Em um contexto marcado pelo uso de algoritmos inteligentes e pelos esforços para reduzir a pegada de carbono da preservação digital e no qual a transparência da informação e a proteção de dados pessoais devem ser considerados valores essenciais, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) se unem para realizar o V Congresso Internacional de Arquivos Digitais, que ocorrerá em conjunto com o III Seminário Internacional de Patrimônio Digital, nos dias 6, 7 e 8 de maio de 2026, no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro. O evento integra a Cátedra Oswaldo Cruz.
Com o tema Transparência, credibilidade e confiança na governança de informações e dados em arquivos digitais, a iniciativa visa analisar os problemas associados à gestão de grandes volumes de informações, dados e documentos; determinar práticas para a transparência e proteção de dados pessoais em arquivos e ambientes digitais que preservam um grande volume de dados; e traçar estratégias para definir princípios arquivísticos que assegurem a credibilidade e a confiança na governança de coleções digitais.
O V Congresso Internacional de Arquivos Digitais e III Seminário Internacional de Patrimônio Digital serão organizados pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) — unidade da Fiocruz dedicada à pesquisa e ao ensino nos campos do patrimônio cultural, da história das ciências e da saúde, e da divulgação científica — e pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz e pelo Instituto de Investigações Biblioteconômicas e da Informação (Iibi) da Unam.
Os debates abordarão temas como autenticidade e integridade como valores essenciais dos arquivos e ambientes digitais; desinformação e uso indevido da informação nos arquivos e ambientes digitais; confiança diante dos algoritmos inteligentes e da inteligência artificial; e difusão cultural de coleções digitais.
Interessados em apresentar trabalhos ou ministrar um workshop ou tutorial devem enviar proposta até o dia 27 de fevereiro de 2026, em espanhol, português ou inglês. A notificação de aceite do material, que passará por avaliação de um Comitê Científico Internacional, será enviada na semana de 16 a 20 de março de 2026. Mais informações podem ser obtidas no site da Unam.
A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) convida para o lançamento de três novas publicações de seus pesquisadores e egressos. O evento será realizado no dia 18 de dezemboro, às 14h, no terceiro andar do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), seguido de sessão de autógrafos às 15h30 no Solarium. As obras trazem contribuições inéditas para os campos da história da ciência, saúde pública, museus e acervos.
Um dos lançamentos será Uma história das leishmanioses no Novo Mundo: Avanços e desafios do tempo presente, organizado pelo pesquisador da COC Jaime Benchimol e lançado pela Editora Mauad com apoio da Faperj. Terceiro volume de uma série sobre o tema, o livro apresenta uma abordagem ampla e multidisciplinar sobre um dos grupos de doenças tropicais mais complexos e negligenciados. A obra analisa pesquisas realizadas no Brasil e em outros países, evidenciando a urbanização das leishmanioses e a necessidade de respostas urgentes por parte da ciência e da sociedade.
O volume reúne textos de outros sete autores e totaliza 12 capítulos, seis deles escritos pelo próprio organizador. Ao articular transformações socioambientais, mudanças climáticas, dinâmicas econômicas e políticas de saúde pública, o livro apresenta um panorama dos avanços alcançados e dos obstáculos que ainda marcam o enfrentamento dessas doenças.
Outro lançamento é O Museu Aprendiz, de Ana Carolina de Souza Gonzalez, pesquisadora do Museu da Vida (COC/Fiocruz). Com ilustrações de Caio Baldi, o livro integra a Coleção História e Patrimônios da Saúde e da Ciência, da Editora Hucitec, conta com o apoio da Faperj, e resulta de uma pesquisa que articula reflexão teórica e intensa vivência profissional. A partir de sua experiência em museus de ciência e da pesquisa desenvolvida no doutorado, a autora busca novas contribuições para as práticas desse campo, examinando os processos de aprendizagem em museus, especialmente os itinerantes.
