa Institucional, reunindo representantes do PPGHCS, Depes, Direção da COC e Cedipa, que compartilharão perspectivas sobre o papel da instituição na construção de saberes, histórias, ciências e saúde LGBTQIA+. Em seguida, a mesa Scientia Sexualis: eróticas e outras histórias aborda os discursos científicos e culturais que moldaram experiências da sexualidade entre as relações de gênero ao longo da história.
Após o brunch, a mesa (Trans)formações: histórias, ciências e mais saúde trata dos desafios e transformações nas relações entre corpos, saúde e subjetividades a partir das discussões transfeministas, contando com as falas de Cello Latini Pfeil (UFRJ), Guilherme Silva de Almeida (UFRJ), Lauri Miranda Silva (IFRS) e Sara Wagner York (Uerj).
Confira a programação completa do evento:
Data: 24 de junho
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira (4º andar do CDHS). Av. Brasil, 4365 – Manguinhos, Rio de Janeiro.
9h40 – Mesa Institucional
10h – Scientia Sexualis: eróticas e outras histórias
Participantes: Fábio Henrique Lopes (UFRRJ); Marina Silva Duarte (UFMG); Ronald Canabarro (UFRJ)
Mediação: André Felipe Candido da Silva (COC/Fiocruz)
12h – Brunch
13h30 – (Trans)formações: históricas, ciências e mais saúde
Participantes: Cello Latini Pfeil (UFRJ); Guilherme Silva de Almeida (UFRJ), Lauri Miranda Silva (IFRS); Sara Wagner York (UERJ)
Mediação: Cristiana Facchinetti (COC/Fiocruz)
Comissão Organizadora
Docente
André Felipe Cândido da Silva
Discente
André Vinicio Bialeski Vieira
Larissa Bispo dos Santos
Paulo Vitor Guedes de Souza
Roberto Ramon Queiroz de Assis
Thassio Ferraz Tavares Roque
Na próxima sessão do Encontro às Quintas, que será realizada no dia 12 de junho, às 10h, o convidado é Pedro Meira Monteiro, professor titular da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Com o título Alvos canônicos: Machado de Assis de volta ao morro, a palestra propõe uma releitura crítica do cânone literário brasileiro a partir da figura de Machado de Assis. O Encontro às Quintas é uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS/COC/Fiocruz), coordenada pelo professor e pesquisador Marcos Chor Maio.
O evento abordará o chamado Black Turn nos estudos machadianos, refletindo sobre a disputa simbólica pelo corpo e pela imagem do autor, frequentemente embranquecida nos espaços de consagração literária. Monteiro discutirá como novas vozes e trajetórias não hegemônicas reivindicam espaço no debate público, provocando deslocamentos no campo da crítica cultural e na representação da identidade nacional.
Pedro Meira Monteiro é professor titular na Princeton University, onde dirige o Departamento de Espanhol e Português e é filiado ao Programa de Estudos Latino-americanos e ao Brazil Lab. Seu último livro é Nós somos muitas: ensaios sobre crise, cultura e esperança, publicado em 2022 em parceria com Arto Lindsay, Flora Thomson-DeVeaux e Rogério Barbosa. Com Jaime Lauriano e Lilia Schwarcz foi curador da exposição Contramemória, no Theatro Municipal de São Paulo, em 2022. Participou da curadoria de diversas atividades na Festa Literária das Periferias (Flup) em 2022 e 2023, e foi um dos curadores da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) em 2021 e 2022. Fez sua carreira acadêmica, da graduação ao doutorado, na Unicamp, com um mestrado na França, e mudou-se para os Estados Unidos em 2002. Atualmente vive entre Princeton e São Paulo.
A sessão contará com os comentários da historiadora Iamara da Silva Viana especialista em escravidão, pensamento médico, mulheres negras e letramento no Brasil do século 19. Professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pesquisadora, Iamara tem se destacado por trabalhos que entrelaçam história social, memória e educação. A pesquisadora é uma das organizadoras das coletâneas Ventres livres?: Gênero, maternidade e legislação; Dos letramentos, escravidão, escolas e professores no Brasil oitocentista e Vidas Impressas: Intelectuais Negras e Negros na Escravidão e na Liberdade e Mulheres afro-atlânticas e Ensino de História. O encontro será uma oportunidade para refletir sobre temas como privilégio, ascensão social, política identitária, branquitude e crítica cultural.
