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Publicado em 25/03/2025

Fiocruz debate desafios à equidade de gênero e raça na Academia

Autor(a): 
Ensp/Fiocruz

No dia 26 de março, às 14h, o Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ceensp/Ensp/Fiocruz) vai debater 'Produtividade na Academia e os desafios à equidade de gênero e raça'. Participarão do debate a presidenta da Capes, Denise Pires, a pesquisadora da Ensp, Marília Sá Carvalho, a professora da Universidade Federal de Santa Catarina, Miriam Grossi, e a pesquisadora da Universidade Estadual de Feira de Santana, Ionara Magalhães.

A coordenação ficará por conta da pesquisadora da Ensp, Vera Marques.

O evento será transmitido pelo canal da Ensp no Youtube e contará com tradução para libras.

 

Publicado em 23/08/2023

Diversidade é o tema da Semana da Pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz 2023

Autor(a): 
Max Gomes (IOC/Fiocruz)

Entre os dias 25 e 29 de setembro será realizada a Semana da Pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) 2023. Neste ano, o evento organizado por estudantes para estudantes se debruça sobre a diversidade com o tema ‘Somos IOC, somos plurais: diálogos sobre diversidade na pós-graduação’. Os encontros serão realizados no Pavilhão Arthur Neiva, campus Manguinhos-Maré, na Av. Brasil, 4.365 Rio de Janeiro.

Entre as atividades planejadas para esta edição, estão palestras, mesas-redondas, stands e minicursos que debaterão questões raciais, de gênero e de inclusão de pessoas com deficiência visual ou auditiva na Ciência, com o propósito de construir uma pós-graduação plural e inclusiva.

Também integram a programação o 15º Fórum de Integração de Alunos de Pós-graduação do IOC, que discute experiências ligadas à vida acadêmica dos pós-graduandos; a Jornada Jovens Talentos, que apresenta a produção científica dos estudantes de mestrado e doutorado; e o Prêmio IOC de Teses Alexandre Peixoto, que reconhece as pesquisas indicadas aos Prêmio Capes de Tese pelos Programas de Pós-graduação Stricto sensu do Instituto.

Os interessados em participar devem se inscrever na página do evento no Campus Virtual Fiocruz. A emissão de certificados está condicionada a uma frequência mínima de 75% nas atividades.

Confira a programação completa da Semana e outras informações.

Submissão de trabalhos até 30/8

Os estudantes de mestrado ou doutorado, inscritos no evento, poderão submeter até dois resumos simples como primeiro autor, relacionados aos resultados dos seus projetos, bem como, fruto de outros trabalhos produzidos pelos seus grupos de pesquisas. Este ano, todos os trabalhos submetidos e aprovados irão compor o 2º Anais da Semana da Pós-graduação do IOC. A avaliação e seleção dos trabalhos será realizada por uma comissão de pós-doutorandos (pós-docs) do IOC.

Para se inscrever na Jornada Jovens Talentos, você deve se inscrever primeiro na semana de Pós-graduação. Os trabalhos somente serão aceitos mediante a inscrição no evento.

Posteriormente, deve preencher o formulário de inscrição na Jornada.

Confira aqui mais informações sobre submissão de trabalhos, disponível até 30 de agosto.

 

Edição: 

Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

 

#ParaTodosVerem Banner com as cores amarela, rosa, laranja e verde misturadas, no centro está escrito: Semana da Pós-Graduação, Instituto Oswaldo Cruz, Edição 2023.

Publicado em 12/03/2020

‘Marmo: o ofá cuja voz ecoa’ revela trajetória do educador José Marmo, um líder na luta pela saúde da população negra no Brasil

Autor(a): 
Icict/Fiocruz

José Marmo da Silva é figura-chave nas lutas recentes em prol da saúde da população negra. Dentista, educador, militante, filho de Oxóssi e ogã, nascido em Nilópolis, na Baixada Fluminense, ele buscou os saberes das religiões de matrizes africanas para promover políticas públicas de saúde e de educação. Para isso, realizou projetos pioneiros, como a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro Saúde). Após sua morte, em 2017, sua coleção particular foi doada à Biblioteca de Manguinhos do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz). Um inventário que abrange cerca de 400 itens, e que registra não apenas sua trajetória, mas o avanço e as estratégias na luta por direitos da população negra e enfrentamento ao racismo. Parte dessa coleção será apresentada na exposição Marmo: o ofá cuja voz ecoa, que vai ocupar o hall da Biblioteca de Manguinhos até o fim de março, narrando um pouco da história dessa importante liderança brasileira.