O livro propõe uma mudança de perspectiva ao convidar o leitor a perceber que são os museus que podem aprender com a sociedade e não o contrário, como é tão comum na literatura. Ao analisar como as interações entre profissionais e públicos geram entendimentos compartilhados e coproduções de saberes, a obra instiga a repensar os museus intinerantes como espaços dinâmicos, abertos e em constante transformação.
Por fim, será lançado O Corpo no Vidro: Fotografias e peças anatômicas da Fundação Oswaldo Cruz, de Lucas Cuba Martins, que conduz o leitor aos bastidores da ciência brasileira no início do século 20. O livro, que também faz parte da Coleção História e Patrimônios da Saúde e da Ciência, da Editora Hucitec, reconstrói a história das fotografias científicas produzidas no Instituto Oswaldo Cruz entre 1900 e 1960. São imagens raras, muitas delas desconhecidas do grande público, que revelam a atividade intensa do antigo Serviço de Fotografia e do Museu da Patologia.
Ex-aluno do mestrado profissional em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (PPGPAT/COC/Fiocruz), Lucas Cuba Martins recebeu o Prêmio de Melhor Dissertação de Mestrado em História das Ciências 2024 da SBHC. O livro resulta diretamente de sua pesquisa premiada e, mais do que recuperar um patrimônio visual, propõe novas interpretações sobre o papel da fotografia na história das ciências, revelando percursos pouco conhecidos que moldaram a pesquisa biomédica brasileira.
Serviço
Lançamento de livros da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz)
Data: 18/12
Horário: lançamento às 14h, seguido de assinatura de autógrafos às 15h30.
Local: 14h: salas 305 e 306 / 15h30: autógrafos no Solarium, CDHS, Campus Manguinhos/ Fiocruz
Os livros serão vendidos no local
Com o objetivo de apresentar, de maneira introdutória, a história e a técnica de processos fotográficos, bem como a sua deterioração, a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) recebe inscrições para o curso livre de qualificação profissional em Identificação de técnicas e conservação de acervos fotográficos. O curso será dividido em duas partes: a primeira parte focará na estrutura físico-química multilaminar, formas de apresentação e a deterioração e; a segunda parte apresentará as diretrizes básicas de acondicionamento e guarda. As inscrições estão abertas pelo Campus Virtual Fiocruz até 2 de dezembro.
Ao final do curso, os participantes irão conhecer os processos fotográficos dos séculos XIX e XX, história e técnicas, identificação e características de deterioração e danos; compreender as metodologias de identificação de processos fotográficos, assim como reconhecer as suas características e danos, a fim de realizar um diagnóstico preliminar; e ampliar o seu conhecimento sobre as diretrizes básicas para a conservação preventiva dos acervos fotográficos, com a possibilidade de aplicação nas instituições onde trabalha.
O curso é gratuito e destina-se a profissionais recém-graduados em conservação-restauração; estudantes de graduação de conservação-restauração, a partir do 4° período; profissionais que atuam na preservação de acervos (conservadores-restauradores, bibliotecários, arquivistas, fotógrafos e museólogos) com experiência mínima de 1 ano, e com atuação ativa em instituições, pública ou privada, responsáveis por acervos arquivísticos, bibliográficos e museológicos; e moradores dos territórios de Maré e Manguinhos com experiência em processos fotográficos históricos.
O curso terá carga horária total de 48 horas, divididas em 11 aulas, 10 aulas de 4 horas e 1 aula de 8 horas de duração. As aulas serão presenciais na Oficina Escola de Manguinhos – Espaço Adorcino Pereira da Silva no Campus Fiocruz Manguinhos (Av. Brasil, 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro/RJ).
Período de aulas: 14 de janeiro a 13 de fevereiro de 2026.
Quartas-feiras e sextas, com exceção do dia 29 de janeiro (quinta-feira).
Horário das aulas: das 8h às 12h. Com exceção do dia 29/1, o horário da aula será das 8h às 17h.
Número de vagas: 15
Local da aula: Oficina Escola de Manguinhos – Espaço Adorcino Pereira da Silva no Campus Fiocruz Manguinhos (Av. Brasil, 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro/RJ).
