Está aberto o processo seletivo para o Curso de Especialização em Direitos Humanos, Acessibilidade e Inclusão da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). As inscrições dos candidatos a compor a turma de 2025 vão até o dia 3 de abril. São oferecidas 30 vagas, sendo seis para pretos e pardos, duas para pessoas com deficiência, uma para indígena e 21 para Ampla Concorrência.
O curso é voltado para pessoas com deficiência e pessoas que trabalham ou convivem com pessoas com deficiência, com graduação concluída. Os objetivos da especialização são refletir criticamente sobre o significado dos direitos humanos e suas relações com a saúde e as políticas de inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência; possibilitar aos alunos conhecer os aspectos históricos e conceituais a partir da identificação de políticas de inclusão como direito humano e habilitar os alunos a identificar barreiras e preconceitos no processo de inclusão na sociedade, interpretando suas causas e identificando proposições para avanços na inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência. O curso segue metodologia de pesquisa e ensino que visa à acessibilidade e inclusão como direito humano.
As aulas vão começar no dia 3 de junho e terminarão em 5 de novembro de 2025. O curso se encerra em 26 de junho de 2026, data da entrega do TCC. As atividades serão às terças e quartas-feiras das 8h às 17h e às quintas das 8h às 12h. Os momentos virtuais de interação serão pela plataforma Zoom às terças e quartas das 14h às 17h. O curso é oferecido em formato remoto, podendo retornar às atividades presenciais, existindo a possibilidade do formato híbrido. A coordenação do curso e a Ensp se responsabilizarão pelas ferramentas que garantam a acessibilidade aos alunos.
INSCRIÇÕES: todas as informações referentes ao processo seletivo poderão ser obtidas no Campus Virtual Fiocruz. O candidato deverá preencher o formulário eletrônico de inscrição, disponível no site da Plataforma e para tanto, deve observar as instruções detalhadas no item 7 do edital.
Para tirar dúvidas, envie um e-mail para pseletivo.ensp@fiocruz.br.
O podcast Rolando os Dados, produzido pelo Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão Social (Nippis/Icict/Fiocruz e Unifase), será lançado nesta segunda-feira, dia 16 de dezembro. O objetivo é dar continuidade à disseminação de informações sobre os direitos humanos e as políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência no Brasil, um trabalho iniciado há três anos pelo programa Ecoar – Diálogos de Cidadania (saiba mais no canal do Nippis no YouTube). Com esse novo formato, que amplia o alcance dessas discussões com conteúdo acessível e de fácil entendimento, busca-se promover o engajamento e a reflexão sobre a inclusão em diversas áreas da sociedade.
No episódio de estreia, o conceito de Controle Social será apresentado por Tuca Munhoz, abordando a importância da participação ativa das pessoas com deficiência nesse processo. A transformação do debate público e das políticas sociais por meio da inclusão e da representatividade será discutida, além de ser ressaltado o protagonismo como fundamental para o fortalecimento de espaços democráticos e a construção de uma sociedade mais justa e acessível.
O podcast conta com contribuições de vozes importantes no debate sobre os direitos das pessoas com deficiência. A relevância dos conselhos na promoção da inclusão foi destacada por Hellosman Silva, vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Paraíba. Os desafios de discutir as questões das pessoas com deficiência no Conselho Nacional de Saúde foram refletidos por Vitória Bernardes, mulher com deficiência, conselheira nacional de saúde e representante do AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose. No Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), o tema também é discutido, como explicado pela conselheira Jô Nunes, que compartilhou os avanços e desafios no debate sobre saúde. Por fim, reflexões sobre a importância da participação social e do controle social para superar a invisibilidade e consolidar a deficiência como tema transversal nas políticas públicas foram trazidas pela educadora popular e terapeuta Taiane Machareth Marques, idealizadora do projeto "Papo Reto Defiça".
A importância de informação ser disponibilizada de forma transparente e acessível foi destacada pela coordenadora do Nippis, Cristina Rabelais, finalizando o episódio: “Eu acho que a gente pode sintetizar a ideia que queremos passar na seguinte frase: sem informação e sem comunicação não há direito concretizado.”
"Rolando os Dados" é uma produção do Nippis (Icict/Fiocruz e UNIFASE), em colaboração com o Canal Saúde Podcasts. Este projeto tem o apoio do Programa de Políticas Públicas, Modelos de Atenção e Gestão do Sistema e Serviço de Saúde (PMA/Fiocruz). Os novos episódios serão disponibilizados todos os meses nas principais plataformas de streaming.