Encontro às Quintas:
Alvos canônicos: Machado de Assis de volta ao morro
Expositor: Pedro Meira Monteiro (Princeton University)
Debatedora: Iamara da Silva Viana (UERJ)
Coordenação: Marcos Chor Maio (COC/Fiocruz)
Data: 12/06/2025
Horário: 10h
Evento presencial
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira (CDHS), Campus Fiocruz Manguinhos
Há 15 anos, a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), por meio do Departamento de Arquivo e Documentação (DAD), transformou em realidade uma ideia fundamental para facilitar e ampliar o acesso ao arquivo histórico arquivístico da Fiocruz. Assim surgiu a Base Arch, “porta de entrada” para o acervo mais representativo da história das ciências e da saúde do Brasil, sob a guarda na Casa de Oswaldo Cruz.
Em alusão à data, o DAD preparou um evento para refletir sobre as normas e práticas de descrição arquivística e compartilhar relatos sobre experiência institucionais no uso da ferramenta AtoM, sistema empregado na Base Arch e desenvolvido a partir dos padrões definidos pelo Conselho Internacional de Arquivos.
Inserido na programação da 9ª Semana Nacional de Arquivos, que este ano traz o tema Mudanças climáticas: preservação e acessibilidade, o evento será realizado no dia 9 de junho, a partir das 9h, no Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira, do Centro de Documentação e História da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (CDHS), no campus da Fiocruz em Manguinhos, zona norte do Rio. Haverá transmissão pelo canal da Casa no YouTube.
Após uma homenagem ao grupo que atuou no desenvolvimento da Base Arch, dois integrantes do Experts Group on Archival Description do Conselho Internacional de Arquivos (Egadica), Vitor Fonseca e Cristina Ruth Santos, vão discutir aspectos históricos e desafios atuais no uso das normas de descrição arquivística e detalhar o desenvolvimento do AtoM.
Em seguida, Carolina Sacramento, do Serviço de Tecnologia da Informação (STI) da Casa, apresentará as melhorias de acessibilidade para pessoas com deficiência visual que estão sendo implementadas na Base Arch, elaboradas por ela, em conjunto com os demais integrantes do STI.
Na última parte da programação, representantes do Museu Histórico Nacional, do Arquivo Nacional do Chile (Elisa Vásquez e Daniel Berríos), do Arquivo Público do Estado de São Paulo (Thiago Nicodemo e Camila Brandi de Souza Bentes) e da Casa de Oswaldo Cruz (Felipe Almeida Vieira), apresentarão os acervos e bases institucionais, relatando suas experiências no uso da AtoM para a descrição arquivística e o acesso.
Programação
9:00 – 9:30 – Café de boas-vindas
10:00 – 10:30 – Abertura e homenagens aos integrantes da equipe de desenvolvimento da Base Arch
Diego Bevilaqua (Vice-diretor de Patrimônio Cultural e Divulgação Científica da COC)
Ana Roberta Tartaglia (Chefe do DAD/COC)
Maria da Conceição Castro (ex-chefe do DAD/COC)
Carolina Sacramento (STI/COC)
10:30 – 12:00 – Mesa: Descrição arquivística, normas e desenvolvimento do AtoM: aspectos históricos e desafios atuais
O contexto da normalização da descrição arquivística e o AtoM
Palestrantes: Vitor Fonseca (UFF/Arquivo Nacional)
Desafios atuais na descrição arquivística
Palestrante: Cristina Ruth Santos (Arquivo Nacional)
Mediação: Paulo Elian (COC/Fiocruz)
12:00 – 12:30 – Perguntas e debate
12:30 – 13:30 – Intervalo
13:30 – 13:50 – Melhorias de acessibilidade para pessoas com deficiência visual na Base Arch
Apresentação: Carolina Sacramento (COC/Fiocruz)
14:00 – 15:30 – Mesa: Relatos de experiência de instituições que utilizam o AtoM
Participantes:
Felipe Almeida Vieira (COC/Fiocruz)
Daniella Gomes (Museu Histórico Nacional)
Elisa Vásquez e Daniel Berríos (Arquivo Nacional do Chile, via transmissão remota)
Thiago Nicodemo e Camila Brandi de Souza Bentes (Arquivo Público do Estado de São Paulo, via transmissão remota)
Mediação: Renata Borges (COC/Fiocruz)
15:30 – 16:00 – Perguntas e debate
16:30 – Encerramento
#ParaTodosVerem: Cartaz digital de divulgação de evento acadêmico. Na parte superior, há um fundo em tons de laranja, amarelo e verde, com um ícone branco de duas mãos estilizadas em movimento. À direita, sobre fundo branco, está o logotipo colorido da 9ª Semana Nacional de Arquivos, acompanhado do texto “9ª Semana Nacional de Arquivos” em preto. Abaixo, sobre fundo roxo, está escrito em letras brancas: “15 ANOS DA BASE ARCH E OS CAMINHOS DA DESCRIÇÃO ARQUIVÍSTICA”. Mais abaixo, em letras menores: “Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira – CDHS Campus Fiocruz Manguinhos – Rio de Janeiro”. Em seguida, em laranja: “Transmissão Youtube: /casadeoswaldocruz”. No canto inferior direito, há um círculo amarelo claro com o texto lilás “9.jun 9h”. Na parte inferior, sobre faixa verde clara, estão os logotipos da Casa de Oswaldo Cruz, Fiocruz e SUS.