Certificado: Será emitido aos participantes que participem de, no mínimo, 75% das aulas
Coordenador geral: Maria Luisa Gamboa Carcereri
Coordenadores Técnicos: Daniel Lopes Moreira e Susana Priscila Cerqueira Santos
Acesse a Chamada Pública para mais informações, clique aqui.
O curso de Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência, oferecido pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), está com inscrições abertas até o dia 16 de janeiro de 2026. São oferecidas 20 vagas e a capacitação é gratuita, com aulas presenciais no campus da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro.
+Acesse o edital completo e inscreva-se aqui!
A seleção da Turma 2026 será realizada em três etapas: análise da documentação; avaliação da carta de intenções, do pré-projeto e do currículo; e entrevista com os candidatos. O objetivo do curso é formar especialistas capacitados a atuar na crescente demanda de mediação entre ciência, tecnologia e sociedade, promovendo uma reflexão crítica sobre os processos e produtos da divulgação científica.
O público-alvo são museólogos; comunicadores; jornalistas; cientistas; educadores; sociólogos; cenógrafos; produtores culturais; professores de ciências licenciados e demais profissionais que atuam na área da divulgação da ciência, da tecnologia e da saúde, da comunicação pública da ciência e da popularização científica.
As aulas terão início em março de 2026 e serão realizadas às segundas e quartas-feiras, das 9h às 17h, no Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), no campus da Fiocruz em Manguinhos. Algumas atividades externas poderão ocorrer nas dependências das instituições parceiras.
A Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência é oferecida em parceria com o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), a Fundação Cecierj, a Casa da Ciência/UFRJ e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, reunindo diferentes experiências e perspectivas no campo da divulgação científica e cultural.
#ParaTodosVerem Imagem de três pessoas, um homem branco do lado esquerdo, com barba e cabelos castanhos, está com uma blusa azul, ele olha enquanto gesticula para as duas mulheres à direita, elas possuem cabelos castanhos cacheados, uma está com uma blusa rosa e a outra com uma blusa azul escura, ambas são negras. No centro da imagem a seguinte informação: Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência na Fiocruz, inscrições abertas.
A oitava e última sessão do Encontro às Quintas do semestre será realizada no dia 27 de novembro de 2025, às 10h, no 3º andar do CDHS, nas salas 304, 305 e 306, com o tema História das Doenças e História dos Animais: fontes e abordagens interdisciplinares. Os expositores serão os pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) Luiz Alves e Gabriel Lopes, e a sessão contará com a participação do também pesquisador da Casa, Jaime Benchimol, como debatedor.
A programação reúne duas apresentações sobre temas estratégicos para a compreensão da história das ciências e da saúde no país, articulando perspectivas interdisciplinares e debates contemporâneos. O historiador Luiz Alves discute a história das doenças crônicas no Brasil a partir de três casos – câncer, doenças raras e Covid Longa -, examinando os sentidos sociais atribuídos à cronicidade ao longo dos séculos 20 e 21. A apresentação evidencia como os impactos das desigualdades sociais e das experiências individuais moldam o viver com doenças de longa duração.
O pesquisador Gabriel Lopes propõe uma reflexão sobre o papel dos animais e das relações interespécies na história da saúde. A exposição destaca como dinâmicas entre humanos e outras espécies marcam epidemias, saberes médicos e políticas sanitárias em diferentes períodos. O trabalho discute de que maneira as interações entre humanos e animais continuam a influenciar a relação entre saúde, ambiente e território, além de apontar para novas perspectivas historiográficas.