Igor Falce Dias de Lima, coordenador da Biblioteca de Manguinhos e um dos curadores da exposição, lembra que Marmo foi um dos precursores do conceito de saúde da população negra no Brasil. “Sua voz ecoa através de suas ações e projetos voltados para a promoção da saúde da população negra e de terreiros. O legado de Marmo nos marca como inspiração e motivação para combater o racismo e as desigualdades sociais, principalmente no âmbito da saúde”, diz. A exposição integra uma série de eventos que ocorrem em todo o mundo pela campanha 21 Dias de Ativismo contra o Racismo, organizados para celebrar o 21 de março, Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Quem foi José Marmo

Com uma história pessoal de engajamento social, José Marmo esteve entre o grupo de “pesquisadoras negras e pesquisadores negros que pressionam o Ministério da Saúde e o governo brasileiro a tirar da invisibilidade o que pesquisas em saúde evidenciavam: o racismo e a discriminação étnico-racial existentes desde sempre no Brasil, que afetam, negativamente, a saúde de filhas e filhos negros de nossa pátria mãe gentil”, narra o texto da exposição. 

Como exemplo de algumas atuações de Marmo, ele foi coordenador do programa de saúde do grupo cultural AfroReggae e precursor das campanhas de promoção à saúde e prevenção de HIV/Aids para a população negra e povos de terreiro. Foi fundamental para a criação de projetos como o Odô-Yá, que criava estratégias para que iniciados das religiões de matrizes africanas lidassem de forma preventiva e solidária ante a epidemia de HIV/Aids no Brasil. Ou o Arayê, da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), que estimulava a reflexão sobre a saúde da população afro-brasileira, mostrando as contradições relacionadas à qualidade de vida no Brasil. Foi atuante na consolidação do Grupo Criola, organização da sociedade civil para defesa e promoção dos direitos das mulheres negras.

Em 2003, Marmo foi um dos fundadores da Renafro Saúde, uma articulação da sociedade civil que reúne representantes de comunidades tradicionais de terreiro. Além disso, integrou o Comitê Técnico de Saúde da População Negra da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e atuou em diferentes instâncias por políticas públicas de saúde para a população negra. "Era um ativista do movimento social que lutava por direitos humanos, direitos da população negra e de pessoas de terreiro, assim como combatia o racismo e as diversas formas de intolerância”, descreve Marco Antonio Chagas Guimarães, também curador da exposição, psicanalista, especialista em saúde da população negra e cultura afro-brasileira e viúvo de Marmo, com quem conviveu por 30 anos. “Marmo foi iniciado no Candomblé como filho de Oxóssi, o caçador. E, como tal, buscava formas de prover sua comunidade por meio dos projetos que criou e desenvolveu. Sabia a importância do coletivo e do compartilhar, a importância do aprender, ensinar, do ser grato. Não tinha medo de desafios e, apesar das adversidades, não perdia a alegria, a vontade de criar e sonhar”, completa.

Como um ofá – o arco e flexa de Oxóssi –, Marmo traçou sua trajetória abrindo caminhos por direitos e se projetando no futuro. Morreu em 1º de setembro de 2017, aos 63 anos. A nota de pesar da Fundação Cultural Palmares o apontava como “um dos maiores articuladores das culturas e matrizes africanas”. “Os Povos de Terreiro choram essa perda, mas seu legado há de permanecer conosco”, diz a nota, assinada pelo então presidente da Fundação, Erivaldo Oliveira. Em junho de 2018, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) concedeu a Marmo a Medalha Tiradentes Post-Mortem, a maior condecoração do Estado do Rio de Janeiro, por todo o trabalho desenvolvido. Além de ofá, Marmo era também ogã (de Oxum). Que, nas religiões de matrizes africanas, é o título dado àqueles capazes de auxiliar e proteger a casa de culto.

Exposição

O evento é o primeiro de 2020 no Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos, que ficou fechada por nove meses. A exposição trará cartões-postais, fotografias, vídeos, boletins informativos e outras publicações da Coleção José Marmo. “Coleções como a de Marmo fomentam, fortalecem e promovem a pesquisa em pautas sociais que corroboram com os princípios de universalidade, integralidade e equidade do Sistema Único de Saúde”, enfatiza Igor Lima. 