Com o título de Insetos e Capitalismo Multiespécie: sobre fronteiras ambientais e epistêmicas, 1900-1980, o Encontro às Quintas recebe Tomás Bartoletti, pesquisador e professor da disciplina História do Mundo Moderno da Escola Politécnica Federal (ETH) de Zurique, na Suíça.
A palestra explora um caso paradigmático nas histórias conectadas do conhecimento, do capitalismo e do meio ambiente entre 1880 e 1930. Durante esse período, a disseminação de pragas além das fronteiras imperiais e estatais colocou em risco a exploração lucrativa de matérias-primas tropicais.
Também será abordado o papel dos entomologistas europeus na expansão da fronteira econômica e nas aspirações de lucro por meio de processos de mercantilização na América Latina, África Oriental, Oriente Médio e nas ilhas do Pacífico. A circulação global de conhecimentos sobre o controle de pragas transformou a dinâmica socioecológica nessas regiões e também moldou de maneira decisiva o modelo de produção agrícola, tanto em terras tropicais, quanto no contexto europeu até os dias atuais.
Tomás Bartoletti é diretor do projeto Ambizione: Insect Pests and Economic Entomology in Plantations, c. 1870-1930s: A Multispecies History of Global Capitalism, financiado pela Fundação Nacional Suíça para a Ciência. Ele se formou em Estudos Latinoamericanos na Universidade de Buenos Aires e em História da Ciência e da Tecnologia na Universidade de Quilmes. Com doutorado pela Universidade de Buenos Aires, o pesquisador tem diversos artigos publicados em revistas internacionais e publicou o livro Poíesis y cosmopolítica de los oráculos griegos: Otra historia de la adivinación antigua y su recepción moderna. Em dezembro de 2024 foi inaugurada no Museu de História Natural de Neuchatel a exposição Naming Natures, fruto de sua pesquisa.
Para debater a sessão, o convidado é Gabriel Lopes, historiador, doutor em História das Ciências e da Saúde pela Casa de Oswaldo Cruz. Lopes recebeu o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses em Ciências Humanas e Sociais em 2017 e foi pesquisador em estágio pós-doutoral na Casa de Oswaldo Cruz até 2024, trabalhando com a (re)emergência de arboviroses na América Latina. Lopes é autor de O Feroz Mosquito Africano no Brasil: o Anopheles gambiae entre o silêncio e a sua erradicação (1930-1940) e Uma história global e brasileira da Aids (1986-2021).
Encontro às Quintas
Insetos e Capitalismo Multiespécie: sobre fronteiras ambientais e epistêmicas, 1900-1980
Expositor: Tomás Bartoletti (ETH/Zurique)
Debatedor: Gabriel Lopes (COC/Fiocruz)
Coordenação: Marcos Chor Maio (COC/Fiocruz)
Data: 29/05/2025
Horário: 10h
Evento presencial
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira (CDHS), Campus Fiocruz Manguinhos
Amazônia, paisagem das águas: Harald Sioli e a rede germano-brasileira em ecologia tropical (1952-1989) será o título da apresentação do pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz e professor do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS), André Felipe Cândido da Silva, na próxima edição do Encontro às Quintas. O evento será realizado presencialmente em 8 de maio, às 10h, no Salão de Conferência (CDHS), em Manguinhos, no Rio de Janeiro (RJ).
Em sua palestra, André Felipe abordará a gênese de algumas ideias-força, como “pulmão do mundo” e “hotspot da biodiversidade planetária”, que contribuíram para inscrever a Amazônia no discurso ambiental contemporâneo e nas redes transnacionais de pesquisa dedicadas a compreender os ecossistemas e as dinâmicas de funcionamento dos sistemas planetários.
Sua apresentação se concentrará nos estudos em hidrobiologia realizados pelo limnólogo e ecólogo alemão Harald Sioli (1910-2004), que se firmou como uma das maiores autoridades internacionais nos estudos ecológicos sobre a Amazônia na segunda metade do século 20 e foi responsável pelo estabelecimento de uma rede transnacional de pesquisas envolvendo instituições do Brasil e da Alemanha Ocidental.