Luiz Alves tem mestrado e doutorado em História das Ciências e Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (PPGHCS/Fiocruz). Também integra o Observatório História e Saúde, da mesma instituição. Publicou o livro História da Prevenção do Câncer no Brasil: conceitos, práticas e instituições no século XX, da Editora Hucitec (2024). Gabriel Lopes também é mestre e doutor pelo PPGHCS e acaba de assumir como editor da Revista História Ciências Saúde – Manguinhos. É autor de O feroz mosquito africano no Brasil: o Anopheles gambiae entre o silêncio e a sua erradicação (1930-1940), publicado pela Editora Fiocruz (2020). Jaime Benchimol é professor do PPGHCS e foi editor da Revista História Ciências Saúde – Manguinhos por quase 20 anos. Publicou, entre outros livros, Uma história das leishmanioses no Novo Mundo: fins do século XIX aos anos 1960, pelas Editoras Garaomond/ Fiocruz (2022).
Encontro às Quintas – 8ª sessão
História das Doenças e História dos Animais: fontes e abordagens interdisciplinares
Expositores: Luiz Alves e Gabriel Lopes (COC/Fiocruz)
Debatedor: Jaime Benchimol (COC/Fiocruz)
Coordenação: Marcos Chor Maio
Data: 27/11/2025
Horário: 10h
Modalidade: Presencial
Local: CDHS, Campus Fiocruz Manguinhos, salas 304, 305 e 306
#ParaTodosVerem Banner com fundo azul escuro, nele as seguintes informações: Encontro às Quintas discute a história das doenças e dos animais: fontes e abordagens interdisciplinares, será no dia 27 de novembro às 10 horas, no CDHS - Campus Fiocruz, Manguinhos - Rio de Janeiro. Na parte inferior do banner as fotos dos palestrantes em preto e branco, Luiz Alves, um homem branco, com cabelos escuros curtos e barca escura, está de óculos com armação quadrada e camisa com gola estampada, e a foto de Gabriel Lopes, um homem branco com barba escura, óculos de armação arredondada e camisa de gola, o debatedor será Jaime Benchimol (COC/Fiocruz), coordenação Marcos Chor Maio, realização PPGHCS.
A sétima sessão do ciclo de palestras Encontro às Quintas será realizada no dia 6 de novembro e contará com as apresentações da historiadora Ayah Nuriddin (Universidade de Yale), que estará online, e do pesquisador Robert Wegner, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). Com o título História da eugenia em perspectiva comparada Brasil-EUA, o encontro será mediado por Juliana Manzoni Cavalcanti (COC/Fiocruz).
Em sua conferência intitulada Semente e Solo: Pensamento Eugênico Negro nos Séculos 19 e 20, Ayah Nuriddin irá analisar o conceito de eugenia negra, uma vertente desenvolvida por intelectuais e ativistas afro-americanos, que utilizaram ideias de hereditariedade, reforma social, controle reprodutivo e saúde pública como estratégias de elevação racial e emancipação. A pesquisadora destaca que, ao contrário da visão dominante que retrata os afro-americanos apenas como vítimas da eugenia, esses pensadores se apropriaram criticamente do discurso científico para afirmar projetos de liberdade e igualdade racial.
Robert Wegner abordará o tema da eugenia no contexto brasileiro, discutindo as aventuras e desventuras da ideia de miscigenação entre os eugenistas da década de 1930. A partir dos anos 1940, a mistura racial tornou-se central para o desenvolvimento de uma “zootecnia tropical” e para a formação do rebanho bovino no país. De acordo com Wegner, as pesquisas sobre a história da eugenia vêm se ampliando e se tornando mais sofisticadas, o que torna os estudos comparativos especialmente relevantes para compreender a diversidade e a ampla presença desses movimentos nos Estados Unidos e no Brasil em meados do século 20.
Ayah Nuriddin é professora assistente de História da Medicina. Entre seus interesses de pesquisa constam a história da eugenia, as ciências raciais e o racismo científico. Atualmente, a pesquisadora trabalha em seu primeiro livro, cujo título provisório coincide com o de sua palestra. Entre outros estudos, a historiadora publicou os artigos Reckoning with histories of medical racism and violence in the USA, na Revista The Lancet (2020), e Black Public Health: Historical Studies in the Natural Sciences, na Revista Historical Studies of Natural Sciences – HSNS (2021).