Onde ouvir: Podcast Rolando os Dados
Inscreva-se no canal do NIPPIS no YouTube: https://www.youtube.com/@nippis.nucleo
Acompanhe novidades no Informativo mensal: https://nippis.substack.com/
Contato: nippis@fiocruz.br
No dia 4 de dezembro, às 14h, o Ecoar – Diálogos de Cidadania realiza o vigésimo sétimo episódio da série, com o tema "Movimentos sociais das pessoas com deficiência: desafios contemporâneos". Em homenagem ao Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, comemorado em 3 de dezembro, o programa promoverá uma reflexão sobre a importância histórica e os caminhos atuais desses movimentos em defesa dos direitos das pessoas com deficiência. A transmissão ao vivo será nos canais YouTube da Videosaúde Distribuidora da Fiocruz e do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (Unifase).
O episódio abordará temas fundamentais para os movimentos sociais, como os desafios para uma organização coletiva sólida, as prioridades das lutas das pessoas com deficiência e as ferramentas e formas de organização utilizadas na atualidade. Outras questões relevantes, como representatividade, interseccionalidade (incluindo gênero e raça), e os avanços recentes alcançados pelos movimentos, também serão exploradas.
Para enriquecer o debate, o programa contará com Agna Cruz, mulher preta com deficiência, ativista, palestrante, mãe e atleta paraolímpica, que é uma voz relevante na luta pelos direitos das pessoas com deficiência no Brasil; e Tereza Cristina Rodrigues Villela, pedagoga e doutora em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos, professora e membro do Conselho de Participação Social da Presidência da República, que integra a Rede Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Rede-In) e a Coalizão Brasileira pela Educação Inclusiva.
Conduzido pelo apresentador Tuca Munhoz, ativista dos direitos das pessoas com deficiência, o programa será transmitido ao vivo e terá duração de 45 minutos, no formato de entrevista. Além disso, o episódio contará com intérprete de LIBRAS, estenotipia (legendagem ao vivo) e autodescrição dos participantes, garantindo acessibilidade para todos os públicos.
Serviço
Data e horário: 4 de dezembro de 2024, às 14h
Como assistir:
https://www.youtube.com/c/VideoSaúdeDistribuidoradaFiocruz
https://www.youtube.com/c/Unifase
Sobre o Ecoar – Diálogos de Cidadania
O Ecoar é uma iniciativa do Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão Social (NIPPIS/Fiocruz & Unifase), que visa disseminar informações e promover o debate sobre direitos humanos e cidadania. O projeto conta com o apoio do Programa de Políticas Públicas, Modelos de Atenção e Gestão do Sistema e Serviços de Saúde (PMA). Acesse a lista de reprodução completa no YouTube.
Para mais informações ou sugestões de pauta, entre em contato pelo e-mail: nippis@fiocruz.br.
LINKS IMPORTANTES
Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão Social - Nippis (Icict/Fiocruz)
Um debate sobre o direito à saúde das pessoas com deficiência encerra a temporada de 2023 do Ecoar - Diálogos de Cidadania, uma iniciativa do Núcleo de Informações, Políticas Públicas e Inclusão Social (Nippis/Fiocruz/Unifase). Com esse tema, o programa informativo-cultural, que tem o apoio do Sistema Nacional de Informações sobre Deficiência (Sisdef), fecha uma série que vem abordando, ao longo desse semestre, os quatro eixos do Plano Viver Sem Limite II. Assim, neste episódio, os destaques serão os desafios que ainda existem para ampliar e aprimorar o acesso à saúde das pessoas com deficiência. Quais são as principais barreiras encontradas? Que medidas ainda precisam ser implementadas e melhoradas? Onde já observamos avanços nessa área? O programa terá transmissão ao vivo no canal da VideoSaúde, da Fiocruz, e da Unifase no Youtube
Sobre o tema, Tuca Munhoz, apresentador do programa, destacou: "Queremos discutir as questões que envolvem o acesso à saúde das pessoas com deficiência, reconhecendo as barreiras existentes e as ações necessárias para superá-las". Para conversar com Munhoz e enriquecer esse debate, foram convidados a educadora popular e terapeuta Taiane Machareth Marquês, idealizadora do "Papo Reto Defiça", e Artur Custódio Moreira de Sousa, mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), da Fiocruz, ex-coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) e, atualmente, assessor especial na Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis na Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde.
Para garantir a participação de todos, o programa conta com intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais e estenotipia (legendagem ao vivo).