Marco Antonio Guimarães explica que, ao pôr a coleção em foco, a mostra da Biblioteca de Manguinhos reitera como o racismo estrutural e institucional existente no Brasil ainda promove agravos à saúde de pessoas negras, que acabam tendo menor expectativa de vida, maior taxa de mortalidade e maior risco de adoecer e de morrer por doenças evitáveis.

A exposição é gratuita e ocupa o hall da Biblioteca de Manguinhos (campus da Fiocruz, no Rio de Janeiro). A visitação vai até o dia 31 de março, das 8h às 16h45.

Publicado em 09/10/2019

Fiocruz inclui ações afirmativas nos cursos Lato sensu

Autor(a): 
Alex Bicca (VPEIC/Fiocruz)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está ampliando suas políticas de inclusão e ações afirmativas, que têm o objetivo de promover mais equidade e diversidade na instituição. A Portaria 6162/2019 PR (18 de setembro de 2019) representa mais um passo nesta direção. Com a medida, os cursos de especialização (Lato sensu) e das residências em saúde também passaram a ser regulamentados quanto às ações afirmativas — o que abrange cotas destinadas a pessoas com deficiência (PCD), negros (pretos e pardos) ou indígenas em processos seletivos.

A Portaria resulta de debates ocorridos ao longo de 2019 em instâncias colegiadas da educação, como o Fórum da Escola de Governo da Fiocruz, o Fórum das Residências e a Câmara Técnica da Educação (CTE), lembra a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado. "As cotas estavam previstas desde 2017 para seleção em cursos Stricto sensu (mestrado e doutorado), mas havia uma lacuna de regulamentação em relação ao Lato sensu. Alguns cursos já vinham adotando cotas por iniciativa própria, outros não”.

Segundo ela, além de suprir essa lacuna, a medida reitera o compromisso institucional com a busca de equidade e de inclusão social. "Expressa nosso alinhamento e coerência em relação às diretrizes do 8º Congresso Interno da Fiocruz e ao trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo dos anos pelo Comitês Pró-Equidade de Gênero e Raça e pelo Comitê de Acessibilidade em nossa instituição".

A partir de agora, as chamadas públicas (editais) de especializações e residências deverão prever 10% das vagas para candidatos que se declararem pessoa com deficiência ou que se autodeclararem negros (pretos e pardos) ou indígenas. Até o ano de 2023, as vagas destinadas a cotistas devem chegar a 20% do total de vagas oferecidas por cursos de especialização e para os programas de residência em saúde.

Leia mais

"Diversidade é a prioridade dessa gestão", afirma Richarlls Martins, coordenador da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz do Rio de Janeiro (APG-Fiocruz/RJ), em entrevista ao Campus Virtual Fiocruz.

Publicado em 23/07/2019

Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde recebe inscrições em disciplinas até ​26/7

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz, com informações da COC/Fiocruz

O Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS), da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), está com inscrições abertas para disciplinas isoladas. As inscrições para o segundo semestre de 2019 vão até o dia 26 de julho. 

Estudantes de outros programas de pós-graduação podem se inscrever nas obrigatórias e eletivas. Já candidatos  que não sejam vinculados a nenhum programa podem optar apenas nas eletivas. Saiba como se inscrever aqui.

Raça, ciência e sociedade no Brasil

Entre as disciplinas oferecidas pelo PPGHCS, está Raça, ciência e sociedade no Brasil, que explora os enfoques mais representativos a respeito do conceito de raça, do final do século XIX até o início do século XXI, em especial na sociedade brasileira. A associação entre raça e cientistas é um dos temas abordados. Também serão examinadas pesquisas recentes sobre os usos sociais da genética nas interfaces entre raça, genes, construção de identidades coletivas, história e interpretações do Brasil.

Conheça aqui todas as disciplinas oferecidas no segundo semestre.

Um programa que faz novas perguntas ao passado

O Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em História das Ciências e da Saúde abrange três linhas de pesquisa: História da medicina e das doenças, História das ciências biomédicas e História das políticas, instituições e profissões em saúde. As disciplinas oferecidas pelo programa, assim como suas pesquisas dialogam com questões contemporâneas que norteiam os debates científicos, propondo novas perguntas ao passado. O objetivo é perceber o desenvolvimento dos processos de formação e consolidação de práticas e disciplinas científicas. 

