Com um trecho do livro "A hora da estrela", o Sextas de Poesia homenageia a grande escritora Clarice Lispector, que faria 104 anos no último dia 10 de dezembro.
A escritora brasileira marcou a literatura do século XX com seu estilo intimista e complexo, linguagem poética e perturbadora. Clarice Lispector (1920-1977) é um marco em nosso Modernismo e suas obras continuam entre as mais lidas no país.
A autora, vale lembrar, figura como uma das primeiras autoras a ganhar notoriedade nacional, ao lado de grandes nomes, como Rachel de Queiroz e Cecília Meireles, tendo, portanto, também um papel fundamental para desconstruir preconceitos e ampliar o horizonte para tantas outras mulheres na literatura.
#ParaTodosVerem Banner com um fundo amarelado e o trecho do livro "A hora da estrela" em letra cursiva, também há o rosto da escritora Clarice Lispector, uma mulher branca maquiada com cabelos escuros, seus olhos estão fechados e há um delineado em suas pálpebras, assim como um batom escuro na boca. No centro do banner, o trecho do livro "A hora da estrela":
"É melhor eu não falar em
felicidade ou infelicidade-
provoca aquela saudade
desmaiada e lilás, aquele perfume
de violeta, as águas geladas da
maré mansa em espumas de
areia. Eu não quero provocar
porque dói."
Nesta semana, o Sextas de Poesia homenageia Cecília Meireles. Em 9 de novembro de 2024, completam-se 60 anos de sua morte.
O poema escolhido, Interludio, fala sobre seus temas recorrentes: a efemeridade do tempo e a transitoriedade da vida, e sua poesia atemporal. Cecília Meireles foi escritora, jornalista, professora e pintora, considerada uma das mais importantes poetas do Brasil. Sua obra de caráter intimista, destacou-se na segunda fase do Modernismo no Brasil, no grupo de poetas que consolidaram a "Poesia de 30". Ela ganhou vários prêmios, entre eles o Machado de Assis e o Jabuti.
#ParaTodosVerem Banner com fundo em tom marrom e símbolos de notas musicais no canto esquerdo do banner, as notas estão na cor preta. No canto direito do banner, o poema de Cecília Meireles:
Interlúdio
As palavras estão muito ditas
e o mundo muito pensado.
Fico ao teu lado.
Não me digas que há futuro
nem passado.
Deixa o presente -- claro muro
sem coisas escritas.
Deixa o presente. Não fales,
Não me expliques o presente,
pois é tudo demasiado.
Em águas de eternamente,
o cometa dos meus males
afunda, desarvorado.
Fico ao teu lado.
Com um trecho do livro "A descoberta do mundo", o Sextas de Poesia homenageia a grande escritora Clarice Lispector, que faria 103 anos no ultimo dia 10 de dezembro. O poema nos apresenta um cotidiano transfigurado pelo olhar de Clarice, que redescobre nas Macabéas de todo dia a luminosidade de uma presença estelar. Entre flanelas e vassouras, mulheres simples e humildes se transformam em personagens que se eternizam.
A escritora brasileira marcou a literatura do século XX com seu estilo intimista e complexo, linguagem poética e perturbadora. Clarice Lispector (1920-1977) é um marco em nosso Modernismo e suas obras continuam entre as mais lidas no país.
A autora, vale lembrar, figura como uma das primeiras autoras a ganhar notoriedade nacional, ao lado de grandes nomes, como Rachel de Queiroz e Cecília Meireles, tendo, portanto, também um papel fundamental para desconstruir preconceitos e ampliar o horizonte para tantas outras mulheres na literatura.
#ParaTodosVerem Banner com uma pintura ao fundo, a cor cinza predomina mas também há verde, laranja e amarelo, na pintura há o desenho de vários corpos em pé e sentados em um tom de cinza mais claro, não é possível ver as suas feições. No centro da pintura, um trecho de Clarice Lispector em A descoberta do mundo: "...que prazer de os outros existirem e de a gente se encontrar nos outros".