Para sugestões de pautas e comentários, entre em contato com a equipe de comunicação do NIPPIS pelo e-mail: nippis@icict.fiocruz.br
Serviço
20º Episódio Ecoar – Diálogos de Cidadania
Tema: Como colocar em ação o direito à saúde das Pessoas com Deficiência?
Dia/Horário: 22 de novembro (quarta-feira), às 14h
Como assistir: transmissão ao vivo nos canais da Videosaúde Distribuidora, da Fiocruz, e da UNIFASE no YouTube.
Assista à transmissão do canal da VideoSaúde:
A Fiocruz, por meio de sua Coordenação de Cooperação Social, lançou a segunda Chamada Pública: Rede de Defensores de Direitos Humanos e Promoção da Saúde no Estado do Rio de Janeiro. As inscrições vão até às 23h59 (horário de Brasília) do dia 27 de setembro de 2023 e podem ser realizadas através do formulário de inscrições. A convocatória é voltada para lideranças comunitárias e defensores de direitos que atuem em grupos, movimentos, organizações, coletivos ou instituições em territórios populares de áreas urbanas ou rurais do Estado do Rio de Janeiro. A primeira edição da Chamada Pública aconteceu entre 16 e 27 de maio de 2022.
A segunda chamada pública irá selecionar 20 lideranças para fortalecer a rede e participar de um ciclo de 22 oficinas temáticas em Direitos Humanos e Promoção de Saúde, previstas para serem realizadas entre outubro deste ano a julho de 2024. O objetivo do projeto é formar e capacitar Defensores de Direitos Humanos e lideranças comunitárias, desenvolvendo uma rede de articuladores no Estado do Rio de Janeiro. Além disso, também está prevista a realização de um mapeamento das violações em Direitos Humanos nos territórios de favelas e periferias, pensando nas possibilidades de trabalho em parceria entre defensores que vão compor a rede.
As oficinas irão abordar os seguintes temas: Educação; Direitos das Mulheres; Etnia/Raça; Reforma Agrária e Segurança Alimentar; Direito à Moradia Urbana; LGBTQIA+; Justiça Socioambiental; Povos Tradicionais, Indígenas e Quilombolas; Saúde integrada; Acesso à Cultura; Sistema Prisional; Sistema Socioeducativo; Direito da Criança e Adolescente/Juventudes; Familiares de vítimas de violência; Mobilidade Urbana; Pessoas com Deficiência; Refugiados e migrantes; Trabalho Digno; e Comunicação popular.
Após a seleção, a equipe multidisciplinar do projeto fará um acompanhamento sistemático, a partir de visitas e encontros no território do/a selecionado/a para identificar e fortalecer as iniciativas já realizadas de cada liderança, além de realizar atendimento e acompanhamento em saúde mental dos/as membros da rede.
O projeto prevê um aporte financeiro aos/às selecionados/as mediante pagamento de até 10 meses de bolsa, no valor de R$1.320,00 para participação das oficinas e encontros.
O projeto considera como defensoras e defensores de direitos as pessoas, grupos, organizações, povos e movimentos sociais que atuam contra todas as violações de direitos e liberdades fundamentais de povos e de indivíduos, bem como pela conquista de novos direitos individuais e coletivos (políticos, sociais, econômicos, culturais e ambientais).
Podem se candidatar pessoas que sejam maiores de 18 anos e possuam atuação comprovada em movimentos e organizações populares. A seleção será realizada pela coordenação colegiada do Projeto Rede de Defensores de Direitos Humanos e Promoção de Saúde no Estado do Rio de Janeiro. Durante o processo seletivo a coordenação estará disponível para tirar dúvidas através do endereço de e-mail: defensorxspopulares@gmail.com.
O resultado final com a lista de selecionados será divulgado publicamente na página da Coordenação de Cooperação Social da Fiocruz.
Acesse aqui o Edital e o Formulário das inscrições.
Relatório da primeira fase do projeto
A Rede de Defensores de Direitos Humanos e Promoção da Saúde no Estado do Rio de Janeiro atualmente é composta por 20 defensores, representantes de distintos movimentos sociais que atuam em diferentes municípios do Estado. No processo de formação desses defensores foi realizado um ciclo de encontros/oficinas temáticas (com carga horária de 120 horas) que deram origem a um relatório que pode ser acessado aqui.