Robert Wegner é professor do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS/COC/Fiocruz) e autor do livro Eugenia: ontem e hoje, publicado pela Editora Fiocruz em 2025. A debatedora Juliana Manzoni Cavalcanti é pesquisadora do Departamento de Pesquisa em História das Ciências e da Saúde e coordenadora do PIBIC da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz. Entre seus artigos, constam Racial mixture, blood and nation in medical publications on sickle cell disease in 1950s Brazil, publicado na revista History and Philosophy of the Life Sciences (2019) e Entre negros e miscigenados: a anemia e o traço falciforme no Brasil nas décadas de 1930 e 1940, disponível na Revista História, Ciências, Saúde-Manguinhos (2011).
Encontro às Quintas – 7ª sessão
História da Eugenia em perspectiva comparada Brasil-EUA
Expositores: Ayah Nuriddin (Universidade de Yale), que participará de forma remota, e Robert Wegner (PPGHCS/COC/Fiocruz)
Debatedora: Juliana Manzoni Cavalcanti (COC/Fiocruz)
Coordenação: Marcos Chor Maio
Data: 6/11/2025
Horário: 10h
Modalidade: Presencial
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira (CDHS), Campus Fiocruz Manguinhos
A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) realiza no dia 14 de novembro, às 10h, mais uma atividade do Ciclo de Palestras: Preservação do Patrimônio: Conceitos e Práticas, que nesta edição discutirá o tema “Conservação de artefatos em reservas arqueológicas: processos e desafios”. O encontro será exclusivamente online, com transmissão ao vivo pelo canal da Casa no YouTube.
Os palestrantes Cilcair Andrade, arqueóloga da AB Arqueologia e Patrimônio; e Alessandro Silva, bolsista do Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da Casa; apresentarão reflexões e experiências sobre os processos e desafios envolvidos na conservação de artefatos arqueológicos.
Na ocasião, Alessandro Silva discutirá a trajetória do Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB), abordando protocolos e procedimentos aplicados à curadoria de acervos e destacando a importância da documentação e dos registros digitais na preservação desses materiais. Já Cilcair Andrade apresentará experiências relacionadas às coleções arqueológicas da Fiocruz, que servirão como referência para ilustrar práticas e soluções adotadas no campo. A mediação será feita por Neuvânia Getty (UFRJ e COC/Fiocruz).
Os interessados em receber certificado de participação devem se inscrever previamente pelo Campus Virtual Fiocruz até 13 de novembro e confirmar presença por meio de um link de assinatura que será disponibilizado durante a transmissão ao vivo. Organizado pelo Serviço de Educação Patrimonial do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH/COC/Fiocruz), o ciclo aborda diferentes aspectos e práticas voltadas à preservação do patrimônio cultural. Inscreva-se!
MiniBio dos participantes:
Cilcair Andrade
Arqueóloga, Historiadora e Educadora Patrimonial, é uma das profissionais à frente da AB Arqueologia & Patrimônio, trabalhando com pesquisas arqueológicas para o licenciamento ambiental, para intervenções em bens tombados e em análises de coleções arqueológicas. Especializada em elaboração e desenvolvimento de projetos de Educação Patrimonial, atua para a construção do conhecimento e divulgação do Patrimônio Cultural.
Alessandro Silva
Historiador e especialista em curadoria arqueológica, é discente do Mestrado Profissional em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da COC/Fiocruz. Desenvolve atividades de coordenação em laboratório no Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB), com ênfase em práticas de gestão e preservação do patrimônio cultural. Sua trajetória une, experiência profissional e formação acadêmica voltadas à valorização do patrimônio cultural.
Neuvânia Getty
Licenciada em Química, professora do Curso de Conservação e Restauração da EBA/UFRJ e coordena o Laboratório de Conservação em Arqueologia – LaC-Arq do Departamento Arte e Preservação. É professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (PPGPAT/COC/FIOCRUZ), realiza estudos e pesquisas na área da Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural, da Conservação de Materiais Arqueológicos, Educação Patrimonial e Conservação Preventiva.