Visite o site e saiba mais.

Publicado em 08/03/2019

Nenhum direito a menos! Curso da UNA-SUS capacita em Atenção Integral à Saúde das Mulheres

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz), com informações da UNA-SUS

O Brasil é um dos países que mais cometem feminicídio no mundo. Desde o início do ano, foram registrados 126 casos de mulheres que perderam suas vidas em razão de seu gênero, de acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). É por isso que hoje, no Dia Internacional das Mulher (8/3), destacamos a importância de políticas públicas e da formação de profissionais que protejam e ampliem os direitos das mulheres, priorizando a atenção integral a todas.

Pensando nisso, a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) está com matrículas abertas para o curso online de Capacitação em Atenção Integral à Saúde das Mulheres. Desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o objetivo do curso é formar profissionais de saúde na atenção integral às diferentes mulheres do Brasil.

Formar profissionais para integrar a luta

Com um total de 120 horas de estudo, o curso da UNA-SUS é voltado para profissionais de nível superior da Atenção Básica em Saúde. Também são bem-vindos gestores de coordenações estaduais e municipais de saúde das mulheres e de políticas intersetoriais, e áreas afins para o atendimento integral da mulher no sistema de saúde.

Os conteúdos abordam a atenção à saúde das mulheres nas diferentes fases: jovens, adultas, gestantes, no climatério, idosas e as especificidades desta atenção para as mulheres negras, indígenas, do campo, da floresta e das águas. “O desafio que propomos é um olhar ampliado no atendimento, na escuta qualificada, no respeito e na busca pela garantia de direitos das mulheres, em suma, a uma vida com saúde”, afirma a coordenadora do curso, Elza Berger.

As matrículas podem ser realizadas até o dia 30 de abril, pelo link. Inscreva-se já!

Publicado em 26/03/2018

Ministério da Saúde e Universidade Aberta do SUS lançam nova edição do curso Saúde da População Negra

Pensando na capacitação dos profissionais de saúde para eliminar a discriminação racial, o Ministério da Saúde e a Universidade Aberta do SUS oferecem mais uma edição do curso Saúde da População Negra. A produção é da Secretaria Executiva da UNA-SUS, em parceria com os departamentos de Apoio à Gestão Participativa e de Gestão da Educação em Saúde. Essa é a sexta oferta da capacitação, que já reúne mais de 39 mil inscrições desde o lançamento, em 2014.

O curso debate questões relacionadas ao racismo institucional e seu impacto no atendimento dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos objetivos é promover a reflexão sobre o tema e orientar os profissionais de saúde para que, em sua rotina de trabalho, possam identificar as desigualdades étnico-raciais que impactam sobre a saúde da população negra, monitorem e avaliem os resultados das ações para prevenção e combate dessas iniquidades. A qualificação também traz informações gerais sobre a população negra, sua cultura e práticas tradicionais de saúde.

Políticas para a cidadania, a dignidade e a igualdade

O conteúdo do curso foi baseado na Política Nacional Integral da População Negra, instituída pelo Ministério da Saúde em 13 de maio de 2009, por meio da Portaria nº 992. Baseada nos princípios de cidadania e dignidade humana, ressalta o repúdio ao racismo, em busca da promoção da igualdade. A diretriz também reafirma os princípios do SUS: a universalidade do acesso, a integralidade da atenção, a igualdade da atenção à saúde e a descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo. Essa política define os princípios, o marco, os objetivos, as diretrizes, as estratégias e as responsabilidades de gestão, voltados para a melhoria das condições de saúde desse segmento da população. Inclui ações de cuidado, atenção, promoção à saúde e prevenção de doenças, bem como de gestão participativa, participação popular e controle social, produção de conhecimento, formação e educação permanente para trabalhadores de saúde, visando à promoção da equidade em saúde da população negra.

O curso Saúde da população negra é online, autoinstrucional e possui carga horária de 45 horas. É voltado aos profissionais de saúde que atuam na Atenção Básica, e também é aberto ao público, sendo ofertado para profissionais de quaisquer áreas do conhecimento que se interessem pelo tema. As inscrições ficam abertas até 29 de junho, e podem ser feitas pelo site da UNA-SUS.

Fonte: Ascom UNA-SUS (comunicacao@unasus.gov.br)

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