Está disponível no Portal Fiocruz a versão em linguagem simples do Guia de Acessibilidade para as Ações Educativas da Fiocruz. O documento foi produzido pelo Comitê Fiocruz pela Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência e contou com o apoio do Museu da Vida da Casa de Oswaldo Cruz (COC) e da Coordenação de Desenvolvimento Educacional e Educação à Distância da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp). A linguagem simples é uma técnica de comunicação que facilita a leitura e a compreensão das informações pelo leitor, de maneira objetiva e inclusiva, sem o uso de jargão ou termos desconhecidos pela maior parte da população, por exemplo.
+Acesse aqui para download do Guia
O guia é voltado para educadores, docentes, profissionais da área de educação e alunos, que podem ser atores importantes na promoção da acessibilidade. O objetivo é apoiar as unidades técnico-científicas da Fiocruz na implementação de uma política interna de promoção da acessibilidade em seus cursos e iniciativas de educação. O documento pode servir também de modelo para outras instituições educacionais, pois apresenta explicações sobre como enfrentar as barreiras vivenciadas por estudantes com deficiência.
“O documento traz informações importantes para promoção da acessibilidade na educação, seja com o uso de tecnologia assistiva, na adequação de materiais didáticos e de estratégias pedagógicas, abordadas para cada tipo de deficiência e considerando a diversidade existente”, ressalta uma das autoras do guia e integrante do Comitê de Acessibilidade, a servidora Tatiane Nunes, coordenadora da Equipe de Tecnologia Educacional da Ensp. Também participaram da elaboração: Hilda Gomes, coordenadora de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas da Fiocruz; Bianca Reis, da COC; e Walkiria Pontes, do Centro de Vida Independente (CVI).
Conteúdo
O guia tem orientações referentes à legislação e às normas vigentes sobre acessibilidade. A publicação conta com um glossário inclusivo, elaborado com base na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência e em outros referenciais de acessibilidade. Também apresenta informações que precisam ser contempladas em editais, a fim de garantir a todos os estudantes o pleno acesso às ações educativas, com autonomia e segurança. O grupo espera agora disponibilizar o conteúdo em outras versões acessíveis, como na Língua Brasileira de Sinas (Libras).
Publicação : 06/10/2020
A Fiocruz acaba de publicar a Nota Técnica 02/2020, que trata das Orientações sobre elaboração dos editais 2020-2021 dos programas de Residências
em Saúde da Fiocruz no quesito ações afirmativas - Pessoas com Deficiência (PcD)
Tradução para língua brasileira de sinais (Libras), legendagem e áudio estão entre as medidas já adotadas pela Fiocruz em seus materiais audiovisuais sobre o novo coronavírus para ampliar a garantia de informação qualificada e orientações à população. Cerca de 70 vídeos já contam com recursos de acessibilidade e a produção das unidades está crescente. Desse modo, a Fundação fortalece suas práticas informacionais e comunicacionais para serem mais inclusivas, em acordo com a política institucional para acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência e a política de comunicação adotadas. A iniciativa é do Comitê Fiocruz pela Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência. Toda a produção pode ser acessada na área especial sobre o novo coronavírus, no Portal Fiocruz. Interessados no tema podem também se inscrever no curso - online, gratuito e autoinstrucional - Acessibilidade e os princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde, oferecido pelo Icict e disponível no Campus Virtual Fiocruz.
Confira detalhes da formação, que está com inscrições abertas
Acessibilidade e os princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde, oferecido na modalidade à distância (EAD), é voltado especialmente a profissionais da área de saúde, mas é aberto a todos interessados em saber mais sobre acessibilidade e práticas inclusivas. Ele é oferecido pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), e foi organizado pelo seu Grupo de Trabalho sobre Acessibilidade.
Composto de sete módulos independentes - O SUS e o direito das pessoas com deficiência; Deficiências e saúde - revendo modelos e conceitos; Acessibilidade - barreiras e soluções; Tecnologia assistiva; Orientações para acessibilidade na produção de materiais educativos em saúde; Introdução à surdez e Libras no contexto da saúde; Estudos de caso –, o curso tem carga horária total de 72 horas/aula. Confira!
+Veja mais em: Fiocruz lança o curso Acessibilidade e os Princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde
Fiocruz disponibiliza vídeos institucionais sobre Covid-19 com recursos de acessibilidade
Para ampliar a garantia de informação qualificada e orientações sobre Covid-19 à população, a Fundação Oswaldo Cruz tem implementado recursos de acessibilidade em seus vídeos sobre a doença, a partir de uma iniciativa do Comitê Fiocruz pela Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência. Toda essa produção vem sendo reunida na área especial sobre o novo coronavírus do Portal Fiocruz e também na Biblioteca Virtual de Saúde da instituição (BVS Fiocruz), por meio de ações do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Tecnológica em Saúde (CTIC/Icict), e do Grupo de Trabalho sobre Acessibilidade da unidade (GT Acessibilidade Icict).