A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) realiza, no dia 23 de outubro, às 9h, a sexta sessão do ciclo de palestras Encontro às Quintas, no Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira (CDHS). O encontro terá a exibição e discussão do filme Virgínia e Adelaide (2023), dirigido por Yasmin Thayná e Jorge Furtado.
O longa-metragem narra o encontro e a parceria entre duas mulheres pioneiras da psicanálise no Brasil: Virgínia Leone Bicudo (1910-2003), socióloga negra e primeira não-médica reconhecida como psicanalista no país, e Adelheid Koch (1896-1980), psicanalista judia alemã que se refugiou no Brasil para escapar do regime nazista. Interpretadas por Gabriela Correa (Virgínia Bicudo) e Sophie Charlotte (Adelaide Koch), as personagens enfrentam desafios ligados ao racismo e ao antissemitismo, além das dificuldades de consolidação da psicanálise no Brasil.
Após a exibição do filme, haverá debate com a presença do diretor Jorge Furtado e da atriz Gabriela Correa, convidando o público a refletir sobre racismo, gênero e psicanálise, bem como sobre as contribuições de Virgínia e Adelaide para a área. Os pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz, Marcos Chor Maio e Cristiana Facchinetti, farão a mediação.
A atriz Gabriela Correa participou de várias produções teatrais e vem construindo uma carreira diversa em curtas e longas-metragens independentes desde 2015. Estreou no streaming em produções como a 2ª temporada das séries Bom Dia, Verônica (2022) e Justiça (2024). Jorge Furtado é diretor e roteirista de cinema e televisão de produções premiadas como o documentário Ilha das Flores (1989), O homem que copiava (2003), entre outros títulos.
A pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz, Cristiana Facchinetti, é doutora em Teoria Psicanalítica (UFRJ, 2001) e, entre seus trabalhos, destaca-se o artigo Psy-Knowledge and Avant-Garde in Brazil (1928-1948), publicado na revista European Yearbook of the History of Psychology (2024). Facchinetti também é organizadora, junto com Maurício Parada e Paulo Muñoz, do livro Refugiados e Políticas de Exclusão: histórias do nazismo, Holocausto e exílio no Brasil (Editora Fiocruz, 2025). O sociólogo Marcos Chor Maio, também pesquisador titular da Casa de Oswaldo Cruz, é doutor em Ciência Política (Iuperj, 1997). É organizador do livro Atitudes Raciais de Pretos e Mulatos em São Paulo, de Virgínia Leone Bicudo (2010), e coautor, com Alejandra Josiowicz, do artigo Stefan Zweig no Exílio: interpretações do Brasil de um cidadão cosmopolita (2025).
Encontro às Quintas – 6ª sessão
Virginia & Adelaide: o encontro entre a socióloga e psicanalista negra Virgínia Bicudo e Adelheid Koch, psicanalista judia alemã
Expositores: Gabriela Correa (atriz que interpreta Virgínia) e Jorge Furtado (diretor do filme)
Debatedores: Cristiana Facchinetti (COC/Fiocruz) e Marcos Chor Maio (COC/Fiocruz)
Coordenação: Marcos Chor Maio
Data: 23/10/2025
Horário: 9h
Modalidade: Presencial
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira (CDHS), Campus Fiocruz Manguinhos
Quais os impactos da inteligência artificial, entre outras tecnologias, na gestão e no acesso ao patrimônio documental? Para discutir o tema, o Departamento de Arquivo e Documentação (DAD) e o Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (PPGPAT) da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) reúnem especialistas, no dia 3 de novembro, no Salão de Conferências do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), no campus da Fiocruz em Manguinhos, zona norte do Rio. O evento conta com a parceria do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O VIII Seminário Patrimônio Documental em Perspectiva: novas tecnologias, usos e desafios terá como palestrantes Agnès Magnien (Ministério da Cultura da França), Isabelle Gaillard (Universidade Grenoble-Alpes) e Marcus Vinícius Pereira da Silva (COC/Fiocruz). Com mediação de Luciana Heymann (COC/Fiocruz), pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz e professora do PPGPAT, o evento será transmitido pelo canal da Casa de Oswaldo Cruz no Youtube. Contará com tradução simultânea e intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Logo após a abertura, com Renata Lourenço (COC/Fiocruz), Luciana Heymann e Ana Paula Goulart (EcoPos/UFRJ), Agnès Magnien, Inspetora-Geral de Assuntos Culturais do Ministério da Cultura e presidente do Comitê Francês do Programa Memória do Mundo da UNESCO, abre as apresentações abordando as oportunidades e riscos que envolvem o uso de inteligência artificial no trabalho com arquivos. Em seguida, Isabelle Gaillard (Universidade Grenoble-Alpes), colíder do projeto de pesquisa franco-brasileiro AMIS (Arquivo-Mídia-Imagem-Sociedade) fala sobre a relação entre historiadores, arquivos e YouTube. Heyman, Goulart e Magnien integram o projeto, que reúne diversas instituições brasileiras e francesas das áreas de comunicação, história e ciência da informação.