“Por meio de Sioli e dessa rede armada por ele, busca-se compreender como os estudos em hidrobiologia realizados por pesquisadores do Instituto Max Planck de Limnologia e do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) culminaram em uma ampla agenda de estudos cuja finalidade foi elucidar os complexos entrelaçamentos entre as águas, solos, floresta e populações humanas e não-humanas, bem como os efeitos de intervenções massivas como obras de infraestrutura e programas de colonização agrícola no equiíbrio daquele sistema que se compreendia como complexo e frágil”, explica o pesquisador. André Felipe é autor de “A diplomacia cultural alemã e o centenário da Independência do Brasil em 1922 (2023). É ainda coorganizador de As ciências na História das Relações Brasil-EUA (2020).
A debatedora será a pesquisadora da COC/Fiocruz e professora do PPGHCS Dominichi Miranda de Sá. Coorganizadora de Diário da Pandemia: o olhar dos historiadores e autora de A ciência como profissão: médicos, bacharéis e cientistas no Brasil (1895-1935), entre outros, a historiadora tem como seus objetos de pesquisa viagens científicas e conhecimento do território no Brasil no século 20; história da conservação da natureza no século 20; impactos sanitários e ambientais de projetos de desenvolvimento e agrícolas; História da Amazônia; ciências do Antropoceno e mudanças climáticas.
O Encontro às Quintas é uma iniciativa do PPGHCS, coordenada pelo professor e pesquisador Marcos Chor Maio.
Encontro às Quintas
Amazônia, paisagem das águas: Harald Sioli e a rede germano-brasileira em ecologia tropical (1952-1989)
Expositor: André Felipe Cândido da Silva (COC/Fiocruz)
Debatedora: Dominichi Miranda de Sá (COC/Fiocruz)
Coordenação: Marcos Chor Maio (COC/Fiocruz)
Data: 08/05/2024
Horário: 10h
Evento presencial
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira (CDHS), Manguinhos, Rio de Janeiro (RJ)
Viver de outra maneira o tempo: Foucault, Subjetividade e Verdade. Esse será o tema da aula de abertura do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS) da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), ministrada pela historiadora Margareth Rago, na quinta-feira, 10 de abril, às 10h.
Graduada em História na USP, Margareth Rago cursou Filosofia na mesma universidade e fez mestrado e doutorado em História na Unicamp. Em 2003, tornou-se professora titular do Departamento de História da Unicamp, onde iniciou em 1985. Em 2015, aposentou-se e vinculou-se ao mesmo departamento como professora colaboradora. Entre seus temas de pesquisa, constam feminismos, anarquismos, subjetividade, gênero, Foucault e Deleuze.
A historiadora também escreveu e organizou diversos livros, entre eles, Do cabaré ao lar: A utopia da cidade disciplinar e a resistência anarquista (2018); Neoliberalismo, feminismos e contracondutas: perspectivas foucaultianas (2019); e As Marcas da Pantera – percursos de uma historiadora (2021).
O evento será realizado presencialmente no Salão de Conferência do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), em Manguinhos (RJ), no dia 10 de abril, às 10h. Também haverá transmissão online pelo canal do YouTube da Casa de Oswaldo Cruz.
Viver de outra maneira o tempo: Foucault, Subjetividade e Verdade!
Palestrante: Margareth Rago
Data: 10/04/2025
Horário: 10h
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira
Como o racismo estrutural impacta o reconhecimento e a preservação dos patrimônios culturais afro-brasileiros? Perseguição aos terreiros e apropriação de objetos sagrados são dois exemplos citados pela historiadora Ynaê Lopes dos Santos, convidada para a aula de abertura do Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (PPGPAT) da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). O evento será realizado no dia 8 de abril, às 10h, no Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira do CDHS, no campus da Fiocruz em Manguinhos.
Na palestra Nosso Sagrado: Racismo e Luta Negra na Construção do Patrimônio Brasileiro, Ynaê, professora de História da América pela Universidade Federal Fluminense (UFF), vai falar sobre a resistência negra na luta pelo direito à memória e à identidade e as disputas em torno da valorização e legitimação de bens culturais afrodescendentes.
Bacharel, mestre e doutora em História pela Universidade de São Paulo (USP), Ynaê pesquisa questões relacionadas à história da escravidão nas Américas, às relações étnico-raciais no continente americano, ao ensino de história da África e à questão negra no Brasil. Sobre esses temas, publicou Além da senzala. arranjos escravos de moradia no Rio de Janeiro 1808-1850, em 2010; História da África e do Brasil Afrodescendente, em 2017; Juliano Moreira: o médico negro na fundação da psiquiatria brasileira, em 2020; e Racismo brasileiro: uma história da formação do país, em 2022.
Bolsista Jovem Cientista do Nosso Estado – Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e de Produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), é vice-coordenadora do GT Afro-Américas da Associação Nacional de História (ANPUH). É colunista da DW Brasil, consultora do Projeto Querino e curadora da exposição Permanente do Cais do Valongo – Unesco.