A implementação de tradução para Língua de sinais brasileira (Libras), de legendagem e áudio está entre as medidas já adotadas pela Fiocruz em seus materiais audiovisuais sobre o novo coronavírus. A instituição vem fortalecendo suas práticas informacionais e comunicacionais para serem mais inclusivas, em acordo com sua política institucional para acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência e sua política de comunicação, e, ao todo, já são cerca de 70 vídeos com recursos de acessibilidade sobre Covid-19 e a produção nas unidades da Fundação continua, conforme ressalta Luciane Ferrareto, coordenadora do Projeto Empregabilidade Social da Pessoa Surda, da Cooperação Social da Presidência da Fiocruz. “Temos aproximadamente 100 trabalhadores surdos vinculados ao Projeto Empregabilidade e reconhecemos a importância e buscamos sempre o acesso à comunicação e informação. Diante disso, iniciamos essa ação, junto ao Comitê Fiocruz pela Acessibilidade e Inclusão, ainda no começo da pandemia no país. Nesse fluxo para produzir vídeos acessíveis, recebo os pedidos de tradução para Libras, encaminho aos intérpretes, recolho deles o conteúdo traduzido e encaminho aos solicitantes, acompanhando a divulgação”, explica a coordenadora.
Luciane Ferrareto aponta que o retorno dos trabalhadores surdos da Fiocruz sobre esses materiais tem sido muito positivo, como destaca Alexandre Clecius, que trabalha na Fundação a partir do Projeto Empregabilidade Social da Pessoa Surda e é também do grupo de trabalho ampliado do Comitê Fiocruz pela Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência: “É muito importante entender sobre o novo coronavírus e o que tem acontecido. Percebo que nós surdos temos ficado muito preocupados, e com medo em relação à doença. Também observo pessoas surdas sem compreender direito a situação e é fundamental termos acesso a explicações, para a própria segurança individual, para saber das resoluções. A Fiocruz tem desempenhado papel importante com a interpretação e tradução para Libras dos seus vídeos. Tenho visualizado os intérpretes, de uma maneira satisfatória, com a janela para Libras em tamanho bom, com informação variada sobre os cuidados necessários para a saúde”.
Neste contexto de pandemia de Covid-19, a Fiocruz segue o seu compromisso de divulgar informações confiáveis à sociedade, com base em sua produção científica, atuação como instituição do Sistema Único de Saúde (SUS) e nas recomendações de órgãos oficiais. E garantir acessibilidade se torna necessário diante da diversidade da população e especificidades de demandas de comunicação e informação, como destaca Marina Maria, do GT Acessibilidade Icict e também do Comitê. Ela chama a atenção que, diante de um momento de crise para a saúde global como o atual, com muitos desafios, o caminho é possibilitar amplo acesso à informação: “Se reconhecemos o direito à comunicação e informação como fundamentais para o direito à saúde, precisamos levar em conta a diversidade das pessoas que recebem os conteúdos que produzimos, ainda mais nesse momento tão desafiador. Por isso, a criação da área com vídeos acessíveis no Portal Fiocruz e na BVS Fiocruz se torna tão urgente e iniciamos esse processo já sabendo que é preciso disponibilizar outros recursos de acessibilidade, como a audiodescrição, e produzir conteúdos com linguagem simplificada. Esperamos fortalecer ações neste sentido”.
Confira aqui os vídeos institucionais com recursos de acessibilidade sobre Covid-19 disponíveis no Portal Fiocruz.
Eles podem também ser acessados na BVS Fiocruz, que reúne ainda, em sua área multimídia, produções audiovisuais acessíveis sobre a pandemia desenvolvidas por outras instituições.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está ampliando suas políticas de inclusão e ações afirmativas, que têm o objetivo de promover mais equidade e diversidade na instituição. A Portaria 6162/2019 PR (18 de setembro de 2019) representa mais um passo nesta direção. Com a medida, os cursos de especialização (Lato sensu) e das residências em saúde também passaram a ser regulamentados quanto às ações afirmativas — o que abrange cotas destinadas a pessoas com deficiência (PCD), negros (pretos e pardos) ou indígenas em processos seletivos.