O evento finaliza com Marcus Vinícius Pereira da Silva, professor no Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) e do PPGPAT e coordenador-adjunto do Fórum de Preservação Digital da Fiocruz. Ele vai abordar os desafios e possibilidades da difusão do patrimônio cultural por meio do Wikimedia, partindo de uma experiência realizada na Casa de Oswaldo Cruz.
Confira, abaixo, mais informações sobre os palestrantes e os temas que serão debatidos.
Programação
13h30 – Café (Solário do CDHS)
14h – Mesa de abertura: Renata Lourenço (COC/Fiocruz), Luciana Heymann (COC/Fiocruz) e Ana Paula Goulart (EcoPos/UFRJ)
14h15 – Mesa-redonda
Agnès Magnien
L’usage de l’IA dans les archives: opportunité et vigilance (O uso da IA nos arquivos: oportunidade e vigilância)
Em que medida a inteligência artificial pode ser uma ferramenta de apoio útil, uma fonte de desenvolvimento e um meio de facilitar o trabalho dos envolvidos no patrimônio arquivístico ou nas relações com o público? Quais riscos podem ser identificados no uso da inteligência artificial no campo do patrimônio documental e quais respostas podem ser fornecidas para tentar reduzi-los?
Isabelle Gaillard
“Les historiens, YouTube et les archives: des rapports complexes” (Os historiadores, o Youtube e os arquivos: relações complexas)
Qual a relação que os historiadores e as historiadoras têm com o YouTube e em que medida a plataforma pode ou não ser usada como um arquivo?
Marcus Vinícius Pereira da Silva
Patrimônio cultural e colaboração aberta: perspectivas no Ecossistema Wikimedia
A difusão do patrimônio cultural por meio do ecossistema Wikimedia apresenta desafios, incluindo os legais e éticos, e possibilidades. A partir da experiência da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, serão analisadas iniciativas de disponibilização e reuso de acervos em plataformas colaborativas e o potencial da colaboração aberta para ampliar o acesso, a preservação digital e o diálogo com diferentes públicos.
16h – Debate
16h30 – Encerramento
Palestrantes
Agnès Magnien
Inspetora-Geral de Assuntos Culturais do Ministério da Cultura desde setembro de 2021 e presidente do Comitê Francês do Programa Memória do Mundo desde abril de 2021. Formada na École Nationale des Chartes como arquivista-paleógrafa, foi Diretora do Arquivo Departamental de Seine-Saint-Denis (1994-1999), antes de assumir a Diretoria-Geral Adjunta do Departamento de Seine-Saint-Denis, responsável pelas faculdades, creches, cultura, esporte, juventude, patrimônio e arquivos (2000-2008). Retornou ao Ministério da Cultura para assumir a gestão do Arquivo Nacional e organizar a instalação de uma nova sede (2011 a 2014), e depois ingressou no Instituto Nacional do Audiovisual (INA) como Diretora Adjunta de Coleções (2014-2021).
