Nesta quinta-feira, 20 de março, o Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), recebe a médica mastologista do IFF, Viviane Esteves, e o médico ginecologista do IFF, Jorge Elias Neto, no Encontro com Especialistas para debater o tema "Atenção ginecológica dos sintomas climatéricos em mulheres com câncer de mama". O Encontro acontece às 15h, com transmissão ao vivo pelo Portal de Boas Práticas e pelo canal no Youtube do Portal.
Criado para oferecer conteúdo de alta qualidade, voltado para a prática clínica e baseado nas melhores evidências científicas, o Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente é integrado por instituições de ensino e pesquisa de todo o Brasil. Toda semana um conteúdo inédito é publicado em cada área do Portal e transmissões ao vivo são realizadas com Especialistas dos melhores congressos. É conteúdo gratuito e aberto para profissionais que cuidam da saúde de milhões de mulheres e crianças em nosso país.
Acompanhe ao vivo:
No contexto da campanha do Outubro Rosa, a Fiocruz Bahia promove, na sexta-feira, 20 de outubro, às 9h, uma sessão científica debatendo "A jornada da paciente com câncer de mama". A palestrante será Ana Cláudia Imbassahy, médica mastologista e professora do curso de medicina do Centro Universitário UniFTC e da Universidade Salvador (UniFACs). A palestra acontece presencialmente no Auditório Aluízio Prata, na Fiocruz Bahia, com transmissão pela plataforma Zoom.
Graduada em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), fez residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Ana Nery e curso de especialização em Mastologia, no Hospital Aristides Maltez, e capacitação em cirurgia oncoplástica e reconstrutiva da mama, no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Ana Cláudia é membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) com título de especialista em Mastologia. É chefe do serviço de Mastologia do Hospital Aristides Maltez, onde coordena a residência médica em Mastologia, desenvolve atividades de ensino e pesquisa e trabalha como cirurgia da mama e oncoplastia. Atualmente é médica mastologista do Hospital Aliança, Centro Médico São Rafael e Oncologia Dor e do grupo Promédica.
*Com informações da Fiocruz Bahia
*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol
Em meio às celebrações do Outubro Rosa, campanha que tem como objetivo compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama, a Fiocruz realiza o lançamento do livro em quadrinhos 180º – Minhas Reviravoltas com o Câncer de Mama, de autoria da pesquisadora e analista de gestão em saúde da Fiocruz Brasília, Dulce Ferraz. Com ilustrações de Camilla Siren e colaboração de Fabiene Gama e Soraya Fleischer, a publicação está disponível em acesso aberto gratuitamente em formato e-book e impresso no site da Editora NAU.
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A personagem principal da história é uma mulher de 36 anos, duas filhas, cheia de planos profissionais e transbordando vida. O livro conta as diferentes etapas da trajetória da protagonista com o câncer de mama. No primeiro capítulo, ela descobre o caroço no peito esquerdo e tem os primeiros encontros com médicos, hospitais e exames. O segundo capítulo é dedicado à busca pelos tratamentos, com seus questionamentos, dúvidas e críticas. As vivências com os tratamentos são o tema do terceiro capítulo, que também convida a refletir sobre o imaginário em torno do câncer de mama e sobre como é possível fazer mais e melhor pelas mulheres que enfrentam essa doença.
A publicação é baseada na jornada da própria autora, que registrou o dia a dia do tratamento em um caderno de perguntas e memórias. “Fui entendendo que escrever poderia me ajudar, tanto com coisas bem práticas, como anotar as perguntas a fazer nas consultas ou os nomes de procedimentos e medicamentos que me sugeriam, quanto com a compreensão e a elaboração dos sentimentos sobre tudo que acontecia”, conta Dulce Ferraz, analista de gestão em saúde da Fiocruz Brasília e pesquisadora das intersecções entre psicologia social e saúde pública.
Realizado com financiamento de edital da Fiocruz Brasília e do CNPq, o livro mostra a importância de uma rede coletiva de cuidados e do respeito ao direito à informação em linguagem acessível. A escolha do formato em quadrinhos foi justamente uma tentativa de aprimorar a comunicação e o acolhimento de mulheres e famílias que estejam vivenciando situação similar, além de sensibilizar profissionais de saúde para a perspectiva das mulheres sobre a doença.
Lançamentos presenciais em Brasília e no Rio
O lançamento do livro conta com a realização de dois eventos presenciais com a autora do livro. O primeiro será realizado na Fiocruz Brasília, no dia 25 de outubro, às 14h30, como parte da comemoração dos 46 anos da unidade.
Haverá também o lançamento presencial no Rio de Janeiro, no dia 27 de outubro, às 12h, no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Ainda no Rio de Janeiro, o Castelo Mourisco, sede da Fiocruz, localizado na Av. Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro, recebe iluminação especial em alusão ao Outubro Rosa – campanha de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico do câncer de mama.
*Com informações da Fiocruz Brasília
Atualmente, um dos grandes méritos dos profissionais e serviços de saúde tem sido a ampliação não só do acesso à assistência, mas também da qualidade desse trabalho, garantindo cada vez mais que a mulher seja assistida como um todo. Para que esse atendimento seja realizado de forma humanizada e qualificada, a Área de Atenção Clínico-cirúrgica à Mulher do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) realizou (5/7) a 1ª Jornada da Área da Mulher, que teve como principal objetivo apresentar os serviços assistenciais prestados à mulher e a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e colo de útero.