A Portaria resulta de debates ocorridos ao longo de 2019 em instâncias colegiadas da educação, como o Fórum da Escola de Governo da Fiocruz, o Fórum das Residências e a Câmara Técnica da Educação (CTE), lembra a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado. "As cotas estavam previstas desde 2017 para seleção em cursos Stricto sensu (mestrado e doutorado), mas havia uma lacuna de regulamentação em relação ao Lato sensu. Alguns cursos já vinham adotando cotas por iniciativa própria, outros não”.
Segundo ela, além de suprir essa lacuna, a medida reitera o compromisso institucional com a busca de equidade e de inclusão social. "Expressa nosso alinhamento e coerência em relação às diretrizes do 8º Congresso Interno da Fiocruz e ao trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo dos anos pelo Comitês Pró-Equidade de Gênero e Raça e pelo Comitê de Acessibilidade em nossa instituição".
A partir de agora, as chamadas públicas (editais) de especializações e residências deverão prever 10% das vagas para candidatos que se declararem pessoa com deficiência ou que se autodeclararem negros (pretos e pardos) ou indígenas. Até o ano de 2023, as vagas destinadas a cotistas devem chegar a 20% do total de vagas oferecidas por cursos de especialização e para os programas de residência em saúde.
A-ces-si-bi-li-da-de... Como diminuir barreiras que separam cidadãos do direito à saúde? Conectando profissionais de diferentes instituições, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lança o curso Acessibilidade e os Princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde. Disponível através do Campus Virtual Fiocruz, é oferecido pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), e foi organizado pelo seu Grupo de Trabalho sobre Acessibilidade.
O curso é voltado, prioritariamente, a profissionais da área de saúde, para que ofereçam um atendimento mais inclusivo e acessível a pessoas com deficiência (PCD) — em especial a pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Apesar do foco nos profissionais da área, o curso é aberto a qualquer interessado em conhecer mais sobre práticas inclusivas. As inscrições já estão abertas aqui e podem ser feitas até o dia 31 de outubro.
A coordenadora do curso é Valéria Machado, integrante do Grupo de Trabalho e responsável pelo relacionamento com o cidadão no Icict/Fiocruz. Ela destaca o processo de construção coletiva. “Envolvemos professores de diferentes trajetórias, campos do conhecimento da Fiocruz e de outras instituições parceiras neste trabalho, sempre pensando na importância de uma formação interdisciplinar”. Segundo Valéria, essas experiências foram fundamentais para produzir uma série de conteúdos e recursos educacionais abertos que abrangem diversos aspectos relacionados aos direitos das pessoas com deficiência no Sistema Único de Saúde (SUS).
Este é mais um projeto financiado pelo Edital de Recursos Educacionais Abertos (REA), iniciativa da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). O curso Acessibilidade e os Princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde é fruto de uma parceria do Icict/Fiocruz com a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), a Cooperação Social/Fiocruz e o Centro de Vida Independente (CVI), o Núcleo de Acessibilidade e Usabilidade da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e o Núcleo de Estudos em Diversidade Inclusão de Surdos da Universidade Federal Fluminense (UFF).
A colaboração resulta em sete módulos sobre temas como: tipos de deficiência e diversidade, surdez e Língua Brasileira de Sinais (Libras), acessibilidade, direitos de pessoas com deficiência, tecnologia assistiva e produção de materiais acessíveis. O conteúdo inclui também estudos de caso. E, claro, está tudo disponível respeitando os padrões que garantem a ampliação do conhecimento para todos.
O curso é aberto, gratuito e autoinstrucional, oferecido na modalidade a distância (EAD), online. Assim, apesar de ter foco nos trabalhadores de saúde, qualquer pessoa interessada em saber mais sobre acessibilidade e práticas inclusivas pode participar. Com carga horária total de 72 horas/aula, os módulos estão organizados em sequência para facilitar a compreensão dos assuntos, mas são independentes entre si. Dessa forma, os participantes podem conduzir seu processo de aprendizagem com autonomia, da forma que julgarem mais conveniente. Terminando cada módulo, há exercícios para o aluno consolidar o aprendizado. E uma avaliação final para que o aluno receba o certificado de conclusão, emitido em até cinco dias úteis.
“Nós incentivamos os interessados a fazerem a formação completa. Ao mesmo tempo, essa estrutura foi desenvolvida de modo que o curso possa ser reutilizado por outras iniciativas ou mesmo de forma isolada para o ensino de algum conteúdo específico”, explica Valéria, que é doutora em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande Sul (UFRGS).