Isabelle Gaillard
Professora titular do Departamento de História da Universidade Grenoble-Alpes desde 2007; membro do Laboratório de Pesquisa Histórica Rhône-Alpes (LARHRA) desde 2003. Colíder do projeto de pesquisa franco-brasileiro AMIS (Arquivo-Mídia-Imagem-Sociedade), de 2021 a 2026. Desenvolve pesquisas nas áreas de história econômica e social do consumo, história econômica e social do esporte, história da mídia e do audiovisual.
Marcus Vinícius Pereira da Silva
Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em Ciências na área de Informação e Comunicação em Saúde pela Fiocruz e bacharel em Biblioteconomia e Documentação pela UFF. Atua como professor nos programas de pós-graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) e em Gestão e Preservação do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (PPGPAT), ambos da Fiocruz. É coordenador-adjunto do Fórum de Preservação Digital da Fiocruz e integra o Comitê Gestor do Preservo – Complexo de Acervos da Fiocruz e o Fórum de Ciência Aberta. Desenvolve projetos de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico em patrimônio cultural e humanidades digitais, com ênfase em acesso e preservação digital, ciência aberta e indicadores de ciência, tecnologia e inovação em saúde.
A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) realiza, no dia 28 de outubro, o terceiro encontro de uma série de eventos sobre acessibilidade, voltado ao fortalecimento de políticas inclusivas dentro e fora da Fiocruz. Com o tema Como pessoas com deficiência podem garantir seus direitos, a atividade busca apontar caminhos e estratégias para que esse público tenha acesso efetivo aos direitos já assegurados em lei, mas ainda pouco conhecidos ou aplicados na prática. Os interessados têm até o dia 24 de outubro para se inscrever pelos e-mails rejane.tavares@fiocruz.br e gabriela.topini@fiocruz.br.
A programação inclui duas palestras: Direitos da Pessoa com Deficiência: espaços para conseguir esses direitos, com o advogado Raphael Pinho, pessoa com deficiência, secretário executivo do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência do Rio de Janeiro (Condef), especialista em legislação e políticas públicas voltadas à inclusão; e Laudo da Pessoa com Deficiência, ministrada por Karla Suely Malhães de Souza, médica do trabalho com atuação em perícia médica e avaliação funcional da Fundação de Apoio à Fiocruz (Fiotec). A primeira palestra abordará a legislação vigente e os mecanismos de acesso a benefícios, enquanto a segunda tratará da importância do laudo para o reconhecimento legal da deficiência, explicando critérios médicos, procedimentos e impactos na obtenção de direitos.
O encontro será realizado a partir das 8h30, no Auditório do Museu da Vida Fiocruz, localizado no campus Manguinhos, no Rio de Janeiro, e contará com transmissão ao vivo pelo canal da Casa de Oswaldo Cruz no YouTube. A programação terá início com um café de recepção no foyer do auditório, seguido pelas duas palestras, das 9h30 às 11h30, e um período aberto para perguntas e interações com o público, mediado por Bianca Reis, integrante do Fórum de Acessibilidade; Michelle Diniz, chefe do Serviço de Gestão de Pessoas; e Leninha Monteiro, vice-diretora de Gestão e Desenvolvimento Institucional, todas da Casa de Oswaldo Cruz.
O evento é aberto ao público e voltado especialmente a profissionais, estudantes, gestores e pessoas com deficiência interessadas em compreender melhor os instrumentos legais e institucionais disponíveis para a efetivação de seus direitos.
Serviço
Data: 28 de outubro
Horário: a partir das 8h30
Local: Auditório do Museu da Vida Fiocruz – Av. Brasil, 4365, Manguinhos, Rio de Janeiro
Transmissão: YouTube da Casa de Oswaldo Cruz
Inscrições até 24 de outubro: rejane.tavares@fiocruz.br | gabriela.topini@fiocruz.br