“Ao longo dos últimos trintas anos a atenção ginecológica do IFF passou por uma modernização no sentido de realização de novos procedimentos minimamente invasivos e de incorporações tecnológicas, a fim de trazer um menor risco à saúde da mulher. A criação e desenvolvimento do serviço de patologia cervical; os avanços na histeroscopia diagnóstica e cirúrgica; a ampliação dos procedimentos de videolaparoscopia e a detecção precoce do câncer de mama, através da biópsia guiada por ultrassonografia são alguns dos nossos procedimentos assistenciais que são possíveis devido à qualificação técnica dos profissionais e investimentos tecnológicos na área”, ressaltou a chefe de gabinete da Direção e assistente social da Área de Atenção Clínico-cirúrgica à Mulher do IFF/Fiocruz, Ana Lúcia Tiziano. Para mostrar como esse trabalho é realizado e os seus fluxos de atendimento, diversos assuntos envolvendo a temática foram apresentados durante o evento.
Para iniciar a Jornada, o diretor do IFF/Fiocruz e ginecologista da Área de Atenção Clínico-cirúrgica à Mulher, Fábio Russomano, fez uma explanação sobre a elaboração e atualização das Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer de colo de útero, publicação que faz parte de um conjunto de materiais técnicos consoantes com as ações da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer e visa subsidiar os profissionais da saúde em suas práticas assistenciais e apoiar os gestores na tomada de decisão em relação à organização e estruturação da linha de cuidados da mulher com câncer de colo de útero. “Tivemos a oportunidade de coordenar a confecção desse trabalho, sabemos que essas diretrizes são importantes para auxiliar o Ministério da Saúde (MS) na identificação de unidades de atenção à saúde que precisam estar capacitadas a realizarem colposcopia e atuarem no tratamento das lesões precursoras do câncer de colo de útero”, enfatizou Russomano.
Na oportunidade, Russomano falou ainda sobre a participação de instituições públicas de referência em saúde e da sociedade como um todo na elaboração do conteúdo. “O mais importante desse processo de construção foi a ampla participação dos profissionais e da sociedade que garantiu que o texto final fosse reconhecido por todos. Hoje, praticamente, não utilizamos as diretrizes americanas para consultoria, preferimos as diretrizes brasileiras que nos atendem perfeitamente”, respaldou o médico ginecologista.
Na sequência, a ginecologista obstetra e coordenadora da Gerência do Câncer da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS/RJ), Vânia Sitepanowez, fez uma apresentação sobre o cenário atual do rastreamento do câncer de colo de útero no município do Rio. Ela mencionou as diretrizes nacionais da Política Nacional de Atenção Oncológica como principal guia na condução de protocolos. “Essas diretrizes nos dão um norte de como devemos proceder no encaminhamento e rastreamento das pacientes que chegam através do Sistema Único de Saúde [SUS]”, pontuou.
Outro ponto levando pela palestrante é que as ações realizadas incluem estratégias para detecção precoce do câncer, baseado na observação de que o tratamento é mais efetivo quando a doença é diagnosticada em fases iniciais; garantia da grade de referências, com o fortalecimento do sistema de regulação; monitoramento da cobertura das populações alvo, qualidade da prestação de serviço, do acesso, oferta de exames e resultados. “A rede de atenção oncológica é composta por vários pares que devem executar seus papéis harmonicamente, com qualidade para que haja sucesso no controle do câncer, repercussões físicas, psíquicas e sociais causadas pelo câncer”, enfatizou Vânia.
Dando prosseguimento ao evento, a gerente da Área de Atenção Clínico-cirúrgica à Mulher e médica mastologista do Instituto, Viviane Esteves, iniciou a sua apresentação falando sobre a importância do acolhimento às mulheres que procuram o serviço com nódulos ou lesões suspeitas de câncer de mama. “É importante que essa mulher, ao procurar o serviço, receba uma escuta qualificada, que todas as suas dúvidas e medos sejam sanados, que ela entenda o real objetivo da biópsia e como esta é realizada, que ela receba um cuidado holístico para garantir uma assistência individualizada e satisfatória”, frisou Viviane.
Outra apresentação feita pela médica foi sobre os tipos de biópsias para detecção do câncer de mama e a definição do termo Birads – método de sistematização internacional para a avaliação mamária, interpretação do exame e confecção dos laudos de exames de imagem especificamente da mama. “É uma padronização mundialmente adotada em qualquer lugar do mundo, qualquer médico especialista nesta área entenderia uma classificação Birads 5, por exemplo”, complementou. Ainda sobre as lesões mamárias (cistos, nódulos, calcificações), que muito apavoram as mulheres, a mastologista Viviane ressaltou que a maioria dos nódulos e das microcalcificações mamárias são benignos, ou seja, a presença em si de nódulos ou microcalcificações não quer dizer de forma alguma que a paciente está com câncer de mama.
O evento foi realizado durante todo o dia, no período da tarde os temas abordados foram Uroginecologia; Diagnóstico da incontinência urinária; Bexiga hiperativa: Abordagem terapêutica; Tratamento cirúrgico do prolapso do compartimento anterior: estado atual e experiência do IFF/Fiocruz; Atuação da fisioterapia pélvica nas distopias genitais; Histeroscopia; Indicações; Experiência do IFF/Fiocruz; Histeroscopia cirúrgica e novas tecnologias; Controle hídrico na histeroscopia cirúrgica; e Enfermagem no pós-operatório em ginecologia: experiência no IFF/Fiocruz.
Esse ano o Brasil vai ultrapassar a triste marca de 50 mil novos casos de câncer de mama. E o mais alarmante é que o registro de casos avançados da doença está na faixa estaria mais jovem. Os motivos são muitos: estilo de vida, meio ambiente, tabagismo, hereditariedade e, principalmente, falta de conhecimento do próprio corpo.